Ele ainda tinha dúvidas?Acariciei sua mão que ainda estava mantida em minha face,e bastou esse simples sinal para que ele fizesse o que eu tanto desejava...Colando seus lábios nos meus acabando de vez coma minha sanidade. Sua língua invadiu minha boca fazendo-me ter espasmos e choques elétrico por todo o meu corpo.Me atrevi a fazer a mesma coisa explorando cada canto de sua boca com a minha.Não tinha palavras para descrever esse momento tão,tão...Prazeroso.

Você é tão hipnotizante

Poderia você ser o diabo?

Poderia você ser um anjo?

Seu toque magnetiza

Parece que estou flutuando

Deixa meu corpo brilhando

Seus lábios possuem um gosto único e extremamente viciante, nossas línguas agora dançavam uma dança erótica e sensual, em um ritmo lento sem pressa, estávamos apenas aproveitado o momento.Toda a minha sanidade ou raciocínio sobre minhas ações haviam ido pro espaço e eu me concentrava no beijo feroz que eu e Damon estamos tendo.

Nosso beijo não era nada calmo e romântico,era selvagem, feroz e desesperador como se nós dependêssemos dos lábios um do outro desesperadamente, como se houvesse um imã que nos atraia.

Eles dizem estar com medo

Você não é como os outros,

amantes futuristas DNA diferente,

Eles não te entendem

Meu corpo estava em chamas,um calor incomum estava me possuindo e acredito que aconteça o mesmo com o meu moreno.Céus,eu poderia ficar ali para sempre.É como se ter aqueles lábios colados aos meus fosse uma necessidade extremamente importante. Sem controle algum sobre o que estava fazendo,minhas mãos foram em direção a seu cabelo puxando os fios negros como as azas de um corvo para mais perto de mim.Eu sentia que aquela aproximação ainda não era o suficiente para nos mantermos juntos.

Você é de um outro mundo

Uma dimensão diferente

Você abre meus olhos

E eu estou pronta para ir,

Guie-me para a luz

Suas mãos soltaram-se de meu rosto e seguiram em direção a minhas pernas.Ok isto já está indo longe de mais,mas,eu me importo?A resposta é não.Não ligo para mais nada neste momento que não seja provar mais e mais dos lábios viciantes de Damon.Seus toques estão me arrepiando por completo.

Me beije, me B-B-Beije

Me infecte com seu amor,

me preencha com seu veneno

Me leve, me L-L-Leve

Quero ser uma vítima,

pronta para abdução

Garoto, você é um alienígena,

seu toque é de outro mundo

É sobrenatural, extraterrestre

O maldito ar foi necessário,seus beijos desceram para meu pescoço,causando vário arrepios naquela região.Damon mordeu o lóbulo de minha orelha fazendo-me controlar para não gemer,mordi meus lábios fortemente na tentativa de não deixar nenhum som sair de meus lábios e pude sentir o gosto metálico de sangue em minha boca.

Você é tão supersônico

Quero sentir seus poderes,

me atordoe com seus lasers

Seu beijo é cósmico,

Todo movimento é mágico

Infelizmente ou felizmente eu havia ido de vestido hoje o que deixava minhas pernas expostas e livres para ele realizar qualquer toque mais ousado.E pra falar a verdade eu ansiava e muito por mais toques da parte dele,eu queria sentir suas mãos novamente.Deus,o risco de sermos pegos no flagra deixava as coisas mais excitantes,mais desejosas e mais perigosas.

Você é de um outro mundo

Uma dimensão diferente

Você abre meus olhos

E eu estou pronta para ir,

Guie-me para a luz

Seus dedos começaram a fazer um leve carinho na parte interna de minha coxa,gemi baixinho com isso e ele deu um sorriso torto ao ver a reação que seus toques causavam.Filho da mãe,desgraçado,galinha,idiota,gostoso...AGH!

Me beije, me B-B-Beije

Me infecte com seu amor,

e me preencha com seu veneno

Me leve, me L-L-Leve

Quero ser uma vítima,

pronta para abdução

Garoto, você é um alienígena,

seu toque é de outro mundo

É sobrenatural, extraterrestre

Segurei seu rosto o fazendo olhar para mim e novamente eu me perdi em seus olhos azuis como o oceano.Ataquei sua boca selvagemente tentando descontar toda raiva que estava sentido daquele desgraçado por fazer-me o desejar tanto.É possível uma pessoa desejar outra tanto assim?O que está acontecendo comigo? O prazer que seus toques e seus beijos estava me proporcionando é incomum,mas,meu corpo almeja por mais,para que acabasse a maldita distância que ainda existia sobre nós.Ele mordeu levemente meu lábio o puxando para si arrancando um alto suspiro de mim.

–Gilbert e Salvatore!-Arregalo meus olhos.Olho para o lado e me deparo com a diretora nos olhado furiosa. Eita porra fodeu! Me separo imediatamente de Damon fazendo-o finalmente olhar para o lado e assim como eu ficar estático com a figura a nossa frente.Estamos fodidos,certamente a diretora não deixaria nós sem alguma punição depois de ver dois de seus alunos se beijando.

"Se beijando?Lenita isso não foi um beijo comum,por favor admita."

Minha deusa se manifesta pela primeira vez.

"Ok,eu admito.Não foi somente um beijo estávamos nos agarrando."Reviro os olhos mentalmente.

–Então será alguém poderia me explicar o que está acontecendo aqui?-Ela fala de braços cruzados. Damon se levanta e estende a mão pra mim,recuso e levanto-me sozinha.Isso é culpa dele,se não tivesse me beijado não estaríamos encrencados.Ele me olha confuso e eu o ignoro concentrando minha atenção na mulher a nossa frente. -Ainda estou esperando uma resposta.

–Estávamos nos beijando é tão difícil entender?Sabe quando dois lábios se encostam e...Ele faz um biquinho com os lábios.-Confesso que eu rira se não estivesse nervosa,lhe dou uma cotovela e ele me olha especulativo.

–Nossa seria muito engraçado se vocês não estivessem tão encrencados.-Abre um sorriso irônico.Droga!-Sigam-me.-Vira as costas nos deixando com cara de tacho. -Além de não seguirem as regras tem problema de audição?Andem sigam-me,vamos ter uma conversa civilizada.

A seguimos sem protestar,na nossa situação não seria muito inteligente arrumar mais confusão com a diretora,pelo menos eu espero que Damon também pense do mesmo modo. Eu não estou com medo da punição que ela nos dará e sim se alguém viu ou não.Por que diabos eu deixei ele me beijar?Isso não devia ter acontecido e não pode acontecer novamente.

"Pode negar o quanto quiser Elena,mas você gostou do que aconteceu e quer mais."Minha deusa se pronuncia.Ótimo!Além de estar totalmente confusa e nervosa ainda tenho uma deusa que apoia isto.

"Não,não quero deusa."

"Por Deus,admita que você quer beija-lo de novo,toca-lo sentir o prazer que os toques dele te proporcioná."

Meu corpo se arrepia ao lembrar o momento de alguns minutos atrás.

"Ele tem namorada e..."Tento argumentar o que é totalmente ridículo,é como falar sozinha.

"Para!É sempre a mesma coisa,acha que Katherine se importaria de fazer a mesma coisa se a situação fosse inversa?"

"Como você mesma disse,se eu fosse ela,coisa que não sou.Por mais que eu tenha todos os motivos para fazer disto uma vingança em relação a ela sobre todas as coisas que me fez eu não sou assim,não quero me igualar a ela então...não tente mais."

"Não negue seus sentimentos."

"Não posso negar uma coisa que não tenho."Respondo-a e isto foi como mentir,é como seu eu não quisesse realmente dizer aquilo.Minha frase soou tão falsa.

Minha deusa não me respondeu e é até melhor.Continuei em silêncio,afinal o que eu vou falar?Enquanto caminhamos em direção a sala dela posso sentir o olhar quente de Damon sobre mim,simplesmente permaneço de cabeça baixa,não consigo encara-lo depois do que aconteceu.

Logo estávamos em frente a sala da diretoria,olhei de canto para Damon e ele possuía uma expressão despreocupada e um sorriso irônico no rosto.Ah mais é um cafajeste mesmo.Como eu sou burra!Não deveria ter deixado-o me beijar,agora com certeza ele vai ficar se gabando por ai.

Bufo irritada atraindo a atenção de Damon,suas bochechas estão levemente coradas,talvez pelo calor ou pelo constrangimento,mais provável a primeira opção.Seu olhar sobre mim é agonizante e me faz sentir novamente a absurda necessidade de ter seus lábios colados nos meus.

–Entrem por favor.-A voz da diretora desperta meus sentidos.

Entro rapidamente na pequena porém aconchegante sala,alguns biscoitos e docinhos estavam em um pequena mesa em um canto da sala.Que injustiça!Os aluno tem que comer um hamburguês com um pão mais duro que pedra enquanto os professores e a diretora se deliciam com doces e bolachas.Protesto!Ao menos um lanche decente tínhamos que ter.

Sento-me em uma das cadeiras sem ser autorizada e coloco meus pés em cima da mesa despreocupada. Mexo meus dedos nos "braços" da cadeiras olhando para ela impacientemente que por sinal olhava-me raivosa.

–Elena comporte-se direito.-Ela repreende-me e reviro os olhos.

Damon senta-se ao meu lado e acompanho seu movimento com o olhar,meus olhos sem controle algum se direcionam para sua bunda,meu Deus que vontade de aperta-la.Mordo os lábios,estou virando uma tarada. Mas que diabos eu estou pensando?

Tento esvaziar pensamentos indecentes de minha mente.Ajeito-me melhor na cadeira para focar minha atenção na diretora não no moreno ao meu lado.

–Elena entendo que você é nova aqui e não deve saber muito bem algumas regras e...

–Por favor diretora,poupe-me do discursso "amigável" que tentará fazer para amenizar a situação,não seja falsa e fale logo qual será a nosso castigo.-A interrompo e ela bufa,sentando-se e assumindo uma carranca em seu rosto.

–É proibido contatos sexuais entre os alunos e parece que você e Damon não entendem isso muito bem.

–Claro,até mesmo porque somos os únicos a fazerem isto não é mesmo?Não nos acuse e muito menos de piti,pois varios de seus outros alunos também não entendem essa "regra" e se comem as escondidas aqui no colégio.-Rebato e Damon solta um riso abafado.

–Obrigada pela informação Elena.-Sorri irônica.-Agora vou passar a prestar mais atenção em meus alunos e vocês são um belo exemplo para mostrar as consequências ao cometerem esse ato aos outros.

–Pronto,viramos hamisters de experiências em laboratórios.-Falo irônica.

–Elena sem mimimi,seja mulher o suficiente e aceite as consequências de suas atitudes.

–Essa velha só pode estar na seca mesmo.-Comento baixinho mas o suficiente para ela ouvir e me olhar furiosa.

–O que disse?-Pergunta elevando o tom de voz.

–Por favor não grite comigo,não sou surda.

–Sem enrolação...

–Eu disse que a senhora está na seca pra ter tanto mau humor,me responde uma pergunta:a quanto tempo não transa?-Digo na maior cara de pau e ela parece que quer partir para cima de mim.

–Eu exijo respeito!-Praticamente grita.

–Que pena pois "exigir" e "ter" são palavras diferentes.

–Agora você passou dos limites Elena,comunicarei seu pai.

–Ah é mesmo?Faça isso,não me importo,na verdade você estará me fazendo um favor,quem sabe assim ele não me manda de volta para NY.Porém a senhora não sabe que eu sei que meu pai que paga várias coisas dessa escola,ele sabe que a senhora fica se pegando com os pais de seus alunos aqui?-Sorrio ao ver sua reação temerosa.-Hum acho que não né?É só eu abrir a boca que a senhora pode perder esse cargo,afinal a escola não é inteiramente sua e sugiro que veja se as vagas para garçonete no Mystic Grill já estão disponíveis,pois esses será o único lugar em que poderá trabalhar depois que seu currículo estiver machado.

–Está blefando!

–Será?Quer dizer que você pode ficar se agarrando com homens comprometidos aqui e reclama que seus alunos façam o mesmo?Que coisa feia diretora,belo exemplo.-Levanto-me e começo a bater palmas. Sim,eu estou parecendo uma verdadeira vadia manipuladora,mas o que tem de errado em beijar um garoto?

–Elena,Elena...Eu tenho anos de experiencia como diretora,já lidei com adolescentes muito piores que você,sei o que fazer.Sim,eu confesso que estava me agarrando,ou beijando,use a palavra que preferir,mas enfim eu também sou humana.Contar isso não irá fazer com que se livre das consequências.

–Ok então,pare de nos enrolar diretora,diga o castigo que nos dará.-Damon se pronuncia pela primeira vez desde que entramos nessa sala.Provavelmente ele também deve estar impaciente.

–Sábado de manhã acontecerá um evento aqui na escola,iremos mostrar os talentos de cada disciplina,na verdade foram escolhidos os representantes digamos assim para representar um grupo todo de cada matéria.Vocês dois irão vir bem cedo de manhã para organizar as coisas e ao final de tudo limparão o colégio.

A olho indignada,Damon possui uma expressão de fúria em seu rosto,suas mãos estão fechadas em punhos e seu maxilar está travado.Ele esbraveja palavrões baixos que somente eu consigo ouvir e olha mortalmente para mulher a nossa frente que sorria irônica ao notar nossa reação.

–COMO É QUE É?-Grito.

–É isso mesmo Elena.

–Por acaso temos cara de empregados?-Vocífero.

–A decisão já está tomada.

–Ah claro,melhor fazer alunos de empregados para não ter que pagar para os funcionários não?Eu me recuso a ter que servir um bando de velhos gordos e chatos que só sabem falar sobre política e que certamente são solteirões que passam suas tardes jogando chadrez quando realmente queriam ao menos comer alguém!

–Olha os modos!

–Os modos que vão pra puta que pariu!Eu não vou vir,não sou obrigada!

–Diretora será que você não poderia deixar essa passar não?-Damon tenta interferir em um modo mais calmo que o meu.

–Não,não vou deixar passar.Damon você que já um aluno antigo deveria saber que é proibido esse tipo de relacionamente entre os alunos,sem contar que pelo que eu saiba és namorado de Katherine Gilbert.

–E pelo que eu saiba você veio pra essa escola para administrar seu colégio não tomar conta da vida dos outros.-Ele retruco e sorrio com sua resposta.

–Não adianta fazerem marra e Elena se colaborá nem eu nem você precisamos nos aturar muito menos nos ver,por favor não torne as coisas mais difíceis.

–Mas...-Tento argumentar.

–Sem mais nem menos a decisão está tomada,posso deixar os seus pais sem serem comunicados Elena,não sou besta e não quero perder meu emprego,mas os seus Damon serão avisados sobre este ocorrido.

–Agh!-Ele esbraveja.

Bufo irritada e bato os pés fortemente.

–Agora saim por favor.

Saio pisando forte e xingando diversos palavrões.Droga,droga,droga!Eu não podia ter deixado ele me beijar e muito menos ter retribuído.Que merda!Sou uma burra mesmo.

–Então...-Damon começou a falar meio hesitante.O que ele quer que eu fale?Foi um beijo que não irá acontecer novamente.Não significou nada para mim... pelo menos eu acho.

"Ah se eu pudesse eu te batia agora Elena.Fala isso agora,mas a pouco tempo atrás estava se agarrando com ele.Me engana que eu gosto."

"Caladinha."

–O que queres que eu diga Damon?-Falo por fim.-O que aconteceu não vai mais acontecer,na verdade não era pra ter acontecido,é errado,você namora a minha irmã e por mais que ela não mereça o minimo do meu respeito eu não sou igual a ela.O que vamos ganhar prosseguindo com isso?Mais punições da diretora?... -Dou uma risada sem humor.- E por quê diabos me beijou?-O encaro acusadoramente.

–Wow!Calma ai... Não coloque a culpa em mim como se tivesse eu tivesse lhe obrigado a te beijar.-Fala um tanto indignado.

–Mas é óbvio que a culpa é sua,se não tivesse me beijado não estariamos nessa situação,agora vamos ter que servir de empregados para a diretora e seu clube da chatice.-Reviro os olhos irritada.

–Ah claro eu te beijei a força e misteriosamente sua língua se infiltrou dentro da minha boca.-Diz irônico e eu coro ao lembra-me da cena.-Por favor Elena,admita que gostou do beijo e me desejou,corrigindo ainda me deseja.- Fala lançando-me aqueles seus olhares irresistíveis.

–Me poupe!Primeiramente aquele foi um dos piores beijos da minha vida.- Minto e sinto vontade de bater em mim mesma por isso. -Segundo,está totalmente enganado,aquilo foi momentâneo,passou e não tem tanto efeito assim sobre mim.

–Ah é mesmo? -Começou a se aproximar mais de mim e recuei para trás.Damon me imprensa no armário e coloca suas mãos em minha cintura,fazendo-me ter um deja-vú de todos os nossos momentos aqui.Ele deposita um beijo em meu pescoço e em seguida inala o meu perfume me fazendo arrepiar inteiramente,meu coração palpita rápido até de mais e novamente o ar parece insuficiente,minhas mãos soam e eu rezo para que ele não perceba as reações que provoca em mim. -Então se aquele beijo realmente não significou nada pra você, responda-me o motivo de estar tão excitada. -Arregalo meu olhos.

–Na..nada haver.-Falo gaguejante. -Nada haver? -Olha-me ironicamente.

–Elena,eu sei muito bem quando uma mulher está excitada, seu coração está batendo mais rápido que o normal, não consegue racíocinar direito por conta da nossa aproximação, está prendendo a respiração e quer me beijar.-Damon fala convencido e sedutor. Suas mãos ainda estão mantidas em minha cintura, ele me olha como se fosse me devorar e no momento eu estou me sentindo a presa e ele o predador, que pode dar o bote a qualquer momento.

–Sabe, eu gostaria de provar novamente dos teus lábios.-Fala olhando fixadamente para minha boca.

–O que te impede? -Não acredito que falei isso.

Damon se aproxima lentamente de mim, sua respiração assim como a minha estava ofegante, seus olhos estão fixos em meus lábios e quando eles estavam quase selados em um beijo um barulho estridente me faz despertar, fazendo-me dar um tapa em Damon. Olho para o lado e vejo um dos funcionários do colégio recolhendo vassouras que caíram no chão e olhando espantado para nós dois. Tenho que me lembrar de agrade-lo depois, se não fosse por esse barulho eu teria beijado Damon novamente.

"E iria adorar."

"Claro que não."

Damon está me olhando confuso enquanto massageia o local em seu rosto, do qual eu bati.É uma pena, pois esse rosto lindo não merece ser marcado. Repreendo-me pelo pensamento e volto a prestar atenção em Damon que me olha impaciente, provalmente esperando uma resposta.

–Que diabos foi isso?

–Isso foi por ter me beijado e ter tentando novamente, mesmo sabendo que eu não queria.-Falo brava.

–"O que te impede?"- Faz uma imitação ridícula de minha voz e tenho vontade de mata-lo.

–ARGH! Deixa de ser convencido, nem é tudo isso e se você ta achando que eu vou ser mais uma dessas vadias que abrem as pernas pro primeiro que vê, está muito enganado, você pode até deixar essas garotas no cio quando passa, mas eu não sou igual a elas. - Falo extremamente irritada.

–Sim, eu concordo, você não é nenhuma vadia, mas nem por isso deixa de ser gostosa e...

– Antes que ele pudesse terminar sua frase lhe dou outro tapa, mais forte ainda, do outro lado do rosto.

–Porra, cê ta maluca?-Fala furioso e sorrio cínica.

–Querido, eu não lhe dei a ousadia de falar comigo assim, e por favor com gentileza, vai pra puta que pariu! -Falo sarcasticamente e saio dali, dando as costas, tentando achar um jeito de tirar esse cafajeste do pensamento.

...

Katherine Gilbert

Estava no refeitório, conversando com as minhas súditas, sim eu falo súditas porque uma pessoa como eu não tem amigas, eu tenho aliadas, "amigos" não pensam nem duas vezes antes de apunhalar pelas costas.

–Katherine! Katherine! -Uma garota, da qual eu não reconheco no momento, vem correndo até a mim eufórica.

–O que é? -Pergunto sem demonstrar muito interesse e continuo lichando minhas unhas perfeitas.

–Você precisa vir, não vai acreditar. -Apenas faço um sinal com as mãos, pedindo para ela prosseguir.

–Garota, fala logo, sua voz me irrita.-Reviro os olhos e a olho impaciente.

–Damon e a sua irmã estão se pegando no patio do colégio. -Fico estática, a lixa que eu segurava cai e eu não consigo expressar nenhuma reação.

–Como é que é? -Praticamente grito, ainda não consigo acreditar no que acabei de ouvir.

–Sim, é isso... -Não espero ela terminar de falar e saio correndo em direção ao patio, sendo seguida como sempre por minha "amigas".

Chego no patio e fico em choque com a cena que vejo, imóvel e espantada são as palavras que me definem no momento, a cena que estou presenciando faz meu estomago embrulhar.Damon e minha querida irmã estão praticamente se engolindo. Lágrimas grossas começam a descer por meu rosto, mas não é de sentimentalismo e sim de raiva. Eu encarava aquela cena com total nojo e desprezo, as garotas olhavam para mim como se esperassem uma resposta minha em relação a aquilo.

Virei as costas e voltei para dentro do colégio, fui em direção ao banheiro, para tratar de dar um jeito em meu rosto. Joguei água em meu rosto, peguei um papel e sequei, tudo o que eu conseguia pensar era : Vingança, vingança, e era isso o que eu ia fazer, dessa vez eu não iria deixar barato para Elena, ela irá pagar caro por tudo o que me fez.

Elena sempre foi a filhinha perfeitinha, sempre conseguia a atenção dos nossos pais, a mais paparicada, ok, até ai tudo bem, mas com o tempo isso se tornou insuportável, ela roubou minhas amigas, Jordan, um cara do qual eu acreditava ser apaixonada, tirava as melhores notas, mas é claro que ela sempre foi uma nerd e com isso pode-se dizer que sempre tive uma vantagem.

–Kath, não fica assim.- Saio de meus devaneios, uma garota,acompanhada por outras, da qual eu não me recordo do nome, entra no banheiro e me olha com pena.Já disse que odeio quando as pessoas fazem isso?

–Será que da pra fechar a porta? Não preciso que alguém entre aqui e me veja nesse estado. - Falo irritada e elas fazem o que eu ordenei.

–Não acredito que ela fez isso, uma irmão não faz isso com a outra. - Uma delas fala.

–Mas será possível, não consegue calar a porra da boca, garota? - Falo com raiva e ela se encolhe e felizmente se cala. Permaneço quieta, só consigo imaginar eu destruindo Elena de todas as maneiras possíveis, minha mente parece só querer focar em vingança. As meninas continuam me olhando, como se esperassem alguma coisa vinda de mim.

–O que é que vocês estão olhando? Por acaso perderam algo na minha cara? - Falo grossa.

–Kath... - Uma delas diz, hesitante. - Talvez, devesse primeiramente esfriar a cabeça e depois, conversar com ela, se resolverem, afinal, vocês são irmãs, é ruim ficar assim. -A olho cinicamente.

–Ah você acha? - Pergunto, utilizando o meu tom mais doce. - Sabe, eu concordo com você... - O rosto dela se ilumina com um sorriso. - Assim, eu e minha querida irmão, passaríamos a ter uma relação melhor, contaremos segredos uma pra outra, uma pentearia o cabelo da outra e praticaríamos essas coisas que irmãs fazem. - Elas sorriem assentindo. - Só que isso em hipótese alguma aconteceria!- Grito a ultima frase.

–Mas... - Ela tenta argumentar.

–Cala a boca! Será que você não consegue nem ficar calada, sua inútil? Não serve pra nada, não sei nem pra que estou ouvindo seus conselhos idiotas, fique calada se não quiser voltar a ser aquela compulsiva por doces, que passava o dia em cima de um sofá comendo potes de sorvete e...

–Katherine! - Lana me repreende.

–O que é?

–Pega leve, a gente sabe que você ta nervosa, mas descontar em nós não vai te favorecer em nada.

–Certo, tudo bem, desculpe-me, não deveria ter dito essas coisas pra você, acontece que eu estou nervosa e com vontade de estapear a vadia da minha irmã. - Grito e dou um soco na pia.

–Sabemos disso, por que você não se acalma, e pensa em formas de acabar com ela? - Fala e abre um sorriso malvado, retribuo.

–Tem razão, mas só pra avisar, não queiram me contradizer, a não ser que queiram voltar a ser invisíveis nesse colégio.Entendido?- Elas assentem. - Ótimo. Saio em direção a porta e elas me seguem.

–Paradas, eu quero ficar sozinha, arrumem alguma coisa para fazer.- Falo e saio. Assim que saio avisto Matt, uma ideia começa a se desenvolver em minha mente.

–Matt! - O chamo. E ele parece querer me ignorar. - Matt, espera!- Corro até ele e fico em sua frente.

–O que é que você quer, Katherine? - Fala grosso.

–Nossa, já foi mais educado comigo. - Faço cara de inocente.

–Diz logo o que você quer, não tenho tempo para ficar ouvindo suas besteiras.

–Grosso, enfim... Preciso que me faça um favor.

–Boa piada, qual é a próxima?

–Não é piada. - Reviro os olhos, impaciente. -Eu realmente PRECISO que me faça um grande favor.

–E por quê eu faria isto? - Arqueia uma sobrancelha.

–O que você ganha? - O olho maliciosamente e me aproximo dele, mordo o lóbulo de sua orelha e sussurro sedutoramente:

–Você ganha o que sempre desejou, ou seja, eu.- Ele arfa e sua respiração fica ofegante, me afasto dele e o encaro vitoriosa.

–Não adianta Katherine... - Respira fundo. - Eu não caio mais no seu jogo, não sou mais o seu cachorrinho.

–Matt, você pode se fazer de durão, pode ter mudado, mas eu sei que bem no fundo, você é aquele doce Matt, apaixonado por mim. - Me aproximo dele, olho para os lados para ter certeza que ninguém está olhando, abro o zíper de sua calça e massageio seu membro por cima da cueca que está apertada de tanta excitação.

–Kathe...Katherine, para com isso. - Matt fala entre gemidos, roucos e baixos.Seu rosto está em puro deleite e prazer. Retiro minha mão de seu membro e fecho seu zíper, sua expressão é de pura frustração, o olho sorridente.

–Eu poderei fazer isto e muito mais, basta você me ajudar, Matt.

–Certo, o que tenho que fazer?

–Creio que já esteja sabendo da festa que ocorrerá na casa dos Lockwoord.

–Tá, mas o que tem haver?

–Não me interrompa. - Falo irritada.

–Quero que convide minha irmã para ir contigo, e não aceito a história de "eu não consegui" ou " "ela não aceitou", você PRECISA conseguir convence-la. Não desgrude dela a festa inteira, eu vou te dar um frasco com um líquido dentro, basicamente um "Boa noite, Cinderela" vai colocar na bebida dela e faze-la tomar, quando ela estiver inconsiente me chame, o resto é comigo.

–Katherine, isso é crime, corremos o risco de sermos presos. - Fala com o tom de voz baixa.

–Matt, não exagera, não vai fazer mal algum a ela e ninguém vai descobrir. - Falo já impaciente.

–Ok, mas se algo der errado, eu não tenho nada haver com isso.

–Tudo bem, mas é melhor que não abra essa boquinha, posso muito bem te encrencar, entendeu?

–Pensei que fossemos uma equipe.

–Pensou errado, não é porque está me ajude que não tenho minhas desconfianças em relação a ti, não estrague tudo, vai me ajudar a mostrar para Elena que essa é a minha escola, a minha vida e ninguém vai rouba-la.

–Está bem, não se preocupe, não vou dar pra trás.

–Não tens escolha. Ele sai apressadamente, espero realmente que ele cumpra com o plano e não estrague tudo.

Elena irá pagar, e vai pagar bem caro, essa é somente uma parte do plano, ela que se prepare.... A guerra começou.

Elena Gilbert

Depois de tudo o que aconteceu eu voltei para as aulas. Eu realmente não sabia o que estava fazendo, minha mente vagava longe, o cheiro daquele idiota parece estar impregnado em meu corpo, só consigo pensar nele... Não tive nenhuma aula com Car ou Bekah e por um lado eu agradeço, elas me conhecem bem demais e sacariam logo, logo que tem algo diferente comigo e sinceramente, não quero ter que relatar o que aconteceu.

Felizmente, as aulas passaram voando, tão rápido que eu nem percebi, eu só queria deitar e dormir e ao menos tentar tirar aquele par de olhos azuis da minha cabeça, tentar tirar o gosto dos lábios dele de minha boca, tentar esquecer seus toques em meu corpo... Será possível que tudo o que eu faça me lembre ele?

Amarrei meu cabelo em um coque desajeitado e arrumei meus matérias na bolça, peguei meu Iphone e pus os fones de ouvido, pronto, basta isso para eu me desligar de tudo e de todos. Ah música, obrigado por existir.

Vejo alguém na minha frente e posso reconhecer aquele loiro de olhos azuis, Matt. Ele sorri pra mim e tiro um dos lados do fone, para poder escuta-lo.

–Oi, Elena. -Abre um sorriso timído.

–Ah, oi Matt. -Retribuo o sorriso.

–Então...er, tudo bem com você?

–Tudo ótimo e com você?

–Também. -Um silêncio constrangedor se instala entre nós.

–Bom, eu queria saber, se... Gostaria de ir a festa na casa dos Lockwoord comigo. -Diz desajeitadamente, por essa eu não esperava.

–Ah, sim? -Minha voz sai em estilo de pergunta. Por que não? O que tenho a perder? -Sim, sim, eu topo ir com você. -Reviro os olhos mentalmente por minha bobeira.

–Legal, me passa o seu celular?-Diz dando um sorriso galanteador, nunca tinha reparado como ele era lindo.

"Não tão lindo contra o Damon, é claro."

"Argh! Quieta deusa, isso não vem ao caso agora."

Passe meu número de celular para Matt e ele fez o mesmo.

–Bom, depois te ligo para combinarmos tudo.-Diz e beija minha bochecha levemente, sinto-me corar diante de tal ato e abro um sorriso tímido para ele.

–Claro.

–Tchau.

–Tchau, Matt.-Ele se vai e o observo partir.

Eu sentia que não devia dar a mínima confiança para Matt, mas o que pode acontecer? Ele me dar um bolo ou ser apenas uma brincadeira de mal gosto? Não tenho motivos para desconfiar do garoto de olhos azuis aparentemente francos e que demonstram bondade. Matt parece ser um cara legal, talvez eu...

" As aparências enganam Elena, aquela carinha de anjo pode na verdade abrigar um demônio na alma."

" Que coisa horrível, deusa."

" Esse tal de Matt não presta, posso sentir isto, faça o que bem entender, as consequências virão e não há maneira de se livrar delas."

" Não seja negativa, ele somente me chamou para ir a festa com ele, que mal a nisto?"

" Não gosto dele e ele me passa uma sensação de desconfiança."

" Belos motivos." "

"Já disse, faça o que quiser, só não ache que o gostoso do Damon irá ficar no seu pé para sempre, tudo cansa."

" Isso seria um presente."

Minha deusa se calou, felizmente, era só o que me faltava, discuto comigo mesma e ainda discordo de tudo, é o cúmulo.

Voltei para a realidade, a sala estava praticamente vazia, alguns alunos me encaravam de forma estranha, outros estavam praticamente dormindo nas carteiras e outros, bom, fazendo alguma coisa insignificante. Saio do ambiente, concentrada na música que tocava em meus fones de ouvido, ando tranquilamente em direção a saída, onde encontraria as meninas e certamente darei alguma desculpa esfarrapada para poder ficar sozinha, sinto uma mão em meu pulso, o que me faz parar imediatamente e virar-me para encarar o ser que atrapalhou-me.

–Mas oque...-Perco a fala o ver Damon olhando-me com uma expressão brava.-O que é que você quer, Damon?-O olho sem nenhum entusiasmo.

–Vai mesmo sair com Mattew Donavan?-Pergunta-me sem soltar sua mão de meu pulso, aumentando ainda mais a força.

–Você está ouvindo minhas conversas? E por favor, tire suas mãos de mim.-Me livro do aperto de seus dedos bruscamente e o olho inconformada.

–Não importa se eu estava ouvindo ou não, mas isso é sério mesmo? Vai sair com Matt?

–Sinto muito, mas não lhe devo satisfações da minha vida.

–Esse cara é um idiota!

–Que coisa, então não vejo diferença alguma entre ele e ti.

–Caralho! Esse cara só quer te levar pra cama e nada mais, será que não percebes isto?-Seus olhos azuis agora estavam como as águas de uma tempestade furiosa.

–Se isto fosse invertido, aposto que faria a mesma coisa. Damon, você não tem nada haver com a minha vida e pelo que eu saiba não dá a mínima pra mim, né? Por que tanta preocupação sobre as minhas ações? Se eu quiser dormir com ele, bom, será algo que os dois queiram.-Damon parece ficar mais furioso ainda.-E concluindo, não sou uma vadia.

–Pois está agindo como uma.-Dispara e meu sangue ferve de raiva, só enxergo minha mão indo em direção a seu rosto, mas antes que eu possa o bater, sua mão segura a minha, bem próxima a seu rosto.

–Nunca mais... Nunca mais faça isso de novo, não sou seu saco de pancadas pessoal.-Diz se aproximando de mim, sua voz é gélida, distante e fria.-Quer sair com ele? Pois saia, como você mesma disse, eu não tenho motivos para me importar, só vou lhe avisar que Matt pode aparentar ser um bom garoto, mas não é, ele não se importa com nada nem ninguém que não envolva a si mesmo.

–Não preciso dos seus avisos, agora será que da pra parar com o show? Tenho mais o que fazer.-Me separo dele e lhe dou as costas, o deixando com uma expressão de pura raiva, minha situação não é diferente.

Ando até o patio da escola, paro um pouco e penso em tudo o que aconteceu hoje. Beijei o namorado da minha irmã... E o pior é que eu gostei, sim goste e muito, admito. O sabor doce de seus lábios não sai de minha boca e é como se a cada segundo eu o desejasse que ele me envolva em seus braços e me ame de todas as formas possível...

–Elena!-Ouço a voz de Caroline atrás de mim, olho e e vejo a loira vindo em minha direção.-Onde você se meteu? Estava te procurando e por que não apareceu no inter-valo?

–Ah bom... Eu estava com um pouco de dor de cabeça e passei o intervalo inteiro na enfermaria.-Minto e esboço o meu melhor sorriso falso.

–Hum... Espero que esteja bem. Bom, estava preocupada, que tal um programa de garotas? Poderíamos ir as comprar para escolher nossas roupas para a festa.

–Ah sim, a festa.-Eu havia me esquecido completamente dela.-Eu ainda não estou me sentindo bem, será que poderíamos fazer isto amanhã?

–Tudo bem então, melhore logo e me ligue.

–Claro. Car, eu vou indo, quando der te ligo, ok?-Falo já impaciente, tudo o que quero no momento é ir pra casa.

–É bom ligar mesmo, melhoras amiga.-Sorri com ternura e retribuo, me sinto culpada por trata-la assim, mas hoje definitivamente não é o meu dia.

"Você só pode estar brincando! Querida, fostes beijada por Damon Salvatore, tem ideia de quantas garotas gostariam de estar no seu lugar? Acho que não, então pare de reclamar da vida sendo que hoje seu dia está mais pra sorte."

Sem exaltações, deusa. Vou em direção ao carro do motorista, que esperava em um canto um pouco afastado dos outros carros. Entro e fico aguardado Katherine chegar, até que finalmente ela decide dar as caras, entra no carro e fecha a porta com força. Permaneço em silêncio, observo a paisagem a fora...

–Elena!-Katherine me chama e a olho interrogativa.-Estou te chamando a tempos, parece que está no mundo da lua, enfim... Quero lhe fazer uma pergunta.-Seus olhos selvagens olham-me e fico desconfortavel.

–O que é?-Falo sem entusiasmo.

–Viu Damon hoje?-Arregalo os olhos com a pergunta e tento permanecer normal com a pergunta.

–Ele é seu namorado, quem deveria saber dele é você.-Respondo ácida.

–Quanta grosseria, maninha. Só fiz uma pergunta, bastava dizer não.-Fala cada palavra olhando-me de uma forma que me incomoda, é como se ela analisasse cada movimento meu, soubesse tudo o que aconteceu. Temo com tal pensamento.

–Não, não o vi Katherine. Satisfeita? Obrigada, denada.

–Uma pena, talvez isso me favoreça, estou pensando em fazer uma surpresa.-Fala enquanto arruma os cachos que caem como cascata em suas costas. A ideia de ver ele fazendo tal coisa com ela é repugnante. Embrulha-me o estomago ao imagina-los nesses momentos, sabendo que a pouco tempo atrás que estava em seus braços era eu, por mais que seja uma coisa momentânea.

Tratei de expulsar esses pensamentos, quanto menos eu eu me envolver, melhor será. O caminho até que foi rápido, em pouco tempos chegamos, durante o mesmo várias recordações de quando morava aqui vieram a tona, inesquecíveis. Entrei em casa e respirei fundo, agora é hora de colocar meus penamentos em ordem, não posso continuar agindo assim, o que passou ficou pra trás, afinal, foi somente um beijo, não teve sentimentalismo, não teve nada além de tesão... Pelo menos é nisso em que eu prefiro acreditar. Fui logo em direção a cozinha, bebi um copo de água, o calor hoje está insuportável. "Acho que esse calor é outra coisa."

–Damon?-Ouvi a voz de Katherine e revirei os olhos, disposta a sair dali o mais rápido possível.

–Amor, estou com saudades...-Ela faz um bico com os lábios.

–Que tal eu ir ai hoje? Ora, que pergunta Damon, faz tempo que não ficamos sozinhos, quem sabe podíamos, bom, você sabe.-Faço cara de nojo ao presenciar esse "dialogo" a minha frente.

–Ok então, beijos meu garanhão.-Escuto a voz maliciosa de minha irmã e reviro os olhos, como ela consegue ser tão ridícula? E pior, como Damon pode namorar ela? Ah já sei, ambos são idiotas e se merecem. "

Posso até odiar Katherine, Elena. Mas creio que ela está sendo esperta em relação a isto, não sei se reparou, quer dizer, é óbvio que reparou, mas Damon é um pedaço de mal caminho, qualquer mulher ficaria com ele."

"Qualquer uma, exceto eu."

"Falou a garota que estava praticamente fazendo sexo com ele."

Resolvo ignorar o comentário desnecessário de minha deusa. Coloco o copo na pia e subo para o meu quarto, porém a voz de katherine impede-me de continuar o meu caminho.

–Elena, espero que as coisas estejam claras entre nós. Não vou te entregar Damon de mão beijada, que entenda isso ou então as consequências serão graves. De novo a mesma ladainha, Katherine parecesse que não cansa de repetir isto sempre, ignoro suas palavras e subo para o meu quarto.

Tranco a porta e praticamente me jogo na cama, encaro o teto e penso em tudo o que aconteceu hoje, minha mente faz questão de reviver cada momento do beijo entre Damon e eu, fazendo um calor incomum apoderar-se de meu corpo somente com as memórias. O que eu estou fazendo? Estou deixando esse desejo tomar conta de mim e isso não é nada legal, isso não pode continuar, quer dizer, não vai continuar de maneira alguma. Levanto-me da cama e sigo em direção ao banheiro para jogar uma água no rosto, na tentativa falha de tentar acabar com esse calor infernal.

Meu Deus, eu adoro ter aquele braços ao redor de meu corpo, amo sentir seus lábios colados aos meus, amo me perder no oceano que são os seus olhos, eu o odeio por me fazer sentir assim. Escuto batidas na porta e sobressalto, murmuro um "entre" enquanto me ajeito na cama. Megan entra no quarto e me analisa, ela faz uma cara de dúvida e se aproxima de mim.

–O que aconteceu?-Arqueia uma sobrancelha e me olha especulativa.

–Nada, estou bem.-Esboço um sorriso o mais convincente possível.

–Céus, Elena. Está estampado em sua cara que tem algo te incomodando, vamos, me fale, sabe que pode confiar em mim.

–Não seja paranoica.

–Não seja falsa, qual é, não confia mais em mim? Poxa, achei éramos amigas.

–Nem venha com sua chantagem emocional barata.

–Essa é a única forma que posso te convencer a me falar o que está havendo, pare de guardar isso pra si mesma, vamos, fale, não irei contar para ninguém.-A olho sugestiva.-Vai me fazer jurar de mindinho?

–Tudo bem, mas não conto a ninguém, ninguém mesmo.

–Qual a parte do "não irei contar para ninguém" você não entendeu? Desembucha mulher.-Fala empolgada.

–Eu fiz uma coisa que não deveria...

–Continue, deixe de enrolação.

–Eu poderia continuar se você não me interromper. Eu beijei alguém e isso foi errado, a pessoa é comprometida.

–Oh meu Deus, que foi?-Fala surpresa.

–Damon Salvatore.

–Damon? Que Damon?-Ela fica pensativa até que me olha abismada, me encolho perante sua reação.-Você beijou o namorado...-Tapo sua boca antes que ela fale o que não deve e faço silêncio com as mãos.-Desculpe. Mas, uau, por essa eu não esperava, é aquele cara que veio aqui ontem?-Apenas confirmo com a cabeça.-Ele é um gatão, não está errada.

–Megan! Não está ajudando.

–Eu pedi que me contasse, não disse nada sobre ajudar.-A olho indignada.-Está bem, foi só uma brincadeira. Não entendo o motivo da culpa.

–Não entende? Sério? Eu beijei um cara comprometido e pior, eu gostei.-Falo de uma vez.

–Não vejo problema algum nisso, pense, foi só um beijo, vocês não fizeram algo a mais, fizeram?

–Claro que não! Acha que sou uma vadia? -Não, não, longe disso, mas com um homem daquele, quem perderia a oportunidade? Só acho que tem que parar de se importar tanto com os outros e passar a se preocupar com você mesma, esqueça as coisas, não estou falando para correr para os braços dele e sim para dar tempo ao tempo, aconteceu, não pode evitar, quem garante que não vai acontecer de novo? Pare de se culpar, foi só um beijo, ninguém viu, eu acho, finja que nem aconteceu se for esse o melhor caminho para parar com essa culpa.

–Eu não sei se consigo, sempre que fecho os olhos a imagem dele vem em minha mente.

–Então o caso é mais sério, você está apaixonada por ele.

–OQUE? Não, mas é claro que não. Eu ODEIO aquele garoto, ele é insuportavel, canalha, idiota, irritante, não mesmo.

–Tudo bem, não está mais aqui aqui falou, apesar de eu achar que ainda tem mais coisa ai, enfim, eu não faço milagres, o que acontece com seus sentimentos só você sabe, mas ocupe sua mente com outras coisas, divirta-se, evite pensar nele, garanto que passa e tudo não passará de uma coisa momentânia.

–Tentarei...-Suspiro profundamente.-Obrigada.-Abro um sorriso.

–De nada, precisando estou aqui, agora eu preciso ir, tenho uma filha pra cuidar.-Quando ela está quase saindo completamente me chama.

–Elena?-A olho.-Ele tem pegada?-Abre um sorriso malicioso.

–Vai se ferrar.-Jogo uma almofada nela que desvia.

–Nem precisa falar nada, pela sua cara da pra saber que ele te levou ao céu e inferno ao mesmo tempo.-Fecha a porta rápido e ouço sua risada e acabo gargalhando também.

Talvez ela tenha razão, só preciso me ocupar que tudo será resolvido, fecho meus olhos e respiro fundo.

Damon Salvatore

As aulas foram um tédio só, mas minha mente estava ocupada com outra coisa, ou melhor, outra pessoa e por conta disso nem notei o tempo passar. Já na saída, vou em direção ao meu carro, ouço uma voz atrás de mim, que reconheco muito bem por sinal.

–Damon?-Viro e me deparo com uma garota que eu ficava antes de namorar com Katherine.

–Hey...baby.-Falo não me lembrando do nome dela.

–Tem planos para hoje?-Opa, direta ao ponto. -Pode-se dizer que não, porque? Alguma sugestão?

–Podíamos ir a um lugar, mais reservado sabe, só nos dois.-Sorri maliciosamente e presto atenção em sua roupa extremamente sexy. Por que não? Elena não disse que não passou de um beijo, por que estou perdendo meu tempo atrás dela, eu consegui o que queria, já era.

–Com todo prazer, entra ai.-Abro a porta do carro pra ela e saio rapidamente dali, afim de fazer outras coisas. ...

Parei em um motel junto com a garota, pedi um quarto e fomos apressadamente em direção a ele.

Tranco a porta e ela me puxa pela camisa, me beijando de uma maneira extremamente selvagem, retribuo da mesma maneira, mas sinto que tem alguma coisa errada, não são esses lábios que eu quero, não são essas mãos que eu quero que toquem meu corpo, o que está acontecendo comigo? Paro com esses pensamentos gays e tento focar em aproveitar do momento.

Ela praticamente me joga na cama e sobe em cima de mim, fica semi nua em minha frente e posso ver o quão gostosa ela é, ela me olha de maneira aparentemente sexy e tira cada peça lentamente, mas o pior é que isso não está me deixando nem um pouco excitado. Ela retira minhas roupas, deixando-me completamente nu, começa a distribuir beijos por todo o meu corpo e vai descendo, já sei aonde ela quer chegar, ela pega meu membro e começa a chupa-lo, fazendo movimentos fortes e de vai e vem, fecho os meus olhos e me deleito de prazer, mas então a imagem dela vem em minha mente, ela está concentrada em me dar prazer, os cabelos castanhos estão grudados em seus rosto por conta do suor, ela fecha os olhos enquanto me masturba e gemo descontroladamente puxo seus cabelos fazendo-a aumentar o ritmo.

–Ah... Elena! Elena... ah.-Arregalo os olhos ao prestar atenção no que falei.

–Você me chamou de que? Estava pensando em outra enquanto eu estava te chupando?-A garota fala já de pé, me olhando indignada.

–Não, mas é claro que não, você ouviu errado, não foi isso o que eu quis dizer.-Tento me explicar.

–A então estou ouvindo coisas? Olha, pra mim já chega, eu vou embora, termine sozinho.-Fala se vestindo rapidamente.

–Vai embora como?-A olho interrogativamente.

–Não interessa, só sei que não vou com você, seu nojento.-Pega as sandálias e sem as calçar sai e bate a porta com força.

Grande merda, Elena sempre me atrapalhando até mesmo quando não está presente, soco o colchão com força e respiro fundo, lá se vai um bom sexo...

...

Neste momento estou deitado em minha cama, voltei pra casa pouco tempo depois do que aconteceu no motel, todos da casa já devem estar dormindo, menos eu, pelo simples fato de não conseguir parar de pensar nela, sempre a imagem daquele corpo escultural, dos olhos castanhos feito chocolate, do sorriso doce, de seu olhar sexy e inocente ao mesmo tempo vem e minha mente.

"Ta apaixonado."

Claro que não, deuso. Eu não me apaixono, eu só fico, só penso no prazer, ta pra nascer a garota que vai conseguir laçar esse garanhão aqui.

"Esqueceu-se de Andie."

Andie é passado, eu achava que era amor, talvez fosse, mas não era pra ser, ela tratou esse sentimento como um nada, melhor assim. Não invente coisas, o que sinto por Elena é só uma atração que passa dos limites, nada mas.

Meus pensamentos são interrompidos com uma nova mensagem, olho e vejo que é de Tyler, ele está pedindo para eu descer que ele e os caras estão ali na frente, mas que merda esses viados vieram fazer aqui a essa hora? Olho pela janela e vejo que eles realmente estão ali, droga. Apago a luz de meu quarto e faço passos silenciosos para não acordar meus pais, pego minha chave e tranco a porta com o maior cuidado.

–O que é que vocês querem a essa hora?-Pergunto para Tyler e Jeremy que estavam encostados no carro.

–Como assim o que queremos? Se esqueceu do desafio?-Tyler fala e só agora me lembro do bendito desafio que fizemos hoje.

–Sério isso? Não vou de jeito nenhum a essa hora da noite invadir a casa de alguém para roubar uma calcinha, não mesmo.

–Para de ser fresco, Damon. Ninguém vai ver a gente.-Tyler rebate. -Jeremias e suas grandes idéias, obrigado cara.-Falo irônico.-Não podemos deixar isso pra depois não?

–Deixa de ser molenga, Damon. Quer mesmo fazer isso de dia, onde aquela casa está movimentada? Vamos usar máscaras, caso alguém nos veja, não irá reconhecer.-Jeremy fala e tenho que concordar com isso.

–Tudo bem, mas caso algo aconteça a culpa é de vocês, eu não sei de nada.-Eles reviram os olhos e entramos no carro a destino da casa do Gilbert.

O caminho em direção a casa dos Gilbert foi curto, logo chegamos, notei que atrás do carro havia alguma coisa, mas deixa isso pra lá, tenho que focar em cumprir logo essa droga de desafio. Saimos do carro e vejo os dois carregando uma escada, olho interrogativamente para os dois.

–Por que essa escada?

–Acha que vai subir como? Virou homem aranha por acaso?-Tyler fala e reviro os olhos.

–Se eu cair, a culpa será de vocês.-Alerto.

–Okay, agora anda logo, não temos todo o tempo do mundo, é o seguindo, é só apoiar ali na janela e entrar, simples.-Jeremy fala como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, apenas concordo, não estou afim de discutir.

Subo os degraus cuidadosamente, apoio-me na janela, que por sorte estava aberta, coloco uma das mãos na escada para manter o equilíbrio, solto minhas mãos da escada e me apoio somente com os pés, seguro na janela faço impulso e consigo colocar metade do corpo para dentro, faço de novo e caio, ao menos consegui entrar.

Levanto-me com cuidado e vejo uma das visões mais belas, ela está dormindo serenamente, me aproximo da cama e posso admirar esse rosto de anjo, sua respiração está calma, os fios de cabelo lisos estão espalhados pelo travesseiro, alguns em seu rosto angelical, passo a mão sobre sua pele macia, como pode ser tão perfeita assim? O que está havendo comigo? O que essa garota tem de tão especial que me fascina tanto assim?

Volto-me para o verdadeiro objeto pelo qual estou aqui e me afasto de Elena, agora preciso achar onde suas roupas estão, acabo derrubando algo, provocando um barulho, grande merda, o que será que caiu? Olho para trás e Elena está com um chinelo em sua mão, faço que não com a mão, porém ela joga e por sorte consigo desviar. -Mas que diabos está acontecendo aqui?-Retiro minha máscara e ela se assusta, tampo sua boca antes que grite e peço silêncio.

.-Damon? O que está fazendo aqui? -Eu vim pegar uma coisa...-Acabo esquecendo do que estava falando e meu olhar percorre seu corpo que está coberto sometne por uma fina camisola, deixando suas coxas desejosas e seus seios atrativos para qualquer amo.

–Da pra olhar pra mim?-Fala irritada.

–Com você vestida desse jeito é impossível. -Anda, fala logo, o que veio fazer aqui?-Diz cruzando os braços, deixando seus seios maiores, concentra Damon. -Preciso de uma calcinha sua.

–Sério? Virou mulher por acaso?-Indaga e levanta uma sobrancelha.

–Isso eu posso te provar que não.

–Da pra parar de levar tudo na malícia?

–É uma longa história, resumindo, me desafiaram a conseguir pegar uma calcinha sua, me entregue e tudo resolvido.

–Não mesmo, pode esquecer.

–Vai fazer da maneira mais simples ou terei que arrancar a que está usando?-Ela arfa e sorrio.-Isso é se está usando, me aproximo dela e ela recua. Escutamos passos em direção a porta e ela me olha assustada.

–Ah meu Deus, se esconde, vai, entra de baixo da cama.

–Espera... -Vai logo, anda, se esconde.-Me empurra para debaixo da camo e deita e se cobre rapidamente.

–Elena?-Uma voz de mulher diz ao mesmo tempo que a porta é aberta, ela permanece quieta.-Estou ouvindo coisas.-A porta se fecha e Elena levanta e me olha irritada. -Sai logo daqui, Damon. Alguém pode te ver.

–Preciso da calcinha, Elena. É sério.

–Argh, ta bom.-Ela vai até uma gaveta e volta com uma calcinha vermelha rendada.-Leva essa aqui, não tenho tempo para escolher.

–Hum, vermelha e rendada, deve ficar uma delícia nela.-Sorrio maliciosa e ela me olha brava.

–Agora vai. -Me leva até a porta.

–Oi? Você não veio por aqui? Pois então, pode voltar por lá também.

–Vamos, Elena. É mais rápido.

–Como você é chato, você me paga Damon, anda.-Ela abre a porta e olha de um lado para o outro, anda em passos silenciosos até o andar de baixo, que casa enorme.Chegamos na porta e ela abre e praticamente me empurra de lá.

–Pronto, pode ir.-Fala apressada.

–Sem beijo de despedida?

–Vai logo, Damon.-Olha de um lado para o outro, lhe dou um selinho de provocação e ela bate no ar, saio rindo e com a calcinha nas mãos. Eu consegui...

Elena Gilbert

Assim que fecho a porta me encosto no batente da cozinha e respiro fundo. Ele só pode ser louco, quem já viu? Rio ao me lembrar do acontecimento.

–Eu sabia que não estava ficando louca.-Dou um pulo de susto e vejo tia Jenna na escada, com uma máscara verde no rosto.

–Do que está falando?-Me faço de inocente.

–Isso são horas de trazer namorado pra cá, Elena? Contanto que tenham se protegido está tudo bem, boa noite.-Sobe as escadas e sinto o rubror invadir minhas bochechas.

Vejo um pequeno papel no chão, o pego e leio a frase que está escrita.

"Parece que a doce Elena não é mais tão santa assim, que coisa, ficando as escondidas com o namorado da irmã? Que coisa feia, tome mais cuidado, segredos serão revelados, basta aguardar."

Me assusto e um arrepio de medo percorre meu corpo, quem será que fez essa brincadeira de mal gosto? Minhas mãos estão trêmulas e é como se eu soubesse que fez isso, só não consigo lembrar, quem será que está brincando comigo?

Continua...