Crepúsculo De Sangue. escrita por the one


Capítulo 14
Capítulo 14 - On Fire.


Notas iniciais do capítulo

oi gente,
bom desculpem a demora,
agradeço todas as reviews adoro vcs,
continuem me dando ideias,continuem
capitulo maiorzinho =)



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-Demetri esses são os filhos do Edward-Falei, com segurança de que Demetri  não era suficientemente louco para tentar tocá-los.

Ele sorriu de lado.

-Se são filhos do Edward por que eles estão aqui?- Ele foi seco.Soltei a mão das crianças para poder chegar mais perto de Demetri.

-Qual é o seu problema?- Sibilei.

-A noite você vai descobrir-Ele disse somente.Desaparecendo.Mas que filho da...

-Ta tudo bem Bella?- Nesme me perguntou.Olhei para trás escondendo minha raiva por Demetri ter tido esse ataque bipolar.

-Tudo sim crianças...Bom vocês devem estar com fome,sentem nos bancos da copa da cozinha ali-Falei,apontando para a copa marrom e preta com uma mão,e colocando minha franja para trás num movimento nervoso com a outra.

Nunca mais eu havia feito aquilo.Até agora.

Nesme se sentou em um dos 2 bancos da copa.Ajudei Tony á se sentar no outro levantando-o por seus ombros.

Abri a geladeira e tudo o que tinha ali era bolsas de sangue do hospital.Que ótimo.Sem comida.

Eu havia esquecido que na minha cabeça nenhum humano entraria em minha casa para comer,só para ser comido.

-Bom..eu vou arrumar comida pra vocês,podem ligar a TV da cozinha se quiserem-Falei.

-Que TV?-Tony perguntou,olhando em volta da cozinha.Apertei o botão do controle universal da casa,e uma parte da parede girou 360 graus se revelando uma TV de 40 polegadas.

-Mágico-Os dois disseram ao mesmo tempo.Dei uma risada rápida e abafada.Passei pela porta da frente.Não havia muitos restaurantes em um raio de 600 metros.Havia uma barraca de hot dogs mas o máximo de gordura que eu posso dar para Tony é uma massa,tipo..

Pizza.

Escutei o motor de uma moto de entregador,com certeza era pois o barulho do motor caminhava juntamente com um cheiro de queijo e calabresa.A moto já estava na minha rua.Olhei para minhas roupas.Minha bota de couro,minha bata não muito comprida,mas com um decote vermelho,isso ajudaria um pouco.

A moto estava quase me passando,quando pulei na frente dela.O homem freou com tudo.Ele tirou o capacete,com uma expressão de que ia gritar e me chamar de louca,mas assim que ele bateu os olhos em mim,sorriu maroto.Era um muleque,não tinha mais que 17 anos.

Quem sou eu pra dizer,afinal terei 17 anos para sempre.

-Moço eu preciso muito da sua ajuda-Falei como uma mocinha em perigo.

-O que quiser-Ele foi oferecido,descendo da moto.

Reparei num cheiro estranho.Era coca cola.Uau,pizza,refrigerante,o pacote completo.

-Eu preciso da sua pizza-Disse,esperando que ele risse de mim,e assim o fez.

-Mas moça...

-Pago 500 dólares por ela.

-Toda sua-Ele tirou do fundo de sua moto a pizza,olhei para o refrigerante sugestivamente,ele me deu também.As notas de dinheiro já estavam em minhas mãos.

Corri para dentro de casa.Os dois estavam sentados ali,angelicalmente assistindo á uns bichinhos amarelos com roupa azul.

Repassei minha frase...”nojentinhos” ontem e “angelicalmente” hoje.

Eu não queria estar mudando.Me importar com eles abriria portas para me atingirem.Eu vou ser legal só hoje,depois eu vou parar.

Levei a pizza até o balcão da cozinha.

-O que é isso?-Tony perguntou confuso.

-Como assim? É pizza-Falei.Tanto ele como Nesme pareciam não ter a menor ideia do que eu estava falando-Eu não acredito que nunca deram pizza para vocês.

-Nossa mãe diz que não devemos comer nenhum carboidrato além de arroz,pão e batata-Tony disse,quase que repetindo o modo como Tanya falava.

-Loira doida..-Falei por impulso,os dois riram-Desculpem.Olhem,é muito bom,acho que vocês vão gostar,eu quando era humana gostava de comer pizza com meu amigo... Jacob.

Jacob...fazia muito tempo que eu o havia visto.Estava sentindo falta dele.

-Quem vai primeiro?-Nesme disse,olhando para Tony.

-Os dois ao mesmo tempo-Falou ele.A pizza já estava cortada,tirando que para mim aquilo tinha cheiro bolo de lama coberto com Bombril,a aparência estava ótima.

Os dois pegaram suas fatias,e olharam um para o outro.Eu assistia os dois como se fosse a final do meu time de futebol com nosso rival clássico.Eles morderam.Os dois arquearam a sobrancelha ao mesmo tempo

-E ai?-Perguntei curiosa.

-Como nunca comi isso antes?-Nesme quase gritou,comendo mais.

-Isso é muito bom-Tony disse,de boca cheia.Eu só conseguia rir dos dois...

-Acabou a palhaçada aqui,vamos para casa-A voz de Edward veio cortante da porta da frente.

Olhei para ele com um olhar fuzilante.

-Podia bater na porta sabia,é mais educado-Falei.Nesme e Tony se entreolharam.Eu não queria ser igual a Tanya e brigar com o pai deles-Foi bom enquanto durou crianças.

-Não se despeça,a Tanya quer que você volte lá,e ela vai adorar saber que você está dando porcaria para meus filhos comerem.

Nunca vi Edward ser tão frio comigo.Senti uma coisa em meu coração...

Não era para estar acontecendo,não era para eu estar me importando..

(**)

Tudo o que Tanya queria que eu fizesse era organizar os medicamentos do Tony na ordem em que ele devia tomá-los,e também ela viu minhas anotações no papel sobre a gripe que o atacaria amanhã,por isso ela queria que eu estivesse lá.Sobre a pizza ela mal perguntou, o que fez Edward remoer mais o ódio dele contra mim.

Todo mundo estava lá em baixo,jantando...comida japonesa se não me engano.Eu estava no meu quarto,olhando para os livros de medicina...até que uma foto me chamou atenção.Era minha foto do anuário que as crianças tinham me dado.A que Edward tinha de mim.Será que ele teria só isso?

Fui até o quarto dele,sem me preocupar com alguém subir,afinal eles acabaram de jantar.Parei na porta,lembrei que Edward guardava as coisas dele em uma “pequena” salinha,a porta no final do corredor.Sorte que em casa de rico a porta não range,então entrei sem ao menos fazer um mínimo ruído.Havia varias caixas.

“Tony primeiros anos,Tony primeiros passos,Tony primeiras palavras,Nesme primeiro dia na escola,Viajem á Disney”

Me espantei por não haver mais coisas antigas de Nesme.A única coisa que havia individualmente dela era aquilo.

Um baú me chamou atenção.Ele estava trancado com um cadeado de senha.

Lá vou eu tentar.

Aniversário dele.Não.Aniversário da Esme.Não.Carisle.Não.

Mas que droga Edward...

Observei mais o cadeado,atrás dele estava gravado uma palavra.

“My Debussy..”

A musica veio em minha cabeça em uma memoria repentina.As notas tocaram em minha mente uma por uma,a melodia se formou em minha saudade.O dia em que eu entrei pela primeira vez na casa dos Cullen,dancei com ele em seu quarto,saímos por cima das arvores...

O dia em que comecei a afundar na minha desgraça... doce desgraça.

Tentei o dia do meu aniversário.

Maldito seja,o cadeado abriu.

Lá dentro havia uma folha com anotações algébricas,mas que pude decifrar mais ou menos,Era tudo sobre DNA,tipo sanguíneo,células,órgãos...

Havia um papel com números,acho que eram números celulares,um embaixo do meu nome escrito em vermelho,outro embaixo de uma estrela em azul.

Haviam fotos de um bebê,um bebê de olhos castanhos e cabelo..

Cabelo castanho avermelhado.

Haviam outras fotos minhas ali,havia um saquinho com um fio de cabelo,uma etiqueta com meu nome,outros papéis com mais números celulares,mas...o que diabo é..

-O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO,SAI DAÍ AGORA !- Edward explodiu da porta.

-O que é isso Edward?-Tentei ser calma.Ele fechou os olhos bufando quando viu os papeis em minha mão-O QUE é isso Edward?

-Na minha casa não por favor Bella-Ele quase implorou.

-EU NÃO QUERO SABER,VAI SER AQUI NO INFERNO EM QUALQUER LUGAR ! – Eu explodi jogando os papeis em cima dele.A raiva era tão grande,que eu podia sentir lágrimas de ódio invisíveis escorrerem pelo meu rosto.

-Que gritaria é essa ai?-Tanya gritou lá de baixo.

-Bella por favor,eu imploro,eu te conto tudo,faço o que quiser,mas aqui não é o lugar certo,nem a hora certa-Ele suplicava.

-Quem manda aqui sou eu,eu escolho a hora.Acha que eu me importo com alguma coisa aqui.Fala ag...

-Eu me ajoelho,é isso que você quer?-Ele disse,colocando seus joelhos no chão-Por Favor,Bella.

Eu havia ganhado minha existência depois daquilo,eu não queria assentir mesmo assim,mas eu o fiz.Fui até o meu quarto na casa e sai pela janela.Corri pela floresta,eu sentia meu corpo em chamas,mas nem o frio da Inglaterra nem o vento em meus cabelos mudaria isso.

Não sei porque eu fui pra casa.Aquilo estava me corroendo.

Eu não sei o que é.Mas tem a ver comigo,preciso saber.

Minha cabeça está tão cheia que eu tenho vontade de arrancá-la.

Passei pela porta de casa a batendo com toda a força.

-Amor,lembrou do nosso encontro de hoje á noite-A voz de Demetri ecoou pela sala.Só então percebi que as luzes estavam falhando.Não que escuridão fosse me atrapalhar,mas as luzes tirariam minha atenção.

Droga eu esqueci.

“-A noite você vai descobrir-Ele disse somente.Desaparecendo              “ ecoou em minha cabeça.

-Demetri...-Eu só conseguir dizer isso antes de ser jogada contra a escada de pedra,quebrando-a completamente.Ofeguei,colocando meu escudo sólido em volta de mim.

Mas ele estava mole,eu não conseguia fixá-lo, e isso era de uma agonia tão grande,como quando você está caindo e tentando se segurar em algo.Havia alguém ali sugando minhas forças.

Sei que o poder de Demetri não era esse.Tinha mais alguém ali com ele.

-Eu não sou homem o bastante para você?-Ele disse,me empurrando novamente,dessa vez em cima do fogão.

Fogão.

Gás.

Fogo.

Droga.

Consegui me afastar do fogo,não tempo suficiente para que o gás explodisse e me queimasse um pouco..

Gritei com a ardência do fogo,queimou minha perna e metade da minha mão.Eu não ia conseguir ficar de pé em no mínimo 2h.

-Sem seu escudo e suas palavras,você é um nada-Ele continuava á falar.

O que havia deixado ele tão obsecado?

Olhei para a minha perna.Mal posso descrevê-la no momento.Voltei a olhar para frente.Demetri me encarava de perto.

-E agora? O que vai fazer?-Ele riu sarcástico-Ah é,não pode fazer nada.Que tal mais um pouco de fogo?

Ele pegou em minha queimadura me fazendo arfar,mas eu ainda tinha outra mão,então dei nele um bom soco,pude ouvir ele cambalear para o lado.

Eu sabia lutar.

O problema foi que Demetri me treinou.

E é claro que ele não ia me ensinar a derrotar meu próprio mestre.Eu não conhecia os golpes dele.Mas ele conhecia os meus.

Nessa fração de segundos em que consegui pensar,ele me girou pela mão do soco,jogando meu corpo contra a copa que já estava em chamas.

Eu vou morrer.

Finalmente eu vou morrer.

Não,eu não posso morrer sem saber o quer Edward escondeu de mim.

Ouvi um estrondo.Não era eu.Onde estava Demetri?Pare de pensar,Bella.

Tirei forças não sei de onde para tentar me arrastar para fora do fogo.

Eu não vou conseguir...não vou conseguir...

Uma mão fria pegou na minha..

Eu vou conseguir?


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Notas finais do capítulo

gostaram? palpites? digam o que acham.
e logo mais o tão aguardado capitulo 15.
beiijos amores.