Depois de alguns minutos Suzana realmente pareceu acordar de seu torpor que se encontrava para finalmente responder minha pergunta.

– Você tem grandes chances de poder reaver sua filha Isabella. – começou. – Mas vou logo lhe avisando, não será um caminho fácil.

– Não vai ser fácil mesmo Suzana, mas é como disse. Vou passar por cima de tudo o que for preciso se isso significar ter minha filha para mim de novo. – conclui.

– Então não posso dizer mais nada a não ser... Conte comigo. Tem mais alguma coisa que eu precise saber ou que você tenha a pedir?

– Na verdade tenho sim. – disse sorrindo. – Eu gostaria que você me desse bandeira branca para que meu noivo conhecesse Helena. – pedi.

– Ela não pode sair desse orfanato e você sabe que nisso não posso fazer...

– Não quero tira-la daqui ainda... Quero sua permissão para que ele venha vê-la aqui. – Esclareci.

– Acho que isso eu posso fazer por você! – disse ela.

– Obrigada Suzana. – agradeci.

– Por nada. – disse ela. – Agora eu precisa rever algumas papeladas, se você me der licença.

– Ah claro, me desculpe. – disse indo em direção a porta. – Mais uma vez obrigada Suzana.

– Me mantenha a par da situação. – pediu.

– Pode deixar.

Sai de lá para trabalhar um pouco mais esperançosa de que as coisas dariam mais certo a partir de agora. Liguei para Edward e pedi que ele viesse me buscar hoje com alguém e depois voltaríamos em meu carro. Quando já estava quase no final do meu horário, avisei as meninas que mandassem ele entrar assim que chegasse e fui ver nossa pequena.

Quando entrei no berçário de novo, ela não estava mais sozinha, havia mais um bebê ali, um pouco mais velho que ela, mas ainda sim um lindo bebê menino. Cheguei mais perto do berço de Helena e ela acabava de acordar e quando me viu deu aquele sorriso lindo banguela e não pude conter algumas lágrimas teimosas.

Tirei-a do berço e aconcheguei-a no meu colo e fiquei ali conversando com ela.

– Eai pequena? Logo vamos te tirar daqui, eu e seu papai. – disse fungando para ela que agora brincava com uma mecha do meu cabelo. – Não vejo a hora de sairmos daqui com você, vai adorar seu novo quarto, vai ser exclusivo, somente para você.

Fiquei alguns minutos ali olhando-a até que sinto alguém segurar minha cintura por trás e acompanhar meu balanço de ninar Helena. Não precisava nem olhar para trás pra saber quem era, somente quando sinto uma lágrima tocar meu ombro que me viro para ele.

– É ela? – ele pergunta.

– Sim. – disse sorrindo de volta. – Helena este é seu papai Edward, diz olá papai! – disse colocando ela em seu colo que desajeitadamente tentava acomodá-la em seus braços.

A cena era linda de se olhar, o sorriso em seu rosto parecia ser um reflexo do meu, assim como suas lágrimas de alegria.

O tempo passou e só me dei conta quando recebi uma ligação de Alice perguntando por seu irmão.

– Temos que ir! – chamei.

– Tudo bem. – disse ele indo para a porta com ela.

– Amor! – chamei de novo. – Sinto muito mais... Ela ainda tem que ficar aqui.

– Ah! Tudo bem então. – disse entregando-me Helena e dando um beijinho em sua testa. – Eu volto pra te visitar e logo te levarei embora desse lugar pequena, é uma promessa.

Coloquei-a em seu berço repetindo o ato de Edward e fomos embora dali, cada um preso em seus próprios pensamentos. À volta para casa se passou assim, já havíamos nos mudado para o nosso novo apartamento o todos viviam lá, cada casal tinha uma chave e autorização para entrar e sair de lá sem muitos problemas.

– Quando começamos o processo para tirá-la de lá? – perguntou finalmente quando já estávamos em casa.

– O processo vai ser complicado, mas Suzana concordou em me ajudar depois que contei a minha versão da história para ela. – disse. – Temos chance de ganhar, mas isso tudo vai demorar visto que Renée sumiu com os papeis do hospital.

Continuamos conversando por mais um tempo até que fomos dormir, e assim a semana foi passando. Nossos amigos cada vez unindo-se mais, o advogado agora também estava investigando algumas leis e estávamos com um plano em mente.

Ao que se parece Reneé estava em Phoenix tendo encontros amorosos com um tal de Phil, um ex jogador de baseball que acabou se dando muito bem na vida e agora vive para gastar seu dinheiro. Contratamos um detetive de confiança e o mesmo estava juntando evidências para nos apresentar.

O plano já estava todo arquitetado, e eu precisaria de muito mais forças para conseguir fazê-lo do que qualquer um dos outros. Eles seriam peça importante sim... Mas eu estava sendo como a de maior importância, mas ainda sim precisava do apoio de todos, principalmente de Edward. Mas é como dizem.

Que os jogos comecem!