Crônicas Do Olimpo - A Ladra De Raios escrita por Laís Bohrer


Capítulo 6
Cinzas para os Deuses


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que não ia desistir.


Ae galera achei uma musica do Linkin Park que super indentificou com a fic, mas tipo talvez vocês não a entendam agora, mesmo assim, vou postar as musicas que me inspiraram para este cap.

Perdido No Eco :
http://letras.mus.br/linkin-park/lost-in-the-echo/traducao.html




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Indeterminada ou Determinada? – disse uma voz da multidão de elfos que me encaravam, alguns olhavam mais para o chifre na minha mão, apertei mais o troféu na minha mão.

- Indeterminada. – Benjamin, ao dizer isso, todos ali gemeram.

Um garoto de cabelos cor de palha caindo na testa, ele deveria ter uns dezesseis anos e usava a mesma camiseta laranja, e calças cortadas e tênis Nike enlameados, a única coisa perturbadora era uma cicatriz que ia abaixo do olho esquerdo até o queixo, como um corte profundo.

- Hey! É para isso que estamos aqui, pessoal! – disse o loiro. – Eu sou Luke Castellan.

Benjamin lançou um olhar para Luke que exibia um sorriso simpático que desapareceu com o olhar.

“Tem história por trás disso...” pensei.

- Luke será seu conselheiro enquanto estiver no chalé de Hermes. – disse Benjamin com um pouco de desgosto.

- Até quando eu vou ficar aqui? – perguntei.

- Até ser Determinada. – disse Luke. – Você vai gostar daqui.

“Já me disseram isso...” pensei.

- Até quando isso vai levar? – perguntei e os elfos caíram na risada, senti meu rosto queimar.

- Ah... Megan, podemos conversar lá fora rapidinho? – perguntou Benjamin.

Agradeci mentalmente Benjamin enquanto saía do chalé dos viajantes, eu realmente estava achando aquilo ali pior que os meus pesadelos, eu sempre estava cansada das pessoas rirem de mim, antes de sairmos eu pude ouvir uma voz sussurrando para outra a mesma coisa que eu já tinha ouvido.

- Benjamin, quando Quiron estava me mostrando o acampamento eu ouvi alguém apontar para mim e me chamar de Ladra de raios, o que isso significa? – perguntei a ele.

- Ah, isso? É uma longa história. – disse ele passando a mão no cabelo loiro.

- Obrigada por me tirar de lá... – falei a ele que apenas deu de ombros, ao lado dele aprecia que tipo...

Ele aprecia um poste e eu a calçada, mas a culpa era minha, aliás, eu tenho 1,30 de altura o que me dá exclusividade a apelidos tipo baixinha, pequena, tapete e coisas ofensivas desse tipo. (Amber Lispector...).

Resolvi não perguntar mais anda sobre o meu novo apelido.

- Se todos aqui são filhos de deuses, você é filho de qual? – perguntei.

- Chalé 6. – disse ele.

- Atena. – falei lembrando o chalé ornado com colunas torcidas em tranças.

- Exato. – disse ele. - Deusa da sabedoria e da guerra.

- Achei que Ares...

- Ares, Guerra violenta e direta, eu falo da estratégia. – disse Ele. – Atena sempre tem um plano.

- Entendi, mas e o chalé 11? Há tantos chalés vazios porque não... – comecei.

Eu podia ver os sátiros, e alguns campistas cavalgando no ar em cavalos alados, estávamos na beira do lago de canoagem, às vezes eu via um rosto na água, parecia uma mulher da cor da água, olhos pouco visíveis verdes como os meus.

 “Prepare-se” disse uma voz na minha mente, suave e feminina.

E então o fantasma da água sumiu.

- Agente não escolhe o chalé que quer ficar Megan, a maioria dos campistas no chalé 11 é indeterminado, não sabe seu progenitor olimpiano entende? – perguntou ele.

- Não. – admiti e ele riu.

- Não sabem quem é seu pai ou mãe, deus ou deusa. – exemplificou.

- Sim... Mas, ainda não entendo Benjamin, porque isso acontece? – perguntei.

- Alguns deuses não ligam para os filhos, por exemplo, teve um cara, o nome dele se não me engano era Ethan Nakamura, ele tinha dezessete anos quando foi morto em batalha, e nunca soube quem era sua mãe. – disse Benjamin.

- Que triste. – falei.

- Mas é assim... E quando... – começou ele, mas ao virar o rosto revirou os olhos de modo sarcástico, em nossa direção vinha uma garota que parecia ter um ano amais que eu, cabelos loiros sol, e olhos castanhos claros, quase mel, ela tinha um porte atlético e era bem alta e bonita. Como eu imaginava uma típica californiana.

- Fala “sabidinho”. – disse a loira.

- O que quer agora, Summers? - perguntou Benjamin.

Mas ela o ignorou completamente me olhando de cima a baixo, fazendo uma discreta careta (Nem tão discreta, eu notei!!!) para os tênis surrados e sujos de lama, o que ela queria? Que estivessem limpos e brancos como seus dentes? Náh!

- Por que não apresenta sua amiguinha? - perguntou ela, e eu estava meio que confusa, eu não entendia o que estava acontecendo, tipo... Por que ela me odiava tanto? O que eu fiz? Quer dizer eu não lembro de ter tomado banho depois do episodio  com o Minotauro, mas...

- Ciúmes, Summers? - perguntou Benjamin erguendo uma sobrancelha, cara eu não consigo ergue uma sobrancelha só!

Depois dessa, A loira corou feito batata no forno, parecia uma morango ainda mais pelo rosto em formato de coração exibido pelos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo no alto.

- N-não. - ela gaguejou e depois voltou a cor normal. - Não seja estúpido, Chase. Mas o chalé 7 dá sempre boas vindas aos novatos. 

Novatos? Tá tão na cara assim?

- Ainda mais, a Ladra de Raios. - disse ela se virando para mim. - Annie Summers, Chalé 7.

- E isso significa... - comecei.

- Apolo, e você... Quem é? - disse ela secamente, mas se bem que fazia sentido.

- Megan, indeterminada. - falei.

Ela riu.

- Isso é claro. - disse ela.

- Por que você não vai, sei lá.... Polir suas flechas? Atirar em borboletas... - começou Benjamin.

- Se esta sugerindo para eu melhorar minha pontaria, Sabidinho, esqueça. Não tem como ficar mais perfeita. - disse Annie, Benjamin revirou os olhos. (Jake T. : É pra casar? Deixa isso para o divorcio.) (Megan : O que? Mas... Você ainda não apareceu na história!) (Jake T. : Vá para o tártaro.) (Megan : Uma vez eu quase.... Espera! A História é minha, vá para os corvos!).

 - Esta muito confiante, "Esquentadinha". - disse ele. 

- Vai saber porque, logo. - disse ela dando um sorriso confiante exibindo os dentes esbranquiçados.

- Oi? Eu ainda estou aqui. - acenei.

- Enfim, eu vou indo... - ela disse se virando para mim em seguida. - Têm uma coisa no seu rosto, Aqui.

Ela apontou para a própria bochecha, e eu toquei no meu rosto, era um arranhão, ela já tinha ido embora.

- Ela... - comecei.

- Detestável. - disse Benjamin bufando.

- Sério? - me virei para ele, inclinando um pouco a cabeça. (Ele era tão alto quando um minotauro, sei do que falo...). - Eu achei ela legal.

Ele riu.

- Bom, eu preciso ir e você também, amanhã tem um longo dia. - diz ele dando um passo para frente e se vira para mim de novo.

Eu estou encarando a água, pensando na voz, pensando naquele rosto, naquelas imagens que sempre aparecem na minha cabeça, pensando... tudo aqui seria mesmo real? 

- Parece tão... Impossível. - murmurei.

- E é... Até o momento em que você vê que é real, não fica nem um pouco mais fácil. - diz Benjamin.

Então ele se vai, me deixando só ali, mais uma trovoada, e eu sinto a necessidade de cair, e eu o faço, com o rosto encostado na cerca, pensando se eu iria gostar do meu novo lar.

Quando eu voltei ao chalé 11, todos pararam o que estavam fazendo, eu simplesmente fui até o beliche que Luke havia indicado e assim que sentei ali, eles voltaram a fazer o que estavam fazendo antes, olhei para minhas próprias mãos, o chifre do minotauro, eu não o larguei por um segundo desde que Ben tinha dado ele nas minhas mãos, suspirei, aquilo era demais para mim.

Parecia que eu fazia parte de um filme, digo, eu já ouvira falar dos livros sobre Percy Jackson, e eu vi o filme no orfanato, e nem sequer pensara que Madame Prince, ou sei lá o que era aquela coisa, estivesse armando para mim, isso fazia sentido, achei que tinha ficado louca, depois de ver aquele filme, uma vez na praça, Amber estava me atormentando como sempre.

Então ela saiu correndo, me virei para ver o que a tinha assustado, era um homem com uma capa negra, eu corri também, eu sabia que ele estava me perseguindo, quando o ameaçaram chamar a policia, ele resmungou algo em outra língua e se foi. 

O Estranho nisso? Tirando o fato de bem, um estranho de capa negra estar me perseguindo, eu juro... Pelos deuses? Tanto faz, mas eu sei que deveria estar louca quando vi um olho azul bem no meio da testa do homem.

Depois disso, eu via outras coisas, vultos de asas de morcego enormes. (O que será que era hein?) Sonhava com aqueles mesmos olhos verdes que sempre me atormentavam, como uma lembrança perdida que não me deixava esquece-la.

Eu ouvi um soluço um pouco acima de mim, haviam perninhas balançando para frente e para trás, era um garotinho de cabelos loiros meio escurecido, porém ainda era loiro e liso, um pouco grande, o rosto era fino, a pele branca, mas não pálida, os olhos azuis não tão claros como os de Silena, os lábios pequenos e rosados, trêmulos e havia um pequena pinta no canto do olho.

Quando o encarei, ele me encarou de volta, um pouco assustado, quer dizer... Eu sei que não sou uma benção de Afrodite, mas...

- Olá... - disse o garotinho com uma voz suave, não parecia com um filho de hermes.

- Ah... Oi... - falei.

Seu olhar azul foi parar nas minhas mãos, o chifre. Mas ele não disse nada, apenas fingiu que minhas mãos estavam vazias e eu admirei isso.

- Qual o seu nome? - perguntei.

Ele hesitou.

-  Haley - disse o garoto. 

- Eu sou Megan. - falei. - Também é novo aqui?

Ele engoliu seco.

- Estou aqui há três anos. - disse ele.

- Filhos de Hermes? - perguntei.

- Indeterminado. - disse ele.

"Agente não escolhe o chalé que quer ficar Megan, a maioria dos campistas no chalé 11 é indeterminado, não sabe seu progenitor olimpiano entende?" a voz de Benjamin ecoou na minha cabeça, juntamente com a possibilidade de eu nunca saber quem é meu pai ou mãe, mortal ou deus, essa seria minha única chance de saber quem sou e havia 99% de chance de eu nunca saber.

Os olhos do garoto continuavam me encarando e eu tive a forte impressão dele saber tudo o que eu estava pensando.

- Quantos anos você tem? - perguntei.

- Nove, e você... Você e a... - começou ele e seus olhos pousaram nas minhas mãos, para ser especifica, o que tinha nelas. (As Unhas, e nas unhas sujeira e na sujeira... Esquece.) - A Garota do Minotauro.

Eu dei uma curta risada.

- É, pode se dizer que sim, pelo menos é melhor que "A Ladra de raios", pelo menos "A Garota do Minotauro" tem sentido. - falei dando um sorriso que se desfez quando vi que Haley estava sério, ainda olhando para mim com aqueles olhos penetrando na alma.

Então ele deu um salto para a minha parte do beliche.

- É um presságio... Os filhos de apolo viviam dizendo sobre você... Esta escrito, até os mortais devem saber até agora. - dizia Haley.

- O-o que quer dizer? - gaguejei um pouco, mas ele pareceu não notar.

- Onze Reunir! - disse uma voz que reconheci como a de Luke, neste instante o pequeno de olhos azuis saltou da minha cama e correu para longe dizendo "Jantar!" mas eu não acho que ele correu por causa de fome.

Dei uma última olhada para o chifre nas minhas mãos e o coloquei debaixo do travesseiro, por baixo das cobertas.

O Chalé 11 logo ficou vazio, indeterminados e determinados formavam uma longa fila por ordem de antiguidade, é obvio então que eu era a última da fila.

Virei o rosto para olhar as outras filas que saíram de outros chalés. (Tirando o 8, 1, 2 e o 3 que estão sempre vazios.) na fila de Afrodite, Silena comandava como conselheira, sua franja estava presa para trás deixando mais livres seus olhos azul-gelo, ela acenou para mim. Na Fila de Apolo comandava um garoto parecido com Annie, falar nisso encontrei ela no meio da fila, sorri para ela que apenas virou a cara. (É impressão minha ou ela não gostou de mim?) (Hansel : Não... Ela te ama que isso.) (Megan : Hansel... Quem te chamou aqui?) (Hansel : A Autora.) (Lay S. : Ei! Eu disse para dizer que foi um pegáso azul.) (Megan : Vocês vão deixar eu contar a história ou não? ¬¬).

Meus olhos encontraram de novo os negros assim que olhei para a fileira que saíra do chalé 5, aquele garoto de novo, ele parecia ter a minha idade, assim que seu olhar encontrou o meu, pensei em desviar, mas ele sorriu, mas eu não sabia se era sarcasmo ou simpática... Aposto na primeira opção.

-  Clarisse Comanda Ares. - disse uma voz na minha frente.

Era um garoto loiro, mas juro que era um de cabelos escuros e castanho e de pele escura que estava antes, o garoto loiro tinha feições de elfo, então percebi na hora que era um filho de Hermes.

- Will Solace é um pegador do acampamento, mas ele é legal, e comanda o chalé 7, ah... e aquele é Jake Thurner, Filho de ares como pode imaginar...

Quase que eu digo "Sério? Achei que fosse filho de Afrodite." mas as pessoas já não estão no amor a primeira vista comigo.

- Eu sou Connor Stoll, mas você deve saber, aliás sou um dos caras mais populares daqui, Você já deve ter ouvido falar... - começou ele.

- Ah... Não. 

- E você deve ser Megan, A Ladra de Raios. Eu apostei vinte e cinco dracmas com Travis, o meu irmão gêmeo, que você é dos três grandes, é o que andam dizendo, mas sabe, ele acha que você é filha de Hermes, você roubou um raio! - disse ele rindo e me ignorando completamente.

- Por que todo mundo diz isso? - murmurei.

- Todo mundo apostou vinte e cinco dracmas com o Travis? - perguntou Connor.

- Não, essa coisa de "Ladra de Raios", eu não roubei nada. - falei.

- Isso é o que você diz, mas vai que não se lembra disso também... - disse ele.

- Como você... - comecei.

Não tive tempo de perguntar nada, já estávamos em frente a mesa de piquenique de pedra, os sátiros com suas pernas de jegues (Sátiros pirando em 3...2...) me sentei ao lado de Connor de frente para Luke.

O Sr. D e Quiron estavam sentados na mesa principal, Quiron se ergueu da sua cadeira de rodas revelando o torço de garanhão.

- Aos Deuses! - disse ele.

- Aos Deuses! - disseram todos ao mesmo tempo como robôs.

Logo em seguida, Sr. D se ergueu da cadeira resmungando alguma coisa que não pude ouvir.

- Tenho o desprazer de anunciar que temos mais uma campista este verão. - ele apontou para mim. - Milena sei-lá-oque!

Quiron Sussurrou algo para Sr. D.

- Ah... Megan. - disse ele se sentando novamente.

Eu recebi alguns olhares curiosos, vi Hansel Phelps, o garoto-jegue acenar para mim, acenei de volta.

- Peça alguma coisa. - disse Luke.

- O que? - questionei.

Luke apontou para o meu copo vazio.

- Sem álcool é claro. - disse ele. 

Olhei para o copo vazio a minha frente.

- Hum... Diet Coke. - me senti uma idiota falando com um copo.

Magicamente, o meu copo estava cheio com Diet Coke, eu arregalei os olhos de surpresa é claro, ouvi Connor rir ao meu lado e virei o rosto.

- Depois de um Minotauro e uma Fúria... - começou ele, mas um trovão cortou sua fala. - Desculpe, Benevolente. Porque esta surpresa, Meg?

Virei para frente, fomos servidos pelas Ninjas dos bosques, no meu prato estava duas fatias de Pizza de Presunto, me preparei para a primeira garfada, então todos começaram a se levantar das mesas indo em direção a fogueira.

- Vamos, hora da oferenda. - disse Connor.

Não entendi muito bem, mas fui logo atrás deles.

- Jogamos a melhor parte na fogueira, para os deuses. - disse Connor.

- É sacanagem não é? - perguntei.

- Não brinque com eles. - disse ele. - Observe.

Então ele foi.

Tirando a peça mais suculenta de bife e jogando na fogueira.

- A Hermes. - então o bife virou cinzas.

Bem, tipo... O.k. se os deuses gostam de comida queimada, quem sou eu para negar a eles?

Me coloquei diante da fogueira sem saber o que fazer, peguei com a mão a fatia maior e mais quentinha e olhei ao redor.

- A Seja lá quem for. - e joguei a fatia na fogueira.

"Por favor... se revele logo." pedi silenciosamente.

Então me voltei para a mesa de Hermes, não antes de sentir um leve cheiro de fumaça, com um toque de Brownies com Nozes.


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Notas finais do capítulo

EAI COMO FICOU? Eu disse q Travis e Connor apareceriam, logo vocês irão conhecer Jake T. okay? Comentem e deixem sua opnião, qual é o personagem preferido de vocês na fic até agora?


Fiquem com os Deuses, e fiquem longe da Flor de lótus... Flor de Lotus.... Fro di Lotus.... Lotus di Fro....