Dany ouviu outra coisa suspeita, e se levantou. Já era a terceira vez que aquilo acontecia, e sozinha com Rony, que ainda estava desacordado, ela achou que qualquer coisa podia acontecer ou vir para perto dela. Sentia frio, e sua barriga começava a rosnar de fome. Ela não podia se dar o “luxo” de abandonar Rony, e ir procurar por comida. Rony era realmente muito pesado, e por esta razão, Dany não tinha o pegado e saído dali, também porquê, ele desacordado, deveria ser mais inútil do que quando estava acordado.

–– Sou eu, Dany. –– disse Hermione, com medo dela jogar mesmo a pedra que estava em sua mão. –– Eu voltei porquê...

–– Não quero saber porquê você voltou! –– disse Dany, jogando a pedra longe. –– Só me ajude a levar essa criatura para a enfermaria! Mas espera... Onde está Harry?

–– Ele ficou para trás. –– respondeu Hermione, se aproximando para levantar Rony.

–– Harry é tão idiota que eu sinto vontade de chorar. –– disse Dany, quando as duas passaram os braços de Rony por cada ombro.

As duas saíram com Rony daquela maneira. Antes mesmo que chegassem até a porta, não agüentavam mais, principalmente Dany, que não tinha feito quase nada, mas havia corrido muito. Ela começou a respirar rápido demais, uma coisa que até ela mesma estranhou por ter feito. E quando Hermione perguntava o que estava acontecendo, e se ela estava bem, foi o momento em que ela foi caindo, levando Rony junto.

[...]

Dany acordou rápido, batendo, sem querer, de testa com Jane. Jane ainda não havia ido embora, justamente porquê Dany parecia ficar a cada dia pior. Dany tinha chegado a enfermaria horas depois de ter desmaiado no alçapão, porquê Hermione foi rápida e conseguiu pedir ajuda. Como, ela não respondia, principalmente quando Dany perguntava. Dany não teria a oportunidade de ficar, para a Copa das Casas, porquê Jane falou que a levaria para casa depois que ela acordasse, e ela realmente tinha acordado.

–– Tudo pronto? –– perguntou Jane quando tinha voltado da sala de Dumbledore.

–– Não. –– respondeu Dany de uma forma “rebelde”. –– Mãe, eu quero ficar! Porquê não posso?

–– Porquê não pode. –– respondeu Jane, tentando a convencer de sair da cama. Dany estava com uma faixa sobre a testa, a razão foi porquê quando ela desmaiou, acabou caindo perto de uma das peças quebradas, que também estava com o capacete aberto, e acabou cortando sua cabeça, preocupando todos. Mas Dany tinha a cabeça tão dura, que realmente só sangrou. –– Agora vamos.

Dany saiu ainda bufando, e não entendendo nada. Ouviu Harry, Hermione e Rony chamando seu nome lá atrás, mas teve de fingir que não tinha ouvido nada, como Jane havia mandado. Naquele momento, sua mãe estava se comportando como o pior monstro de sua vida, e embora Dany a amasse muito muito muito muito, acabou desejando que alguma coruja acabasse esbarrando sem querer bem em cheio no rosto dela. Ela riu com o pedido, o que despertou o interesse de Jane.

–– O que é? –– perguntou Jane, pegando em sua mão novamente, que estava sendo rejeitada.

–– Não é nada, senhorita. –– respondeu Dany, chamando-a pelo nome “proibido”. A família Hall era realmente diferente, vista como uma das mais estranhas no mundo bruxo. Eles tinham ordens estranhas, onde as pessoas não podiam chamar umas as outras como “senhorita” ou “senhor”. Guardavam entre segredo as datas de seus aniversário, e principalmente, não revelavam o que gostavam. –– Mas ao menos depois, me conte quem ganhou.

Dany seguiu em frente, ainda bufando. Imaginou o quanto estaria mais divertido lá dentro do castelo, com todos sorrindo e gritando, inclusive e principalmente ela. Mas não, sua mãe tinha que levá-la embora, tinha que nem deixá-la dizer um “até logo” para seus novos e provavelmente únicos amigos. Não deixou ela respirar mais uma vez o cheiro de neve, que somente Dany conseguia sentir, e que ainda estava em Hogwarts. Mas Dany sabia, que Jane não estava fazendo aquilo por ser má ou algo do tipo, e sim por estar bastante preocupada com ela. Dany sorriu, se virando e pedindo perdão por ter a chamado pelo nome proibido, e seguiu para casa novamente, junto de Pichi que latia animadamente.