Questions escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Capítulo Único - Questions


Notas iniciais do capítulo

Porque Malec é amor demais ♥



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— Eu não sei quanto a você… – Magnus observava o céu estrelado, enquanto Alec ainda parecia emburrado na frente dele, de braços cruzados. – … mas eu já passei por muitos invernos nessa vida, porém, não estou afim de ficar aqui fora transformando meu corpo em um grande picolé. Eu sou um bruxo, e não o homem tocha do quarteto fantástico.

Alec girou os olhos se perguntando porque ele tinha que ser assim? Digo, nunca conseguia ficar mais do que algumas horas sem falar com o bruxo? O que aquele homem possuía que deixava-o completamente desarmado?

Pior, nem sequer recordava-se agora o motivo da briga…

Ah! Mas ele se lembrou.

— Vou para casa. – disse, enfiando as mãos dentro do casaco de couro, estava mesmo frio.

— Vai mesmo para sua casa? Se chegar lá agora assim como está, seus pais vão fazer diversas perguntas.

Magnus tinha razão. Alec disse que ia passar a noite fora, e se por acaso chegasse ao instituto agora, sua mãe ou a irmã… todos iriam pegar no seu pé. Jace, pelo Anjo, Jace iria perturbá-lo eternamente em busca de qualquer palavra que o desconcertasse em seguida.

— Tudo bem, eu fico, mas com uma condição. – Magnus tombou a cabeça para o lado, sorrindo. – Eu vou dormir no sofá.

— Nem pensar…

Alec resmungou alguma coisa, mas acabou cedendo.

— Se bem que… sofá é uma boa. O bruxo deu uma piscadinha, fazendo os cílios azulados mexerem como asinhas de fada, brilhando.

Alec suspirou. É, definitivamente, ele não sabia como e porque sentia-se completamente atraído por aquela pessoa, mas sentia.

O motivo da briga, sim, sim. Qual era mesmo? Alec apertou os lábios e entrou novamente no apartamento do bruxo. Lá dentro estava bem quentinho, ele se permitiu relaxar os ombros e sentir o calor gostoso que a lareira acessa proporcionava. Mas voltando a briga...

— Chocolate quente? – Magnus ofereceu, estalando seus dedos sem dar tempo a resposta. Uma pequena mesa redonda bem produzida com um conjunto de louça típica do século passado, cadeiras bem confortáveis e um candelabro com velas acesas. Ele realmente gostava de criar um clima, Alec pensou.

Magnus desapareceu por alguns segundos e quando retornou, vestia um robe vermelho com um dragão chines bordado em dourado, seus cabelos bem penteados para trás e os cílios, bem... os cílios estavam normais. Nada de brilho, maquiagem, purpurina e cores extravagantes. Estava de cara limpa e sem dúvida, mais lindo do que nunca.

Alec sentou-se na cadeira e serviu chocolate para os dois. Magnus estava falando sobre como era doloroso o inverno há alguns séculos atrás, e nada se comparava ao aconchego da lareira em casa e...

— Você não vai mesmo responder a minha pergunta? – Alec o interrompeu, deixando cair a xícara inglesa sobre o pires, fazendo um barulhinho que fez o bruxo apertar os olhos, não querendo que a porcelana se quebrasse.

— Alec, meu querido. Você vai sempre direto ao ponto. – Ele sorriu, movendo as mãos graciosamente para pegar o pires com a xícara, aprovando o chocolate quente. Ele gostava também de chás, mas precisava urgentemente de algo mais calórico naquele momento. – Não que eu esteja recriminando isso, pelo contrário... – ele piscou lentamente, e olhou para o rapaz desconcertado a sua frente. – Em alguns momentos eu não tenho do que reclamar.

— Não mude de assunto.

— Está bem. – ele tamborilou os dedos sobre o tecido fino que cobria a mesa. – A resposta para a sua pergunta é simples. E é, não.

— Não?

— Não.

— Isso não faz sentido algum.

— E o que faz sentido na vida, meu querido.

— Acho que estamos em desvantagem, você sabe a minha idade, mas eu... não sei a sua.

— E como eu já disse, um ano a mais ou a menos, fará uma diferença tão grande tanto quanto um Grammy a mais ou a menos na estante da Christina Aguilera. Todos já sabem que ela é uma ótima cantora. É jogo sujo colocá-la na disputa.

Alec girou os olhos, não gostava de quando Magnus divagava sobre assuntos que ele não tinha nenhum domínio.

— Isso só mostra que você não confia em mim.

Magnus riu. Ele adorava aquela juventude transbordando dos poros de Alec. O desespero, a angustia. O desejo de tudo para ontem. É claro, que para ele o tempo passava diferente dos caçadores de sombra, talvez essa urgência de viver, de obter respostas fosse o que amasse tanto... sem contar nos olhos azuis, cabelo negro. Era indescritivelmente a combinação perfeita.

— Que tal se eu der um número aproximado? Ficará satisfeito?

— Tente...

— Digamos que Gengis Khan, era bem desprovido de beleza.
Alec fez as contas mentalmente.

— Então, se conheceu o Imperador... você era jovem? Trabalhou para ele?

— Ai que conversa chata. – Magnus suspirou. – Estava planejando outras atividades para essa noite fria. – ele se levantou em direção ao quarto, enquanto era seguido por Alec, e suas milhões de perguntas, sem respostas.


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