And I Love Her escrita por Bee


Capítulo 1
Capitulo único.


Notas iniciais do capítulo

Olá, eu tava afim de escrever uma one deles, então escrevi. Espero que alguém leia e realmente goste, eu sei que tá um lixo e que eu não sei escrever sobre o casal, mas saibam fiz o meu melhor para escrever :) Beijinhos. Enjoy it.

Musiquinha pra fic :) http://letras.mus.br/the-beatles/192/traducao.html



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Lembranças, apenas isso lhe restava agora. Sirius estava sentando em um parque trouxa, olhava para a imensidão negra da noite sem luar. Ele não entendia como o futuro lhe havia pregado tal peça. Em suas mãos tremulas estava a foto de uma bela morena, de olhos tão profundos de paz e doçura que o fizera se apaixonar. Ele não conseguia apagar o amor que sentia por Marlene McKinnon.

Marlene sempre foi doce, e ao mesmo tempo um terror. Ela fazia Sirius se sentir inferior, não pelo que era, mas pelas ações, logo no primeiro ano ela se tornou amiga de Lily, ironia do destino talvez, já que o melhor amigo de Sirius, James havia se apaixonado pela ruiva. Uma perseguição começou. Sirius e James se tornaram o pior pesadelo das amigas, eles sempre estavam por perto para conquista-las.

Talvez Lene nunca tenha entendido, mas tudo que Sirius sempre fez foi pela atenção dela. E no sétimo ano, ele teve a maior felicidade de sua vida, ela o beijou, Marlene o beijou após um jogo de quadribol. Ela deveria estar apenas feliz com a vitória, mas ela o beijou novamente dois dias mais tarde, e ele finalmente conseguiu o que queria. Ele conseguiu sua morena.

_ Eu te amo. – talvez esse tenha sido o ápice da vida de Sirius –

_ Serio? – Sirius perguntou confuso – Você está brincando comigo? Porque se estiver brincando saiba que não tem graça.

_ Não estou brincando. – ela sorriu, e ah! Aquele sorriso fazia com que todo o mundo de Sirius sumisse e ela era a única coisa que ele queria ver – Eu te amo.

_ Eu também te amo. – ele disse finalmente –

_ Faz sentido, eu sou extremamente apaixonante. – Marlene riu e beijou o moreno –

O namoro entre os dois começou nesse belo dia de dezembro. E Sirius nem precisava de presente de natal após isso. Porém, a guerra estourou fora dos muros de Hogwarts. Eles queriam fazer alguma coisa. Mas ainda eram jovens, jovens demais na opinião de Dumbledore e do ministério.

O namoro entre os dois durou até o fim do ano letivo. Ela disse que com a guerra, e com o mundo bruxo desabando, um namoro não era a melhor pedida, considerando que ambos estariam lutando.

_ Eu não quero que caso eu venha a morrer na guerra... – ela começou a falar no trem de volta a Londres –

_ Você não vai morrer, eu não deixo. – ele a interrompeu –

_ Se eu vier a morrer, Sirius, não quero que você sofra. Eu te amo, não entendo como demorei tanto tempo para admitir isso. Eu te amo. Mas é perigoso. – os maravilhosos olhos claros da morena se encheram de lagrimas e Sirius se sentiu destruído por dentro –

_ Mas James e Lily vão continuar namorando, e lutarão na guerra. – Sirius expos –

_ As historias são diferentes. – Lene afirmou – Lily é forte, mais forte do que eu jamais serei, ela lutará até sua morte para defender James, e se ele morrer ela conseguirá suportar. Se você morrer na guerra, eu me mataria.

_ Por favor, Lene, não faz isso comigo. – ele implorou, nunca faria isso, mas o fez –

_ Desculpe Sirius. Por tudo que é mais sagrado para você me esqueça, deixe de me amar. – ela lhe deu um beijo terno na bochecha e o abraçou – Você é muito importante para mim, não suporto te ver sofrer. – ela virou as costas para o moreno, deixando um Sirius desolado e sozinho em uma das cabines do expresso –

_ Nosso amor é o que é mais sagrado para mim! – Sirius sussurrou e se sentou no banco, deixando pela primeira vez desde que nasceu as lagrimas escorrerem por seus olhos –

Não acreditam na dificuldade que era toda vez que ele entrava na reunião da ordem e a via lá. Os cabelos ondulados que caiam sobre os ombros delicados de pele levemente bronzeada. Ela era a coisa mais linda que ele já tinha visto. Ele a amava. E em anos nada mudaria isso.

No casamento de Lily e James, o pequeno casamento escondido que eles tiveram, apenas com alguns amigos e poucas pessoas da família, Sirius não conseguia tirar os olhos dela. Ela era a dama de honra mais linda que ele já havia visto. E ele não conseguiu tirar os olhos dela. Após o casamento simples, haveria uma pequena festa na casa dos Potters.

Sirius estava feliz pela felicidade dos amigos. Mas estava infeliz por si próprio. Ele poderia ter se casado também, se casado com a única garota que era totalmente perfeita para ele. A única garota que ele queria. A única. Marlene era única em todos os sentidos. Sirius seguiu para o jardim da casa, onde um banco branco ficava, um banco que os pais de James, e de Sirius, já que o adotaram como parte da família, ficavam sentados sempre que o outono chegava dando uma coloração diferente para o ambiente.

_ Sabe? Eu sempre gostei de olhar para as estrelas. – Sirius ouviu a voz de Marlene suave e refrescante como um vento no litoral. Ele se virou e encarou-a –

_ Nunca soube disso. – ele disse apenas e ela se aproximou, se sentando ao lado dele no banco –

_ Você nunca soube muita coisa sobre mim. – ela sorriu – Normalmente, eu sempre olho para aquela constelação. – ela apontou uma constelação no céu estrelado – Aquela é a estrela mais brilhante do Cão Maior. Sabe o nome? – Sirius sacudiu a cabeça negando – Sirius.

_ O que? – ele a olhou assustado -

_ Aquela é a estrela que lhe dá nome. – Marlene sorriu – É a estrela mais brilhante do Cão Maior, meu cachorrão. – ela brincou, fazendo-o rir –

_ Veio aqui só para me dar uma aula de Astronomia? – ele brincou –

_ Não, eu estava lembrando esses dias que eu nunca lhe dei um ultimo beijo, ou uma ultima noite. E aproveitei que veio aqui pra fora para conversarmos sobre isso. – ela sussurrou –

_ Lene. – Sirius suspirou tristemente –

_ Por favor. – ela implorou – Vamos fazer isso por nós dois, em nome do nosso passado, e fechar tudo com chave de ouro.

Sirius não esperou nenhum minuto até beija-la e leva-la para seu quarto. Onde ele finalmente se sentiu vivo novamente, vivo pelo amor de sua vida.

[...]

_ Sirius. – Remus apareceu no parque onde Sirius estava, e pela sua voz complacente e triste algo realmente horrível havia acontecido –

_ Moony. – Sirius disse e Remus se sentou ao lado dele. -

_ Eu sinto muito. Houve um ataque. Os McKinnon foram assassinados. – Remus sussurrou -

_ Lene? – ele sussurrou –

_ Ninguém sobreviveu. – Remus disse apenas e os olhos de Sirius se encheram de lagrimas –

_ Não Remus, você está brincando comigo, diga que isso é uma brincadeira. – ele implorava chorando – Remus diz que é mentira! – ele gritou –

_ Me desculpe. – foi a única coisa que Remus disse antes de Sirius se transformar em um cachorro, e correr pelas ruas –

Sirius corria em suas quatro patas e era apenas um borrão negro passando nas ruas, seguiu caminho à casa dos McKinnon. A casa estava devastada. Assim como Sirius. Eles tinham lutado. Eles morreram lutando. Aurores estavam lá, e cercavam a casa. Dumbledore estava lá conversando com outros participantes da Ordem.

Por que ela? Por que justamente Marlene havia partido? Black adentrou a casa, e sentiu o cheiro de morte. Lá estavam os quatro alinhados sobre o chão gelado. Sirius se transformou no homem que era, apesar de que naquele momento ele não era metade do homem que fora.

_ Minha pequena. – ele passou a mão no rosto dela, os olhos claros continuavam abertos, então Sirius os fechou lentamente, assim pareceria que ela apenas estava dormindo – Como você pode me abandonar? Lene, por favor, diga que é mentira, diga que eu estou tendo um pesadelo, e que quando eu acordar estarei em minha cama em Hogwarts ouvindo o Rabicho roncar. Por favor, Lene. – ele implorava com a voz embargada -

Mas não aconteceu, o pesadelo continuou. Seu amor estava ali paralisada sobre o chão gelado, e ele não estava no dormitório de Hogwarts. No enterro da família, Lily estava desolada assim como Sirius. Mas após o pequeno corpo em um caixão branco descer em direção a terra batida e escura, Lily se virou para ele.

_ Não sei se você tem conhecimento, mas Lene escreveu uma carta caso algo acontecesse, ela estava escrevendo desde que a guerra começou. – Lily disse limpando as bochechas rosadas das lagrimas que insistiam em cair – A carta está em um livro ao lado da cama dela. Eu já peguei a minha carta. Só resta a sua.

_ Vamos para nossa casa. – James sussurrou para a esposa e o melhor amigo – Você se importa, Padfoot? – ele perguntou para o amigo –

_ Não mesmo, apareço lá daqui alguns minutos apenas para ver meu afilhado. – o moreno tentou sorrir, mas não passou de um rosto contorcido –

O casal se despediu e logo então aparatou. Sirius permaneceu mais um período de tempo no velho cemitério. As poucas folhas caídas das arvores as redores voavam de acordo com o vento. As poucas pessoas que arriscaram sair de seus covis para ir ao enterro já haviam partido e voltado a se esconder.

Sirius então dando um ultimo olhar para a lapide recém esculpida. Aparatou. A casa velha continuava com o mesmo cheiro da ultima vez em que ele esteve, o cheiro forte e marcante da maldição. Ele subiu para o quarto. O quarto continuava idêntico a antes, o cheiro o mesmo, as roupas dela ainda estavam dobradas sobre a cama, e seus tênis converse ainda estavam jogados de qualquer jeito embaixo da mesma.

O livro ao lado da cama continuava intacto. Ele pegou o livro como ela fez tantas vezes. Passou lentamente os dedos sobre a capa negra de couro assim como ela faria. Sentiu o cheiro das folhas antigas e então abriu. Tentou ler as paginas do livro, mas ele era totalmente escrito em latim, e as únicas palavras que ele sabia da língua morta em questão era os feitiços que usava diariamente.

Folheou o livro, primeiramente rapidamente e então mais lentamente, até que algumas folhas saltaram em seu colo. Ele separou o livro, e então juntou as três folhas que haviam caído. Ele notou a letra desenhada dela, e alguns desenhos infantis no canto da folha.

“Hey, cachorrão...

Se você está lendo isso, de duas uma, ou eu parti antes do esperado, ou você invadiu meu quarto e achou essa carta. Se você se encaixa na ultima opção então deixa essa carta de lado antes que eu te mate. (Como essas palavras eram inadequadas para o momento – ele pensou ao ler)

Mas se estamos vivendo a primeira opção, então eu fiz a coisa certa ao terminar. Nós dois não podíamos sofrer com isso. Sério, me desculpa se eu te fiz sofrer, o que eu sinto por você é enorme, eu te amo, nunca menti quanto a isso. Eu te odeio, mas eu te amo. Eu te odiei na primeira vez que te vi sentar naquele banco tripé, e a cara ridícula que fez ao ser mandado para a Grifinória, ou a forma como logo depois passou dias dizendo: “Eu vou acabar matando minha mãe de desgosto, e isso é o máximo”. Eu odiava ter aulas com você, porque desde o começo você agia como se soubesse tudo, e chacoteava com os professores, e alunos ao redor. Eu te odiava por correr pelos corredores, sem se importar com nada, por fazer travessuras. E te odiei mais ainda por todo santo dia desde que coloquei os olhos em você, você correr atrás das outras meninas, agarrar as outras meninas e depois chegar e com esse sorriso idiota de malandro me olhar e dizer que eu sempre era a única. (Você sempre foi a única – ele complementou em pensamento)

Mas depois, quando eu comecei a entender tudo, que eu queria te odiar, eu percebi que não conseguia te odiar de verdade, porque dentro do meu peito tinha um sentimento mais forte pedindo para escapar, eu estava apaixonada por você, acredita? Depois desse momento, eu te odiei mais ainda por conseguir oque queria, você conseguiu me conquistar.

Entenda, quando eu te beijei, não foi só pela felicidade de ganharmos o torneio de quadribol, claro isso ajudou, mas eu realmente queria fazer aquilo, e a forma esguia como você jogava, meu Merlin, aquilo me enlouqueceu, sabia? Eu devia estar louca, eu ainda estou louca.

[mudança da letra]

Faz alguns dias que não escrevo, as lutas contra Aquele-que-não-deve-ser-nomeado estão tirando nosso tempo, meu e seu. Eu te vejo, algumas vezes com a varinha em mão, pronto para atacar ao primeiro sinal. Isso sinceramente me faz querer te beijar, mas não posso. Sabe, desde que eu terminei contigo, meu coração se quebrou, eu realmente te amo, eu sei que foi uma escolha minha, mas não sei eu preciso de você.

[mudança na cor da tinta usada]

Eu adoro a forma como o cabelo cai sobre o seu olho quando você me olha de longe. Adoro também como você sorri malandro sempre que sabe que está certo. Amo como você está sempre com seus amigos, você é um amigo perfeito. Vejo isso pelo James e o Remus, eles estão sempre próximos a você de forma lhe retribuir.

Eu sei que durante o sexto ano você foi expulso da sua casa, e fugiu para morar com os Potters, e adoro ver como você e James se conhecem, e se completam, vocês parecem um casal. No bom sentido, se é que existe. Isso me faz gostar tanto de você, afinal a única forma de saber como seria um relacionamento é analisar as amizades. E a amizade de vocês é uma coisa única.

Eu já disse que adoro seu sorriso maroto? Serio, talvez seja uma das coisas que mais gosto em você, além dos seus olhos negros e poderosos que me faziam tremer de excitação, também seu cabelo, como pode ser tão sexy? Eu realmente amo tudo em você. Amo sua inteligência escondida, sua ironia adorada, seu jeito de falar, eu adoro a forma como você anda e como você se joga na cadeira nas reuniões da Ordem.

Entendo que por ler até aqui, significa que eu parti. Então, quero que entenda uma coisa, tudo que eu disse aqui, são coisas que nunca tive coragem, ou forma de dizer, as palavras me escapavam. Mas eu precisava que soubesse disso. Espero que aceite que essas coisas acontecem por alguma razão. Não se torne alguém horrivelmente vingativo, ou amargo. A vida é isso, somos feitos de partidas e chegadas, de momentos de paz e de guerra. Vivemos nesse mundo. Aceite o amor que eu lhe dei durante minha vida, pois esse mesmo amor nunca morrerá enquanto você lembrar-se de mim.”

A carta não tinha uma despedida, mas para Sirius, as despedidas eram a pior parte. Então tudo que ele fez foi se levantar. Roubar o perfume dela e a carta que ela lhe deixara antes que ele partisse em direção a sua casa. Lembrando-se da promessa que havia feito, partiu até a casa de James e Lily.

No meio do caminho, algo lhe chamou a atenção. Ele notou uma nova estrela brilhante como Sirius – a estrela da constelação Cão Maior -, próximo a esta estrela. Então ele notou. Era ela. Ela se tornou uma estrela, a estrela que guiaria a vida dele.

_ Eu aceito o seu amor, minha menina. E saiba que o amor que sinto por você nunca morrerá. – ele sussurrou para a estrela com uma lagrima a escorrer pela bochecha esquerda – Eu te amo, eternamente e exacerbadamente.

Então sorrindo, partiu ao encontro da casa do seu amigo. Finalmente voltara a sorrir, ele sabia que Lene não gostava nada quando ele ficava de cara amarrada, e amargo. Marlene amava o sorriso dele, então por que esconder? Sirius sabia que ela estava lhe acompanhando a todo momento. Afinal, aqueles que amamos nunca nos deixam de verdade.

Bright are the stars that shine. Dark is the sky. I know this love of mine will never die. And I love her. (The Beatles)


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Notas finais do capítulo

E então. Perguntinhas: alguém leu? Alguém gostou? Se leu e gostou: tem uma caixinha logo aqui embaixo dando belas piscadelas e lhe seduzindo, ela quer que você a preencha :) Se leu e não gostou: tem uma caixa aqui embaixo que vai fazer uma escritora entender como melhorar para vocês, e ela gosta de ser preenchida mesmo assim. Beijinhos.