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A sala estava barulhenta. Porém era do barulho que todos esperavam. O rei havia dado um jantar e estava sentado na ponta da mesa, sério. A mesa grande era preenchida por seres malditos e na outra ponta estava a Rainha. Rosálie e Isabella estavam sentadas de frente uma para a outra, ao lado do rei, Emmett havia conseguido uma vaga para o jantar e estava ao lado de Rosálie, Klaus, um bruxo e escravo, estava na frente de Bella. As outras 8 cadeiras eram preenchidas por seres sobrenaturais.

Dois vampiros, três lobisomens e três bruxos.

Todos vestidos elegantemente, vestidos longos e detalhados feitos sob medidas, armaduras, tudo perfeito. O Rei estava satisfeito como tudo ocorria de acordo com o planejado. Porém quem estava mais feliz era Isabella que corria tudo de acordo com os planos dela. Rosálie olhava toda hora para sua odiada irmã, haviam se unido para isso, ansiavam para isso. Porém Rosálie temia mesmo

Klaus, o bruxo escravo e amigo de Isabella, estava ansioso e inquieto para o duelo. Ele queria tanto ajudar, ser últil e acabar com isso.

Carlisle bateu um talher na taça com um vinho vermelho, Isabella segurou o sorriso. Todos se calaram e olharam para o Rei.

--Esta noite, gostaria de agradecer á todos por virem. E gostaria de dizer que faz um século que conquistei o reino.

Carlisle era imortal, assim como sua esposa. Porém sua filha não passava de uma Mortal e sem poderes.

-- E queria agradecer á vocês por estarem comigo esses anos, dando continuidade ás famílias que reinaram comigo. Um brinde!

Carlisle ergueu a taça, todos o imitaram. Isabella, Rosálie, Emmett e Klaus não beberam, apenas fingiram. Após isso, o Rei se sentou e antes que voltasse a falar, fechou os olhos com força, sentindo-se mal.

--Yes... – Bella comemorou baixo. Os outros resmungavam.

--O que tinha na bebida? – Perguntou a bruxa Molly. Isabella se levantou.

--Um pouco do veneno de vocês, e uma dose especial ao nosso rei!

Carlisle olhou para sua filha que tinha a audácia de sua mãe. Ele estava irritado, porém fraco demais para matá-la.

-- O que você fez sua...

-- Bem, agora é uma reunião só para nós, vocês quatro podem morrer queimados, assim já se acostumam com o inferno. – Klaus se levantou sorrindo satisfeito por usar sua bruxaria, fechou os olhos e então o fogo que havia nas velas tornaram-se fortes labaredas e cercaram os quatro seres que se afastavam, vampiros e lobos morreram rapidamente, as bruxas demoraram, após um grande esforço de Niklaus, elas morreram. –Isso! Agora, é com você Isabella!

Klaus jogou-lhe uma espada e depois saiu. Seu trabalho estava feito. Ele agora era livre para fugir. Isabella agarrou a espada sorrindo, saiu de seu lugar e parou perto do rei.

--Então pai, como se sente? Fraco? Cansado? Sonolento?

--O que fez comigo?!

-- O que é necessário para podermos duelar.

Carlisle riu enquanto caia no chão. Rosálie se encolheu perto de Emmett. Ela não queria lutar muito, tinha medo ainda de segurar uma espada. Mesmo sabendo como fazer.

--Me enfraqueceu para lutar com você? Me envenenou e me deixou fácil de matar para lutar comigo? Fraca!

--Não papai. – Isabella se virou, pegando a espada na parede e jogando no chão perto de Carlisle. – Apenas uma porção mágica para tirar seus poderes, não usando bruxaria podemos duelar. Como humanos, assim como eu sou. Então venha papai, venha lutar com sua filha.

Carlisle rosnou. Há tanto tempo não segurava uma espada e nem se lembrava mais como usar. Agora não tinha poderes para ao menos lhe passar sabedoria.

-- Carlisle... – Esme, a Rainha, estava ofegante. Isabella olhou para Rosálie e Emmett e os dois foram para perto da bruxa má, segurando-a.

-- Então vamos, Isabella. Duvido que saiba duelar.

--Ah Carlisle, quando se passa a vida inteira fugindo de bruxos e depois tem que conviver com eles... você aprende muitas coisas. – Isabella sorriu. – venha pai, vamos ver se é tão bom quanto eu.

Isabella sabia que não. Todos sabiam que não. Carlisle tinha esperança de que conseguiria vencê-la, mas lá no fundo, sabia que era impossível. Porém ficou de pé, sentindo-se um mero humano, sem seus poderes. Ele se sentia nu.

Por um longo tempo se encararam. Não foi um olhar triste de pai para filha. Foi um olhar de ódio, raiva e desejo de vingança e liberdade. Isabella libertaria a todos, vingaria seus pais e mataria quem odeia.

Carlisle deu o primeiro passo, mas o primeiro golpe Isabella que deu. Carlisle sorriu achando que ela não sabia lutar, achando que teria pontos para esse golpe errado. Porém não sabia que fazia parte do truque.

Começaram então uma luta de verdade. O barulho da espada era irritante para os ouvidos de Rosálie. Esme, a Rainha, tentava lutar para se soltar e ajudar o marido. Ela sabia bem que ele logo perderia a cabeça.

Dito e feito.

Após tanta luta, cortes nos braços, rosto e perna, após a roupa do rei estar rasgada e Isabella quase despida, com um grito forte de agudo, raivoso e vingativo de Isabella, a cabeça de Carlisle saiu rolando pela sala de jantar, Esme soltou um grito agudo de dor e aflição. Não pela morte do marido, mas pela perda do poder.

E com isso, todo o reino estava sendo liberto. Enquanto o sangue escorria pelo chão, marcando os pés descalços de Isabella a magia se desfazia, pessoas eram libertas de maldições, aquelas que viraram estatuas no jardim voltaram a se mover, toda a dor feita pela magia de Carlisle com as pessoas que ainda estavam vivas, se desfazia. E Esme então, perdia seus poderes.

--Não... não, não, não, não, não!

Isabella sorria com o que tinha feito, Rosálie também. A sensação de liberdade que havia nas duas foi forte o suficiente para fazerem-na se abraçarem.

Esme aproveitou o momento e buscou com todas as forças por poderes, trocando sua vida, o resto de sua vida por poderes, sua pele ficava enrugada, ela se ergueu apoiando na mesa.

--Bella, Rose, problema a vista. – Emmett se aproximou das duas, ainda com os braços ao redor uma da outra, Rose e Bella encararam a velha bruxa que se levantava.

--Ela está sem pó... – Rosálie interrompeu sua fala enquanto a bruxa gritava palavras desconhecidas.

Vadia desgraçada! Ainda tem o resto dos poderes! Pensou Isabella irritada.

A bruxa ficava cada vez mais velha, porém seu poder era forte. As coisas giravam na sala, o vento era forte. Bella se afastou de Rosálie, porém a loura segurou sua mão com força.

--Vamos embora Bella.

E era melhor ir. Elas não podiam ficar agora que Esme tinha força, mas Bella tinha que acabar logo com a bruxa má. Porém as portas se fecharam, juntamente com as janelas, e após mais alguns berros de Esme, ela sorriu, parando.

-- Ela ficou feia. – Emmett fez careta, irritando mais a Rainha.

--Agora meus queridos, estão amaldiçoados para sempre, terão de matar para se alimentar, terão de viver nas sombras. Sei que a criatura que mais odeiam é esse ser, o vampiro, sugador de alma, por isso, é o que serão por toda eternidade. E, por mais que queiram, jamais irão conseguir se matar.

E com outro grito em uma palavra estranha, desconhecida pelos três na sala, Esme caiu morta.

Alguns minutos de silencio completo, até fogos estourarem lá fora. Então eles sorriram.

--Estamos livres. Realmente livres! – Rosálie comemorou, virou-se para seu namorado e puloou em seu colo, o beijando. Isabella revirou os olhos e se afastou cambaleando, sentindo-se sonsa e dolorida.

--Si, agora podemos casar e assumir esse castelo.

--Sim, e... Bella? – Rose se virou para a irmã, se preocupando com o que havia com ela. – Acho que você precisa de um bom banho e de remédios. Maria! Maria por favor. – Rosálie chamou sua fiel empregada e amiga, o barulho dos sapatos de Maria soou pela sala.

Porém Isabella caiu desmaiada no chão, por cima do sangue seu e de Carlisle.

--Meu Deus! Isabella. – Rosálie se aproximou da irmã, porém a tontura lhe atingiu. Tudo girou tão rápido e a cabeça da loura doeu tanto que ela desmaiou por cima do corpo da irmã. Antes que Emmett pudesse socorrer sua namorada, ele caiu desmaiado também.

Infelizmente, o poder de Esme Foi suficiente para sua maldição realizar.