A Bruxa Cega. escrita por JéssHiddleston


Capítulo 17
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Estou postando dois capítulos hoje, pra recompensá-los de terem ficado quase um mês sem nada. Mas depois desse, vai ter só amanhã a tarde ou a noite.
Boa leitura (e não se importem comigo quase quebrando a cabeça da Dany qqq.) ♥



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Quando Jane chegou, gritando o seu nome, Dany tentou esconder o arco em algum lugar, mas com isso, acabou batendo a cabeça pela segunda vez naquele dia e ainda por cima, na parede –– que era muito mais dura do que a mesinha de coisas desnecessárias de Gina. Sabia que uma hora ou outra alguma outra pessoa iria mesmo ver, então somente se sentou novamente no sofá.

–– Dany, onde arrumou isto? –– perguntou Gina, sendo a primeira a entrar em casa.

–– Eu mesma que fiz! –– Dany disse com uma voz um pouco metida. O pior, era que ela não sabia mentir. –– Não ficou legal?

–– Deixe-me ver. –– disse Jane, pegando seu presente antes que ela pudesse impedir. –– Não foi você quem fez. Está perfeito demais.

–– Ah, então eu não sou capaz de fazer algo perfeito? –– Dany se arrumou no sofá, tentando ignorar a cabeça que latejava de dor. –– Ótimo saber disso, mãe.

–– Não é isso, é que... –– Jane largou o arco no sofá novamente. –– Isso foi feito com uma madeira muito “sensível” e ao menos que tenha usado o galinheiro, então você não fez. Quem te deu esse negócio?

–– Não é “negócio” minha querida, isto é um “a-r-c-o”. –– ela respondeu, soletrando a última palavra devagar. As idéias de mentiras estavam acabando, e ela temia que continuassem a perguntar onde ela tinha arrumado aquilo. –– E fui eu quem fiz. Se não acredita... Fique sem acreditar.

–– Tudo bem, ainda vou descobrir quem te deu. –– declarou Jane, indo em direção a cozinha. –– E se for quem eu estou pensando, você está ferrada comigo, mocinha.

–– Ah, mãe, pare com essas idéias, eu nem sei de quem está falando! –– Dany disse, rindo o mais convincente possível. Quando viu que sua mãe não estava por perto, parou de rir e virou a cabeça para o outro lado, fazendo uma careta de dor.

Sua cabeça não melhorou depois que todos chegaram, totalmente pelo contrário, acabou piorando, porquê falavam ao mesmo tempo e ás vezes gritavam e só quando estavam perto dela. Achou que seria melhor engatiar no chão até o quarto, mas sabia que isso não daria muito certo, principalmente se Pichi decidisse acabar com seu “disfarce”, latindo e revelando ela ali, de quatro no meio da escada.

Foi então que se lembrou que o sr. Weasley costumava ser fascinado por coisas trouxas, e ela tinha consigo um velho MP3 –– e por sorte, estava todo carregado, por Dany raramente ouvir música. Não que estava interessada nas bugigangas que o sr. Weasley costumava guardar, mas sim queria que a dor de cabeça não aumentasse ainda mais.

–– Mãe, me leva até onde o velho louco Weasley fica? –– Dany pediue Jane pareceu ficar espantada na sua frente.

–– Te levo só se falar “sr. Weasley”. –– Jane disse e ela soube que sua mãe não estava brincando. –– Não vai falar? Então não te levo.

–– Pode deixar que eu levo, então. –– disse George, que tinha ouvido toda a conversa. Depois de dizer aquilo, colocou Dany nas costas. Mas fazer aquilo, naquela cozinha, foi um erro feio, porquê o cômodo era muito pequeno e Dany, novamente, veio a bater a cabeça, dessa vez, na estante. Os pratos que estavam lá dentro ameaçaram cair, mas logo depois voltaram a ficar no lugar certo, diferente da cabeça de Dany.

–– Cuidado, George! –– Molly e Jane disseram ao mesmo tempo vendo-a colocar a mão na cabeça, mas nem era culpa dele.

–– Ops, você está bem? –– George perguntou olhando para trás.

–– Eu tô bem. –– Dany respondeu, tentando convencer a si mesma que realmente estava bem e que sua cabeça não iria explodir ou começar a sangrar a qualquer segundo. –– Agora me leva, faça o favor.

–– Beleza. –– George disse, rindo da forma que ela mandou.

Saiu com ela ainda nas costas, mas com ela se segurando em seu pescoço. Ás vezes ele tinha que parar para ter certeza que ela não tinha dormido, porquê raramente conversava.

–– Porquê quer falar com meu pai? –– ele perguntou, colocando ela no chão.

–– Assuntos confidenciais, nada que seja da sua conta. –– Dany respondeu cruzando os braços.

––Tudo bem, vou te deixar aqui e você que o ache sozinha, já que não é da minha conta. –– George disse, ameaçando voltar.

–– Não! –– Dany pegou de leve em seu braço. –– Se fizer isso, eu faço Pichi lamber sua cara de noite.

–– Ok, você ás vezes é assustadoramente assustadora. –– George disse. Ela não tinha entendido muito bem, mas mesmo assim riu. –– Tenho algo bem mais interessante pra fazer, além de ficar no meio daquela bagunça do papai, mas preciso de ajuda, sabe...

–– Fale. Dependendo do que for, eu posso dar uma ajudinha. –– Dany disse, sem muito interesse.

–– Preciso jogar alguns clones do Rony pro outro lado do muro. –– George respondeu, e Dany abriu um sorriso enorme. –– Vai me ajudar?

–– Não. –– ela fechou o sorriso, mas logo voltou a abri-lo. –– Claro que vou!

Depois disso, os dois seguiram, com Dany novamente sobre suas costas. Como poderia ter se esquecido de jogar alguns clones de Rony para o outro lado do muro? Esperara dias e meses por aquele momento, e ainda não sabia como não tinha feito aquilo antes. Bem, talvez porquê não seria nada agradável chegar em uma casa, e começar a jogar gnomos sem ter permissão.

–– Tudo bem, pegue aqui. –– George disse, pegando um gnomo menor. Ao colocar a mão naquela coisa gosmenta, Dany o jogou longe, mas não foi o suficiente para que ele caísse do outro lado.

–– Que coisa mais nojenta! –– Dany disse quando não tinha mais o bichinho em sua mão, tremendo em sinal de nojo.

–– Você é muito fresca. –– George disse, olhando para ela.

–– Eu? Fresca? –– Dany perguntou rindo irônica. –– Nunca, meu amor.

–– É sim, fresca de mais. –– George colocou um dos dedos dentro de um vaso com uma planta, pegando um pouco de terra que estava molhada por causa da chuva, e passou no rosto dela. Dany deu um grito, que fez Jane correr e olhar pela janela o que estava acontecendo, mas ela riu logo em seguida, então estava tudo bem.

–– Não faça isso! –– ela continuou a gritar, enquanto ele fazia cócegas em sua barriga. –– Não, não!

–– Fresca! –– George disse mais uma vez, vendo ela ficar vermelha.

Passaram o resto daquela tarde jogando gnomos para o outro lado do muro, e se sujando com terra molhada, até dar a hora do jantar. Quando todos foram se deitar, Dany tinha certeza que não queria voltar para a escola no outro dia. O porquê disso, ela ainda não sabia, já que teria muitas coisas para fazer naquele ano, mas com certeza, iria encontrar uma resposta que pudesse respondesse todas as perguntas que estavam em sua cabeça naquele momento.


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