Life Streets escrita por Tothless


Capítulo 4
Adaptar-se


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está mais um capitulo. Quero avisar que, agora que Soluço já se mudou para a casa 2405, as coisas ficarão mais animadas e os quatro irão visitar lugares novos.
Então, me desculpem se a fanfic estava ficando chata. Prometo que as coisas vão mudar a partir desse capitulo!

E como a fanfic, a playlist dessa vez, começa calma e vai ficando mais animada: http://8tracks.com/tothlessthedragon/life-streets-cap-3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/374310/chapter/4

Agora que já estava tudo certo para Jack e eu morarmos na casa 2405, era a hora das despedidas e das arrumações. E sabíamos muito bem que qualquer coisa que envolvesse Stoick daria em alguma confusão ou em algo muito confuso.

Meu pai era um bom homem e já disse isso mil vezes, mas preciso sempre repetir apenas para confirmar. Tudo o que ele fez até agora foi feito de um jeito certo e honesto, então me orgulho muito dele. 

Estávamos todos parados na frente de casa, Elinor estava segurando as mãos em frente ao corpo e sorria vendo a despedida que tínhamos. As meninas também se despediram de meu pai e foi muito esquisito de se ver.

Rapuzel iria beijar o rosto do meu pai, mas ele estendeu a mão para ela na mesma hora. E quando ela pegou a mão dele para cumprimenta-lo, meu pai esticou o rosto para receber o beijo. Por via das duvidas, Merida estendeu a mão bem em frente ao corpo para meu pai aperta-la, o que deu certo.

Depois do aperto de mão com Merida, meu pai foi até Jack e o abraçou. Muitas vezes ele foi como um irmão para mim, é lógico que seria um segundo filho para o sentimental Stoick. Jack olhou pra mim pedindo ajuda, porque parecia que meu pai não o soltaria tão cedo, então o cutuquei.

– Cuide-se Jack. – Meu pai disse quando soltou Jack, lhe dando alguns tapinhas no ombro. – E nada de desobedecer a Senhora Elinor, ouviu menino? – Stoick apontou o dedo indicador para Jack, que só concordou com a cabeça. – Não se esqueça de ligar para seu pai, ele...

– Ta bom pai! – Eu o interrompi, vendo que o discurso seria grande de mais e ele se virou para mim, um pouco acanhado e segurando uma mão na outra. – Não se preocupe, vou visita-lo e te ligar todos os dias que puder. – Avisei antes ele se aproximar de mim para um abraço desajeitado. Confundimos-nos um pouco quando tentei rodear o ombro direito dele num abraço e ele fez o mesmo comigo.

Tentamos de novo e dessa vez deu certo; conseguimos enfim um abraço. 

– Se cuide filho. – A voz baixa do meu pai contra meu ouvido foi reconfortante, pois sabia que ele estaria por mim onde quer que eu fosse.

– Vou me cuidar.

Depois disso foi tudo muito rápido; ele entrou no caminhão, deu partida e acenou pela janela. Ver meu pai partindo de volta para casa sem mim foi o primeiro choque que tive sobre estar morando sozinho.

Ok, eu tinha Jack comigo, mas isso não era muito reconfortante, porque ele sempre pega minhas meias e não devolve. Apesar de que minhas meias nunca serviriam nos pés gigantescos do meu pai. Graças a Thor!

Esqueçam a ultima parte. Obrigado. 

– Vamos entrar? – Despertei dos meus pensamentos quando alguém tocou meu ombro e me virei para encarar a senhora Elinor. Rapunzel e Merida estavam atrás dela, puxando as malas menores pelas escadas. – A viagem foi longa e o transito da cidade é um inferno.

– Nem me diga, ficamos parados num congestionamento por mais de meia hora! – Jack esticou os braços para cima se espreguiçando. – Vamos arrumar logo as coisas. – O vi colocando a mala pendurada no ombro enquanto pegava a de rodinhas e puxava até as escadas. – Soluço, está esperando o que?

Nada, absolutamente nada.

Olhei para Elinor enquanto ela via Jack subindo as escadas para o segundo andar, na mesma hora em que Merida descia. Ouvi alguns protestos vindo da escada e após alguns minutos Merida chegou ao primeiro andar, indo até a mãe que estava ao meu lado.

Peguei minhas malas do chão e parti para dentro de casa antes que Merida percebesse minha presença por perto.

– Merida, ajude os meninos. - Elinor precisava sair novamente para buscar os trigêmeos na escola, então se despediu de mim na porta de casa quando cheguei perto da escada para o segundo andar. Ela era uma mulher elegante. – Precisando de alguma coisa, chame as meninas.

– Ok. – Respondi sem jeito e com pressa para subir para meu novo quarto.

Cheguei ao segundo andar carregando minhas malas que só percebi o quanto estavam pesadas depois de ter que as erguer-las sobre vários degraus e desliza-las pelo corredor até chegar em frente à porta do lado direito do corredor, girando a maçaneta e entrando.

Olhei o quarto e suspirei, percebendo que parecia bastante com o quarto de minha casa em Berk. Acho que era um pouco maior, mas a semelhança entre eles era inegável.

As paredes eram mesmo de um tom de verde não muito forte, como Rapunzel falou. E havia uma janela de bordas branca na parede de frente para a porta. Uma cama de solteiro ficava encostada na parede da esquerda e um armário marrom ocupava toda a parede da direita.

Joguei as malas em cima da cama e me sentei no chão, segurando o ombro em que havia apoiado o peso.

Não sou um atleta, muito menos musculoso, então me canso rápido de carregar peso e isso não é algo para se orgulhar. Jack praticou e jogou bastantes esportes na escola, o que lhe deu uma condição física melhor que a minha. Ele pode carregar as malas dele sem problemas porque tem braços mais fortes que os meus, mas que não chegam a ser musculosos como os jogadores de basquete que havia na escola.

E eu sou alto. Meu antigo professor de Educação física sempre me elogiava por correr muito bem, mas isso não é útil no dia a dia. Só se eu virar ladrão, porque então posso sair correndo loucamente.

Não, isso está fora de questão.

Depois de conseguir descansar meu ombro, abri as malas e comecei a parte chata; separar minhas roupas no armário marrom. Não demorou muito para terminar, porque eu sempre tive poucas roupas. E só tenho, no atual momento, quatro pares de sapatos. Não sei, mas acho estranho um homem com mais de seis pares de sapato para usar.

Tudo pronto no armário. Peguei as duas toalhas e os lençóis que meu pai me deu para usar na nova casa e as bolsa em que guardava o shampoo, sabonete, escova de dentes, fio dental e escova de cabelo. Deixei as coisas guardadas em baixo das blusas que pendurei nos cabides.

E fim.

Coloquei as malas no espaço que tinha entre o teto e o armário e minha mudança estava feita. Me espreguicei e pensei em me jogar na cama nova para testar o colchão, mas só pensei mesmo.

A porta foi aberta e Jack entrou, andando de meias. As minhas meias.

– Soluço, meu velho! – Estava demorando de mais para Jack aparecer e pedir algo. – Terminou a sua grande mudança? É claro que sim, você sempre termina. – Ele se jogou na cama e abraçou o travesseiro. – Vamos fazer algo hoje à noite? – Olhei para ele, suspirei e me joguei de vez no chão, ficando deitado de barriga pra baixo. – Não adianta se jogar no chão, esse truque não funciona mais desde os seus cinco anos.

Droga, ele estava certo.

– Acabamos de chegar, não acho que vá ser legal. – Me sentei de novo, perto da cama e olhei para Jack. – A gente mal vai saber voltar para casa depois. - Ele concordaria comigo, não tinha jeito de escapar desse fato; eramos novatos, sem senso de direção e sozinhos em uma cidade grande. 

Minha comemoração mental se resumiu em abrir uma latinha de coca-cola bem gelada e jogar nos cabelos descoloridos de Jack. 

"Soluço venceu a luta contra Frost, e eles iriam ficar em casa. Obrigada Odin!" 

– Com licença? – Nós dois olhamos para a porta e vimos Rapunzel entrando no quarto usando outro vestido. Ela parecia gostar muito de vestidos pelo jeito, e o que ela usava no momento era roxo e tinha mangas até os cotovelos, deixando os ombros à mostra. Caminhou até nós dois e se sentou na beirada da cama que Jack não ocupava, nos olhando. – Meninos, o que vocês vão fazer hoje de noite?  - Ah! Não creio nisso!

 Jack olhou para mim e riu alto, rolando de barriga para cima na cama.

Desisto.

– Loira, você conseguiu nossa ilustre companhia está noite. – Jack se sentou na cama e bagunçou os cabelos brancos. Ela sorriu e se levantou, olhou para nós dois esperando uma resposta. Acabei concordando e balançando a cabeça positivamente já que estava com fome mesmo. – Onde vai nos levar? Tem alguma lanchonete por aqui?

– Claro que tem! Vocês vão conhecer a melhor lanchonete de toda a cidade. – Cruzou os braços e nos olhava como se estivesse propondo um desafio. – E a banda da Astrid toca todo final de semana lá, vocês vão adorar!

– Não duvido. – Jack parecia estar se animando ainda mais para sair.

– Então, que horas vamos? – Perguntei pensando em um belo hambúrguer e Rapunzel abriu a boca para responder, mas não conseguiu.

O susto que eu levei não tem explicação, mas quase fui parar em baixo da cama quando a porta se abriu novamente, batendo com força na parede. 

Merida entrou no quarto, usando uma calça jeans azul com uma blusa preta enfeitada com várias palavras brancas. Os cabelos vermelhos estavam soltos e rebeldes, cachos voavam para todos os lados.

– Punzie, você convidou eles? – Ela perguntou para Rapunzel, que acenou positivamente com a cabeça e sorriu. – Ótimo. Vocês vão conhecer Astrid e comer o melhor X-bacon do mundo. Se apressem que quando os meus irmãos chegam, tudo vira um caos!

O melhor X-bacon do mundo? Ok, acho que aquilo deveria ser muito bom. 

Vi Jack pulando da cama e correndo para o quarto na frente do meu, fechando a porta em seguida. Eu me levantei, pensei se poderia melhorar alguma coisa em minhas roupas e lembrei que minhas roupas eram todas iguais.

Nada contra minha camiseta xadrez verde e minha blusa branca e gosto muito do meu tênis preto.

– Você vai assim mesmo né? – Merida me perguntou, notando que não queria trocar de roupa. – Vamos logo então. - Na mesma hora que sai do quarto, Jack apareceu com outra camiseta muito parecida com a outra. 

Saímos da casa 2405 e as meninas trancaram a porta com uma das chaves reservas que havia em baixo do tapete. Andamos pelo lado direito da rua até chegarmos em um semáforo, onde atravessamos a rua e andamos mais um pouco, passando em frente a lojas de roupas e sapatos. Quando viramos para a esquerda na próxima esquina, avistei uma grande placa de neon brilhando e girando.

– Meninos, sejam bem vindos ao Bocão Burguers. – Rapunzel disse, apontando para a placa. – Mais conhecido como BB.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quero agradecer, de novo, as lindas e maravilhosas amigas que tenho; ifaladdin & Nelly Pinheiro. Elas me incentivam muito a continuar.

E aos leitores que comentaram o capitulo anterior; Zaruko Sakura, Giselly Valdez Solace e Excalibur, vocês merecem um biscoito!~

Desculpem os erros e qualquer outra coisa. Espero que mandem comentários e opiniões, tudo bem?