A Bruxa Cega. escrita por JéssHiddleston


Capítulo 5
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Estou postando hoje, porquê amanhã não vai dar, estarei indo para a fazenda :33
Enfim, boa leitura pra vocês.



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Uma semana havia se passado desde o “incidente” entre Dany e Draco, e os dois acabaram se tornando incrivelmente amigos, companheiros, como Dany gostava de falar. Hermione perdera a profissão de andar com Dany, ler e escrever também, já que Draco fez questão de fazer isso. As pessoas estavam estranhando aquele lado dele, já que antes falava mal para quem quisesse ouvir de Dany, e agora era amiguinho dela. Pichi fora um dos que menos gostou daquilo, ao ver aquele loirinho se aproximar de sua dona, logo começou a latir sem parar e até ameaçou mordê-lo em um lugar que não seria nada engraçado.

–– Está tudo bem, Pichi. –– disse Dany quando o ouviu rosnar mais uma vez, só por Draco dar-lhe um beijo na testa de despedida. –– Ele é meu companheiro, agora.

–– Dany, finalmente te achei! –– disse uma Hermione ofegante. –– Harry se tornou o apanhador da Grifinória!

–– Mentira, está brincando?! –– ela riu. –– Será ótimo saber que ele levou um balaço na cabeça!

–– Dany! –– explodiu Hermione. Ela já sabia o discurso que vinha logo á seguir, exatamente por isso, pegou Pichi e saiu dali. –– Volte aqui, eu estou falando com você!

Hermione gritava lá atrás, achando que Dany ainda voltaria. Enquanto ela andava, podia escutar os sussurros de muitas pessoas ao seu redor. Primeiro porquê ela estava “saindo” com Draco, como George havia dito que tinha ouvido. Segundo porquê ela estava de tênis, geralmente, a maioria das garotas, usam sapatinhos assim como Hermione, mas Dany não fez questão de usar aqueles sapatinhos, até porquê eles tinham o “poder” que machucar os pés dela.

O frio já estava chegando, foi isso pelo menos que Dany sentiu quando passou por algum lugar. Sentiu outra vez algo pingar em si. Estranho. E foi somente quando Percy viu seu estado e veio falar com si, que percebeu que realmente tinha algo estranho.

–– Oh meu Merlin... –– dizia Percy, enquanto virava-a. –– Como podem fazer isso?

–– O que foi? –– perguntou Dany, odiando-se mais do que nunca por não poder enxergar.

–– Oh meu Merlin... –– ele repetiu, e mesmo que ela não pudesse ver, levou as mãos até a boca. –– Oh meu Merlin...

–– PERCY, ME FALE O QUE É DE UMA VEZ! –– ela explodiu, batendo o pé no chão, como sempre fazia quando estava nervosa.

–– Você está toda molhada! –– ele, finalmente, disse. –– Alguém te molhou, e você nem percebeu!

–– Já sei até quem foi... –– ela disse, ouvindo Pansy rir alto um pouco longe dali, acompanhada de mais algumas garotas. –– Até mais, Percy.

Logo ao se despedir, ela foi andando até que pudesse encontrar Pansy e sua turminha. Dany costumava dar nome a maioria das coisas que ela conhecia ou ouvia falar, e para aquilo, ela deu o nome de “turminha das vadias” e ainda teve a coragem de rir após dar um nome tão criativo.

–– Diga-me, Pansy, você tem algum problema comigo? –– perguntou Dany, com um pequeno no rosto. –– Se tiver, por favor, me fale. Mas não jogue água em mim.

–– O meu problema com você, é justamente Draco. –– respondeu Pansy, tirando a mão dela que antes estava sobre seu ombro. –– Fique longe dele, ouviu, ceguinha?

–– E tire esse sorriso da cara! –– disse Astoria, que logo depois de Pansy sair, empurrou Dany que foi direto para o chão. –– Ceguinha.

Dany logo concluiu que aquele deveria se tornar seu mais novo apelido. Ela já tivera um quando era menor, e era “baixinha”. Digamos que ela era bastante amiga com apelidos que tinham “inha”. Sorriu pensando naquilo e tirando a poeira que imaginou estar em seu uniforme.

Era um pequeno intervalo quando ela saiu com Draco para conversarem, e já deveria estar atrasada. Saiu chamando feito uma louca Hermione por todos os corredores, mas nada desta aparecer.

–– Precisa de ajuda? –– disse uma voz que ela nunca havia ouvido antes. –– Parece perdida.

–– Ah, sim, preciso sim. –– respondeu rapidamente. –– Vamos para aula!

–– O que? –– perguntou a voz novamente. –– Espere, acho que eu esqueci algo, já volto...

–– Tudo bem.

E ele não voltou mais, atrasando ainda mais Dany, que acabou perdendo a aula de Transfiguração, justo quando ela estava disposta pela primeira vez á participar de verdade da aula e não deixar Hermione fazer tudo.

[...]

Quando Hermione entrou no Salão Principal para jantar, não viu Dany em lugar nenhum. Sumira novamente. Ela tinha o incrível poder de desaparecer exatamente no momento em que Hermione tinha algo importante para mostrar a ela.

Fazia uma hora que Hermione tinha achado um livro –– enorme, por sinal –– que dizia um pouco sobre os pais de Dany. Em todas as fotografias que tinham dos dois, estavam sempre sorrindo, embora naquela época deveria estar difícil de ter razões para fazer isso, e Hermione viu de onde Dany havia conseguido tirar a vontade de sorrir, mesmo quando tudo estava um caos. O sorriso de Dany, era igual ao de Petyr.

–– Alguém viu a Dany por aí? –– perguntou Hermione, segurando o livro e em pé ao lado da mesa.

–– Não. –– respondeu Rony. –– É estranho, não é? Quer dizer, ela não estar aqui para comer com a gente.

–– É isso o que mais me preocupa. –– disse Hermione, já andando e gritando o nome de Dany em meio aos enormes corredores.

[...]

Dany estava prestes a entrar na Floresta Proibida. O nome já dava-lhe um certo medo, justamente por ser proibida, mas ela havia feito uma aposta com Pansy e Astoria, e também tinha Pichi a guiando, não precisava ter medo de nada ou era assim que ela esperava atravessar aquela floresta inteira.

A aposta tinha sido, que quem chegasse primeiro na linha de chegada, que tinha duas velas acessas, ficaria um dia inteiro com Draco. Dany havia contado a ele sobre a tal aposta, e ele disse para ela não ir de forma alguma, mas, desde quando Dany ouvia alguém? E justamente por orgulho, ela aceitou e saiu sem dizer nada para ninguém, nem mesmo –– e principalmente –– para Hermione.

–– Agora! –– gritou outra garota da Sonserina, que Pansy havia levado só para dizer uma palavra.

As três saíram correndo no mesmo momento. Dany segurava com força a coleira de Pichi, porquê haviam muitas pedras na floresta e ela estava quase caindo, e isso piorou mais ainda quando Pansy e Astoria cercaram-a sem que ela pudesse perceber. Dando um empurrão duplo, elas fizeram Dany tropeçar e acabar soltando a mão da coleira de Pichi, assim como cair rolando de um barranco.

–– Acha que ela se machucou? –– perguntou Astoria, olhando a altura do barranco e começando a se preocupar.

–– E daí se ela se machucou? –– riu Pansy. –– E se machucou, eu acho bom. Agora, vamos embora.

As três iam voltando para dentro do castelo, satisfeitas o bastante pelo plano de uma semana havia realmente dado certo.

Lá embaixo, Dany finalmente havia parado de rolar e batido as costas em uma ávore. Xingou mentalmente e logo ouviu as risadas, assim como o latido de Pichi. Ela não tinha a mínima idéia de onde poderia estar, se ali era perigoso ou se já estava sendo observada por alguma criatura.

–– Não desça! –– ela gritou para Pichi, que ameaçava descer. –– Não seja tão burro quanto eu, Pichi! Volte para o castelo, e dê um jeito de arrastar alguém pra cá!

Pichi quase imediatamente saiu correndo o mais rápido que podia, e logo ela não ouviu mais seus passos. O medo voltara a atormentá-la, porquê estava ficando ainda mais frio, e ela sabia que não era seu uniforme que estava molhado. Quando tentou se levantar, caiu novamente. O uniforme estava rasgado e seu joelho estava machucando, e para piorar, estava sangrando. Ela pode perceber que estava sangrando, quando passou o dedo sobre o joelho e o cheirou.

–– Que ótimo. –– reclamava se levantando com mais cuidado. –– Não basta ser jogada de um barranco, ainda tenho que rasgar o uniforme e meu joelho começar a sangrar. “Turminha das vadias”, ainda matarei vocês, só aguardem.

Ela andou mais um pouco, se segurando nas árvores, mesmo que caísse algumas vezes. Parou desesperadamente quando sentiu alguma coisa tocar-lhe as costas, com toda a certeza, não era algo normal, principalmente a risada que ela ouviu depois da coisa ver que ela havia parado de andar. Tinha quase certeza que deveria ser alguma das criaturas, que ela sempre ouvia falar, mas não sabia qual, já que esta não parecia querer falar algo com ela. “Bem, se fosse um centauro, já teria me matado...” Ela pensou, se virando.

–– Ok, escute. –– ela disse, tentando buscar coragem. –– Se você não me machucar, eu também não te machuco.

A criatura abriu um largo sorriso e a pegou com uma das mãos. Ela quase imediatamente gritou, mas não podia deixar de admitir, aquilo era divertido. Depois, ela ouviu o barulho de uma campainha, como a que tinha em uma de suas velhas biscicletas que uma ou duas vezes tinham sido usadas. Sentiu algo caindo sobre seu colo, e quando passou as mãos para analisar o que era, achou que deveria ser guidão de uma biscicleta.

–– Mas me diga... –– ela continuou, jogando o guidão no chão. –– Qual seu nome?

A criatura rugiu alto, fazendo ela tremer um pouco em sua enorme mão. Dany teve de ficar um tempo arrumando o cabelo, que deveria estar uma droga, não mais que o normal. E sentiu novamente o guidão ser jogado com raiva sobre seu colo.

–– Tudo bem se não quer falar seu nome. –– ela disse, não se arriscando a jogar o guidão novamente no chão. –– Mas o meu é Daenerys, me chame de Dany, se puder falar. E eu sou cega, o que é uma pena, já que eu gostaria muito de saber como você é.

Ela involuntariamente tocou a campainha do guidão, e sorriu ao sentir a criatura sentar no chão com toda a força. Pichi não havia voltado com ninguém ainda, e ela sabia que já deveria ter se passado pelo menos uma hora desde que ela estava conversando com uma criatura que ela nem sabia o que deveria ser.

–– Eu estou com sono. –– ela admitiu, encostando a cabeça em algum lugar daquela mão enorme. –– Se importa se eu me deitar aqui? Ok, vou deitar.

Dany teve de tocar mais duas ou três vezes a campainha, já que a criatura ás vezes a balançava quando via que ela estava dormindo. E teve uma hora que os dois dormiram de vez, enquanto as pessoas lá atrás faziam mais uma busca por Dany, principalmente um loirinho, que gritava desesperadamente seu nome em meio a madrugada escura e fria.


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