Desejo & Compreensão - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 12
Capítulo Onze


Notas iniciais do capítulo

Bem eu estou muito chata ultimamente porque estou demorando para conseguir terminar um capítulo de qualquer história que eu tento, vão com calma.



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"A moralidade é a melhor de todas as regras para orientar a humanidade."

Friedrich Nietzsche

Noites longas não acontecem por mero encanto, elas pertencem aos pensantes, ao sofredores e aos amantes. Clarisse se revirava no leito, esperando por misericórdia, quem saberia, divina para desligar seus pensamentos por apenas algumas horas, o corpo a muito cansado e sentindo as consequências do entusiasmo da noite passada não parecia sofrer tanto quanto a mente. Sem a oportunidade de dádiva divina, resolveu fazer algo que talvez a libertasse, foi a gaveta da cômoda e retirou o diário que tinha uma simples capa de couro e se pôs a escrever.

Após quatro páginas completamente mergulhadas em tinta e uma pena agora totalmente despontada, o cansaço foi tamanho que o único tempo que Clarisse teve foi de deitar-se na cama e colocar o caderno em baixo de um travesseiro e então sucumbir. Ela não ouviu a empregada entrar e abrir as cortinas, o dossel pesado impediu que a claridade chegasse a adormecida. O que a acordou foi o forte e penetrante cheiro do chá, deixado na cômoda ao lado da cama, que ativou sua consciência da fome que ela sentia. Ela se esgueirou preguiçosamente para fora da cama e bebericou o líquido quente, antes de calçar suas chinelas de lã e pedir a empregada que a ajudasse a se vestir para o café da manhã, era uma ação mecânica que não tornava a mente dela mais propensa a realmente recobrar o controle.

A diferença do algodão para o linho fizeram com que Claire se sentisse mais acordada, o tecido frio escorria pela sua pele quente e macia, ativava os músculos dormentes e forçaram-a a começar pensar em suas ações, por fim sentiu o laço da fita que percorria sua cintura ser apertado nas costa e os sapatos dados a ela. Na penteadeira no lado oposta a escrivaninha ela encontrou uma escova de cabelo e começou a desfazer as tranças com que dormiu, e então prendeu os cachos eu um volumoso coque e lavou o rosto na água fria.

Quando chegou a sala no patamar mais baixo, encontrou todos sentados e se limitou a cumprimentá-los e tomar seu lugar. Aparentemente não havia sido só ela que ainda sentia os efeitos da noite passada, Alice experimentara champanhe pela primeira vez por incitação das demais damas que ela acompanhou no fim da noite e agora parecia não estar muito bem, Tânia também bebera mais que o costume de uma taça, e suas olheiras acusavam ainda como o sono parecia ter lhe escapado por muito tempo.

Quando todos pareciam entretidos em seus pratos, um dos criados apareceu para anunciar, se não seguido pelo próprio, sr. Manson. Aquela era uma visita inusitada, mas até o bom humor de Lady Burghersh tornou a visita irrepreensível, e por fim sobrou a Digory fazer a pergunta fundamentável assumindo uma decorativa representação de senhor da casa.

"Peço desculpas por estar interrompendo a refeição de todos, percebo agora como é lastimável meu costume de pouco consultar as horas." começou o sr. Manson. "Vim a Coumbeville, que se me permite Lady Burghersh, está muito mais cuidada do que eu poderia imaginar e tão belamente decorada como nunca esteve nos tempo que a frequentei. Encontrei ontem ao deixar o salão de Lady Galway um artefato que acredito pertencer srta. Hill" Ela o encarou com preocupação, o que poderia ele ter que pertencesse a ela e devia ser entregue a esta hora da manhã? Ele remexeu em um dos bolsos e retirou um punhado de pano e desembrulhou seu camafeu.

"Oh" exclamou Claire, depois passou as mãos por seu pescoço para constatar que o item realmente não estava no lugar de costume, aparentemente seu cansaço fez com que não notasse que tinha perdido o colar.

"Aqui senhorita." Murmurou ele encurtando o caminho enquanto ela se levantava para pegar a bijuteria. "Me afirmaram que deveria ser seu quando confirmei pelas iniciais presentes no verso."

"Obrigada sr. Manson, é algo de muito valor..." Clarisse foi gravemente interrompida por Tânia.

"O senhor não deveria ter interrompido seus afazeres para nos trazer de volta a peça da srta. Hill, poderia ter mandado um criado com um cartão, acredito não teria sido tamanho incômodo."

"Porém assim, jamais poderia ter certeza que ela tinha chegado ao seu destino, devemos todos desconfiar dos criados quando se tratam de jóias, dinheiro, ou até mesmo comida. Não deixo que um criado possa levar a cesta de um pique-nique, sem desconfiar e acabar levando eu mesmo. Também acredite que por sorte minha manhã se encontrava livre e não foi nada de mais para mim fazê-lo."

Por um momento ele pareceu querer ser convidado para a refeição, mas então começou a se despedir e mas foi parado por Lady Burghersh que se lembrava de entregar a ele o convite para seu baile no fim dessa semana. Claire se encontrou radiante com o convite e o próprio sr. Manson que sorriu em agradecimento pareceu alargá-lo mais quando percebeu a dificuldade dela em conter o próprio.

"Acredito que já tenham sido convidados, mas gostarei de eu mesmo fazê-lo ou repetir, gostaria que todos pudesse vir ao teatro nessa semana, estão todos muito entusiasmados na cidade para a encenação de 'Juras de Amor'."

"Na verdade, nenhum de nós mencionou ter sido convidado" respondeu Rose observando os rostos na mesa, só nossa protagonista mantinha os olhos baixos e cúmplices.

"Mas que falta de educação encontramos em Londres, não posso acreditar nessa feita, mas agora eu mesmo os convido, reservarei um camarote para nós na terça-feira."

Ninguém fez objeção e logo o sr. Manson se foi. Todos retornaram a cuidar de seus pratos até que a refeição fosse retirada e passassem para a sala. O ânimo contagiante tinha enchido o lugar e começaram os cometários sobre a noite passada.

"Como ... estava bem vestida."; "Viram o ... como era elegante?"; "Quão bem apessoado era o sr....!"; "Particularmente, prefiro ... a ..." Foram essas as frases mais ouvidas e proferidas, se antes Digory era mais reservado quanto a sua opinião, isso não se valia não momento, parecia não ter escrúpulos sobre nada ou ninguém. Claire participou ativamente de todo o encontro, deu suas opiniões e fez comentários principalmente com Alice e Rose, o único momento que se recusou a falar foi sobre o assunto que mais a interessava.

"O sr. Manson me é muito apessoado e gentil, mesmo tendo aparecido em uma hora pouco conveniente." Especulou Digory e Claire abaixou a cabeça pensando em como aquilo poderia significar uma aprovação para os sentimentos que começaram a habitá-la.

Depois disso ela tornou-se mais calada e observou a movimentação dos criados, era visível que nenhum deles fazia algum serviço na ala leste durante o preparo do almoço. Lhe interessou muito o fato, a dias vinha pensando o que aquele lugar escondia, mas tinha medo de ser pega novamente por Rudolff, mas se ele não entrasse na ala, como parecia ser o costume do horário, quem poderia impedi-la de explorar o tão escondido segredo que parecia chamá-la para aquela ala?


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Notas finais do capítulo

Bem, eu achei que ficou muito melhor do que eu pensei quando comecei esse capítulo, não sei se vocês compartilham da minha opinião, mas estou me sentindo extasiada :D
Falem comigo!
P.s: Caso vocês notarem que parece que um pedaço de uma frase sumiu ou algo assim, tenha perdido o sentido, me avise que eu re-posto o capítulo, digo porque já observei isso acontecer antes e notifiquei o Fanfiction.



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