O clima estava tão tenso que eu acho que estou prestes a desmaiar, Silena tentava dar um olhar assassino para Jake, mas até eu sabia que o filho de ares era expect em olhares demoníacos eu até fincaria uma espada nele por pensar que fosse um monstrengo mitológico ou por que ele me irrita mesmo, o seu jeito superior de tentar ser, ou ele se achar esperto demais por quê? Tem aquela jaqueta com capuz que o deixa invisível... Ele podia usar mais isso... Mas espera... Quem me garante que ele não usou? (Mentes Poluídas estão On agora...).

– Então vamos nós quatro. – falei com um suspiro irritado.

Eu estava concordando com a companhia de Jake? Até dizer o nome dele me irrita, quer ver? Jake, Jake, Jake, Jake, Jake... Grr!

– Megan acho que você não entendeu, tem uma razão para não poderem ir mais de três em uma missão. – disse Quiron.

– Qual é o problema disso? – perguntei.

– Megan... Três é o numero dos números, existem três parcas, três fúrias, ou seja, supondo que eu deixe os quatro irem, mesmo tomando o maior cuidado, apenas três voltarão. – disse Quiron.

Estremeci.

– Mas nem sabemos se Hansel vai, Hansel? Não precisa fazer se não quiser. – disse Silena.

– Nem pensar, porque eu deveria ficar? – perguntou o menino-bode.

– Porque eu conheço Megan há mais tempo que você! – disse Silena começando uma nova discução.

– E dai? Eu sou o sátiro dela. – disse Hansel.

– Eu sou a Melhor amiga. – disse a ruiva.

– E eu o melhor amigo, eu não vou abandonar a melhor amiga que já tive em anos, amigos não fazem isso. – disse ele.

Certo, isso foi comovente e meloso... Quer dizer eu não conhecia Hansel direito, nem sabia exatamente que ele era meu amigo, quer dizer... O meu primeiro pensamento quando ele confessou o trabalho dele foi que ele estava mentindo para mim, mas agora ele podia escolher entre ir e ficar e estava escolhendo não em abandonar.

Own!

– Humpf! – Bufou Jake. – Eu acho que vou vomitar.

Estraga Prazeres...

– Cale a boca, isso foi lindo! – disse Silena.

– Cala a boca você, Barbie Paraguaia, essa vaga ainda é minha. – disse Jake. – Mesmo que sejamos quatro.

– Só porque você é o quarto não significa que será você a não voltar, Jake. – disse Quiron. – Então... É isso o que querem?

Ninguém respondeu “sim”, mas ninguém respondeu “não”, então Quiron levou seus olhos para mim como se esperasse que eu fizesse alguma coisa, como se eu decidisse quem iria ir e quem iria ficar, olhei para Hansel, Depois Jake e por fim Silena e novamente para Quiron...

– Vamos Todos. – falei determinada. – Quem quiser perder as chances de morrer, Jake, Então é só ficar, Jake.

– Tá querendo me dizer alguma coisa? Eu vou esta bem? – disse ele.

– Não é você que disse que ter coragem é estúpido? – lembrei.

Ele não respondeu apenas bufou mais uma vez. Como. Ele. Me. Irrita.

– Estarei pronto pela manhã. – então assim, decidido foi em direção a sei lá onde, vocês acham que eu ia dizer alguma coisa? Eu ia, mas ele colocou o bendito capuz da invisibilidade e desapareceu. Provavelmente eu teria mais medo por onde andasse.

Quiron suspirou.

– Então, esta decidido, os quatro partiram depois do café da manhã. – disse ele.

Naquela noite, na fogueira, Kim não apareceu, e toda vez que eu olhava para as chamas bruxelando ao canto das tristes e lentas serenatas dos filhos de Apolo eu podia ver a mortalha de Peter queimando lentamente. Eu praticamente me isolei. Ninguém me perturbou, todos sabiam que quatro de nós partiriam em uma perigosa missão, e todos esperavam que apenas três de nós voltassem.

Eu me levantei do tronco e caminhei em direção à praia, eu podia ouvir passos atrás de mim, ao me virar, não tinha nada, nem ninguém então comecei a andar de novo pela areia pensando do que fazer quando ouço uma voz atrás de mim.

– Você tem um passado triste, Megan.

Então me virei, era uma garotinha, parecia ter sete anos, cabelos ruivos e ondulados, olhos vermelhos, não vermelho-sangue, mas um vermelho meio laranja que me lembrava de chamas.

– Não vai se lembrar de mim, na primeira vez que esteve em Long Island falou comigo. – disse ela.

– Eu... Desculpe mas, Quem é você? – pergunto então ela sorriu. – Como sabe...

Então ela se aproximou e eu dei um passo para trás me afastando mais, confusa, aqueles olhos me eram tão familiares... Tão... Distantes da minha memória ao mesmo tempo.

– Meu nome é Hestia, sou a deusa da lareira. – disse ela.

Certo, eu pensei em falar “Tá brincando não é?” Tipo, achei que os deuses fossem mais velhos afinal de contas eles não tem uns Oito Mil anos ou algo assim? Mas resolvi não comentar, não preciso de mais um deus querendo me transformar em um golfinho.

– O que sabe sobre meu passado? – perguntei.

– Não somos intimas Megan, mas já nos vimos uma vez quando você era bem pequena e outra... Naquela noite sombria. – disse ela.

Então eu disse algo muito inteligente tipo “Éh...” e fiquei quieta olhando para o mar, eu ficava alucinada só de pensar que meu pai era dono de tudo aquilo.

– O que você sabe sobre mim? – perguntei. – Eu não sei quem é você.

Ela pareceu um pouco magoada.

– Eu já estive aqui antes? – perguntei.

– Zeus não me permite contar nada a você, ele acha que deve descobrir por si mesma. – disse ela.

– Todo mundo parece estar me escondendo alguma coisa. – chutei a areia frustrada.

– Se acalme, e o Jake? Ele apenas esta magoado ele voltara ao normal, ele costumava ser bem pacifico antes de ser reclamado, uma coisa mudou a vida daquele garoto. – disse ela olhando para a fogueira.

– O que eu tenho a ver com isso? – perguntei, mas ela não me respondeu.

– Seu futuro é tão interessante quanto seu passado. – disse ela tocando minha testa.

Isso me fez me sentir menor do que já sou, então ela começou a brilhar, virei o rosto, eu sabia que quando os deuses desapareciam em luz dourada e você olhasse para eles você provavelmente viraria pó.

E foi ai que a deusa da lareira me deixou ali plantada como uma alga fora do mar, com as mesmas enigmáticas palavras na minha cabeça.

No dia seguinte eu já estava no topo da colina, Jake estava ao lado de um cara cheio de olhos azuis no corpo (É... Lembram-se dele? Argos!) encostado em um carro que levaria agente até um ponto de ônibus e o resto era com agente, tinha também setenta dólares para cada um de nós para o caso de termos que usar dinheiro mortal e uma sacola preta de moedas douradas com figuras de um deus olimpiano qualquer, chamadas dracmas.

Silena estava atrasada, Hansel estava logo do meu lado, e eu tive a breve impressão de ver duas cabeleiras loiros, eram Travis e Connor... O que estariam aprontando?

Fosse o que fosse eu não saberia, eu avistei Silena correndo até nos ela murmuro um "Desculpe o atraso" e logo atrás dela vinha Luke, O filho de Hermes... Mas disso vocês já sabem.

– Eu... Queria desejar boa sorte. - disse o loiro. - E Megan... Todos esperam muito de você, então apenas mate uns monstros por mim, certo?

Ele me deu um sorriso confiante e eu retribui com um sorriso emburrado.

– Certo. - falei.

– Ah e tem mais, eu queria ser mais útil... - ele ergueu uma caixa de sapatos para mim, e eu peguei.

Assim que abri a caixa me deparei com um par de tênis All Star que com certeza ficariam enormes em mim, mas dava pro gasto, peguei na mão os tênis.

– Puxa, Obrigada. - falei.

– Espere para ver... Maia! - exclamou ele.

Então asas brotaram das laterais dos tênis.

– Oh! - soltei eles no chão e as asas voltaram a se fechar. - Isso... É Incrível.

– Não é? - disse ele. - Eu não os uso muito, foi um presente de Hermes.

– Faz sentido, as asinhas... - falei e ele apenas deu de ombros com uma expressão mais triste. - Obrigada.

Então ele pareceu acordar de um sonho, como se estivesse preocupado com alguma coisa então apenas retribuiu com um sorriso confiante e se foi.

Eu peguei os tênis e me virei para Quiron.

– Não vou poder usar isso não é? - perguntei.

– Bom Megan, é recomendável que fique fora dos ares por enquanto, por causa de Zeus, mesmo a intenção de Luke sendo boa. - disse ele.

– Certo. - falei me virando para Hansel. - Ei, Garoto-jegue... Que tal um complemento? - ergui os tênis e ele abriu um sorriso de orelha a orelha.

Nem ao menos se importou ao fato do uso do apelido que tanto odiava, Silena parecia meio insegura enquanto olhava para os tênis nas minhas mãos.

– Ei, não se preocupe. - falei tentando tranquiliza-la. - Vai dar tudo certo.

Ela me deu um meio sorriso fraco, pobre filha de Afrodite, me pergunto o que ela queria provar nessa missão.

– Maia!– exclamou o garoto-jegue e asas brotaram das laterais e Hansel passou a ficar um pouco acima do chão com o All Star alado, ele dava uns gritinhos nervosos e tive certeza que Jake Thurner estava se segurando para não rir do meu amigo.

Idiota.

– Pratica... Você só precisa de... - começou Quiron.

– SOCORROOOOO. - Os Tênis levavam o garoto-jegue na direção do carro, Os Tênis estavam no ar, mas Hansel não. - S.O.S MEUUS DEUSES!

Dei uma curta risada.

– Estaremos esperando por você. - disse Silena indo atrás de Hansel, me virei para Quiron.

– Nos também, boa sorte Megan. - disse o Homem Cavalo mudando de posição. - Meu torço esta ficando dormente.

Então a figura metade cavalo surgiu na minha frente.

– Ora onde eu estava com a cabeça... - ele tirou algo do bolso da camisa, era a caneta-espada que eu havia perdido.

– Você encontrou... - comecei. - Desculpe, eu não sabia que era...

– Encontrei antes dela te encontrar. - disse ele dando a caneta na minha mão. - Mas Acho que a esse ponto já deve ter percebido que ela sempre voltara para você, seu nome é Anaklusmos.

Forcei as aulas que tive com Benjamin nos últimos dias.

– Contra-Corrente. - traduzi olhando a caneta em minhas mãos, tirei a tampa removível e estava a familiar espada em minha mão. - Perfeita.

– Mas lembre que esta espada é feita de Bronze Celestial, não fere mortais apenas monstros. - disse ele. - E Outras especieis, o que significa que é letal até para você.

– Certo... Então isso significa que se eu encontrar o monstro que foi culpado pela morte de Peter...

Quiron olhou para mim com pena, mas eu não precisava da pena de ninguém, eu só queria vingança...

– Por que alguém fez esse coisa tão cruel, Quiron? - perguntei. - Por que?

– Monstros não morrem, criança, Apenas voltam para o lugar de onde vieram. - disse ele.

– E Onde é esse lugar? - perguntei, então Quiron abaixou a cabeça e sorriu tristemente.

– Dentro. - disse ele. - Dentro de cada um de nós, nessa missão talvez você aprenda isso, todos esperamos que aprenda. Não me decepcione, Megan.

Apertei a espada em minha mão.

– Eu não vou.

Então minutos depois eu já estava no carro, no banco de trás com Jake e Silena já que Hansel estava no banco da frente finalmente com o All Star Alado controlado.

A Minha última visão do Acampamento, e poderia mesmo ser a última, foram as luzes no céu, fogos causados por flechas com as palavras luminosas formando.

Boa Sorte, Voltem Logo.

Não precisava de nenhuma assinatura para saber que eram os Stoll's, Sim, eu estava ansiosa para o dia demorado que eu voltaria para casa.

Então eu percebi que encontrei ali uma nova casa, uma nova família.

Sim, Eu voltaria.

– Nenhum Monstro até agora, isso deve ser um bom sinal... - falei para quebrar o clima tenso no carro.

– Com medo, Cabeça de Alga? - disse Jake.

Virei o rosto, gemi levanta a mão na cabeça, Silena olhou para mim preocupada, a mesma sensação familiar tão distante.

"- Com Medo, cabeça de alga?...

– Não me Subestime..."

– Cabeça de Javali. - soltei completando a frase da segunda voz daquele Flash, uma voz feminina fina porém determinada..

Jake Parecia perturbado no momento seguinte, seus olhos negros se perderam nos meus, aquilo me deixou nervosa então desviei do olhar e ele bufou virando o rosto, mas eu vi com o canto do olho ele dando um breve sorriso de canto.

Eu tinha quase certeza de que um olho azul na nuca de Argos piscou para mim, vai entender.

Eu não havia entendido bem, acho que eu meio que dormir enquanto Silena explicava a profecia, mas Silena apesar de não parecer era bem esperta mesmo as vezes sendo muito sensível quando alguém contrariava as teorias dela.

– Segundo a profecia, Quiron e eu consultamos Benjamin e segundo ele estava meio Obvio que Hades esta com o raio mestre de Zeus. - disse Silena quando estávamos no carro.

– Ades? Aquele suco em caixinha? - perguntei.

Silena Suspirou.

– O deus do mundo inferior. - explicou ela.

– Quer dizer mundo dos mortos. - disse Jake.

– Eu sei o que quer dizer! - exclamei.

– Enfim... Pensem comigo, não seria vantajoso para o deus dos mortos se houvesse uma guerra entre os deuses em que muitos sairiam mortos? - perguntou Silena.

– Gente morre todo dia, seja metade deus ou não... - Jake provocou, quase voei em seu pescoço. - Por que Hades iria querer aumentar sua coleção?

– Eu concordo com Jake. - disse Hansel no banco da frente.

– Cala a boca! - exclamei.

– O que eu disse de errado? - perguntou o inocente garoto-jegue.

– Você só não quer aceitar o fato de que estou certo. Caso você tenha esquecido ou não saiba, Zeus expulsou Hades do Olimpo o que pode significar que Hades esta finalmente se vingando. - disse ele.

Todos olharam para Jake meio... Espantados?

– Humpf! Eu tenho a benção de Atena. - disse ele puxando o casaco da invisibilidade.

– Claro... - falei calmamente. - Então se é isso... Devemos ir para o mundo dos mortos, vivos e sair de lá... vivos com o raio mestre depois iremos para o Olimpo e devolver o raio ao deus dos trovões. Ainda me parece meio fantasioso.

– Oeste... - disse Jake. - O Olimpo fica no topo do Empire State Building, Seis Centésimo andar.

Até onde eu sabia o Empire State só tinha 599 andares, mas tudo bem...

– Então para onde estamos indo agora, Senhor filho de Ares com Benção de Atena? - perguntei.

– Ora, para o Mundo Inferior. - disse ele. - Ou como os Mortais dizem... Los Angeles.

Eu não havia entendido, mas fiquei quieta.

– E para onde vamos agora? - perguntei e Jake Suspirou tirando da própria mochila um pergaminho grosso e jogando para mim, o peguei e Abri.

Era uma especie de mapa do tesouro, marcado por trés círculos, um deles marcava um edifício onde estava marcado "Metropolitan Museum Of Art" , o segundo círculo estava meio apagado de modo que dificultasse as coisas, apenas pude ver a palavra "Camas d'água" o que isso significava eu não sabia, e o último era onde estava escrito "Hotel e Cassino Lotús, Las Vegas".

– As Perolas de Persefone, o único jeito de sair vivo de lá. - disse Ele.

– Onde arranjou isso? - perguntou Silena.

– Isso não é da sua conta. - disse ele e Silena se encolheu. - Agora entrar no mundo inferior é outra coisa... Deixaremos isso para mais tarde, certo?

– Sim, Senhor. - bati continência e Hansel riu, Jake revirou os olhos.

– Então agora estamos... - começou Hansel.

– Metropolitan Museum Of Art, garoto-jegue. - falei.

– Quando vezes vou ter que dizer... - começou ele.

– Já sei! - exclamei erguendo as mãos em rendição.

Minutos depois já estávamos em frente ao Museu, havia um grupo de estudantes da minha idade adentrando no Museu, nós nos camuflamos nelas, minha última alternativa de segurança havia ido embora, vi um olho azul na mão de Argos para fora da janela observando nós quatro então ele simplesmente desapareceu na distância.

Três crianças semideusas e um garoto-bode disfarçado, e um de quatro não voltaria mais.

Estávamos sozinhos agora.