Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 25
Bad Surprises


Notas iniciais do capítulo

Enfim eu consegui terminar esse capitulo, que eu particularmente achei horrível. Bom, mas tenho uma explicação pra isso: eu escrevi de primeira e ficou ótimo, então eu salvei no pen drive, que BUGOU GENTE! VIROU TUDO ATALHO EM JAPONES NAQUELA MERDA!!!!! Wtvr... Demorei, mas postei e eu espero que gostem.
OBRIGADA PELOS COMENTARIOS E PELAS RECOMENDAÇÕES, SÉRIO



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ELENA’S P.O.V.

– O que... – me afastei de Damon o mais rápido que consegui, e aquilo que aconteceu foi no máximo um selinho.

Mas, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, antes que ele pudesse dar qualquer explicação para o ato inapropriado e que com certeza me deixaria acordada a noite, Caroline e Tyler chegaram.

– Elena, você ta bem? – Carol perguntou. – Sua cara ta péssima.

– Obrigada. – respondi, sarcástica.

– A gente se beijou, e agora é estranho. – Damon respondeu, dando um sorriso filho da puta.

Carol arregalou os olhos.

– Qual é, todo mundo beija meia noite, pra dar sorte no amor e tal. Não tinha mais ninguém próximo. – ele se explicou e eu respirei fundo.

Ao mesmo tempo aliviada e decepcionada. Não que eu esperasse que ele falasse que estava louco para me beijar, com saudades ou algo do tipo. Afinal, se ele já era “galinha” antes, imagina agora que é um dos maiores (ou o maior) pegador dos Estados Unidos. Simplesmente não faz sentido...

– Todo mundo beija mesmo não é, Caroline? – uma voz apareceu por trás. Aquele sotaque eu reconhecia de longe.

Carol ficou roxa, parecia que ia desmaiar ou vomitar a qualquer momento.

– Klaus...

– Eu vi o seu beijo com esse aí. Feliz ano novo pra vocês. – Klaus saiu andando e Caroline foi atrás.

Pelo jeito eu não sou a única a ter problemas no primeiro dia do ano. Aliás, esse ano promete, né? Já tava começando a rezar mentalmente para coisas boas acontecerem. Porque, se realmente for verdade o que dizem que, os primeiros acontecimentos marcam os últimos, eu estava completamente ferrada.

CAROLINE’S P.O.V.

Por que eu tinha que lidar com o cara mais dramático da face da Terra? Tudo bem, eu dei UM SELINHO no Tyler, na verdade, ele me deu um selinho. É ano novo, será que ninguém entende essa tradição?

– KLAUS, ESPERA! – gritei, mas foi em vão.

Ele estava me ignorando desde que terminamos, e ai aparece na minha festa de ano novo, quando era pra eu estar feliz e comemorando, estraga tudo e agora me ignora novamente?

Então sai correndo até chegar perto o suficiente para pular em cima dele.

– Droga, você está louca? – nós dois caímos no chão, mas rapidamente nos levantamos.

– Foi a única forma que achei pra você não me ignorar! Deixa eu te explicar...

– Explicar o que? Eu vi... Não tem o que explicar. Nem juntos estamos, não é mesmo? – ele cuspiu as palavras e eu tive vontade de dar um tapa na cara dele.

Nos últimos dias, a principal meta da minha vida era me convencer de que eu estava melhor sem ele.

– Realmente, não estamos juntos. – respondi no mesmo tom. – Mas eu não sou babaca, Klaus. E eu não saio beijando qualquer um por ai. É ano novo, todo mundo se beija 00h e ele me deu um SELINHO! Você não estava la, e não atende as minhas ligações... Ai aparece de surpresa, depois de me ignorar por um mês, e ainda acha que pode ficar com raiva? Realmente, acabou. Eu ia te pedir desculpa, mas agora cheguei a uma conclusão. Eu não me arrependo.

– Ótimo. – ele falou, mas a voz saiu falhada.

– Perfeito. Agora vou beijar quem eu quiser. Não só beijar... Ops. - provoquei.

Seu olho esquerdo começou a tremer e eu senti a vitória internamente. Ele estava com raiva, e isso era evidente.

– Eu não..

– Passar bem, Niklaus!

Sai andando e escondendo ao máximo o quanto eu estava quebrada por dentro. Era difícil ignorar Klaus, e mais difícil ainda admitir que acabou. Eu o amava, mas ele não precisava saber disso... Não por enquanto.

ELENA'S P.O.V.

A hora de voltar foi uma das situações mais desconfortáveis que eu já vivi... Quando chegamos em casa, eu mal conseguia olhar na cara de Damon, e a vontade que ele, Stefan e Tyler achassem outro lugar pra ficar estava enorme. O pior, é que Damon estava agindo normal. COMO ELE OUSA AGIR NORMAL????? Ou só eu que sou a surtada aqui? Não, lógico que não.. Qualquer um surtaria depois de beijar o ex de... 7 anos atrás!?

Droga, só eu que sou a surtada.

Não tem motivos pra surtar.

NÃO TEM.

Elena Gilbert, você tem 24 anos e não 16!

Geralmente esses diálogos comigo mesma não davam muito certo. Eu estava me elogiando, coisas como “você é linda, bem sucedida, não precisa de homens, é independente”, pra tentar me acalmar, mas nada me fazia parar de andar de um lado pro outro dentro do meu quarto. E eu sabia que ia continuar pra lá e pra cá até...

– PUTA QUE PARIU, CARALHO, AAAAAAAAAAAAHHHHHHHH...- Até eu bater o dedo do pé na beirada da cama.

Minha alma chegou a congelar, e tudo o que eu conseguia fazer agora era pular com um pé só, enquanto eu massageava o outro.

– O QUE ACONTECEU? - a porta do quarto se abriu e apareceu Damon, Tyler com um taco de baseball na mão, e Stefan.

– Eu...Só...Me machuquei. - falei com dificuldade.

– Como? - Damon perguntou.

– Tava imitando o saci e caiu? - a piadinha foi de Tyler, mas ninguém riu.

Rolei os olhos.

– Eu.. - "Eu tava surtando pelo nosso beijo e bati o dedo na berada da cama he-he-he". - Eu fui me deitar e bati o pé. Nada demais.

– E precisa desse escândalo todo? - Stef balançou a cabeça. - vou pegar um pouco de gelo pra você.

– Não precisa. - falei. - já to indo me deitar.

– Tem certeza? – fiz que sim com a cabeça.

– Boa noite.

Apesar de eu nao ter conseguido dormir, porque nos últimos anos eu tenho sofrido com insônia, principalmente por causa do trabalho e que ficava pior a cada termino de namoro (ainda mais depois do ultimo, o qual ainda fazem meus chifres doerem – só que essa é outra historia), mas eu fingi muito bem que estava no décimo sonho quando Caroline invadiu meu quarto no meio da noite. Eu sabia muito bem que ela queria falar sobre Klaus, e ja sabia até qual seria o discurso da vez, porque já tivemos a mesma conversa milhões de vezes. Mas, mesmo não conversando sobre Klaus e muito menos sobre Damon, não me livrei dela.

– Já que vai me ignorar, e eu sei muito bem que você ta acordada, eu vou dormir aqui.

– Não me chuta enquanto estiver dormindo. – resmunguei e me ajeitei na cama.

– Não prometo nada.

Como o esperado, a Loira Azeda não conseguiu calar a boca por muito tempo.

– A gente esqueceu uma coisa.

– A minha arma pra poder te matar? – perguntei. Será que não posso ficar um pouco com meus pensamentos perturbantes durante primeira noite do ano?

– Há-há. Não. A gente esqueceu de fazer uma lista de metas pra esse ano.

– E...

– A gente precisa de fazer! Anda, levanta!

Eu sabia muito bem que se não levantasse, ela iria me encher o saco a noite inteirinha, e tínhamos que trabalhar amanha cedo. Então poupei tempo e paciência, e a obedeci.

– Eu começo...

– Que surpresa! – arregalei os olhos, fingindo que realmente estava surpresa.

– Shh.. Então: esse ano eu vou ser mais durona em relação aos homens. – Homens, no linguajar Caroline significava Klaus. – Vou entrar para o ballet. – a olhei com a sobrancelha arqueada. – Que foi?

– Essa é sua grande meta?

– Cala a boca e me deixa continuar... – levantei as mãos em rendição. – Vou sair no jornal por alguma boa ação. – ela ficou em silencio por um momento. – Agora é sua vez.

– Ok, hm... Esse ano eu vou crescer profissionalmente, não vou dar valor pra gente babaca e vou colocar homens em ultimo na minha lista de prioridades.

– Já vi que alguém não vai cumprir a lista...

– Cala a boca.

Depois disso, é claro, eu não escapei de uma longa conversa sobre o Klaus, com coisas do tipo “ele é estúpido, ridículo, dramatico...Mas ele é lindo, eu sinto falta dele. Eu o odeio. Eu o amo”. Bla bla bla.

Fora isso, o resto da noite (a parte em que dormimos) foi tranquila. Apesar de eu ter acordado umas vinte vezes com a Caroline gritando, xingando, e me chutando. Acordar no outro dia que foi difícil, era como se eu estivesse de ressaca, e ainda tinha que trabalhar.

– Caroline..- chamei, mas ela só se virou na cama. – CAROLINE.

– QUEM MORREU? – acordou assustada.

– A gente, se atrasarmos hoje.

Primeiro dia do ano significava uma coisa pra revista: novos contratados, novos modelos, novo design, substituição de funcionário incompetente. Esse ultimo ponto que me aterrorizava. Não podia me dar ao luxo de perder meu emprego, ainda mais pela “meta do ano”, que era crescer profissionalmente.

Arrumamos-nos rapidamente e descemos para tomar café antes de ir. Vinha um cheiro de queimado insuportável da cozinha.

– Quem ta colocando fogo na casa? – tampei o nariz

Ninguém precisou de responder quando vi Tyler sentado na bancada da cozinha, comendo uma coisa... Na verdade, aquilo mais parecia carvão, e a fumaça que ainda não havia saído toda do local indicava que ele realmente tava comendo comida em forma de carvão.

– O que...

– Bom dia gatas. – ele falou de boca cheia, e depois engoliu. – Querem ovo mexido?

– ISSO AÍ É OVO? – Caroline fez uma cara de nojo e eu estava torcendo pra ele passar mal com aquilo.

– Ta parecendo carvão mexido. Que nojo. – falei.

– Queimou um pouquinho. – ele deu de ombros. – ta gostoso, provem.

– N-não, a gente acredita em você!

Peguei um suco na geladeira, tentando ignorar a coisa nojenta que Tyler estava comendo. Aquilo tava embrulhando meu estômago.

– Por que vocês deram ovo com terra pro Tyler comer? – Stefan perguntou, chegando na cozinha com Damon em seu encalço.

– Gente, só queimou um pouco, ta torradinho. Ta gostoso! – Tyler falou, novamente com a boca cheia de comida e cuspindo um pouco na mesa.

Damon e eu mal nos olhamos. Sabe o que é estranho? Que você cresce, amadurece, mas sempre é uma adolescente mal informada quando o assunto é o coração. E eu não estou dizendo que ainda sinto algo por ele, mas é só estranho... A gente podia muito bem ser amigo, conversar, mas tem algo que bloqueia, e eu não faço ideia do que é isso.

Tentei clarear minha mente, pensando no trabalho. Era nisso que tinha que focar. Não que eu fosse a pessoa mais feliz do mundo trabalhando... Longe disso. Mas eu precisava me promover a editora chefe, porque no momento eu ainda não podia postar qualquer materia, e geralmente as matérias mais interessantes sobre moda eles não postavam.

Olhei pro relógio e marcava 8h e meu expediente começava 8:20h

– CAROLINE, ANDA! – puxei-a pela blusa, fanzendo o suco que ela estava bebendo derramar. – LIMPEM ISSO PRA MIM.- gritei pros três, enquanto saía pela porta da frente.

__

Buzinas, era tudo o que eu ouvia, buzinas. Eu ia perder a cabeça, literalmente. Os carros não andavam, e a fila estava enorme. Algum idiota devia estar fazendo merda mais a frente, pois não havia sinal de acidente. Faltavam 8 minutos pra eu chegar no trabalho.

– PUTA QUE PARIU. – olhei pelo retrovizor, e era o carro de Caroline que estava atrás do meu.

A gente não ia no mesmo carro, por alguns motivos do tipo: ela dizia que eu dirigia mal, o que era um absurdo, e ela gosta de ouvir musicas horríveis.

Conectei o celular com o rádio do carro, e liguei para Carol.

– O trânsito ta insuportável. – ela falou da outra linha.

– Eu vou cortar, não quero perder o emprego. – avisei.

Dava pra cortar, e eu não entendia o motivo de ninguém ter feito isso ainda.

– Eu acho que você... – desliguei o telefone, sem dar muita atenção.

Acelerei o carro, depois de me certificar de que não havia nenhum outro carro vindo, e realmente não tinha, porém, vinha um policial estúpido em cima de um cavalo mais estúpido ainda.

#10 Minutos Depois#

– ISSO É RIDICULO, EU TO SENDO MULTADA POR ESBARRAR O RETROVISOR EM UMA DROGA DE CAVALO?

–Não use esse tom com uma altoridade. Você estava errada dirigindo na contra-mão.

– EU TINHA QUE IR TRABALHAR E VOCÊS ESTAVAM BLOQUEANDO AS RUAS COM ESSA DROGA DE CAVALO. – Eu estava nervosa, muito nervosa. O carro mal havia encostado no policial e ele ficou de orgulho ferido. Se eu já estava atrasada antes, agora então...

– Estávamos alertando a população sobre animais nas ruas, além de pedrestes...

– Foda-se. – virei o rosto pro lado e falei baixinho.

– Eu ouvi isso, mais 50 reais de multa.

– Vai a..

– Quer mais 50?

Talvez calar a boca fosse a escolha mais inteligente.

Acabei chegando muito mais atrasada do que chegaria se não tivesse costurado o trânsito, mas meu emprego ainda está salvo e eu já tinha uma nova matéria. Porém “MAIS UM DESLIZE, SRTA GILBERT, E SUA VAGA NESSA EMPRESA VAI PROS ARES”.

Eu não preciso mencionar o quanto Caroline falou no meu ouvido por ter levado 200 reais de multa, ou preciso?

Primeiro dia do ano: Péssimo.

– O QUE MAIS FALTA ACONTECER, MEU DEUS? – gritei enquanto ia para o estacionamento, na hora de ir embora, e um pombo passou e deixou uma linda surpresa no meu ombro. – ÓTIMO!

DAMON’S P.O.V

Meu primeiro dia no trabalho novo foi muito abaixo das minhas expectativas. Peguei a sessão de esportes da revista, o que significava que teria que tirar e editar fotos da maioria de pessoas do sexo masculino, o que não era (nem de longe) minha preferencia. Mas pelo menos o salário era bom, e eu tinha que ficar sentado no computador praticamente o tempo todo.

Minha agente, Stelle, havia ligado algumas vezes, falando de propostas para desfiles no Japão que eu queria MUITO ir, mas sabia que se aceitasse, Stefan ficaria desapontado comigo por não me esforçar pra conseguir um emprego de verdade, um pouco menos fútil.

O telefone em cima da minha mesa começou a tocar.

– Salvatore, preciso vê-lo em minha sala agora. – era o chefe.

Fui o mais rápido pra sala dele, que era um pouco surtado. Para o quase dono de uma das revistas mais importantes dos Estados Unidos, ele era louco demais, baixinho demais, estranho demais e medonho pra caralho.

– Com licença, precisa de mim? – perguntei enquanto entrava na sala sinistra do cara. As paredes eram todas como folhas de revista e jornal, e todas as coisas que decoravam o lugar eram pretas.

– Sim, ou não teria lhe chamado. – assenti . – Você irá com uma de nossas responsáveis pela parte de moda em uma viagem de quatro dias para Paris. Só isso que queria avisar, agora me de licença que tenho muito trabalho.

Ele mal olhou pra minha cara enquanto falava, vale ressaltar.

– Tudo bem, mas posso perguntar o motivo dessa viagem?

– Vocês irão acompanhar um desfile, e eu sei que você tem experiencia com isso. Enfim, ela vai escrever uma matéria sobre as novas tendências e o desenvolvimento de cada modelo, etecetera.. – ele balançou as mãos. – E ela precisa de um fotografo para concluir a tal matéria, bla bla bla e você foi o escolhido. Agora, saia da minha sala.

Obedeci e sai.

Não era má ideia, na verdade era uma ótima ideia. Eu já tinha a minha primeira matéria e ainda receberia pra viajar pra Paris. Tudo bem que eu não conhecia a mulher que viajaria comigo, ela poderia ser feia, chata e fedorenta, ou então linda e muito gostosa. Mas, de qualquer maneira eu sentia que, finalmente, as coisas estavam funcionando pra mim.

Quando meu expediente acabou e eu finalmente estava estacionando o carro em frente de casa (da casa das garotas), Elena estava sentada num banco, com a coluna totalmente reta, pernas cruzadas e olhos fechados, uma perfeita posição de meditação. O que era estranho, porque pessoas que meditavam geralmente eram calmas.

Aproveitei o momento para observa-la, já que passava metade do tempo ignorando seu rosto. E ela estava especialmente linda, com o cabelo preso em um coque, sem maquiagem e uma roupa simples. Por um momento me deu uma vontade enorme de pega-la desprevenida e beijar aquela boca. A ideia me era muito tentadora e esse efeito que ela tem sobre mim me assustou.

“Calma, Damon, esse é o efeito que toda mulher bonita tem sobre você” era o que eu falava pra mim mesmo, depois de ficar praticamente uns dez minutos observando ela e controlando a minha vontade de beija-la e leva-la pro meu quarto. Não importava o quanto aquela roupa ficava bonita nela, eu tinha certeza que Elena ficaria ainda mais bonita sem ela.

Finalmente saí do carro, mas acabei fazendo um barulho muito alto na hora de fechar a porta, tirando a concentração de Elena. Juro que ouvi ela murmurar um “porra”.

– Desculpa, não queria atrapalhar sua meditação. – falei, enquanto procurava a cópia da chave da casa na minha bolsa.

– Tanto faz, isso não estava adiantando nada mesmo. – ela deu de ombros, mas a expressão de seu rosto mostrava o quanto ela estava tensa.

– Você ta bem? – perguntei.

– Sim, por que?

– Por nada, eu ia perguntar se estava nervosa, mas se te conheço bem, você sempre está nervosa. – dei um sorriso de canto.

– Ha-ha.

– To só brincando, mas você deveria ir num spa.

– Com a minha sorte, na hora da massagem eu fraturaria a coluna.

– Então, sei lá... As vezes é falta de sexo, já pensou nisso?

Ela revirou os olhos e bufou.

– Você é ridiculo.

– Mas é verdade.

Abri a porta e entrei em casa, com Elena logo atrás. Ela se jogou no sofá e eu subi para tomar um banho demorado.

Depois do banho eu tive uma longa conversa com Tyler sobre: não cara, ser ator não é o tipo de emprego que você deve procurar aqui, porque deixar de ser modelo pra ser ator não é muito diferente.

– Mas é isso que eu quero. – ele falou, depois de duas horas que eu tentei convence-lo a investir em outra coisa.

– Então pra que você pediu a minha opinião, porra? – Tyler era a unica pessoa que conseguia me tirar do sério em meia fração de segundo.

– Por que eu não tinha com quem conversar.

–Você é irritante.

– Eu sou charmoso, e você não seria nada sem mim.

– Vai tomar no...

– GENTE! – Stefan, que estava a horas no telefone, finalmente deu o ar da graça. – EU CONSEGUI.

– O que?

– Fechei contrato com uma editora, falei a ideia do meu romance e eles vão publicar. – ele falou animado e eu lhe dei os parabéns. Eu estava feliz por ele, era o que ele sempre quis fazer.

– Você vai escrever um romance? Que coisa gay. Você deve estar se achando o Willy Sheiksp. – eu tenho quase certeza que ele queria dizer William Shakespeare

– CALA A BOCA, TYLER!

Deixei Stefan e Ty descutindo e desci pra comer alguma coisa, quando passei pela sala, Elena ainda estava no sofá, mas estava assistindo um filme e com uma bacia de pipoca na mão. Ela assistia “O Lado Bom da Vida”.

Meti a mão na bacia de pipoca, por trás do sofá, a assustando.

– CACETE, NÃO CHEGA ASSIM FEITO UMA ASSOMBRAÇÃO. – ela colocou a mão no peito, como se tentasse se acalmar.

– Sabe a Tiffany? – perguntei, a ignorando.

– A do filme? – Fiz que sim com a cabeça.

– Ela parece que é toda tensa assim porque faz tempo que ela não transou. Te garanto que quando ela transava com todo mundo do trabalho dela, antes de desistir da vida de ninfomaníaca, ela era muito mais feliz. – falei, segurando o riso da expressão que ela fez.

– Sai daqui, anda, antes que eu enfie a mão na sua cara. – ela falou com uma voz tão calma e melodramática, num tom de ameaça, que eu não consegui prender o riso por muito tempo.

__

No outro dia, acordei um pouco mais cedo, pois tinha que chegar exatamente 8 horas no trabalho, para encontrar com o Sr. Surtado (meu chefe) e a tal editora de moda que viajaria comigo na próxima semana. Tomei café rápido, na companhia de Elena, só que mesmo tendo tido um momento quase-amigável ontem, nós não falamos nada além de “bom dia” um pro outro, mas isso não me impediu de reparar no quanto ela estava linda.

Sai de casa antes dela e chegando no prédio onde trabalhava, fui direto para a sala do chefe, que não demorou muito para me mandar entrar.

– Daqui a pouco a Srta. Gilbert chega e vocês irão se conhecer e acertar as coisas da viagem. – ele falou e só um pouco depois me liguei no nome que ele disse.

– Desculpe, Srta o quê?

O telefone da sala dele tocou antes que pudesse me responder.

– Mande-a entrar. – ele respondeu para a secretária que estava na linha. – Ela acabou de chegar.

Elena abriu a porta da sala e foi ai que eu caí na real.

– Com licença... – ela olhou em volta e quando me viu fez a mesma expressão que eu devia ter feito quando ouvi o “Srta. Gilbert”. – Damon?

– Oi. – respondi.

– Vejo que já se conhecem, isso facilitará o processo.

Oh, sim, facilitará muito.

Eu, Elena. Ex. Viagem. Paris. A cidade mais romântica do mundo. Quatro dias.

Eu to ferrado.


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Notas finais do capítulo

Eu decidi continuar com Klaroline, porque é de gosto da maioria e PRINCIPALMENTE depois do ultimo episódio de tvd (heuheueheuhe)
Então, eu vou precisar de uma de vocês pra ficarem com Tyler.
Quem quiser participar e tal, escrevam um POV de vocês conhecendo o Tyler (não o pov completo, só a ideia e tal) que eu vou escolher o melhor e vou postar e dar os créditos a vocês.
Podem me mandar no twitter, por twit longer e tal. (@tosmolder) quem não tiver twitter, manda mensagem aqui no site e eu vejo o que faço.