Desejo & Compreensão - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 19
Capítulo Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Oi povo, sei que andei demorando de mais para postar, e também sei que esse não é meu melhor capítulo, mas agora teremos mais drama e ação, esperem só!



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"Verdade sim, sentimos muito forte na fortuna, precisar de ti naquela estrada;

Mas chegada a desgraça, tola é a alma, que não clama por Deus.”

Mrs. Browning

Nas últimas tardes, insensível a todos, um velho rato formado, advogado de Lady Burghersh, encontrava brechas entre as novas leis da herança inglesa, destituiria a que por convenção deveria ser primeira herdeira em prol da segunda. Este fazia seu trabalho bem pago mesmo depois da instabilidade adquirida pela Lady naquela manhã:

Todos desciam para o desjejum, mesmo Clarisse que sentia que passara a noite envolta pelas brumas do desejo e amor correspondido e agora caminhava com leveza pelas nuvens em seu vestido de cetim no mesmo tom do céu que se mostrava exuberante nas janelas de vidro fino.

Não era dever dos outros notar a mudança de uma alma temerosa para a que tinha alcançado as portas do paraíso terreno, pouco era dever dela demonstrar algo que devia permanecer em segredo.

Quando todos finalmente tomaram seus lugares a mesa, a governanta, sra. Shiverlye, distribuiu as cartas, uma a Clarisse escrita por sua mãe, algumas a Digory, das quais pouco se soube, mas a importância esteve ao fim com a lista de amigos de Lady Anna que compareceriam ao baile em menos de três dias. sem muita atenção dos demais a lista foi completamente lida, começando então um pequeno apêndice contendo o nome dos que relutaram o convite, não se poderia afirmar quantos nomes eram, ao chegar ao sétimo e a criada começar o oitavo, Lady Burghersh a interrompeu.

"Quem enviou a resposta do último? " Perguntou não parecendo tão interessada quanto estava.

"O próprio Coronel Richard Burghersh " Respondeu a criada examinando um dos envelopes.

"Então não repita este nome. " Disse a Lady em algo parecido com um sibilo. "Continue" incitou a mesma depois de uma pausa para recuperar um ou dois pensamentos. Novamente o oitavo nome mal foi proclamado quando a Lady insistiu que a governanta parasse e então se retirasse.

Assim que a mulher se foi a própria anfitriã se levantou e sem ao menos uma despedida caminhou a passos rápidos em direção a ala leste. Que fez lá, e porque foi em direção aquele lugar proibido aos demais, ninguém soube. Era uma certeza porém que se refugiara em um dos cômodos mais distantes dentro da ala pelo som de uma pesada porta que se fechava pouco tempo depois.

A curiosidade de Clarisse foi exaltada, não pode deixar de ter interesse pelo ocorrido, mesmo que nenhum outro demonstrasse, em seu âmbito queria descobrir os segredos que envolviam aquela casa e as vidas dos altos senhores e senhoras pertencentes a propriedade assim como a propriedade os pertenceu.

"O que diz a carta de mamãe? " Perguntou Alice que se mantivera quieta até o momento, mas agora olhava com interesse o papel na mão esquerda da irmã e parecia inconformada dela não lê-la.

"Pode ler" respondeu a irmã entregando a folha, não sabia realmente se aquela carta continha algo que se destinava somente a ela, não achava possível que houvesse, assim como não poderia achar nenhuma daquelas palavras importantes comparadas aos fatos que acabaram de ocorrer.

Era alheia a qualquer coisa que não pudesse significar o motivo de Lady Burghersh para tanto desespero em se refugiar onde ninguém mais podia. Disto tirou conclusões, nada aconteceu com a intenção de causar tal reação, uma reação no limite da calma qie encobria um desespero. O motivo da retirada não era simples, e a tia tinha intenção de se ver sozinha, teria escolhido como cômodo a própria alcova. Tudo não parava de reações adversas ao esperado, e isso incitava a mente jovem a se empenhar.

...

Na mesma tarde, após um almoço relativamente tranquilo, Clarisse não pode mais conter a necessidade pouco sutil e correta de descobrir o passado daquele lugar. Esperou todos os empregados tomarem suas tarefas no salão principal e pela sala do desjejum pode chegar a ala leste, o lugar continuava sombrio, todas as janelas eram cobertas e as portas fechadas como na primeira vez que entrara ali.

Desta vez garantiu que Ruddolf acompanhasse Lady Burghersh no andar de cima antes de se esgueirar por aquele corredor, somente um desastre poderia detê-la agora que alcançava o fim da ala, o lugar onde se encontrava o quadro coberto agora era só uma parede nua com uma porta para cada lado. Nas portas nada indicava seu conteúdo, não se podia saber atras de quais se encontravam os segredos e de quais haviam simples quartos a muito abandonados, a pequena espiã precisou testar sua capacidade de deduzir, pensou em abrir a porta da direita, mas não encontrou nada mais que um dormitório coberto inteiramente por uma fina camada de poeira.

Tentando agora tentado a da esquerda se viu com sorte, era uma biblioteca vazia e provavelmente o antigo escritório de Sir Burghersh, a cada passo entre os móveis esta ideia era confirmada, era uma área dedicada ao falecido dono, e pouco cuidada, nas prateleiras sobraram apenas alguns livros puídos e infestados de traças devoradoras. Até completar a primeira volta pela mesa central, Claire especulava que aquele tinha sido o cômodo que algumas horas antes Lady Anna Burghersh havia se refugiado, mas nada parecia confirmar o fato até que então viu encima da mesa um anel. Conhecia a peça, estivera sempre no anelar direito da anfitriã, uma peça de ouro com um belo rubi lapidado ao centro, era o anel que esteve na mão da dona na noite passada, aquela bela noite...

Voltando subitamente a realidade, Clarisse ouviu algum som vindo próximo das janelas e temendo ser pega, correu para fora da biblioteca ainda com o anel em mãos. 


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Notas finais do capítulo

Foi mal a demora, mas coisas aconteceram e eu não andei muito bem, acho que o próximo não deve demorar tanto, mas não prometo nada, estou ocupada de segunda a segunda!