Life Streets escrita por Tothless


Capítulo 3
Lar doce lar.


Notas iniciais do capítulo

Olá! ~
Bem, a playlist para esse capitulo é diferente da do primeiro. Deixe-me explicar o porque;
A Playlist vai mudando conforme vão aparecendo novos personagens. Por exemplo, a primeira playlist é mais rock n' roll porque até ali eram só o Jack e ao Soluço. Mas agora que apareceram a Merida e a Rapunzel, vou mudando um pouco as músicas para se encaixar na história.

Então, aqui está o link com a Playlist do segundo capitulo de Life Streets: http://8tracks.com/tothlessthedragon/life-streets-cap-2-1

Espero que gostem! ^^



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Elinor ainda estava parada na porta quando meu pai se levantou do sofá, quase me derrubando e levando a mesinha em frente dele junto. Jack apenas jogou a revista de volta no lugar em que a pegou e se levantou, indo para o meu lado.

– Acho que começamos as apresentações de um jeito meio esquisito. – Ele sussurrou para mim, enquanto olhava Elinor entrar em casa e ir em direção às meninas no chão.

A ruiva se sentou no chão em cima de uma poça de suco, enquanto Rapunzel colocava a bandeja em cima das pernas, também se sentando. O vestido azul de Rapunzel estava molhado, e a camiseta verde da ruiva também tinha algumas manchas de suco. Mas o rosto das duas quando perceberam Elinor de braço cruzados em frente delas foi impagável. O que eu não faria para ter uma foto daquele momento?

– Olá mãe. – A ruiva falou, ainda sentada na poça de suco. É, acho que acabei de descobrir o porquê a cara de pânico das duas. Não é por nada, mas acho que Elinor não é uma mãe que faz biscoitos e te conta histórias para dormir. – Você tem visitas. - Jack cobriu o rosto com uma mão, indignado com a frase. E meu pai fez o que ele faz de melhor; soltar perolas.

– Senhora Jack , eu sou Soluço e esse é meu filho Stoick com o amigo dele Elinor! – Ele disse, confundindo todos os nomes. Jack olhou confuso para ele, e eu só fiquei com vontade de me enfiar no meio das almofadas do sofá. Tinha que ser meu pai!

Elinor olhou para nós três um pouco confusa, mas apertou a mão de meu pai amigavelmente. É, acho que teria que assumir dali por diante.

– Eu sou Soluço – Comentei, percebendo que meu pai não notou o erro gigantesco dele. Ele olhou pra mim confuso, e soltou a mão de Elinor batendo na própria testa. – Esse é Jack – Apontei para Jack, que acenou para a mulher em frente ao meu pai. – E esse é meu pai, Stoick. Ele é um pouco tímido.

– Percebemos. – Comentou a voz de Merida, vinda do chão. Nós olhamos para ela catando os cacos dos copos enquanto Rapunzel enxugava o suco do chão. Acho que Elinor não gostou muito do comentário, porque Merida apenas revirou os olhos depois de olhar para a mãe.

Os dois conversaram alguma coisa rápida sobre um telefonema e também sobre alguma coisa que haviam combinado. Como eu estava pegando o assunto pela metade, resolvi não prestar muita atenção e continuar olhando ao redor, com meu estômago roncando. 

– Senhor Stoick, você poderia me acompanhar até minha sala para assinarmos os papéis? – Meu pai apenas acenou com a cabeça e seguiu Elinor até uma porta antes das escadas, andando desajeitadamente pela sala apertada. – Quando sair dessa sala, quero ver essa bagunça arrumada, ouviu? – Antes de fechar a porta, Elinor olhou para as meninas limpando o chão. – E Rapunzel, você pode mostrar para os meninos os quartos, por favor?

– Sim senhora! – Rapunzel disse animada, se levantando e voltando para a cozinha correndo. A porta da sala de Elinor se fechou, e pude ver meu pai olhando para todos os lados antes de perdê-lo de vista.

Boa sorte Stoick, você consegue. É só você não falar nada, nem tocar, nem pensar e muito menos respirar. Você consegue!

Quando Rapunzel voltou da cozinha sem o pano que segurava, pediu para seguirmos ela e subimos as escadas brancas da casa até o segundo andar. Nos degraus a loira comentou que poderíamos chama-la de Punzie se quiséssemos, o que me pareceu mais fácil do que chama-la pelo nome inteiro.

O segundo andar tinha um corredor que era maior do que eu imaginava, com o chão todo coberto por um tapete vermelho e várias portas brancas espalhadas por ali.

Passamos por uma porta branca cheia de flores amarelas e notas musicais pintadas na madeira, um poster de uma banda que não conheço grudado bem no meio. E pendurada na maçaneta havia uma placa escrito em roxo a letra de uma música.

– Esse é meu quarto. – Rapunzel disse apontando para a porta. – Qualquer coisa que precisarem, é só me procurarem aqui. - Jack olhou para a porta, cruzou os braços e balançou a cabeça, parecendo satisfeito.

– É claro, pode deixar. – Ele disse sorrindo de lado e olhando para Rapunzel. Se aquilo era uma cantada, não funcionou.

Rapunzel saiu andando novamente e nos mostrou mais algumas portas enfeitadas; Uma porta cheia de marca de dedos, que era o quarto dos três gêmeos filhos de Elinor. Outra porta com uma placa de transito amarela pendurada, escrita “Perigo”, que era o quarto de outra menina hospede. E uma cheia de patas pretas pintadas, que era o quarto de Merida.

Quando perguntei onde Elinor dormia, Rapunzel apenas disse que ela dormia no primeiro andar, numa porta que ficava ao lado da sala em que meu pai havia entrado.

– Vocês são os primeiros meninos que vêem para cá, tirando os irmãos da Merida. – Ela comentou, enquanto chegávamos ao final do corredor. – Não que fosse proibido antes, mas é que nenhum garoto teve interesse em morar em uma casa cheia de mulheres.

O que? Como assim?

Não entendi bem o porquê de nenhum garoto não querer morar em uma casa cheia de mulheres. Não deveria ser ao contrário? Eu pelo menos acho mais lógico um garoto querer morar numa casa com meninas, porque ele pode arrumar uma namorada. Ou como Jack diz; espionar elas no banheiro.

A ultima opção não era muito legal, já que fazendo isso eu levei um soco de Tuffnut Thorston, a menina mais durona do colégio em que eu e Jack estudávamos. E a culpa nem foi minha, porque eu fiquei abaixado para Jack subir em minhas costas.

De qualquer forma, foi dolorido e não recomendo que façam isso.

Chegamos ao fim do corredor e encaramos duas portas, uma de frente para a outra. Eram brancas, sem nenhum risco ou arranhão. Rapunzel deslizou os dedos pela madeira da porta à nossa direita e suspirou.

– Faz tanto tempo que essas portas estão brancas, então se vocês quiserem pinta-las, fiquem à vontade. – Eu assenti com a cabeça, vendo que ela estava nessa casa há muito tempo. Muito tempo mesmo. Passou-se alguns segundos e Rapunzel ainda olhava para a porta, até que balançou a cabeça para os lados e se virou para nós sorrindo, igual a todas as vezes que nos olhou. – A porta da esquerda tem as paredes azuis e é o mais frio da casa, porque de manhã o vento bate contra a janela. – Ela apontou para o outro quarto. – E esse tem as paredes verdes, as arvores tapam o sol, então sempre tem sombra. Vocês podem escolher qualquer um.

Jack olhou para mim. Eu olhei para Jack. Era obvio quem ficaria com qual quarto, então descemos para o primeiro andar junto com Rapunzel.

Quando chegamos lá Merida estava jogada no sofá e a camiseta verde amarrada em cima do umbigo, o short preto de malha estava seco e os cabelos vermelhos armados para todos os lados estavam presos em um coque mal feito. Ela trocava de canal toda hora, apontando o controle para a televisão e quando nos viu se sentou, chamando Rapunzel com um dedo.

Vish, só pelo olhar dava para saber que estava tramando alguma coisa.

Uma sentou ao lado da outra no sofá e Merida falava ao ouvido de Rapunzel que balançava a cabeça concordando.

– Meninas, não precisam ficar com medo de falar comigo. Eu não mordo. – Jack falou para ela, colocando as mãos nos bolso da calça. – Soluço morde, então não me responsabilizo por ele.

É claro que eu mordo, principalmente se for um belo hambúrguer com queijo e bacon que seria muito bem vindo naquele momento. Meu estomago não parava de reclamar cada vez mais alto. 

Rapunzel olhou para Jack sorrindo e mostrando os dentes brancos e , talvez fosse só impressão minha, mas ele ficou meio tenso na hora que isso aconteceu.

Estranho. Estranho nível Jack Frost; ou seja, normal para qualquer outra pessoa, tirando o Jack.

–Jack? – Olhei para confuso para ele, fazendo-o rir nervoso. Merida ergueu uma sobrancelha, mostrando que também percebeu algo e isso me parecia muito mal. Ninguém mais viu quando ela sorriu maliciosamente e olhou para cima, planejando algo.

Pensei em responder algo, mas o barulho da porta se abrindo atrás de nós chamou minha atenção. Elinor e meu pai saíram da sala, no mesmo segundo comecei a rezar para meu pai não ter falado nenhuma idiotice, mas me lembrei quem ele era.

Ele era Stoick, meu pai. Então desisti de rezar.

– Pai?

Os dois se viraram para nós, sorrindo discretamente, então a Senhora Elinor disse;

– Sejam bem vindos à nossa casa, meninos. – Meu pai fez um sinal positivo com a mão e sorriu. – Vocês já podem levar suas coisas para os quartos. Merida e Rapunzel irão ajuda-los durante o tempo que permanecerem aqui.

Obrigado Odin! Meu pai não estragou tudo, nem falou nada idiota! Um alivio se espalhou pelo meu corpo e então sorri, percebendo que Jack também sorria satisfeito com tudo aquilo.

– Isso é maravilhoso! - Rapunzel se levantou do sofá, puxando Merida com ela. As duas saíram da casa deixando a porta aberta e indo para o caminhão de meu pai. - Vamos logo Soluço, temos que pegar suas coisas!

– É, suas coisas. - Merida sorria malignamente enquanto Rapunzel segurava o próprio rosto com as duas mãos. - Venham meninos. - Ela chamou e sem pestanejar, Jack foi até elas. Quando fui de encontro a eles, Merida me olhava.

Santo Thor. Ela me assusta.

A casa 2405 seria minha casa à partir daquele dia. Não me parecia ruim, mas o sorriso de Merida era uma mistura de alguma coisa boa e outra coisa má. Só não sabia o que era. E acho que não era seguro saber.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer Nelly Pinheiro, minha parceira de dupla dinâmica. E ifAladdin, que comenta coisas que me fazem rir.

Também agradeço muito à Zakuro Sakura,LoveMeridaofValente4ever,Ariane e Mariana, Giselly Valdez Solace e Kellen Frost por deixarem comentários lindos para a fanfic. Vocês são fodásticas ~

Espero que tenham gostado do capitulo e que deixem um comentário me incentivando a continuar a escrever, por favor! ~