Treinando O Papai escrita por Bia Snow


Capítulo 17
Capítulo Dezessete


Notas iniciais do capítulo

Hey Povinho, para animar a segunda e já que a meta foi batida, cá estou eu!
Espero que gostem!
Capítulo de hoje dedicado as lindas Whoknow e Petrova, obrigada pelas lindas recomendações!
Bora ler?
PS: o capítulo anterior o Nyah acabou tirando todos os travessões da fala e acabou ficando estranho, então quem leu antes de eu arrumar, fica a dica que agora está tudo certinho. Obrigadinha Carol Dantas por ter me avisado ;D



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Enquanto olho para o lado de fora do carro, percebo que não mudou muita coisa desde que me mudei daqui. San Diego sempre será uma cidade diferente de Los Angeles. San Diego é uma calmaria para mim, ainda mais onde moro... afastado do grande centro da cidade.

Mas não sentirei falta de tudo aquilo, porque quando olho para o lado e vejo Kat e Nina, tudo parece fazer sentido para mim. Eu não poderia ter feito uma escolha melhor para a minha vida.

– Papai, eu vou poder levar a Mika para passear comigo e com a Stella no parque? – Nina pergunta enquanto acaricia o pelo da minha cachorra no seu colo, desde que ela viu Mika, não quis mais soltá-la.

– Stella é a amiguinha dela Peeta – Kat me explica quando percebe minha cara de interrogação.

– Claro que vai poder meu amor, tenho certeza que Mika vai adorar passear com você – digo e ela sorri.

– Stell tem uma cachorrinha também, ela se chama Branca, a Stell ama Branca de Neve e colocou esse nome na cachorra dela, mas a cachorra dela é preta- ela diz rindo e faz com que eu e Kat ríssemos também – É engraçado né papai?

– O que princesa? O nome da cachorrinha da sua amiga? – pergunto a ela.

–É, ela chamar Branca e ser preta – diz ela e cai na risada novamente.

– É muito engraçado mesmo Nina – digo rindo e até meus pais começam a rir, Nina consegue contagiar a todos com seu jeito meigo e infantil.

– Sabe querida, seu papai quando tinha sua idade também teve dois bichinhos com um nome um tanto peculiar- minha mãe começa a dizer com a voz meio nostálgica e sei que lá vem coisas para me envergonhar.

– Sério vovó, que bichinho?

– Uma tartaruga- diz meu pai e então já me lembro do nome da criatura.

– Ah mãe, não vem falar essa história pra elas – digo envergonhado e Kat olha para mim rindo.

– Ah querido, você tinha seis pra sete anos e eu achei fofo – diz minha mãe e eu reviro os olhos. Fofo, essa história não tem nada de fofo ainda mais se ela contar pra Kat.

– Sério isso Peeta? Você teve uma tartaruga? Você nunca me contou isso – diz ela rindo e eu dou risada.

– Vamos dizer que é um fato que poucas pessoas sabem, é um tanto embaraçoso e eu esperava que minha mãe tivesse se esquecido dessa história – digo fuzilando minha mãe pelo retrovisor mais ela nem liga.

– Ah querido, é bonitinho sua criatividade. Vou contar, no natal demos duas tartarugas pra ele cuidar, porque ele tinha pedido um cachorro, mas o Mitch não gosta muito de cachorro e nem de gato, por isso resolvemos dar as tartaruguinhas pra ele e Peeta amou, né filho?

– Mamãe, deixe essa história pra lá – digo tentando a todo custo a fazer parar de contar essa história, mas quando Effie Trinket Mellark começa, ninguém faz ela parar!

– Peeta, deixa sua mãe contar – Kat diz rindo da minha cara de desgosto e Nina também quer rir.

– Não é pra rir, só pra deixar claro, eu era apenas um garotinho apaixonado – digo e Kat arqueia a sobrancelhas e eu desvio o olhar.

– Conta vovó – Nina pede toda curiosa e eu até olho para fora, não quero nem ver o que a Kat vai dizer.

– Bom, quando ele ganhou eu e Mitch perguntamos para ele...

“- Filho, que nome você vai querer por na suas tartaruguinhas? – Effie pergunta para o filho que está sentado no chão olhando encantado para as duas tartaruguinhas.

– É uma tartaruga e um tartarugo mamãe? – Peeta pergunta para mãe e ela sorri como o filho definiu as tartarugas.

– Isso meu amor, a de laçinho é a fêmea e o outro é o macho.

– Posso por nome mamãe?

– Pode sim meu amor, que nome você quer? – Effie pergunta encarando seu anjinho loiro dos olhos azuis.

– Hmm, pode ser Peetaruga e Katiruga, mamãe? – ele pergunta com um brilho nos olhos e Effie se segura para não rir do nome que o filho escolher para os bichinhos.

– Porque esses nomes meu amor? – ela pergunta ao filho e o mesmo sorri para a mãe.

– Porque eu gosto da Kat mamãe, então eu quis colocar o nome dela na minha tartaruginha, pra eu sempre me lembrar dela – diz ele em sua lógica infantil e Effie se derrete vendo seu pequeno menino apaixonado pela amiguinha.

– Oh meu amor, tudo bem, esses nomes ficaram lindos.

– Obrigado Mamãe, agora eu vou ir brincar com eles – Peeta diz e pega os dois animaizinhos na gaiola e dispara para o quintal e Effie fica apenas vendo como seu pequeno filho está lidando com seu primeiro amor!”.

§§§

– Eu não acredito nisso Peeta, você colocou o nome da sua tartaruga de Katiruga por causa de mim? Ok, isso foi fofo demais – Katniss diz sorrindo e eu fico envergonhando, tudo bem que eu era uma criança, mas mesmo assim é vergonhoso.

– Mãe, porque a senhora tinha que se lembrar disso? Isso é uma vergonha – digo rindo sem graça e Kat dá risada.

– Você nunca me contou que era apaixonado por mim desde pequeno Peeta, já que você apenas me chamou para sair quando tínhamos o que, uns 15 anos? Porque nunca se aproximou de mim quando éramos pequenos? – ela me pergunta me olhando.

– A Kat, eu era um moleque imaturo, quando eu tinha uns oito anos meus amigos achavam as garotas nojentas e eu não queria, sabe, ser o excluído da turma e em vez de me aproximar de você eu me afastei para não perder meus amigos. E depois, quando tinha uns dez anos eu até tentei, mas eu paralisava e você tinha o Gale e ele era maior que eu e então eu apenas te olhava de longe. E quando tinha uns doze, treze anos meus amigos começaram a ficar reparando em você e eu fiquei louco da vida. Quando você saiu com o Sam, meu melhor amigo eu fiquei muito tempo sem falar com ele. Mas eu confesso, eu era um babaca mesmo. E depois eu resolvi e criei coragem de chamar você pra sair e o resto você sabe – digo sorrindo e ela sorri também.

– Você nunca contou isso para mim quando namorávamos, eu teria achado fofo.

Dou uma gargalhada e nego com a cabeça.

– Nunca contei isso para ninguém, e não iria contar para você né Kat. Isso era como um super segredo em família que minha mãe acaba de revelar para todo mundo – digo olhando para minha mãe pelo espelho do carro e ela pisca para mim.

– Mas papai, o que aconteceu com as tartaruguinhas? – Nina pergunta e eu sorrio.

– Na verdade querida, elas estão na casa da vovó e do vovô.

– Sério? – Kat pergunta sorrindo.

– Aham, você já assistiu Procurando Nemo, Nina? – pergunto e ela assente.

– Sim, eu amo a Dori.

– Então, naquela parte que a Dori e o Marlin estão com o Crush, sabe a tartaruga?

– Sei, ele é doidão né – diz divertida.

– Ele é, mas você lembra quantos anos ele disse que tinha?

–Hmmm, cento e cinquenta não foi? – ela fala na dúvida.

– Isso mesmo, então a Peetaruga e Katiruga vão viver muito ainda, acho que seus filhinhos ainda vão brincar com elas – digo cutucando sua barriguinha e ela ri.

– Eu também quero brincar com elas papai.

– Pode deixar querida, eu vou levar você pra conhecê-las.

– Eba! – ela comemora toda feliz e vejo Kat apenas me encarando, arqueio a sobrancelha em sua direção.

– Gostei dos nomes, e só pra você saber Mellark... eu também me lembro de você com seis anos – ela diz e depois desvia o olhar.

Fico apenas pensando em como tanta coisa mudou quando eu sai daqui, e quanta coisa vai mudar com a minha volta.

– Papai, e meu quarto da sua outra casa? Eu gostava de lá.

– Eu trouxe todas as suas coisas de lá e mandei fazer outro igualzinho para você e o daqui é maior, acho que dá até para fazer uma festinha do pijama com suas amiguinhas – digo e ela sorri e seus olhinhos brilham com a notícia.

– Sério mesmo papai? Stella vai amar isso, não é verdade mamãe?

– Com certeza meu amor, elas vão amar – Kat diz e depois volta a olhar para fora, ela ficou meio estranha de repente.

– Kat, você está bem? Parece no mundo da lua – digo e ela dá de ombro.

– Tô sim, só estou.. Pensando no que o futuro me reserva.

– Pode ter certeza que apenas coisas boas – ela me da um meio sorriso e volta a olhar para o lado de fora.

Meu pai e minha mãe ficaram puxando conversa conosco e Kat apenas respondia o que fosse perguntado a ela. E eu me perguntava o que passava na cabeça dela. Ainda decifrar Katniss Everdeen.

Quando o carro do meu pai começa a chegar em frente a garagem do meu prédio vejo muito fãs na porta do mesmo, como também muitos paparazzi. Abaixo o vidro e aceno para as meninas e elas gritam muito mais com esse gesto.

– Olha papai, essas meninas gostam mesmo do senhor né?! – Nina diz sorrindo e eu a puxo para meu colo e algumas fãs começam a gritar o nome dela – Elas tão gritando Nina, papai!

– Elas gostam de você princesa- digo e ela sorri- Dá um tchauzinho para elas meu amor.

– Sério? Eu posso fazer igual você?- ela me pergunta com os olhinhos arregalados.

– É claro que pode princesa.

Ela timidamente põe o braço esquerdo para fora e acena, para deixá-la mais a vontade eu faço o mesmo. E então ela se solta e as fãs começam a gritar meu nome e o de Nina.

O porteiro abre a garagem e logo adentramos no prédio e a gritaria fica para trás. Eu sei que logo elas se acostumam com o fato de eu morar aqui agora e o assédio passa, mas pelo jeito, por enquanto não irá passar.

Meu pai estaciona em minha vaga e logo eu abro a porta e saio de dentro com Nina no colo. A coloco no chão e me espreguiço.

– Lar doce lar – digo rindo e Nina me abraça pelas pernas.

– Tô muito feliz papai, que o senhor veio morar aqui.

Eu a pego no colo e a encho de beijos.

– Eu também estou muito feliz meu amor.

Com a ajuda de todos pegamos minha bagagem e fomos pegar o elevador. Nina trouxe Mika no colo e Kat pegou uma mala que eu trouxe com vários papéis e documentos e coisas velhas. Meu pai me ajudou com algumas malas e minha mãe também.

Pegamos o elevador e Nina clica no botão com o número 35, eu vou morar na cobertura. É o maior flat que tem no prédio, visto que o andar é apenas meu e tem dois andares. É super chique e cabe a minha família toda aqui.

Quando o elevador para no andar, todos desceram e eu pego a chave do apartamento no bolso e a abro, e quando entro eu quase tenho um ataque cardíaco.

– BEM VINDO DE VOLTA PEETA! – é o que gritam. Finn, Ann, Prim, Gale, Karen (N/A: Karen é a mãe da Kat)e.. Delly.

Eu me lembro dela, ela era minha vizinha e minha amiga. Perdi contato com ela quando me mudei, mas eu e ela éramos grudados e Kat morria de ciúmes dela.

– Eu não acredito, obrigado pessoal – digo sorridente e Nina vem pro meu lado me abraçar.

– Gostou papai? Eu que tive a ideia e a mamãe me ajudou a fazer o bolo e a tia Prim me ajudou a fazer a faixa com a tia Annie.

– Ficou lindo meu amor, eu amei – digo abaixado em sua frente. Levanto-me e encaro Katniss, ela, porém está encarando Delly conversando com minha mãe. E ela está fazendo a mesma cara de quando namorávamos, a cara dos ciúmes.

Contenho a risada e os pensamentos que correm na minha cabeça de que ela pode estar com ciúmes de mim ainda.

– Kat – a chamo e ela parece acordar do seu transe e me encara sem graça por ter sido pega encarando Delly.

– Oi – ela diz sem jeito.

– Obrigado por tudo – digo chegando perto dela.

– Eu fiz isso por nossa filha Mellark- ela diz seriamente, mas não me deixo abalar por suas palavras.

– Mas mesmo assim, obrigado – me aproximo dela e beijo sua testa.

Viro-me para cumprimentar os outros, a primeira pessoa que cumprimento é Karen Everdeen.

– Hey dona Karen, obrigado por ter vindo – digo e a abraço.

– Que isso meu filho, eu espero que essa segunda chance que Deus te dê você consiga acertar e não fazer burrice novamente. Porque se você magoar minha filha ou minha neta, você vai se ver comigo, entendido? – ela diz séria e eu engulo em seco.

– Entendido – digo sério e ela dá um sorriso.

– Mas seja bem vindo novamente viu querido.

– Obrigado dona Karen.

Deixo à senhora Everdeen e vou em direção a Prim e Gale.

– Obrigado pela presença de vocês, eu sei que não mereço que vocês sejam legais comigo e nem nada, mas significa muito ter vocês aqui.

– Olha ex cunhadinho, você sabe que eu sempre gostei de você, e ainda gosto. Sei que o que aconteceu entre você e minha irmã foi difícil, complicado e doloroso, mas acho que se você está tendo essa segunda chance é melhor se agarrar nela e não deixá-la ir. Não perca novamente minha sobrinha e minha irmã. Elas precisam de você – Prim diz e eu me emociono um pouco.

– Eu também preciso delas Prim, pode ter certeza que irei aproveitar muito bem essa minha nova chance.

– Bom mesmo Mellark, ou irei ser obrigado a ter dar uma boa lição - diz Gale com uma cara séria e eu assinto.

– Pode ficar tranquilo, o que eu mais quero que a Kat seja é feliz, seja comigo ou com o namorado dela.

Converso mais um pouquinho com eles, mas logo vou cumprimentar meu irmão e minha cunhada.

– Maninho, você sabe que sempre admirei seu trabalho e sua carreira e me orgulho disso, mas nada me deixou mais orgulhoso em ver você tomando essa decisão de voltar para casa pra ficar perto da sua filha, porque isso meu irmãozinho, foi a maior prova de maturidade que eu já vi em você, isso apenas prova que você está amadurecendo e se tornando um homem. Eu to muito feliz Peeta, por você ter tomado essa decisão. E mais feliz ainda em termos você novamente em casa- Finn diz todo feliz e emocionado e quando ele termina eu o abraço. – Eu posso quase nunca falar, mais eu te amo maninho.

– Eu também te amo Finn, você é o melhor irmão que eu poderia ter.

– Ok, isso está muito fofo e lindo, mas eu também quero um abraço do meu cunhadinho – Annie interrompe e eu e Finn nos soltamos e eu dou um abraço na minha cunhada.

– Obrigada Annie, pelo apoio e tudo – digo enquanto a abraço. Ela se desvencilha de mim e olha em meus olhos

– Você sabe que sempre poderá contar comigo, assim como o Finnick falou, você está amadurecendo e se tornando um homem e um pai. E eu tenho orgulho de presenciar o meu menininho, que adorava me perturbar e atrapalhar eu e o Finn, se tornando um pai responsável. Isso é tão gratificante que você não tem ideia Peeta, e eu te amo muito pirralho – ela diz, mas quando diz pirralho eu caio na gargalhada, ela só me chamava de pirralho quando era pequeno e ela já era a namorada do meu irmão.

– Eu também te amo peixinha – digo, também usando o apelido que Finn a chamava e ela odiava, por isso eu a chamava assim, apenas para provocar.

Vejo Kat na varanda do apartamento e vejo a oportunidade para falar com ela.

Quando volto meu olhar para Annie e para Finn, os dois estão me olhando com um sorriso maroto e na hora fico vermelho por ter sido pego no flagra.

– Que foi? – pergunto sem graça com os olhares deles.

– Nada Peeta, vai logo falar com sua amada- graceja Finn e eu reviro os olhos. Deixo os dois para trás e discretamente vou até a varanda falar com ela. Mas antes de conseguir chegar ao meu destino, sou interrompido por uma figura loura parada em minha frente.

– Não vai me cumprimentar não Peeta? – Delly, minha melhor amiga pergunta parada em minha frente e eu sorrio.

– Delly, quanto tempo garota – a envolvo em um abraço e ela retribui – Senti sua falta Del.

– Eu também Peeta. Veja só, ficou famoso e ainda se tornou pai. Meu amigo cresceu demais – ela diz e eu dou risada.

– Pra você ver Del, as coisas mudam e no meu caso, eu ganhei uma garotinha de seis anos para cuidar e amar.

Vejo Nina no colo de Finn brincando e ela gargalhando enquanto Finn a rodopia.

– Ela é linda, parece muito com você, e tem a atitude da Katniss. É uma mistura incrível de vocês dois.

– Eu falo que é a combinação perfeita de nós dois, e ela tem o gênio da Kat. Ela é determinada.

– Pelas poucas vezes que falei com a Katniss ela era bem determinada – ela diz e depois da um sorrisinho – e bem ciumenta – ela diz e eu dou risada só de lembrar das crises de ciúmes que ela tinha quando eu estava com a Delly.

– Nem me lembre disso, nem sei porque ela tinha ciúmes de você.

– Nem eu, sempre te considerei um irmão, mas ela nunca acreditou nisso – ela da de ombros e eu sorrio. Era uma boa época.

– Como você soube da minha volta?- pergunto, porque realmente eu estava curioso a respeito disso.

–Bem, eu tinha ido para Nova York fazer faculdade, eu me formei ano passado e esse mês voltei para casa, e sua mãe foi super gentil comigo e me ajudou na arrumação da casa e quando perguntei de você, ela me disse que você voltaria hoje e me convidou para vim aqui te fazer uma surpresa e eu aceitei.

– E eu adorei – digo e ela sorri. Converso mais um pouco com Delly, mas meu olhar insiste em ir na direção de Katniss.

– Del, eu vou ali falar com a Kat, depois conversamos um pouco mais, ok?

– Tudo bem, boa sorte- ela me dá um beijo em minha bochecha e eu vou em direção a Katniss.

Vou em silêncio até a varanda e quando entro ela nem percebe, fico ao lado dela e me apoio na grade e ela se assusta.

– Que susto Peeta – ela diz com a mão no coração. Dou uma breve risada e fico olhando para o horizonte, o dia estava muito bonito. O céu estava azul e sem nenhuma nuvem.

Ficamos os dois em silêncio, apenas olhando o horizonte e aproveitando a presença dos dois, parecia que não tinha nada que podia nos atrapalhar.

– Peeta, posso te fazer uma pergunta? Que na verdade eu nunca nem te perguntei. – ela diz ainda sem olhar para mim.

– Pode, claro que pode – digo e então eu me viro e fico de frente para ela. Ela também se vira e fica me olhando.

– Como você reagiu quando a Nina apareceu na sua porta dizendo que era sua filha? Como ela disse para você? Eu nunca te perguntei isso e nem para ela.

Sorrio com a lembrança de como Nina chegou a minha casa.

– Bom, era um domingo de manhã quando alguém tocou a campainha e eu fui atender. Quando abri a porta eu vi uma garotinha linda, ela estava com um ursinho na mão e uma mochilinha ao lado dela.

– E o que você pensou quando a viu? – pergunta Kat com um sorrisinho nos lábios.

– Ah, eu pensei que era tudo, menos minha filha. Perguntei se ela queria um autógrafo, se queria que eu comprasse algum biscoito, mas ela negava. Mas quando eu perguntei: “O que você quer do tio” ela disse que eu não era o tio dela, ai eu falei que eu sabia que eu não era o tio dela, mas ela me interrompeu e soltou na lata que eu era o papai dela – digo me lembrando do susto que tomei.

– Nina nunca foi de enrolar, acho que ela puxou isso de você. Mas o que você disse?

– Ai eu perguntei quem tinha dito isso para ela e ela disse que tinha sido a mamãe dela e foi quando a Glimmer chegou ao meu lado e quando Nina disse que eu era o pai dela ela começou a dizer que era golpe e tal, mas Nina foi determinada em dizer que não estava mentindo e que eu sim o pai dela.

– E como você acreditou nela? – ela me pergunta.

– Ela tinha uma foto sua com ela bebê no colo. É claro que eu reconheci na hora e não acreditei no que estava acontecendo. E eu não queria acreditar naquilo e eu idiotamente perguntei o porquê ela tinha um foto sua – ela da risada e eu acabo rindo – Eu sei, pergunta idiota.

– E o que ela disse para você?

– Que ela era a mamãe dela e depois ela me mostrou a certidão de nascimento dela, onde consta o meu nome como o pai e o seu como o da mãe, ela nasceu oito meses depois que eu tinha ido embora.

– E a sua namorada, o que fez? – ela pergunta e eu reviro os olhos.

– Ela não era e nunca foi minha namorada. Bom, ela achou que era golpe e Nina a chamou de bruxa e Nina saiu correndo e eu briguei com Glimmer e fui atrás da Nina, encontrei ela conversando com o Cato, convenci a Nina a voltar comigo e o resto você já sabe.

– Eu me sinto culpada por tudo, por ela ter ficado seis anos sem sua presença. Se eu tivesse te contado antes teria sido mais fácil para ela- diz ela voltando olhar para o horizonte.

– Você teve seus motivos Kat, eu não a culpo por nada. Eu sou o mais culpado nessa história e Deus sabe o quanto eu quero me redimir por tudo e quão arrependido estou.

– Eu acredito em você Peeta – ela diz e meu coração se alegra em saber que ela acredita em mim.

– Obrigado.

Sem o consentimento dela a puxo para um abraço apertado, ela demora em retribuir, mas logo ela está me abraçando fortemente.

– Eu to feliz que você tenha voltado – ela diz baixinho.

– Eu também estou feliz por ter voltado.

Ficamos nessa bolha mágica até Nina aparecer e nos separar.

– Papai, vamos dançar – Nina me puxa pela mão e com a outra ela puxa a mãe – Vamos dançar nós três – ela declara.

Vamos para a sala onde está tocando uma música qualquer e pego Nina no colo.

– Vem mamãe- ela chama Kat que vem timidamente. Com a mão livre eu coloco na cintura dela e ela com um dos braços me ajuda a sustentar Nina e o outro coloca em meu pescoço – Agora sim nossa família está completa- diz Nina, ela dá um beijo em meu rosto e outro no rosto da Katniss.

– Isso mesmo minha pequena, nossa família está unida agora, e nada vai me separar de vocês – digo e vejo Kat derramar uma lágrima – Para Sempre.

§§§

Já se passava das nove quando Katniss levou Nina já adormecida para meu quarto, já que o quarto dela ainda não estava montado. Estranhei o fato de ter uns dez minutos e Kat ainda não ter voltado.

Delly tinha ido embora já e eu estava preocupado com a demora da Kat. Deixo o povo na cozinha onde estão jogando cartas e vou em direção do meu quarto.

A porta esta entre aberta e vejo Katniss com uns papéis na mão e com lágrimas nos olhos. Quando vejo a minha mala com as coisas do meu escritório aberta no chão e vários papéis jogados ao redor dela, na hora eu percebo o que é aquilo entro no quarto e ela me olha com lágrimas nos olhos e meu coração acelera.

– O que é isso Peeta? O que significa tudo isso? – ela pergunta chorando e eu engulo em seco.

– Eu posso explicar Katniss – digo com dificuldades e ela joga os papéis no chão e sai do quarto apressadamente e eu vou atrás dela.

Chegou a hora da verdade!


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Notas finais do capítulo

Hahaha! E ai, o que acharam desse final?? O que será que a Kat encontrou? Palpites?
Bom, tive muitooooos leitores novos nesse último cap, estou com 190 leitores, isso significa que a meta aumentou e agora é de 60 reviews. Isso mesmo SESSENTA REVIEWS! Espero que colaborem, pq leitor é o que não falta!
Mellarkisses.