Desejo & Compreensão - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 17
Capítulo Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

Demorei para continuar essa história, mas tenham pena de mim, pouco tempo, pouca inspiração fica difícil garantir qualidade, mas aqui está.



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"Ganhar uma guerra é tão desastroso quanto perdê-la."

Agatha Christie.

Com a mão que ele havia beijado apoiada no braço do cavalheiro, Clarisse caminhava deslumbrante entre os aristocratas londrinos, sorrindo a todos que foi apresentada. Mas nada disso poderia anestesiar o temor que sentia dos olhos de Tânia, nada deveria expressar mais a obscuridade da alma da prima que os pequenos e oblíquos olhos, se a raiva não os inundava era porque esperava pelo momento certo de vingança. Clarisse sabia que não poderia escapar, assim como sabia que o amor valia mais que este preço, era maior que todo ódio nutrido contra ela. Amor. Era mais bonito, mais valioso e inundava o espírito.

Ao se sentarem em um dos balcões do teatro, previamente reservado para o cavalheiro e as cinco mulheres, logo foi posto nos lugares restantes mais um casal amigo do Sr . Manson e da própria Lady Burghersh, mas com o casal, nenhuma das senhoritas teve grande interações a não ser por Tânia que encontrou neles algo que lhe deu uma auto promoção, a sra. Reynolds não descansou antes de lhe elogiar os bordados e o penteado. Qualquer um pouco esperaria uma reação involuntária do sr. Manson aos elogios feitos a srta. Thorpe, e talvez ninguém possa ter reparado em como seus olhos percorreram a figura esbelta da moça e os lábios se ressecaram em um desejo pulsante.

A gota de suor, porém, que escorreu-lhe na têmpora direita, fez com que recobrasse os sentidos e desviasse o olhar faminto, ele poderia se apaixonar por ela, mas a prima parecia lhe render mais libras.

Livre das antigas expectativas, pois, as tinha vencido, Clarisse dedicou a atenção ao palco em que se concentravam a atenção dos demais espectadores, pouco lhe interessava o que poderia estar acontecendo na mente dos outros membros do grupo, ela se contentava em ficar debruçada ao lado da irmã com seus pequenos binóculos mirados na peça.

O fim do primeiro ato trouxe assuntos tão desinteressantes como era de se imaginar de um encontro de dois importantes donos de propriedades na região, os negócios de Londres foram trazidos a superfície e as mulheres parcialmente abandonadas, se não tivessem a surpresa de encontrar a antiga srta. Fairfax, agora sra. Philips, em uma temporada na cidade, porém pouco puderam fazer além de comunicar o perfeito estado que os Fosters se encontravam a duas semanas atrás. O começo do segundo ato dissipou mais da metade da sociedade que se relacionava no salão anterior ao teatro, as duas senhoritas Hill empenhadas em aproveitar tal nova experiência, se despediram dos Philips para retomarem seus lugares no camarote.

A disposição das cadeiras tinha sido alterada, agora com o sr. Manson e seu companheiro sentados próximos a sacada, só havia mais um lugar a ser ocupado entre ele e Lady Anna, e está foi a deixa para Tânia que também voltava para o camarote, assim as outras duas senhoritas ficam com os terríveis lugares ao fundo. Após terem se passado meia dúzia de minutos, elas se retiraram para assistir o resto do ator em pé em uma das áreas públicas do teatro no andar superior, estavam muito longe do palco, mas puderam ver mais que em seu camarote.

Qualquer ousadia durante aquele tempo foi passada escondida daquele coração delicado de nossa heroína, enquanto Tânia enroscava seus dedos na mão e punho do homem poderoso no assento vizinho, dedilhado delicada e naturalmente a pele já não tão sedosa e brilhante como a pares de anos atrás, o sr. Manson se sentiu novamente tentado a se apaixonar, ela poderia tê-lo em pouco tempo se domasse o mesmo lado obscuro dele que a vinte anos o tinha separado da única e verdadeira amada.

Na época ele teve os mesmo dois lados, que agora tendiam para solteiras diferentes unidos em um só propósito, seria dono de tanto poder quanto pudesse regir ao lado da mulher que amava, mas agora precisa optar, ele já havia amado de mais para sentir falta de qualquer sensação, mas poder nunca seria o bastante na Inglaterra. Governado por esse e tantos outros pensamentos que pouco podiam ser perdoados, não por sua inclinação a ganância, mas pelo massacre a um botão de rosa como um coração de uma mulher, o cavalheiro seguiu em busca da escolhida e embora não estivesse realmente encomendado com o fato dela não se encontrar no balcão junto com ele, assim permanecendo imaculada aos gestos que ele aceitou de tão bom grado da prima desta, precisou expressar veementemente sua falsa preocupação.

"Nós só estivemos a procura de um novo ângulo de observação, sr. Manson. " Disse Alice diante da surpresa da irmã mais velha ao ter o braço e a mão enlaçados por ele como se ali fossem o lugar a que realmente pertenciam em uma linda combinação de alvo e negro.

"Vê como a personagem Angelique parece muito mais simétrica e elegante desta posição? "

"Não acredito que ela possa ficar em qualquer ângulo, mais formosa que minha acompanhante, como vês." Ele a expôs a visão completa de todo o salão, e Clarisse sentíasse feliz de mais para responder ou corar, apenas afagou o braço do amado com a mão que estava livre ao voltar a posição que estava antes. Mas a irmã pode ficar corada por presenciar uma cena em que o amor dele ficava tão explícito, ou era isso que aparentava ser.


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Notas finais do capítulo

Eu achei que tinha ficado mais longo! Mas não quero forçar, o próximo será melhor e espero não demorar, mas da pro gasto este?