A Bruxa Cega. escrita por JéssHiddleston


Capítulo 6
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

Oi!
SWEEEEEEEEEEEEEEEET, MUITO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO, SUA LINDA. É MINHA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO, NÃO SABES COMO EU FIQUEI FELIZ AO VER, SÉRIO MESMO. MUITO OBRIGADO DE NOVO ♥
E esse capítulo vai ser especial pra você *-*



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A primeira coisa que Hermione fez quando trouxeram Dany de novo para o castelo, foi dar-lhe um tapa, embora leve, em seu braço. Depois, começar um discurso enorme que foi interrompido por uma Dany dizendo que ela estava viva, e estava lá e que só aquilo importava, até porquê tinha tido uma das melhores noites de sua vida, na mão de uma criatura que ela nem sabia o que era, mas agradeceu por não comê-la durante a noite.

Dany teve que ir para enfermaria cuidar da perna, que estava pior que ela imaginava, mas agradeceu muito quando saiu. Era o primeiro jogo de Harry, e claro, ela não podia ficar deitada na enfermaria e acabar perdendo a notícia de que ele realmente havia levado um balaço na cabeça. Ela ainda estava mancando quando desceu as escadas com Hermione.

–– É contra quem mesmo? –– ela perguntou, tentando se lembrar, mas nada.

–– Sonserina, esqueceu? –– respondeu Hermione com outra pergunta, como se fosse algo óbvio demais para alguém perguntar. –– Espero que Harry seja bom como o pai.

–– Claro que ele é. –– disse Dany, se animando ao ouvir os gritos que viam das arquibancadas. –– Mas, levar um balaço na cabeça, também seria algo bastante legal para a história dos Potter.

–– Dany... –– começou Hermione.

–– Ok, já calei a boca. –– disse Dany, se apoiando em Simas. –– Fala Simas, como está as coisas?

–– Ainda não começou, minha senhora. –– respondeu rindo e fazendo ela rir também. –– Quando começar, gritaremos “Potter para presidente” ou talvez somente você, já que não consegue enxergar o que fizemos.

–– Ah, que pena, mas gritarei sim. –– ela disse, balançando as pernas com ansiedade. –– Porquê demora tanto pra começar?

No mesmo momento em que ela terminou a frase, todos gritaram, e ela soube que os times estavam entrando. Lembra-se de quando sua mãe contava sobre Quadribol, de como ela e seu pai jogavam depois que tinham se casado, no quintal da casa na cidade trouxe e de como as pessoas os olhavam e pensavam que eram loucos por estarem montados em uma vassoura, que aos seus olhos, não serve para nada além de varrer a poeira.

–– Está vendo, bem lá atrás? –– perguntou Rony, para Hermione. –– É o Harry!

–– O que, ele apareceu? –– perguntou Dany, se levantando. –– POTTER PARA PRESIDENTE, POTTER PARA PRESIDENTE, POTTER PARA PRESIDENTE!

Draco olhou do outro lado da arquibancada e acabou rindo com seus gritos, mas logo tirou o sorriso do rosto. Dany ainda ficou mais segundos gritando, e até foi acompanhada por algumas pessoas, mas logo se calaram quando o jogo começou. Naquele dia, não estava nem frio e nem calor, estava sol, mas o clima era normal, como Dany gostava, mas isso não a fazia parar de gostar de dias longos de chuva, que ela podia dormir, mesmo com Pichi encima do seu pé.

As pessoas começaram a ficar agitadas, e Dany não sabia o porquê disso. Ás vezes ela perguntava para Hermione, mas quando ela ia responder, logo uivava de raiva ou gritava alguma coisa como “ISSO É IMPERDOÁVEL!”. Hagrid estava logo atrás dela, tentando narrar o jogo de uma forma que ela pudesse realmente entender, mas pelo contrário, ele só estava a deixando ainda mais confusa.

–– Harry está perto de um idiota da Sonserina... –– dizia ele. –– E... e... e...

–– E...? –– ela perguntou, curiosa como sempre para saber o que estava acontecendo.

–– E agora ele está estranho. –– respondeu. –– Parece que alguém está azarando a vassoura.

No mesmo momento, Hermione desceu as escadas e foi para outro lugar. Logo ela voltou, satisfeita de si e sorrindo, olharam para cima e lá estava Harry, voando normalmente como antes. Dany não fazia idéia de quanto tempo estava lá sentada, esperando que Harry pegasse logo o pomo de ouro, mas até agora nada.

–– POTTER PEGOU O POMO! –– gritou alguém um pouco acima na arquibancada, fazendo Dany acordar.

A arquibancada da Grifinória virou uma explosão em gritos, enquanto Harry balançava o pomo do campo e as pessoas o aplaudiam. Draco deu mais uma olhada em Dany de canto, mas logo sua visão foi interrompida por Pansy, ficando em sua frente e chamando sua atenção.

–– Mas espere... –– começou Dany. –– Harry não levou um balaço na cabeça, não é?

–– Claro que não! –– respondeu uma menina que estava passando por ela. –– Ele é um Potter, óbvio que isso não aconteceria!

–– Ah, mas que pena... –– ela se lamentou, fazendo a menina que tinha a respondido dar uma gargalhada.

Dany e Hermione estavam descendo, e Rony assim como todos os outros garotos da Grifinória foram para o meio do campo, erguendo Harry e o jogando para cima e para baixo, enquanto todos da Sonserina amaldiçoavam mentalmente por sua derrota.

[...]

Quando todos desceram, decidiram ir a casa de Hagrid, que havia desaparecido depois do jogo. Dany decidiu levar Pichi, e demorou quase uma hora para poder o achar, ele estava brincando com seu próprio reflexo no lago negro, enquanto batia as patinhas de leve. Dany fez bem em o levar, pois se continuasse a fazer aquilo, os sereianos acabariam se irritando e digamos que mecher com sereianos, não é algo nada bom para se fazer.

–– Porquê você tinha sumido, Hagrid? –– perguntou Dany logo quando ele abriu a porta.

–– Assuntos a tratar. –– ele respondeu rapidamente. –– Não vou poder falar com vocês hoje. –– E dizendo isso, entrou para dentro novamente e fechou a porta, forte até demais.

–– Que estranho... –– confessou Dany.

–– VAMOS PARA A BIBLIOTECA! –– gritou Hermione satisfeita, já estava planejando aquilo fazia menos de uma hora e mesmo que Dany estivesse reclamando agora, a levaria também.

Os quatro seguiram em direção ao castelo novamente, subindo as escadas, mas Hermione viu algo estranho naquelas escadas pela primeira vez, estavam se movendo rápido demais. Dany gostava de subi-las sempre correndo, e Pichi fez o mesmo com ela, até a escada mudar de lugar. Todos ficaram quietos, até a escada bater novamente com toda a força, e no terceiro andar, que era completamente proibido. Dany entrou, mesmo com uma Hermione dizendo que deveriam ir logo embora dali.

Quando entraram, viram no que estavam se metidos: em um lugar totalmente frio e aterrorizante, quer dizer, os três viram, mas Dany também pode sentir a frieza daquele lugar. Ninguém percebeu quando Madame Nor-r-ra entrou naquela sala, mas perceberam quando Pichi saiu correndo feito louco atrás da mesma, a coleira machucou a mão de Dany, que tentou o parar, uma tentativa estúpida, ela sabia, mas não podia deixar de tentar.

–– A gente deveria voltar. –– disse Hermione.

–– Ficou maluca?! –– perguntou Dany, apertando a mão que estava vermelha. –– Se aquela gata maldita veio aqui, Filch também deve estar por perto!

–– Onde será que você se meteu... –– disse uma voz, que fizeram todos começarem a correr.

A porta estava enferrada, o que fez Rony e Dany choramingarem esperando pela morte, mas Hermione usou um feitiço que os dois tinham certeza que nunca se lembrariam novamente.

–– Alohomora? –– perguntou Rony.

–– Agora ele acha que a porta está trancada. –– respondeu Hermione, guardando a varinha.

–– E por uma boa razão. –– disse Harry, encarando um monstro, ou pelo menos ele achava que era, de três cabeças.

–– Hermione, você tem um feitiço pra isso?! –– perguntou Dany, que já estava se tremendo de medo por causa do rosnado daquilo.

Hermione não respondeu, destrancou a porta com toda a força e saiu correndo, mas logo voltou para pegar a mão de Dany, que estava paralisada pelo medo. Correram o mais rápido que podiam até o salão comunal, e sempre que estava anoitecendo, como naquele momento, a Mulher Gorda saía para falar com uma bailarina que ficava um pouco longe. Harry correu pelas escadas, perguntando para todos onde a Mulher Gorda poderia estar e por sorte, no terceiro quadro, ele a achou. Ela voltou reclamando, dizendo que não podia mais nem conversar em paz e que todos eles eram crianças insuportáveis por fazerem isso com ela, e que falaria com Dumbledore para dar um jeito nos quatro. Eles tentaram ignorar, e rezaram que a última coisa fosse somente uma brincadeira.

–– Oh meu Merlin... –– disse Rony ofegante, se jogando no chão. –– Como podem trancar uma coisa daquelas numa escola?!

–– Ele estava por cima de um alçapão... –– disse Hermione, pensando. –– Não viu?

–– Não fiquei olhando para as patas dele. –– respondeu Rony. –– Estava mais preocupado com as cabeças, ou se não percebeu, ele tinha três!

–– Três?! –– perguntou Dany. –– Nossa...

–– Eu vou dormir. –– anunciou Hermione, e Dany sabia que quando ela falava aquilo, era “Eu e Dany vamos dormir, e mesmo que ela queira ficar, não vai, porquê eu vou levá-la a força.”.

As duas subiram, e quando Dany já estava quase dormindo, Hermione a chamou. Quase tinha se esquecido do livro que tinha pegado.

–– Acho que é uma entrevista que eles deram para o Profeta Diário, logo depois de sua mãe saber que estava grávida. –– disse Hermione, analisando as páginas. –– Eu vou ler para você.

–– Tudo bem. –– respondeu Dany, ainda deitada.

–– “Como será o nome do bebezinho?” Eu perguntei, embora não me importasse com isso. “Será Daenerys.” Respondeu-me Petyr, lançando logo em seguida um sorriso. “E não estão com medo de tê-la em meio a essa guerra com Você-Sabe-Quem?” Voltei a perguntar. “Nunca sabemos quando a felicidade vai chegar, e não sabíamos que ela viria logo nesse momento.” Respondeu-me, dessa vez, Jane, que parecia estar nervosa. –– Hermione tomou fôlego e voltou a ler. –– “Até porquê eu tenho certeza que nada acontecerá com ela. Eu e Jane estamos sim com medo de tê-la logo agora, mas nunca deixaremos algo acontecer. Ela é nossa anjinha especial, e quando você tem algo especial, tem que protegê-la de todas as formas e será isso que nós dois, e toda a Ordem da Fênix fará, não importa o tanto de anos que se passem.” Acrescentou Petyr, sorrindo novamente. Me pergunto se este homem nunca para de sorrir... É isso.

–– Só isso? –– perguntou Dany, sorrindo também.

–– Sim, só isso. –– respondeu Hermione. –– E também tem uma foto dos seus pais aqui, queria muito que pudesse vê-la.

–– Eu também queria muito, Hermione, eu também. –– disse Dany. –– Bom, vamos dormir agora, certo?

Ela se virou novamente na cama, mas Hermione continou a olhá-la sentada ali. Dany só dizia “Bom, enfim, ora.” quando estava triste com algo, e somente as pessoas mais próximas dela sabia que ela fazia isso. Hermione, mesmo não conhecendo ela a tanto tempo o bastante, soube que ela estava triste.

–– Hermione... –– começou Dany. –– Sabe como é sentir falta de alguém que você nunca viu, e nunca vai ver?

–– Não... –– confessou Hermione. –– Mas acho que posso imaginar.

Dany iria falar algo, mas em vez disso, somente virou-se novamente, torcendo para que pudesse sonhar e que nesse sonho ela não fosse cega, e que seus pais estivessem juntos e sorrindo, assim como ela também estaria.

Hermione havia rasgado uma parte da entrevista, e sabendo que Dany não veria mesmo, começou a ler mentalmente:

“Mas, Petyr, o que anda acontecendo com você?” Eu perguntei, o deixando nervoso, ótimo. “Eu estou doente, para admitir de uma vez, sra. Skeeter. Não sei o que tenho, mas é alguma doença trouxa, com toda a certeza. Já fui em vários hospitais e dizem que minha doença não tem cura, também me disseram que eu não tenho muitos dias, talvez, menos de um mês. Eu não aceitaria essa entrevista, para lhe dizer a verdade, mas vim somente para responder as perguntas sobre Daenerys, já que todos estão falando dela. Talvez eu não chegue a conhecê-la, ou talvez sim, como saber o nosso destino? Espero que eu possa ver seu rostinho, e claro, o sorriso que ela com certeza terá logo ao abrir os olhos. Sinto que mesmo que eu não esteja por perto, por causa dessa doença, ela ainda se lembrará de mim e eu estarei cuidando dela, do lugar para qual eu irei.” Petyr parou por um tempo, tossiu e em seu lenço, tinha um pouco de sangue, mas mesmo assim, ele se virou novamente e sorriu. “Eu acho que, com tudo isso acontecendo, minha doença só piora, mas tanto faz. Queria deixar bem claro novamente que, não me arrependo de ter Daenerys em meio a isso, porquê sei que um dia ela vai entender porquê morri, mesmo que ela não saiba da verdade sobre a minha doença. Ninguém sabe o dia de amanhã...”


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