Desejo & Compreensão - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 13
Capítulo Doze


Notas iniciais do capítulo

Obrigada ao Marco Antônio por comentar a história! E o resto pelo jeito ta ocupado de mais. Zé eu te adoro por sempre estar animado com meus capítulos e ser totalmente sincero comigo, espero muito te surpreender.

Vamos continuando porque nós temos que chegar ao fim :)



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"As ideias das pessoas são pedaços da sua felicidade."

William Shakespeare


A curiosidade de Claire a levou a ficar sentada durante todo o dia na sala, fingiu ler o livro de sermões que estava sobre a mesa, desenhou alguns rabiscos nos papéis, tentou alguns pontos no bordado, desenrolou as fitas e voltou a enrolá-las. Tudo para que não ficasse a mostra sua intenção de vigiar os horários da casa, parou somente para o almoço e o chá da tarde e então para o jantar. Assim foi perceptível que somente durante a noite ela teria algum tempo maior para inspecionar a ala, os criados que cuidavam dos quartos a se momento preparavam as camas e as roupas, as cozinheiras e copeiras cuidavam de retirar o resto do jantar antes de irem para suas acomodações em uma área distante da principal. Em respeito aos horários, as preocupações com o baile, a única atividade que preocupava Clarisse, eram deixadas para a próxima manhã,

Clarisse vestiu uma camisa branca e em seguida um vestido de verão mais decotado, os botões da camisa estavam fechados até a gola e ela prendeu o camafeu por debaixo da gola. Com a trança que permanecera intacta pela noite ela fez um coque simples e colocou o chapéu com a fita do mesmo tom azul escuro do vestido. Ao sair do quarto, se deparou com Tânia com uma xícara de chá.

"Bom dia, aceita?" disse a prima mostrando a xícara "devo dizer que ele está amargo, é bom para recobrar a consciência sobre a realidade, só o mundo dos sonhos pode ser doce" e então sorriu alegremente.

"Bom dia." Respondeu Clarisse e acelerou seu andar, tinha sido Tânia a origem do desentendimento dessa manhã, ela tinha percebido como a prima parecia estar se tornando uma pessoa fútil, mas nunca a julgara como má, tinham compartilhado toda a infância as brincadeiras, brinquedos e segredos, mas esta não era mais a Tânia que ela amava e se importava. Parecia fazer de tudo para alcançar seus objetivos, quaisquer que eles fossem, Clarisse tinha tido o azar de entrar no seu caminho e ela estava disposta a retirá-la, por quê? Porque não era somente ela que estava se apaixonando pelo Sr. Manson, o rico e com status agradável. E Tânia deixara claro esta manhã, que faria qualquer coisa para tê-lo.

A outra prima porém, dotada de um sentimento crescente de carinho despretensioso, não poderia acreditar que um amor tão perigoso e odioso como o de Tânia, poderia alcançar o coração de um homem descente. Todos os livros que Clarisse conhecia sempre mostraram como o amor sublime vence no fim, alimentada por toda essas fontes, ela não encontrava qualquer motivo para abandonar suas crenças e sentimentos, não podia condenar o homem que amava ao amor doentio de Tânia.

O reverendo da pequena abadia fazia um sermão demorado, da posição que ela estava, na região central, em sua frente vinham os de maior porte social e atrás seguiam dos de menor, sua visão era bloqueada pelos volumosos chapéus das senhoras e o tom pouco cativante do discurso em nada puderam ajudar as duas irmãs a se concentrar. Alice parecia se esforçar, era uma característica a muito incrustada nela, a igreja e os reverendos sempre tiveram um conceito elevado em sua estima, já Clarisse, não uma beata, nem uma leiga, parecia perdida em pensamentos quase santos.

No fim da celebração as duas se puseram no caminho de Coumbeville a pé, era um exercício confortável e relaxante. Digory perguntara se elas não usariam a carruagem e ela ficaram felizes em responder que não, já fazia uma semana que as duas não tinham nenhum momento afável de irmandade pura.

"Londres não me agrada tanto quanto pensei." Verbalizou Alice em voz alta.

"Porque diz isso? Não pode pensar em nossa tia como uma fiel referência de Londres e seus habitantes." Respondeu divertida a irmã.

"Não, de fato nunca o faria! Mas vimos as lojas e um baile e nada me pareceu agradar mais que a vida que levava em Wiltshire."

"Acredita mesmo nisso, será por uma paixão que esta lá?" Clarisse fez cócegas na irmã.

"De que diz isso?"

"De um certo olhar entre você e o sr. Smith." E então a irmã corou profundamente. "Vejo que não me engano."

"Não, mas não podes contar a ninguém!"

"Não o faria nem por cem libras! Alice, olhe-me" pediu a irmã mais velha, com carinho "não precisa procurar aqui o que já encontrou em outro lugar, qualquer que fosse. Apenas aproveite, em seis semanas nós provavelmente estaremos em casa e você pode ter todos os olhares do sr.Smith quanto o papai permitir."

"Não está brava por eu não ver em nenhum filho de baronete o que vi em um aprendiz de clérigo? Tânia me disse que é errado eu pensar assim, nãos serei ninguém se me casar com um clérigo..."

"Prometa não escutar Tânia nunca mais, ela vem se tornando uma pessoa má, está me atormentando também. Mas se você tem um sentimento totalmente sincero o siga, independente onde a levar, até a ruína parecerá agradável. Casada com um homem que não ama, poderá estar mais rica que uma rainha e mais bem vestida também, mas se sentirá tão vazia."

"Mas se ele não me amar?" Murmurou a mais nova timidamente.

"Tenho que lhe afirmar que o sr. Smith a ama muito e que isso é totalmente visível a qualquer pessoa, até um cego!" Riu ela antes de falar com gravidade: "Porém, se não a amasse, o que não é o caso, não tenha medo de amar uma segunda vez, todos merecemos a felicidade, mesmo que precisemos ficar solteiras até os vinte e nove anos!"

Elas então se silenciaram ao passar pelos decorados portões de Combeville, o lugar onde tudo deveria permanecer em segredo para a segurança de todos. A única mudança desde sua partida era uma estranha movimentação que se via dentro da casa, como se um grande objeto estivesse sendo colocado no salão principal.



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Notas finais do capítulo

O que acharam, eu acho que eu dei uma viajada sentimental nesse, mas não ficou ruim né?



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