▬ Marlene McKinnon

Uma garota de cabelos loiros dourados, olhos castanhos e uma barriga levemente grande corria desesperadamente, ora olhava para trás ora respirava fundo e tornava a correr . Ela tinha que escapar, tinha que salvar seu bebê, tinha que salvar si mesma.

Já havia perdido sua família, não poderia perder seu bebê.

Arfou quando percebeu que entrara num beco sem saída. Reprimiu um soluço e pôs a mão na barriga de três meses e meio. Ouviu passos cada vez mais próximos e respirou fundo.

Sentiu uma fisgada no umbigo e soltou um gemido de dor. Aparatar doía muito, por isso a mesma evitava. Apoiou-se nas paredes e se pôs a olhar.

Estava em uma bela casa de campo, onde havia várias flores sobre a folhagem do campo, um sol brilhava fazendo a loira esboçar um pequeno e fraco sorriso.

Estava segura. Mas não por muito tempo.

Como se o destino conspirasse contra ela, uma voz arrepiante e terrível faz a garota derramar as lágrimas e se virar.

– Suas ultimas palavras? –murmura a voz gélida de Voldemort apontando a varinha para a garota que estremeceu e apertou ainda mais a barriga.

– Perdoe-me bebê. –fala a loira soluçando encarando a barriga e a acariciando.

– Avada Kedrava! –grita Voldemort fazendo que uma luz verde atinja a garota que deu um ultimo suspiro.

E assim, Marlene McKinnon cai morta no chão, com sua mão na barriga. Narcisa sente os olhos lacrimejarem, mas Lucius faz que a noiva limpe os olhos. Voldemort solta uma gargalha de prazer e logo se vira em direção á Lucius e Narcisa, seus novos seguidores.

– Lhe digo uma coisa. Fizeram muito bem á se unir á mim, pois se não.. Receio que teriam o mesmo final dessa jovem. Tão linda, sangue puro. Desperdício de magia. –fala Voldemort em um lamento fingido, fazendo que Narcisa e Lucius assentissem com a cabeça.

– Somos seus servos Lord Voldemort. Estamos aqui para lhe servir. –fala Lucius fazendo uma reverência exagerada e obrigando Narcisa fazer o mesmo.

Voldemort abre um sorriso maldoso e puxa Narcisa que reprimiu um grito de pavor. Com os olhos cheios de pânico, Narcisa encara o rosto pálido e sem nariz de Voldemort.

– E você minha querida.. Vai me servir? De livre e espontânea vontade? –pergunta Voldemort se divertido com Narcisa que sufocou um grito.

Lucius paralisa, queria tanto se mover e defender sua amada, mas o medo o paralisou. Narcisa sorriu tremendo.

– Claro meu senhor. Serei fiel até o fim. –fala Narcisa disfarçando o medo e abrindo um sorriso falso.

– Então pare de tremer minha cara. Não aceito pessoas que tenha piedade. Preciso de gente de sangue frio. –murmura Voldemort largando bruscamente Narcisa e se virando. – Estão dispensados. –

Assim, Voldemort some deixando um rastro de fumaça negra pelo ar. Lucius tenta ajudar Narcisa, mas a mesma o empurra e o olha com desprezo.

– Odeio você! ODEIO! CULPA SUA MINHA FAMILIA ESTÁ EM PERIGO, CULPA SUA! SEU CRETINO! –berra Narcisa dando tapas no peito de Lucius.

– Ninguém mandou você aceitar se casar comigo. –murmura Lucius friamente segurando os pulsos de Narcisa que derramava lágrimas.

– Você é um miserável. Covarde. Covarde. Deixou ele matar ela! Ela estava grávida! GRÁVIDA LUCIUS!  –fala Narcisa encarando o corpo pálido de Marlene que jazia no chão.

– Você fala como se eu fosse quem a matou. –fala Lucius ultrajado.

– Você é testemunha. Eu.. Ai meu deus.. Eu vi uma garota grávida morrer e não fiz nada. Eu sou um monstro. –murmura Narcisa se ajoelhando no chão e se arrastando até o corpo de Marlene.

Lucius se mantinha impassível, com as feições duras e indiferentes. Narcisa chorava sobre o corpo de Marlene.

– Me perdoe.. Me perdoe.. –soluça Narcisa segurando a mão fria de Marlene.

Lucius respira fundo e puxa a noiva que se debateu, mas não resistiu e chorou nos braços do loiro que disfarçava as lágrimas. Apertou-a para si e logo aparatou junto com ela, a levando para bem longe.

No baile, Sirius e Túnia trocavam sorrisos apaixonados e dançavam coladinhos. Jason estava sentado com uma expressão dolorida encarando Halley e Xen que dançavam felizes. Jason estava tão concentrado que nem percebeu quando uma ruiva de mechas loiras se sentou ao seu lado.

– Caramba, você nunca consegue tomar atitude? –murmura Lena assustando Jason se virou e abriu um sorriso carinhoso para a ex.

– E você Milena Singer, nunca deixa de me assustar com essas aparições repentinas não? –retruca Jason com um sorriso divertido, feliz por ver Lena.

Lena deu um sorriso maroto e abraçou o ex que retribuiu a apertando ainda mais e sentindo um cheiro familiar. O loiro franze as sobrancelhas e encara a ruiva.

– Você mudou de shampoo? –pergunta Jason desconfiado ao sentir o cheiro familiar.

– Hãn? Jason, eu estou usando meu shampoo de sempre. Você está bem? –fala Lena estranhando e tocando na testa de Jason, preocupada.

– Não.. É que o cheiro.. É-é familiar. –gagueja Jason se lembrando da primeira vez que sentiu o cheiro.. Aula de porções.. Porção Amortentia.

Lena abre um sorriso desconfiado, mas logo puxa Jason para dançar.

– Ei Lena? Como você está aqui? –pergunta Jason dançando com Lena.

– Pedi permissão para Nebelle e Dumbledore. Lúcia também está aqui. –fala a ruiva, logo apontando para Rolf e Lúcia que se beijavam. Jason ri e Lena o acompanha. Halley de longe observa a cena e abre um sorriso alegre.

Ela sabia. Sabia que Jason gostava dela, mas nunca o deu esperanças, pois sempre o viu como um irmão. Por isso ao ver Jason com Lena, a morena desejou com todas forças que eles voltassem a namorar, pois Jason era um cara legal e merecia ser feliz.

E como se desejos realizassem essa noite, Jason e Lena se encaram com os rostos próximos o suficiente para ouvir a respiração falha de ambos. Estavam a preste se beijar, quando um barulho faz que todos se silenciem. Jason e Lena se afastam constrangidos e encaram Dumbledore que possuía o rosto severo e olhar triste.

– Sr. Black e Srta. Evans, por favor podem me acompanhar? –chama Dumbledore fazendo que Túnia e Sirius se encarassem desconfiados e assentirem com a cabeça, indo em direção ao diretor que os conduziu á um corredor.

– Sorvete de Limão. –murmura Dumbledore com a voz rígida e a estátua que estava em sua frente se move em um estalo.

Túnia apertava a mão de Sirius nervosamente, o mesmo tentava acalmar a amada, sem sucesso. Quando os dois estavam dentro da sala, Dumbledore pigarreia e encara os dois.

– Tenho uma notícia ruim. Marlene McKinnon foi encontrada morta. –fala Dumbledore e Sirius abre a boca surpreso e Túnia o abraçava.

– E ela esperava uma criança. –completa o diretor, fazendo que Sirius derramasse lágrimas e Túnia reprimisse um soluço.

– Um filho.. Ela esperava um filho meu.. –murmura Sirius estático e Túnia segura o rosto do amado, fazendo que ele encarasse os olhos cinzentos da loira, que o apertou em seus braços, fazendo que o maroto desandasse de chorar, enquanto Túnia acariciava o cabelo e reprimia as lágrimas.