– Vovô! Vovó! – Nina diz assim que entramos na casa dos meus pais e avista os mesmo e corre em direção a eles.

– Oi minha princesinha, como você está linda. – diz minha mãe a pegando no colo e dando um beijo em minha pequena.

– E o vovô, não ganha beijo? – pergunta meu pai quando se aproxima mais das duas e Nina sorri e vai pro colo do meu pai e dá um beijo nele. – Ah sim eu gosto. – ele diz rindo e eu sorrio para eles.

– Meu filho, que bom que vocês chegaram, pensei que não viria mais. – diz minha mãe e eu dou um beijo em seu rosto.

– É lógico que eu viria mãe, Nina ficou animada de vir pra cá. – digo e ela sorri para a neta.

– Eu também estou muito feliz que você finalmente trouxe minha neta para me visitar. – diz minha mãe enquanto vemos meu pai mostrando algumas fotos minhas para Nina.

– É, vou começar a trazer ela mais vezes aqui. É bom ela começar a se acostumar com nossa família. – digo vendo ela toda sorridente com meu pai.

– Concordo com você querido, fiquei muito tempo sem saber que tinha uma neta, mas agora que sei a verdade, o que eu mais quero é ficar pertinho dela. – diz minha mãe toda carinhosa e com um olhar maternal para a neta.

– É o que estou tentando fazer, recuperar o tempo perdido. – digo e minha mãe sorri.

– Finnick, que bom que você veio. – diz minha mãe e me viro e vejo Finnick entrando na sala.

– Claro que viria mãe. – ele dá um beijo nela.

– Maninho, como vai? – Finnick chega perto de mim e dá alguns tapinhas nas minhas costas.

– Finn, to bem e você? – pergunto enquanto dou um abraço nele.

– To bem! E cadê a tampinha? – ele pergunta e eu aponto na direção que ela está com meu pai, agora ele está mostrando os troféus de natação do Finnick. Finnick sorri e vai em direção dos dois e eu e minha mãe vamos atrás dele. – Tampinha! – exclama Finnick e Nina se vira para ele toda sorridente.

– Tio Finn! – ela diz toda feliz e corre em direção ao meu irmão, que na mesma hora a pega e dá um beijo na bochecha gorducha de Nina.

– Que saudades tampinha, você está crescendo em! – ele diz e ela ri.

– Eu vou ficar grande e você não vai mais poder me chamar de tampinha. – ela diz toda confiante e eu dou risada.

– Veremos, se você puxar pra sua mamãe, você vai ser pra sempre minha tampinha. – ele diz e Nina ri.

– Cadê a tia Ann? – Nina pergunta e eu me faço a mesma pergunta.

– É verdade Finnick, cadê a Annie? – pergunto.

– Ela ta na casa da mãe dela, ela anda muito estranha ultimamente, e ontem do nada ela me disse que ia passar o fim de semana com a mãe. Eu falei que ia junto com ela, mas ela disse que não precisava e que queria ir sozinha. Eu a levei e estou aqui. – diz Finnick cabisbaixo e eu me preocupo com meu irmão.

– Você fez alguma coisa Finnick Mellark? – pergunta dona Effie e Finnick nega.

– Pior que não fiz nada, ela simplesmente me disse isso. Sem nenhuma explicação nem nada. Eu confesso que estou com medo de perdê-la. – ele diz com o semblante triste e antes que qualquer um possa dizer nada, Nina o abraça e beija sua bochecha.

– Não fica triste tio Finn, a tia Annie vai voltar. Ela ama você, ela me disse! E quem ama não vai embora, fica juntinho pra sempre. – Nina diz e dá um nó em minha garganta quando ela diz que quem ama não vai embora. E me lembro de tudo que aconteceu entre mim e Katniss.

– Eu sei tampinha, eu também amo muito sua tia Annie, e quero muito que ela fique comigo para sempre.

– Ela é sua princesa né tio?

– É ela é minha eterna princesa. – diz Finnick e eu sorrio, eu digo que tenho uma inveja do relacionamento do Finnick com a Annie, mas não é uma inveja ruim, é uma inveja boa.

Nina dá outro beijo no rosto de Finn e desce do colo dele e vem na minha direção.

– Papai, cadê as tartaruguinhas? – Nina pergunta toda sorridente e ansiosa para ver as tartarugas.

– Vou te levar pra ver princesa, vem comigo. – ela corre para o meu lado e me dá a mão e a levo para o quintal, onde as tartaruguinhas vivem. É um grande cercado com tudo que precisa para o Habitat das tartaruguinhas, até uma mini piscina meu pai fez para elas, para poderem nadar. Elas já tiveram filhotes e meu pai acabou dando para umas crianças da rua que quiseram.

Chegamos perto e Nina fica as procurando.

– Cadê elas papai? Eu não to vendo.

Fico olhando para o cercado e vejo as duas escondidinhas atrás de uma planta.

– Ali princesa. – aponto para o local e Nina sorri e seus olhinhos brilham. – Pega elas papai, eu quero ver de perto.

Vou do outro lado do cercado e pego a primeira tartaruga. Nina corre para o meu lado e fica olhando a mesma fascinada.

– Quem é essa papai? – pergunta Nina e eu olho e vejo que é a fêmea.

– Essa é a Katiruga. – digo e Nina sorri. – Quer segurá-la? – pergunto e Nina assente e eu entrego a mesma com cuidado. Pensei que Nina teria medo de pegar a tartaruga, mas não, minha filha é bem corajosa.

– Ela é tão bonitinha né papai. – ela diz toda feliz e eu sorrio para minha pequena. – Ela é linda.

– É mesmo meu amor. Eu gostava muito de brincar com as duas tartaruginhas quando era pequeno.

– Eu quero pegar a outra.

– O Peetaruga?

– É, eu quero brincar com os dois. – ela diz e eu pego o Peetaruga e coloco no chão e ela fica brincando com os dois.

Deixo Nina brincando e vejo que Finnick nos observa de longe. Ele está sentando em uma das cadeiras que minha mãe deixa na parte de fora da casa, sento-me ao lado dele, acho que sei que meu irmão está precisando desabafar.

– Você está preocupado com a Annie, não está? – vou direto ao ponto e ele suspira.

– Estou, não irei mentir dizendo que está tudo bem quando não está. Eu não sei o que está acontecendo com a Annie, ela ta estranha a semana toda, fica de segredinho com uma amiga do trabalho e quando pergunto se está tudo bem, ela diz que está e do nada me diz que vai passar o fim de semana com a mãe. Eu não sei o que aconteceu, não sei se fiz ou disse algo errado, eu realmente não sei o que está acontecendo com ela. – ela desabafa e respira fundo.

– Você não esqueceu nenhuma data especial? – sugiro e ele nega.

– Não, nosso aniversário de casamento é mês que vem, o aniversário de quando nos conhecemos foi há três meses, o aniversário dela é daqui três meses. Eu sou bom de decorar data, não é nada disso.

– Olha Finn, eu não sou a melhor pessoa pra dar conselhos sobre relacionamentos, porque você vê como está minha vida amorosa, uma merda. Mas um conselho que te dou e que eu deveria ter feito é pra você ir atrás dela, vai à casa da mãe dela, leva flores e pergunta o que está acontecendo. É melhor você ir atrás dela do que esperar as coisas acontecerem.

– Você acha que devo fazer isso? – ele me pergunta e eu assinto.

– Com toda certeza do mundo, não cometa os mesmos erros que eu.

– Acho que vou ir lá agora. – ele diz se levantando e eu sorrio.

– Vai lá, boa sorte mano.

– Muito obrigado Peeta, e eu espero de coração que você se acerte com a Kat.

– Obrigado, agora vá logo atrás da sua garota. – eu digo e ela sorri.

– Tchau tampinha. – Finnick vai até minha filha e dá um beijo na bochecha dela.

– Já vai tio Finn? – ela pergunta com um pequeno biquinho.

– Vou tampinha, vou atrás da tia Annie.

– Igual nos filmes? – ela pergunta com os olhinhos brilhando.

– Isso mesmo, igual nos filmes. Outro dia o tio Finn brinca com você, eu prometo.

– Tá, fala pra tia Annie que eu to com saudades dela.

– Pode deixar tampinha.

Finn sai pela porta e Nina volta a brincar com as tartarugas enquanto meus pensamentos voltam a pensar em Katniss.Tudo poderia ter sido diferente se eu tivesse tido a coragem de ir atrás dela, mas como sempre eu fui um covarde.

Depois de um tempo que Nina ficou brincando com as tartarugas, minha mãe veio dizendo que estava na hora do jantar. Ajudei Nina a colocar as tartaruguinhas de volta ao cercado e fomos jantar com a minha família.

Minha mãe tinha feito macarrão a bolonhesa e Nina se deliciou com o jantar. Depois que comemos minha mãe serviu a sobremesa: bolo de chocolate com brigadeiro. Meu pai ainda tem uma mão boa para cozinhar. A padaria pode ter crescido e ser a melhor padaria da cidade e meu pai quase nem vai mais pra lá, mais o velho ainda cozinha bem.

– Está uma delicia vovô. – diz Nina comendo o bolo e eu concordo com ela.

– Verdade pai, ainda leva jeito para a cozinha. – gracejo e ele ri.

– Seu pai sempre vai ser o melhor cozinheiro dessa cidade querido. E você também. – dia minha mãe.

– Papai faz comidinha gostosa. – Nina diz rindo e eu sorrio para ela.

– Obrigado princesa. – passo a mão nos cabelos dela e volto à atenção para meus pais. – Sabe o que venho pensando nesses últimos dias?

– O que filho? – pergunta meu pai.

– Vou ficar aqui por um ano no mínimo, e odeio ficar parado sem fazer nada, estava pensando em abrir um restaurante na cidade, o que acham?

– Um restaurante aqui? – minha mãe pergunta.

– É vocês sabem que eu adoro cozinhar, e acho que seria legal eu ter meu próprio negócio. Eu queria a opinião de vocês, se vocês acham que seria uma boa ideia.

– Claro que seria uma boa ideia filho. Sempre sonhei que um dos meus filhos fosse seguir o caminho da culinária. E sempre soube que seria você. – diz meu pai.

– Eu fico feliz em saber isso pai, e o senhor poderia me ajudar, topa ser meu sócio? – proponho para ele e ele sorri.

– Claro que sim, quando você quiser podemos começar a ver. – ele diz e começamos a conversar sobre o assunto. Nina já tinha ido para sala ver TV e quando terminamos o assunto e fui procurar Nina, a mesma estava dormindo profundamente no sofá.

– Parece um anjinho. – diz minha mãe sorrindo para a neta e dando um beijo em sua testa. Meu pai faz o mesmo e eu com cuidado pego ela no colo.

Despeço-me dos meus pais e vou com Nina para o carro. Coloco-a com cuidado na cadeirinha e prendo-a na mesma. Ela resmunga um pouco, mas não acorda. Entro no carro e dou partida, ligo o rádio bem baixinho e vou ouvindo música. Chegamos ao meu prédio e vejo alguns paparazzi na porta, eles tiram algumas fotos, mas logo eu entro na garagem do prédio.

Estaciono o carro e saio do mesmo e vou pegar Nina no banco de trás. A tiro da cadeirinha com todo o cuidado do mundo e ela se aninha no meu colo. Ela deita a cabeçinha no meu ombro e eu fecho o carro e vou em direção ao elevador.

Quando entro no apartamento vou logo em direção ao quartinho dela e entro no local, ela acorda quando eu começo a trocá-la.

– Já estamos em casa papai? – ela pergunta coçando os olhinhos.

– Estamos sim princesa, vamos por o pijama para dormir confortável?

– Mas eu não to com sono papai. – ela diz e dois segundos depois ela boceja e eu rio baixinho.

– Claro que está e ainda por cima ta caindo de sono. – eu digo e ela sorri.

Ela me ajuda a colocar o pijama dela e logo depois eu a ajeito na cama. A cubro e dou um beijo na testa dela.

– Papai, o Tatá. – ela diz e eu passo os olhos pelo quarto e vejo o Tatá jogado em um canto do quarto. O pego e entrego para Nina, que o abraça e dá um beijo no mesmo.

– Boa noite minha princesa, tenha bons sonhos. – digo e dou mais um beijo em sua testa. – Papai te ama.

– Também te amo papai. – ela diz meio sonolenta e sorrio para ela.

Levanto da cama e apago a luz e deixo a porta aberta. Vou para o meu quarto e depois de um banho tomado eu deito na cama e adormeço.

§§§

Acordo por volta das dez horas, e antes de levantar da cama fico só pensando no que a Katniss está fazendo uma hora dessas, ela e o Jake dormindo juntinhos, aproveitando a paz e o momento a sós. Fico com embrulho no estômago só de pensar nisso.

Levanto e antes de descer para a cozinha, dou uma passada no quarto da Nina e vejo que ela ainda está dormindo. Aproveito e vou fazer o café da manhã.

Coloco alguns pães de queijo para assar e faço um café. Arrumo a mesa e volto para o andar de cima e vou ao quarto da Nina.

Chego perto dela e começo a balançar ela devagarzinho para acordá-la.

– Hora de acordar meu amor. – digo na orelha dela e ela resmunga e se mexe. – Vamos acordar minha princesinha.

– Não. – ela diz manhosa e eu sorrio. Preguiçosa essa minha filha.

– Sim senhorita, hora de levantar, hoje vamos para o parque de diversão da cidade, você não quer ir princesa? – digo e parece que falei a palavra mágica, já que no segundo seguinte a garotinha estava sentada na cama com um enorme sorriso no rosto.

– Vamos ao parque? Eu pedi para a mamãe me levar, mas ela não quis. – ela diz fazendo bico e eu sorrio, mas eu sei o motivo da Katniss não ter querido ir ao parque. Ela com certeza se lembra que foi nesse parque que tivemos nosso primeiro encontro e todo ano aquele mesmo parque volta na cidade nessa época.

– Vamos sim filha, você gosta de parque? – pergunto e ela diz que sim com a cabeça toda empolgada.

– Amo, eu já fui algumas vezes quando eu fui viajar com a mamãe pra ver a tia Susan. Ela me levou e eu gostei.

– Tia Susan? – pergunto confuso, já que não me lembro de ninguém chamada Susan na família da Kat.

– É, a tia Prim disse que foi a Tia Susan e minha bisa que cuidou da mamãe quando tava comigo na barriga.

Então lembrei quem era Susan, era a mulher que Kat iria dar a Nina e que no fim desistiu e Susan continuou amiga de Kat.

– Ah lembrei querida, mas enfim, vamos levantar e tomar café porque vamos sair daqui a pouco.

– Eba! – ela diz toda feliz e corre para o banheiro escovar os dentes. Ela desce de pijama mesmo.

Tomamos café, se fosse por Nina ela nem iria comer, mas eu fiz ela comer.

Subo com ela para dar a roupa para ela se trocar. Como estamos no outono, hoje o dia amanheceu um pouco frio, ainda bem que Katniss mandou um conjunto de frio para ela.

Ajudo ela colocar a roupa, um moletom em um tom de rosa com listras brancas, um calça legging do mesmo tom de rosa do moletom e uma bota de um rosa mais claro. Penteio os cabelos dela e deixo os solto. Ela ficou linda.

Ela me faz me trocar logo e me troco na velocidade da luz, pondo uma calça jeans de lavagem escuro, uma camiseta de gola “V” azul claro e uma jaqueta de couro preta. Ajeito meus cabelos e coloco os óculos escuros.

– Vamos papai, eu quero logo ir pro parque. – diz Nina toda afobada.

– Calma filha, deixa o papai pegar as coisas. – digo indo atrás da chave do carro e da minha carteira e do meu celular.

– Vai logo ué. – ela diz impaciente e eu controlo a risada, é engraçado ver a Nina assim, toda impaciente.

– Calma apressadinha. – digo enquanto fecho a porta de vidro da varanda.

Ding Dong ♫

A campainha toca e eu me viro para atender, mas acho estranho, já que não estava esperando visitas.

– Ah não papai, não atende. Eu quero ir pro parque. – Nina me pede com bico e eu sou risada.

– Filha, é rapidinho. Fica calma. – eu digo e ela cruza os braços na frente do corpo irritada.

Ding Dong♫

Tocam a campainha de novo, esse ta com pressa.

– Já vai! – digo mais alto enquanto caminho em direção a porta. Destranco a mesma e quando vejo quem está na porta eu não acredito no que meus olhos vêem.

– O que está fazendo aqui? – pergunto ainda meio chocado.

– Posso entrar? – ela pergunta e eu libero a passagem e ela entra. Fecho a porta atrás de mim e me viro ainda meio incrédulo para a porta

– Aconteceu alguma coisa? Que eu saiba, não era pra você estar aqui.

– Eu sei Peeta, eu sei. Mas só agora eu percebi que eu..

– Mamãe? – Nina aparece e sorri quando vê Katniss parada na minha frente.

– Oie princesa. – diz ela e Nina vem correndo abraçar a mãe.

– O que você ta fazendo aqui mamãe? Não era pra você está viajando com o tio Jake? – Nina faz a pergunta que eu quero saber a resposta.

– É Kat, era para vocês estarem em uma casa de campo sabe se lá onde. – eu digo e ela me olha com um pequeno sorriso no rosto.

– Eu sei, era mesmo para estar lá. Eu ia hoje de manhã, mas quando o Jake chegou em casa eu não consegui entrar no carro. – ela diz e eu a olho confuso e sem entender muita coisa.

– O que você quis dizer com isso? – pergunto e ela coloca Nina no chão.

– Filha, deixa eu e seu pai conversar a sós, vai brincar lá com a Mika. – ela diz.

– Mas papai, e o parque? Nós não vamos mais? – Nina pergunta com bico.

– Claro que vamos princesa, deixa só eu e sua mamãe ter essa conversa e depois nós vamos. – eu digo e ela concorda com a cabeça e vai atrás de Mika.

– Parque? O parque de diversão da cidade? – ela me pergunta e eu assinto.

– É, esse mesmo. Tenho boas lembranças daquele lugar. – eu digo.

– Eu também.

– Kat, me diz a verdade, o que aconteceu para você não ir? – pergunto e sinto meu coração se acelerando e ela se aproxima de mim.

– A verdade é que eu não consegui entrar no carro dele porque não era aquilo que eu queria. Não era o Jake que eu queria na minha vida, não era o Jake que eu queria acordar todos os dias ao meu lado, não era o Jake que queria que me abraçasse de noite, não era o Jake que quero compartilhar minha vida. – ela diz tudo rápido e eu a acompanho e meu coração se acelera cada vez mais.

–E quem é?

Ela se aproxima mais de mim e coloca as duas mãos em meu rosto

–É você Peeta, simplesmente você!– ela declara e meu coração dispara com essa frase dela e não consigo controlar a felicidade que cresce dentro de mim. – Desculpa demorar tanto para perceber, desculpa não ter te contado da Nina, desculpa por tudo, mas eu não consigo mais lutar contra o que o meu coração quer, eu não consigo mais fingir não escutar o que minha mente diz, o que eu mais quero é você, você e apenas você. Você é meu primeiro e único amor, você é o homem da minha vida o pai da minha filha o meu Peeta, meu e somente meu. Eu quero esquecer o passado, deixar tudo para trás, toda a confusão, o rancor, a magóa. Não quero me lembrar de nada daquilo, eu quero deixar no passado o que ficou no passado, quero virar a pagina e viver o presente e pensar no futuro, um futuro que quero que você esteja nele porque eu te amo Peeta, te amo muito. – ela diz com lágrimas nos olhos e eu já estou com elas em meu rosto.

Coloco minha mão na cintura dela e a puxo para mais perto de mim e colo nossas testas.

– Eu também te amo, e muito! – eu digo e ela sorri – Desculpa por tudo que te fiz passar, desculpa por ter te abandonado, desculpa por ter sido um idiota, mas eu prometo que se você me permitir, eu serei o melhor homem para você e o melhor pai para Nina. Eu te amo, muito, muito! Você é também a mulher da minha vida Kat, minha somente minha.Eu também quero esquecer o passado, quero recomeçar com você e viver o que não vivemos. Vamos botar uma pedra no passado e pensar daqui pra frente. Eu te amo muito, muito mesmo. – eu digo e vejo que ela está com mais lágrimas nos olhos e sinto que eu também estou, ela se aproxima de mim tentando me beijar, mas eu lembro do que eu tinha dito para ela.

– O que foi? – ela pergunta confusa.

– Eu te disse e vou cumprir. Só te beijo quando você me pedir. – digo e ela ri.

– Bobo. – ela coloca as mãos em volta do meu pescoço e se aperta mais em mim, eu a abraço mais forte e ela chega bem perto do meu rosto.

– Me beije Peeta Mellark, me beije como você nunca me beijou. – ela diz baixinho e meu corpo treme. Essa mulher me deixa louco.

– Você que manda meu amor. – digo baixinho antes de beijá-la. Quando meus lábios se encontram com o dela é uma sensação totalmente nova, pois esse beijo é diferente, esse é o primeiro beijo de uma nova vida, de um novo Peeta e de uma nova Katniss.

Nos afastamos um pouco e sorrimos um para outro.

– Vamos ser felizes juntos Kat? – eu sussurro para ela de olhos fechados, querendo viver esse momento intensamente.

– Juntos. Fica comigo Peeta?-ela pede.

– Sempre. – eu respondo e junto novamente nossos lábios em um beijo cheio de amor, de saudade e principalmente de desejo.

Mas esse beijo tem apenas um único sabor: uma nova chance para sermos felizes!