Estávamos todos organizados na sala quando ouvimos barulho de carro estacionando na garagem e alguém entrar pela porta dos fundos. Carlisle entrou depositando as chaves na mesinha que havia ao lado da porta, pendurou seu jaleco e colocou sua bolsa aos pés da mesinha para logo depois ter a surpresa de vários pares de olhos encarando-o.

– Meu Deus, isto aqui é a melhor surpresa de todas para um pai. – disse após alguns momentos de silêncio.

–Olá Carlisle! – disse indo abraçá-lo primeiro. – É bom poder te ver novamente.

– Fico feliz que estejam todos bem, soube que se meteu em muitas aventuras nesses últimos tempos. – disse piscando pra mim. – E quem são seus amigos?

– Estes são Emmet, namorado da Rose, e este é Jasper, namorado de Alice... – quando vi já havia falado e corei ao perceber o silêncio.

– Bom, parece que terei que ter “aquela conversa” com você jovem rapaz, mas cá entre nós: boa sorte com a baixinha! – disse Carlisle abraçando-o para alívio de todos. – Agora me diga vocês dois, onde está minha netinha?

– Está bem aqui! – respondeu Esme logo atrás de nós descendo com Helena que já estava com outra roupa. – Helena, este é seu avô Carlisle!

Ficamos em silêncio observando enquanto Helena esticava seu diminuto corpo em direção á gola da camisa de Carlisle e o puxava para mais perto de si. Calisle a pegou no colo e ali ela começou a analisa-lo, pegar seus cabelos já um pouco grisalhos. Quebrou o silêncio ao encontrar no bolso da camisa uma caneta e deu risadas.

– Bom, todos apresentados e a janta acabou de ficar pronta. – disse Charlie da porta da sala de jantar após o silêncio.

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Após o jantar e com todos já arrumados para dormir, ainda tinhamos muita conversa para colocar em dia e ninguém parecia exausto o suficiente para decidir ir dormir, exceto por Helena. Era mágico observar todos conversando tão animadamente sobre o futuro e como estavam os estudos na faculdade, enquanto isso eu me dava ao trabalho de analisar o rostinho da minha filha lutando contra o sono, querendo conhecer tudo ao seu redor.

– E vocês Bella... – perguntou Carlisle me tirando do transe.

– Nós? – perguntei.

– Sim, o que vão fazer a respeito da faculdade e da Helena?

– Ainda não conversamos sobre isso ainda... – disse olhando para Edward. – Mas acho que ainda ficaremos um tempo em Cambridge até colocarmos todos os pingos nos “is”.

– Isabella... Bella está certa. – falou Suzana entrando em meu campo de visão sentada so lado do meu pai. - Ainda tem muito o que esclarecer no orfanato, embora eu tenha conseguido manter o mínimo possível de papeis sobre Helena lá dentro, as pessoas podem questionar, o melhor a fazer agora é fazermos tudo direito. Calculo que em umas duas semanas você poderá ir aonde quiser com Helena em seus braços e registrada como sua filha.

– Não vejo a hora de que as coisas realmente se encaixem e tudo volte ao normal. – disse olhando para Edward e em seguida para Helena já dormindo em meus braços.

Me levantei do sofá em que estava e subi dando boa noite a todos. Lá em cima encontrei o quarto de Edward totalmente modificado, ao invés de uma cama simples de casal havia uma cama box totalmente atraente e próximo a janela que dava para a piscina havia um berço branco e uma cômoda comprida que pegava quase a parede toda e havia trocador de fraldas e todas as coisinhas de bebê que Suzana havia trazido para cá com elas.

Acomodei Helena no berço e fiquei olhando-a dormir, tão serena, parece que sabia que dali para frente não precisaria mais se preocupar com nada e que aqui, era seu novo lar.

– Acho que não tivemos tempo a sós o suficiente para te contar sobre o quarto. – disse Edward entrando e fechando a porta do quarto.

– Não sabia que ele tinha uma história.

– Bem, depois que soube da “morte” de vocês duas, este quarto foi meu martír pessoal. Achei que montar algumas peças do quarto de Helena aqui me traria algum acalento. – disse suspirando. – Mas eu estava errado pois a cada minuto que olhava pra este berço vazio e o seu lado da cama sem o seu calor, era como se eu empunhasse uma espada em meu peito várias vezes ao dia. Mas ao mesmo tempo eu sentia algo diferente, era...

– Esperança! – completei. – E agora estamos aqui, não tem com que se preocupar... Não temos com que. – disse abraçando-o.

– Será que é possível? – perguntou.

– Possível o que?

– Se apaixonar pela mesma pessoa novamente todos os dias?

– Só é possíve porque somos nós, só é possível porque estamos juntos e não importa como... Nós sabemos, que sempre iremos nos encontrar. – disse a ele abraçando-o. – Eu te amo Edward Cullen.

– Eu te amo futura Sra Swan. – disse logo em seguida me beijando.

– Gosto como meu futuro nome soa. – brinquei. – Mas gosto mais ainda das ideias que aquela cama me da!

– É melhor que nossa filha tenha o sono pesado, caso contrário, Esme receberá uma vizitinha para cuidar no meio da noite! – disse tirando meu hobbi e nos jogando na cama.

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– Prometem que vão me ligar assim que pisarem em Cabridge? – perguntou Esme pela milésima vez.

– Claro Esme, assim que chegarmos um de nós ligará avisando! – prometi abraçando-a e me despedindo ao ouvir a última chamada para o nosso vôo. – Vamos Charlie!

Sim, Charlie iria conosco, mas fez Suzana prometer que assim que resolvessemos as pendências ela se demitiria ou pediria transferência para Forks e iria morar lá para os dois se conhecerem melhor. Se bem o conheço, isso vai dar em tapete vermelho.

– Edward você está com a bolsa dela? – perguntei.

– Sim, vamos? – perguntou e foi se despedir dos pais. – Voltaremos logo, prometo! Enquanto isso se cuidem.

– Se cuidem vocês também, e não me deixem sem notícias da minha neta! – gritou Esme enquanto íamos para o portão de embarque com toda a galera junto.

– VAMOS DECOLARA DE VOLTA PRA CAMBRIDGE GALERA!! – gritou Emmet enquanto o avião subia fazendo todos olharem para nós – Ai ai ursinha! – resmungou ao receber um tapa na nuca de Rosalie.

Helena deu risada nesse momento e foi ai que soube, que se estivéssemos juntos, ficáriamos bem.