O Canto Da Sereia escrita por Luuh K


Capítulo 11
Capítulo 11 - Chá e biscoitos


Notas iniciais do capítulo

Por onde eu posso começar a explicar um sumiço tão longo e um capítulo tão minusculo quando eu volto? Eu peço sinceras desculpas por isso gente, fiquei sem internet e depois sem notebook e depois sem word e ano passado decidi fazer medicina então estudei muito e mal tinha tempo para falar até mesmo com minha família. E tá, eu sei que desculpas são apenas desculpas então me perdoem, eu nunca esqueci vocês ou essa história e pretendo terminar ela, desculpa pelo capitulo pequeno mas foi difícil reconciliar meu modo de escrita de hoje com o da história. Espero que gostem e me digam o que acharam por favor.

Aproveitem a leitura ;*



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Arya piscou os olhos, sonolenta e olhou confusa para a parede verde escura que se encontrava a sua frente. Este não era seu quarto no chalé de madeira em que ela e sua mãe moravam na Kristal Irla, seu quarto era aconchegante com as paredes de madeira pintadas de branco e com conchas marinhas balançando na janela.

O chalé ficava a poucos metros da areia da praia e uma plantação de girassóis chegava muito próximo a sua varanda lateral. Ela adorava até mesmo o forte cheiro adocicado que as dezenas de pés de abacaxi deixavam no ar quando as frutas estavam maduras.

Mas aquele não era seu quarto. Um flash de lembrança passou por sua mente e ela se lembrou que estava na Mansão Malfoy. Ela fixou seu olhar no majestoso roupeiro em um canto e o olhou sem entender. Congelou ao lembrar onde estava e porque estava ali. E prendeu a respiração ao notar o peso na sua cintura.

Olhou minimante para baixo e viu o braço grande e quente que se encontrava a segurando de forma possessiva. O retirou com o máximo de cuidado que pôde e levantou-se da cama. Virou para a cama que estava atras de si e novamente prendeu a respiração ao ver como Draco se encontrava adormecido com os cabelos loiros caindo sobre os olhos e o braço agora estendido onde ela estava um minuto atrás.

Furiosa com si mesma por estar em uma situação tão embaraçosa, Arya saiu do quarto nas pontas dos pés e suspirou em alivio assim que fechou a porta de seu próprio quarto. Qual era o problema dela afinal? O que tinha na cabeça para ir ao quarto de Draco Malfoy no meio da madrugada?

_ Idiota. Idiota. – Ela cantarolou baixinho enquanto arrumava suas coisas para tomar banho.

Tivera sorte por não ser mais que 7h da manhã e a rotina da casa ainda não ter iniciado. Com que cara olharia para as pessoas se alguém a tivesse visto saindo de fininho do quarto de Draco? Ok, ela deveria agradecer aos céus por nada demais ter acontecido.

Arya desceu minutos depois para tomar um rápido café da manhã, e de preferência cedo o bastante para que Draco ainda não tivesse levantado e não estar a esperando na mesa do café. Engoliu a comida o mais depressa que pôde e se dirigiu para a biblioteca com o intuito de escrever uma carta para sua mãe.

O sistema era complicado, sua carta iria parar primeiramente em uma central de correio que se localizava em uma ilha trouxa usada como ponto de referência desde muito cedo. As sereias e moradores da Kristal Irla passavam sempre que pudessem para checar se havia alguma correspondência e ali mesmo respondiam a seus remetentes. Era incômodo não ter aquela central de correios na própria ilha, mas aquilo não era permitido. Algo a ver com sigilo e permanecer seguros. Um monte de bobagens pensou Arya.

Era a terceira carta que escrevia desde que chegou à Inglaterra e esperava ansiosa que sua mãe ainda não estivesse muito zangada com ela, e essa era sua primeira carta enviada que continha um endereço real para sua mãe mandar uma resposta.

Após sair da enorme biblioteca Arya tomou como tarefa crucial evitar Draco a todo custo pelo resto do dia. Ou semana. Podiam a chamar de covarde, mas ela não tinha a mínima vontade de encarar o loiro após dormir com ele. Tudo bem que eles não fizeram mais nada. Mas, ela. Dormiu. Com. Ele.

Ela estava impressionada em como se tornou uma excelente ninja, se esgueirando pelas sombras e cantos da mansão. Comemorando sua pequena vitória pessoal ela passou em frente a uma porta enquanto seguia em direção aos jardins.

_ Arya?

Arya virou-se mecanicamente para dentro do cômodo notando desconfortável e sem surpresa que Narcisa e Draco a encaravam fixamente.

_ S-sim? – ela gaguejou em uma voz incerta.

_ Venha cá e sente-se conosco. – Narcisa disse em um tom agradável.

Mãe e filho encontravam-se em uma das muitas salas da mansão, esta era usada principalmente por Narcisa para receber seus convidados ou tomar chá a tarde. E era o que faziam no momento, com uma bandeja de chá sobre uma das mesinhas e uma bandeja de biscoitos quentinhos ao lado. Narcisa estava sentada na poltrona mais próxima, sentada elegantemente ela servia um pouco mais de chá em sua xícara.

Sem olhar nenhuma vez em direção a Draco, a morena se aproximou temerosa e sentou em um sofá com uma estampa creme e complicadas formas costuradas douradas que ela desconfiava seriamente que seria ouro, esta sala também era um dos lugares mais reconfortante da casa na opinião de Arya. Tinha tons mais claros na parede e uma aparência mais viva, muito diferente do resto que ela viu.

Narcisa ofereceu uma xícara servida para Arya com apenas açúcar, do jeito que ela pediu outras vezes e se surpreendeu ao perceber que a mulher se dera a trabalho de aprender a forma como gostava de seu chá.

_ Eu estava pensando... – disse Narcisa enquanto tomava um elegante gole em sua xícara. - _ Você já passou da idade de poder retirar sua licença de aparatação, então questionei o ministério se você poderia ter aulas e fazer o teste antes da data normal que os alunos do sexto ano fazem em Hogwarts.

Arya olhou surpresa para a mulher a sua frente, não entedia porque ela fazia tantas coisas por ela. E duvidava seriamente que o ministério deixaria apenas uma pessoa gastar tempo e pessoal deles para ter o prazer de poder aparatar.

Mesmo assim manteve uma expressão concentrada em Narcisa enquanto via com o canto do olho que Draco a encarava fixamente com uma expressão séria. Ela sentiu seu coração acelerar automaticamente pelo nervosismo que a atingiu. Ele estava bravo? Enojado? Achava que ela era patética por aparecer em seu quarto com medo de um pesadelo? Milhares de perguntas rondaram sua mente enquanto tentava adivinhar as emoções de Draco.

_ ... Por fim eles estarão a esperando amanhã para a primeira de três aulas que você terá. – Narcisa completou.

Arya a encarou com uma expressão confusa ao tentar entender a ultima fala da mulher sem ter escutado nem metade do que ela disse. Ela disse alguma coisa sobre aula?

_ Draco irá acompanha-la até você receber sua licença então não se preocupe se tiver alguma vontade de visitar o Beco Diagonal ou algum outro lugar você poderá pedir a ele. – Narcisa disse enquanto pegava um biscoito e dava uma pequena mordida.

O loiro olhou furioso para sua mãe ainda sem acreditar que tinha caído no jogo de culpa que sua mãe sempre fazia quando queria conseguir algo dele. Aquele era um jogo baixo.

_ Ahnn... – disse Arya completamente perdida. Draco iria levá-la aos lugares? O que por Merlin tinha acontecido ali?

_ Que bom que estamos entendidos. – Narcisa levantou-se elegantemente enquanto encarava com uma sutil diversão seu filho lhe lançando olhares mortais. – Vejo-os no jantar, crianças.

Arya ainda encarava atônita a porta por onde Narcisa passou quando sentiu um movimento a seu lado e engoliu em seco quando viu Draco muito, muito perto de si.

_ Precisamos conversar. – ele disse com seus olhos cinzentos frios a encarando com raiva.


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