Don't know what tomorrow brings,

(Não sei o que o amanhã nos reserva)

But I'm still hoping that you are the one for me

(Mas eu ainda espero que você seja a pessoa certa para mim.)

Oh, and what if I had you and what if you had me

(E se você fosse minha e eu fosse seu...)

And, baby, what's the reason we can't fall in love?

(E, querida, por que nós não nos apaixonamos?)

Capítulo Seis

– Vai me convidar para entrar ou está acompanhada? – ele perguntou ironizando a ultima palavra, a rosada o encarou com tédio e apenas desobstruiu a passagem. Sasuke passou por ela e sentou-se no sofá de sala da rosada que estava desacreditada no que via. – Algum problema, Sakura?

– Você tem problema? – ela perguntou com os braços cruzados de frente a ele.

– Eu vim conversar com você porquê estava entediado. Algum problema nisso?

– Ah você queria conversar... – ela sorriu cinicamente – Nessa hora da madrugada, com sua mulher e filho em casa e depois de termos tomados litros de sakê! – Sakura o analisou e depois se sentou na poltrona de frente a Sasuke, distancia agora era essencial. – Ótimo, vamos conversar.

– Sakura, você complica tudo! Eu não quero falar sobre minha mulher agora. – ele disse rindo e depois pegou algumas revistas que estavam em cima da mesa de centro e começou a folheá-las – Tão bonita, tão forte, tão desejável e a mesma irritante de sempre.

– Assim você me ofende. – ela o fuzilou com o olhar enquanto tentava tirar alguns dos grampos de seu cabelo – Mas não estou mentindo, Sasuke!

– Qual é o problema de eu vir conversar com você?

– Considere todas as alternativas citadas por mim anteriormente. – disse ela enquanto se levantava e ia em direção ao espelho que tinha na sala para retirar mais grampos de seu coque, cada movimento era analisado friamente por Sasuke.

– Mais o fato de o que o seu namoradinho iria pensar se me encontrasse aqui, não é? – ele a provocou

– Droga, Sasuke! Ele não é meu namorado! – ela virou-se para ele bruscamente – Mas já que você faz tanta questão... – ela sorriu e ele apenas a olhou. Sakura virou-se para o espelho e continuou a retirar os grampos de seu cabelo – O que foi? Ciúmes?

– Fala sério, Sakura. Eu? – Sasuke riu, levantou-se e foi em direção a ela, retirou alguns dos grampos que restavam, a Haruno não teve como protestar.

– É o que parece. – ela falou virando-se para ele – Você é tão egoísta! – ela disse baixinho enquanto saía de perto dele – Você seguiu sua vida, por que não me deixa fazer o mesmo?

– Sakura, ele não é o cara certo. – disse Sasuke pegando-a pelo braço fortemente

– Você é por um acaso? – ela disse e depois viu o se aproximar devagar – Sasuke, volta pra sua casa... – falou a Haruno baixinho colocando a mão no peito dele com o intuito de manter distancia, Sasuke mantinha os olhos fixos na doutora que estava com receio de fazer alguma besteira – Você está me machucando. – disse ela e ele soltou seu braço rapidamente.

Sasuke a olhou como se pedisse desculpas e depois saiu da casa de Sakura sem ao menos se despedir, afinal, ela estava certa, ele estava com ciúmes. Voltou para casa, passou pelo quarto de Ryo que já dormia profundamente e foi para o seu quarto. Kaori já estava em casa há tempos, voltou antes de todos reclamando de dor de cabeça, tomou um banhou rápido e deitou-se.

Dor de cabeça! Era assim que Tsunade acordava todos os domingos? Lembrou-se que havia marcado de almoçar com Naruto antes que ele e Hinata tirassem suas merecidas férias, mas ainda estava cedo, viu uma cabeleira negra percorrer pelo quarto e deitar-se a sua frente, Ryo sorriu e depois bocejou:

– Papai, você já acordou? – perguntou o pequeno, fazendo Sasuke rir.

– Já, meu amor. – ele disse puxando o filho para mais perto – Tomou seu café da manhã?

– Sim! – ele sorriu – Quero ir ver o tio Naruto hoje, posso?

– Claro, papai já volta! – respondeu Sasuke enquanto levantava-se e ia em direção ao banheiro. Fez sua higiene matinal e depois voltou ao quarto, Ryo já não estava mais lá, devia ter ido atrás de seus brinquedos, então foi para a cozinha onde estava sua mulher.

– Bom dia, Sasuke! – ela sorriu

– Bom dia. – ele respondeu enquanto servia-se de algumas frutas

– Você chegou tarde ontem... – ela analisou enquanto sentava-se junto a ele.

– Fiquei até o final junto com Naruto. – ele respondeu – Iremos almoçar junto com ele, não?

– Ah Sasuke. – ela suspirou – Sabes que não gosto que me forces a conviver com esse povo! Eu não estou aqui? Em Konoha, com você! É isso que importa!

– Eu já cansei de discutir sobre isso. Você sabe o que faz. – disse Sasuke seco – Só queria que você interagisse mais com meus amigos. Só!

– Eu tenho amigos e os deixei, esqueceu?

Antes que o Uchiha pudesse responder alguma coisa, Ryo apareceu para dar uma “amenizada” no clima e Sasuke não acreditara que essa era a mulher que ele havia conhecido há tempos em missão, ela agora era sempre tão amarga, tão ele... Não se encaixavam, talvez fossem muito parecidos para dar certo.

. . .

Estavam todos os homens no quintal conversando e dando algumas dicas para Naruto, logo a atenção foi voltada para a moça de cabelo rosado que trazia uma bandeja de bolinhos de arroz.

– Prontinho! – ela disse enquanto colocando a bandeja no centro da mesa

– Obrigada Sakura-chan! – Naruto agradeceu e depois alguns continuaram a olhando enquanto Sakura prestava atenção nos desenhos de Ryo, abaixou-se no nível dele enquanto o pequeno explicava qual era qual.

– Nossa, a Sakura está maravilhosa. – disse Kiba de boca cheia – E cozinha que é uma beleza!

– De pensar que continua solteira... – comentou Lee, logo Sasuke arqueou uma de suas sobrancelhas e Naruto o olhou, pareciam ter se irritado com os comentários – Estou mentindo Naruto?

– Ela só é exigente! Só isso. – Naruto riu

– Tem que tomar cuidado... Quem escolhe demais, acaba sendo escolhido. – Lee riu – E parece que o Kazekage a escolheu.

– Eu acho que ele ainda não teve essa sorte. – Sasuke disse entredentes

– Como tem tanta certeza? – Neji o encarou

– Relaxem rapazes, vocês não tem a sorte de ter a Sakura-chan. – brincou Naruto – O único pretende era eu – ele riu e Neji o olhou com raiva – Mas eu amo a Hina e isso é o que importa. – ele falou sem graça – Sakura-chan, cadê o resto da comida? Esses mortos de fome já acabaram com tudo aqui! – gritou o loiro para a amiga que continuava junto ao filho de Sasuke

– Calma Naruto! – ela sorriu – Minha vez de cozinhar já foi! Agora estou desenhando com o Ryo-kun. Daqui a pouco estará tudo pronto!

Tal como prometido e para delírio de Naruto, o almoço feio pelas kunoichis estava ótimo! Sakura não teve notícias de Gaara nesse dia, apenas havia recebido um bilhete assinado pelo mesmo que havia voltado para Suna urgentemente, mas voltaria assim que possível...

. . .

Sakura

Algumas semanas depois Naruto e Hinata voltaram de viagem, eu estava na casa de Naruto com Hinata vendo o que ela tinha trazido de interessante de suas pequenas férias. Logo vi Sasuke chegar meio atordoado com Ryo a tiracolo, pedindo para que eu e Naruto fossemos para a cozinha:

– Kaori foi embora. – ele disse entre suspiros e depois olhou para mim – Não sei como contar isso para Ryo. Ele pediu para eu tirar ele de casa enquanto ela fazia as malas.

– Como assim, Sasuke? – perguntou Naruto

– Ela simplesmente disse que estava infeliz! E eu não aguentava mais discussões todos os dias – disse ele e depois bateu os punhos na mesa – Droga! Como ela me deixou assim?

– Eu vou levá-lo lá para cima... – disse enquanto saía da cozinha. Vê-lo daquele jeito, triste, partido, atormentado, me machucava. Oras! Por que eu me sentia assim? Por que eu era tão fraca a esse ponto? Sakura! Como você pode? – Ryo-kun... Você está com sono? – perguntei ao par de olhinhos negros que me encaravam ao lado de Hinata. Ele concordou com a cabeça e estendeu os bracinhos para que eu o pegasse no colo, levei-o para o quarto de visitas de Naruto e deitei ao lado dele, instantaneamente ele deitou na minha barriga e me abraçou, logo quis chorar, como Sasuke contaria para esse pedacinho de gente que a mãe dele havia ido embora? Ele tinha uma expressão séria, não triste, mas sabia o que estava acontecendo. Queria me apedrejar por ter um coração tão mole, mas diante a um situação dessas, qual era a culpa dessa criança?

– Tia Sakura... – sua vozinha me tirou dos meus pensamentos amargos.

– Diga! – falei baixinho enquanto passava a mão em seus cabelos negros.

– Você não vai me deixar, não é? – ele perguntou e isso soou como se fosse cortar meu coração.

– Lógico que não! – sorri – Nem seu pai, nem o tio Naruto e a tia Hina, nem ninguém! – disse e o vi sorrir, ele fechou os olhos e ficou em silencio novamente.

Após perceber que ele tinha dormido, ajeitei-o na cama e desci as escadas, ouvi Sasuke e Naruto na cozinha na conversa que um tanto me impressionara:

– Naruto, eu não tive outra opção, eu precisava de dinheiro na época! – disse Sasuke em sua defesa

– Mas Sasuke, ela te amava... Hoje ela se conformou e sabe que isso não vai passar de uma convivência fria! Por isso decidiu ir embora!

– Sasuke! Você se casou por dinheiro, é isso mesmo que estou ouvindo? – indaguei enquanto me encostava-se à solteira da porta. Nessa hora, todo o meu sentimento feminista decidia se manifestar. Não me interessava o quanto ele estava arrependido e sim o quão cara de pau ele foi para fazer isso! Maldito seja você, Sasuke Uchiha.