Pecados Capitais escrita por IS Maria


Capítulo 1
Mudanças .


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gente . Aqui se inicia minha história , não sei se demorarei a postar por que tenho uma história em aberto e estou modificando a minha finalizada - Sabem como é né ? erros de português !! - mas posto assim que a expiração me vier .



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Pela janela eu podia ver tudo o que o horizonte alcançava , o verde nas montanhas , o céu azul e as árvores dançando ao ritmo do vento . Eu sempre gostara de onde vivia , um lugar aberto e doce , simples e um tanto pobre , mas eu nunca me importara de fato com luxo ou sofisticação . Para mim bastava estar ao lado de quem amo para me sentir feliz .

Mas no ultimo mês tudo me fora tirado . Ainda posso escutar os pneus do carro de minha mãe deslizando violentamente pela pista congelada , tentando evitar o cruzamento com um caminhão que vinha desgovernado pela frente . Bem ... ela conseguira .

O Motorista do outro veículo havia saído em pune , minha mãe havia salvado mais uma vida e consequentemente perdido a sua . Desde que eu nascera , convivo com os atos heroicos de minha mãe . Médica chefe da emergência sempre dando tudo de si para salvar aqueles que não possuíam recursos para ter ajuda .

Sua preocupação com os outros haviam lhe causado preços altíssimos . Nossa família fora completamente separada e eu fora obrigada a crescer sem um pai e sem um irmão cujo não me lembro de como era . Mas de maneira alguma eu a culpo , na verdade eu a considerava minha heroína , meu exemplo , minha super mãe .

Perde-la foi um choque para mim . Eu me vira completamente sozinha , era como se eu não pertencesse mais à aquela casa ou aquela vida , como se não houvesse sequer mais razão para existir .

Tudo mudara a uma semana atrás , quando eu chegara em casa e uma assistente social me esperava . Ela me dissera que eu não poderia ficar sozinha por ser menor e como minha mãe havia nomeado um guardião legal para mim eu deveria me mudar e passar a viver com ele .

Mal pude acreditar na carta que minha mãe me deixara explicando-me os motivos de sua decisão , mas se era a sua vontade ... eu a faria . Nem que fosse por mais uma ultima vez .

" Olá docinho ! Se está lendo isto é por que eu provavelmente já devo ter partido e eu sinto muito .

Provavelmente meu trabalho me tirara de você como seu pai diria que um dia aconteceria , mas isso importa ? Quero que saiba que eu a amo mais do que tudo . Você tem sido meus motivos para voltar para casa a cada final da tarde e ver seu sorriso tem sido o mais importante para mim .

Peço perdão se não pude acompanhar seu crescimento , ou se estive pouco presente , eu realmente dei tudo de mim para ser uma boa mãe .

Escolhi seu pai para cuidar de você neste momento difícil ! Eu sei que está sofrendo , mas peço que tente superar , por mim ? Eu o escolhi por que apesar de termos nos separado ele era um bom pai para você e seu irmão e apesar de tudo e de todos esses anos eu ainda o amo .

Ele saberá cuidar de meu docinho e a protegerá com carinho ! Cuidará de minha bonequinha com muito amor e isso é tudo o que eu mais quero .

Me desculpe por ter partido , mas quero que saiba que eu sempre estarei com você , rogando-a e a protegendo mesmo que não possa me ver . Eu estarei em tudo , no ar , na terra , no espirito e no coração , basta olhar para o lado e mesmo que não posso me ver eu estarei lá . Eu te amo muito docinho ! Adeus ...

Mamãe . "

Eu desabara quando lera suas palavras . As lágrimas correndo quentes por meu rosto . Eu sabia que ela sempre estaria comigo , disso eu não tinha dúvidas e se minha mãe confiava tanto em meu pai , a ponto de ainda ama-lo eu também confio . Sem nenhuma esitação eu havia dito que iria quando quisessem e fui avisada de que seria na semana seguinte .

Bem aqui estou eu , sentada a janela esperando para ser pega . As malas prontas . Em uma deles , minhas roupas , na outra sapatos - uma das paixões que eu e minha mãe compartilhávamos era nossa coleção de discos de vinis e sapatos - , havia uma terceira mala - enorme - para os discos e uma quarta para as fotos e utensílios de minha mãe que me ajudariam a nunca , NUNCA esquece-la !!

Eu estava de certa maneira nervosa . Eu veria meu pai e meu irmão . Sei que a princípio serão como completos estranhos mas depois iremos nos familiarizar e nos tornar família , eu sei que ele deve ser doce como eu me lembro e sei que ele não se aproximara de mim por que mamãe pedira e eu sinceramente a compreendia . Ele havia a deixado por ela não dedicar tempo nenhum a mim ou a meu irmão , apenas a seu trabalho e isso como eu já havia dito , custara muito caro .

Aos poucos eu iria me tornara intima de meu pai e em fim revelaria que após todos esses anos a minha mãe ainda o amava e eu sei que ele também a amava por que a separação fora dura para todos .

Quando eu vira o carro que me esperava não pude conter minha surpresa , era um BMW preto . De fato a vida havia sido justa com meu pai , mas eu não me importava com o carro . Desci minhas malas pela pequena escada sem muita dificuldade e as entreguei para o jovem rapaz que se encarregara de me levar . Então ele se colocou a minha frente e foi quando recordei de que deveria me apresentar , apenas por educação .

– Olá eu sou ... - eu disse um tanto constrangida . Nunca me sentira confortável dentre estranhos , mas isso de fato teria de mudar .

– Senhorita Parker . - disse ele sem mais delongas . Sua postura era a de um profissional . Eu ficara surpresa com a maneira em que dissera o meu nome ... confesso que me deixara ainda mais envergonhada .

– Sim ... parcialmente . - eu disse descontraindo a tensão . Este não era o meu sobrenome , ao menos não o que eu estava acostumada a usar .

– Parcialmente ? - Vê-lo brevemente curioso me fez perceber , que apesar de sua aparência ele era apenas um adolescente ... e não deveria estar sobre tanta pressão .

– é ... Parker é o nome de meu pai . Eu costumava assinar como Colins .

– E prefere que eu a chame como ? - disse ele docemente .

– Eu prefiro que me chame de Sophie .- disse na maneira mais descontraída que pude . Meu estado não era o que poderia se dizer o melhor , mas isso não justificaria uma atitude grosseira de minha parte .

– Não me sentiria confortável senhorita . - disse ele corando . Naquele momento me senti mal por deixa-lo constrangido , mas não me sentiria bem ao ser tratada como uma senhora coisa que não sou .

– Sophie ... e eu imploro . Não me sentiria bem com isso .

– Tentarei me lembrar . - disse ele pigarreando para retornar a sua postura de inicio .

– E você é ? - Perguntei a ele .

– Erik . Erik Blake .

– Prazer em conhece-lo senhor Blake . - eu disse assumindo uma postura tão formal quanto a dele .

– Senhor , o que é isso ? - Vê-lo corar novamente quase provocara um sorriso em meu rosto , mas ainda não fora o suficiente para me aninar .

– Se me chamará assim será recíproco . - Uma das coisas que minha mãe sempre me dissera é que , desde pequena eu sempre fui teimosa e pirracenta .

– Tentarei me lembrar de chama-la pelo nome senho... Sophie .

– Obrigada Erik . - Eu disse me forçando a sorrir . Sim ... haviam dias em que eu não esboçava um sorriso verdadeiro ... o que me fez pensar ... será que em algum dia eu sorrirei novamente ? Erik fez menção de abrir a porta para mim , mas rapidamente me antecipei lhe lançando um olhar de reprovação . Em um começo de conversa , eu me recusara a ir atrás e então me sentei ao seu lado no banco da frente ... ter um motorista fugia demais daquilo ao qual estou acostumada . - Ainda tenho mãos . - eu disse fechando a porta .

– Não me sinto bem com a senhorita sentada ao meu lado . -

– Não me sinto bem sendo chamada de senhorita ou muito menos tendo um motorista . - fora uma resposta rude ... mas ao menos fora a verdade .

– Por favor ... Sophie - disse ele sorrindo . Seu sorriso era carismático e doce o que me fez reparar por um momento em como ele realmente era ... simplesmente divino . Seus cabelos completamente negros , olhos verdes quase em azul e a pele levemente bronzeada ... aparentava uns 19 anos .

– Apenas porque me chamara de Sophie - eu disse brava enquanto caminhava para o banco de trás .

Mesmo relutante eu permaneci ali e nunca pensara que iria me sentir tão mal , como me sentira quando vi minha casa se afastando e aos poucos ir ficando para trás . Eu saio dali sabendo que parto em direção a uma vida que não me encaixarei ... mas saio também com a promessa de um dia retornar .


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado !! Por favor comentem ... a parte mais importante de tudo é receber o carinho e as críticas de vocês !