Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 24
New Year


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que ia demorar porque ia viajar, mas acabou que com a chuva eu só vou viajar amanhã. Então, aproveitando o clima de festa eu resolvi postar um capitulo de Natal e Ano Novo, porque não sei quando irei postar o próximo.
Eu espero que gostem. (perdoem os erros de português, eu escrevi pelo celular)
COMENTEEEEEEEEEEEM PARA EU ANIMAR A POSTAR MAIS CAPITULOS.
E obrigada pelas recomendações, vocês são lindas.
Feliz Natal atrasado e próspero ano novo pra vocês.



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DAMON’S P.O.V.

O quanto isso deveria ser estranho de zero à minha ex namorada praticamente nua na minha frente e na frente dos meus amigos? Céus, eu vou enlouquecer!

– Não sabia que iriamos ser tão bem recebidos! – Tyler falou, batendo palminhas. A resposta que teve foi um tapão na cabeça, vindo de Stefan.

Por algum motivo eu não conseguia fazer nada além de olhar pra Elena e ela também olhava fixamente para mim... Havia muito tempo que não pensava nela, nos dois ultimos anos eu nem lembrava direito de seu rosto, mas agora ve-la na minha frente, me deu uma pontada tão forte no coração, uma vontade tão grande de tê-la novamente.

“Não, Damon! Se controle”.

– PUTA QUE PARIU. – Elena saiu de seu transe e se jogou no chão, atrás do sofá. – CAROLINE, EU JURO POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO QUE EU VOU TE MATAR!

Algumas coisas nunca mudam, né..

– Você sai de roupa íntima pela casa e a culpa é minha? – Caroline tampou a boca tentando não rir. – Levante daí e suba pra colocar uma roupa, não há nada que ninguém já não tenha visto.

– Sem chances. – Elena fala, mostrando apenas um pedaço da cabeça atrás do sofá. – Oi gente, sejam bem vindos e, a propósito, obrigada por avisarem que vinham.

Sorri, lembrando que uma vez pensei que poderiam se passar anos, que o sarcásmo dela seria sempre igual. Eu estava certo.

Sem pensar duas vezes, tirei minha camisa e joguei na cabeça de Elena.

– Pra que isso?

– Veste isso, sobe, coloque uma roupa e depois me devolve! – respondi simplesmente.

– Mas por quê? Acho que ela tá ótima assim! – Tyler comentou, cruzando os braços.

– Você quer outro tapa? – Stefan perguntou.

– Não.

– Então cala essa boca.

De onde eu estava deu pra ouvir a Elena bufando, mas rapidamente ela vestiu a camisa e saiu correndo pela escada, em direção ao quarto eu suponho. Mas eu não parava de pensar no quanto esse reencontro ainda iria mexer comigo e a quantidade de coisa que ainda poderia acontecer. Não necessariamente coisas boas. Talvez muito pelo contrário...

Eu sei que eu tenho passado bem o tempo, ganhando dinheiro e dormindo com cada vez mais mulheres. Mas quando a falta de alguém é muito grande, nem todo o dinheiro do mundo e nem a mulher mais bonita do planeta pode substituir.

“Vamos tentar seguir em frente e esquecer o quanto isso foi gay”.

– Gente, eu não vou me desculpar pela Elena, porque vocês já sabem como ela é. – Caroline começou a falar. – Mas, sintam-se a vontade.

Na mesma hora que ela disse isso, Tyler tirou os sapatos e deitou no sofá da sala. Olhei pra ele em reprovação e cruzei os braços.

– O que? - se fez de desentendido.

– Eu disse pra se sentir a vontade, mas não pra fazer da minha casa a sua! – Carol falou antes de mim.

– Tirou as palavras da minha boca. – comentei.

– Falando nisso, da ca um abraço. – Tyler puxou Caroline e quase a sufocou num abraço mais apertado que devia, e ela tentou se soltar mas sua força não era tanta. – Eu tava com saudades!

Revirei o olho e pude ver que Stefan fez o mesmo.

– Vamo parando com essa melação. – Stef separou os dois e se sentou no meio.

– Bom, enfim... – me sentei em uma cadeira que tinha no canto. – Só não entendi o que viemos fazer aqui.

– Reunir com os velhos amigos é sempre bom. – Stefan respondeu com um largo sorriso.

“Velhos. Amigos.” Eu espero que ele não tenha incluido Elena nisso.

– Hm, e quando vamos embora?

– É tão ruim assim me ver? – Caroline perguntou fazendo um biquinho, e eu ri.

– Não é isso... É só que, não vamos ficar aqui pra sempre. Mas é muito bom te ver. – pisquei.

– PARA DE DAR EM CIMA DELA! – Tyler quase berrou.

– Menos Ty, bem menos... Não viaja.

– EU VI VOCÊ PISCANDO. NÃO NEGUE, EU NÃO SOU CEGO. – cerrou os olhos.

– Sete anos, SETE ANOS INTEIRINHOS, e você ainda não superou? – Stefan perguntou e eu comecei a rir quando Caroline ruborizou. Tyler mostrou o dedo do meio pra gente.

– Vou pegar alguma coisa para comermos e tentar não pensar no quanto isso foi constrangedor. – Carol foi em direção a cozinha quase correndo.

Stefan ficou uns bons segundos apenas dizendo o quanto o Tyler era idiota, e nesse tempo a unica coisa que eu conseguia pensar era em Elena. Pior: eu só conseguia imaginar ela mudando de roupa. Não que aquele corpo fosse algum mistério pra mim, mas ela estava mudada, mais bonita... Mais mulher.

Cara, eu preciso de parar de perder o foco. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar... Ou cai?

Nao posso dizer também que, mesmo com todos esses anos, meus sentimentos desapareceram, porque eu sei que uma parte de mim sempre vai gostar dela, eu só não sei o quanto essa parte pode ser grande e nem a força que ela tem sobre mim.

– Então, Stef.. – fiz um esforço pra largas meus pensamentos masoquistas. – Quando vamos embora?

– Não vamos. – respondeu simplesmente, e eu e Tyler arregalamos os olhos. – O que foi?

– Como assim “não vamos?”

– Bom, é o que eu acho melhor. Já tínhamos conversado sobre dar um tempo nessa carreira e começar um trabalho de verdade.

– EU???? TRABALHAR DE VERDADE? – Tyler levantou e cruzou os braços. – CARA, EU SOU O TYLER. O TYLER NÃO TRABALHA DE VERDADE.

Como de costume, ignoramos.

– E por que aqui?

Isso não fazia sentido, e eu sentia o peso do passado em cima de mim. Eu. Elena. Mesmo lugar.

– Beverly Hills é um lugar lotado de gente importante, ligado ao meio artistico, e nós estamos no meio artistico. Caroline e Elena trabalham na revista feminina mais importante daqui, elas poderiam nos indicar. Você, Damon, pode começar a trabalhar como fotógrafo, não era o que você sempre quis?

De uma forma meio estranha e confusa, ele estava certo.

– E você, vai fazer o que?

– Eu pretendo começar a escrever um livro.

– Ai que coisa de bicha! – Tyler murmurou. – A gente vai acabar é morrendo de fome.

– A gente tem dinheiro de sobra, da pra investir nisso.

– MAS EU NÃO SEI FAZER NADA! – Ty se jogou no sofá.

Eu teria rido disso, mas ainda estava nervoso. Stefan estava sendo o maior filho da puta do universo, mesmo que não soubesse disso.

– Realmente o Ty não serve pra nada. – concordei, finalmente.

– Eu sei cantar... Acho que vou cantar num musical! A Broadway é aqui perto?

– Aham, pertinho, só virar a esquina. – dei um tapa na cabeça dele. – OH ANIMAL, A GENTE TA NA CALIFORNIA, NÃO EM NOVA YORK!

– Ta bom, enfim.. – Stefan balançou a cabeça. – Vamos fazer assim: a gente fica aqui essa semana, temos até segunda feira pra decidir se vamos ficar e investir em nós mesmos! Eu sei que é Natal depois de amanhã, mas a gente nunca passa em família mesmo.

Quando ele terminou de falar, Elena apareceu no topo da escada, dessa vez vestida e, eu não sei porque, meu coração deu um pulo. Mas eu desviei o olhar dela, eu não precisava dela na minha cabeça pra bagunçar ainda mais.

Caroline também voltou pra sala, trazendo café e biscoitos pra gente.

– Poxa Elena, eu preferia a outra não-roupa. – Tyler deu um sorrisinho.

– Cala essa boca. – ela respondeu. – Enfim, quanto tempo né. – falou, olhando pra mim.

Mas ela também desviou o olhar rápido e foi abraçar Stefan, eu sabia que eles mantinham contato desde sempre.

– Você cresceu em, Chuck! – Tyler falou quando Elena o abraçou, e ela riu e revirou os olhos.

– E você também. Cresceu tudo, menos o cérebro.

– E a Elena mudou em tudo, menos na educação. – Caroline comentou.

E isso era bem verdade.

– Damon.. – eu percebi uma diferença na voz dela ao pronunciar meu nome. – Obrigada pela camisa. – ela jogou minha camisa pra mim e eu a vesti.

Mas, ao contrário dos outros, eu não recebi nenhum abraço, recebi apenas um sorriso rápido. Não que eu tenha ficado decepcionado com isso.

ELENA’S P.O.V.

Nós ficamos um bom tempo sentados na sala de visitas, conversando sobre o meio tempo em que ninguém se via. Na verdade, não mudamos quase nada, apenas amadurecemos. Menos o Tyler, o que já era de se esperar. A vida de Stefan não era algo novo pra mim, eu já sabia de quase tudo. Já Damon foi mais vago e falou pouco. Talvez ele tenha sido o que mais mudou, porque antes ele teria feito uma piadinha ofensiva sobre qualquer coisa.

Ou talvez ele apenas não esteja lidando bem com a situação, assim como eu não estou. Reprimir a vontade que eu tinha de abraçar ele uns minutos atrás, foi de longe uma das coisas

Ele estava tão... Lindo. Maduro, cheiroso. E ele não podia nem desconfiar que eu demorei pra voltar pra sala porque fiquei cheirando a camisa dele... E depois ainda espirrei um pouco do meu perfume pra que ele se lembre de mim.

Eu sei que isso foi muito infantil, mas quem liga?

“Você é uma idiota, Elena Gilbert”.

– Então, já decidiram? – Carol foi quem perguntou.

– Decidiram o que?

– Perguntei pros meninos. – me respondeu.

E depois a grossa ainda sou eu.

– Vamos ficar aqui essa semana, e depois veremos.

Eu olhei pra cara de cada um e até o Tyler pareceu entender do que eles estavam falando. O que eu perdi?

– Só eu que não to entendendo nada? – perguntei.

– É que.. – Damon começou.- Stefan quer se mudar pra cá. Bom, não pra sua casa...

– O QUE?

___

O Natal esse ano foi como todos os outros. Eu e Carol viajamos, para passar com papai, a Jenna e a peste do meu irmão. Como sempre, nós almoçamos em família, trocamos presentes, palavras bonitas, brigas e carinhos. Mesmo eu já sendo uma adulta agora, eu não deixava de sentir falta da minha mãe... Acho que mãe é algo insubstituível. Ninguém vai tomar o lugar dela na minha vida, mesmo eu já me dando bem com a Jenna e tudo mais.

Caroline me deu um perfume de presente, e eu dei pra ela o direito de escolher o presente, já que (1) ela sempre troca o presente, (2) eu não me interesso muito pelas coisas que ela gosta. Pro meu pai eu dei um terno e pra Jenna um sapato. Pro meu irmão eu dei uma meia, tipo, UM pé só, falei que o outro eu daria quando ele merecesse. Provavelmente isso só vai fazer com que ele me odeie ainda mais.

Minha convivência com Damon dentro de casa por um dia não foi tão ruim quanto eu imaginava. Até porquê a gente se evitava o máximo possível. Ele, Tyler e Stefan ficaram na nossa casa enquanto estávamos com a nossa família. Me surpreendeu o fato de Damon até hoje não se relacionar bem com os pais. Os pais de Stefan estavam viajando e os de Tyler íam almoçar com ele ou algo do tipo.

Resumindo: o natal foi como sempre. A coisa mais diferente foi que quando voltamos pra casa, o meu ex namorado estava lá. Mais lindo que nunca.

__

– Sabe qual a melhor coisa dos três estarem aqui? – Caroline perguntou, enquanto lambia uma colher de sorvete.

Estávamos na cozinha comendo porcaria, depois de assistir um filme de romance e chegar a conclusão que iríamos morrer sozinhas.

– Lá vem..

– Ver os três sem camisa praticamente o tempo todo. – eu ri do comentário e peguei um pouco de sorvete pro meu potinho também.

– Pervertida.

Mas o pior é que ela tinha razão. Todos tinham o abdômen traçado, braços fortes e rostos bonitos. Só o Tyler que, apesar da embalagem ser maravilhosa, o conteúdo era praticamente nulo. Coitado... Mas a burrice dele era até fofa, as vezes.

– Tem outra coisa boa nisso tudo também, pra você. – a encarei, esperando que continuasse, porque eu não via nada de bom nessa situação. Não pra mim. – Você e o Damon agora podem recuperar o tempo perdido, sabe, se pegar e tal. – ela piscou .

– Você só pode estar louca, mulher. – respondi.

Eu e Damon era passado. Passado fica no passado. Até porquê figurinha repetida não completa album, todo mundo já ta cansado de saber.

É bem claro que eu, as vezes, sentia falta dele, e que achava ele muito bonito. Mas.. Não. Nós dois: não. Errar uma vez é humano, permanecer no erro é burrice.

– Não negue o que está nos seus olhos. – mostrei o dedo do meio fazendo-a rir debochadamente.

Quando Carol se levantou pra colocar o pote vazio de sorvete na pia, Damon e Tyler entraram na cozinha.

– E ai, gatas. – Tyler falou, enquanto pegava uma bala que tinha em cima da bancada. – Temos uma poprosta irrecusável.

– P-R-O-P-O-S-T-A – Damon corrigiu.

– Isso aí mesmo.

– O que é? – Carol foi mais rápida. – Ah, se quiserem sorvete, tem mais no congelador. – sorriu.

– Festa de ano novo na praia. – Damon respondeu. – E não quero sorvete, obrigada.

– Fiquei sabendo dessa festa, na praia do Centro né? – ele assentiu. – Vocês acham que realmente vai ser boa?

– Vai ter bebida, eu to dentro. – Tyler piscou pra Caroline e eu viz cara de vômito quando ela sorriu de volta.

– Por mim, se a Caroline animar, pode ser. – falei indiferente.

Eu já tinha separado até uns filmes pra passar o final de ano na depressão, então qualquer coisa seria melhor.

– E ai Caroline!? – Damon lançou um olhar pidão. – Talvez depois nós iremos embora , e você nunca mais nos verá. – ele falou.

– Tudo bem, to dentro! – respondeu e ele e Tyler começaram a comemorar.

Os dois saíram da cozinha gritando “STEEEEEEEFAAAAAN, PARTIU”, e ele gritou comemorando lá de dentro.

– Você sabe como isso vai terminar né? – Caroline me lançou aquele olhar meio, eu não sei, meio ela quando tenta ser engraçada na hora de falar de pegação.

– Cala essa boca. – respondi e fui pro meu quarto, mas não antes de ouvir a risadinha irritante dela.

__

NEW YEAR!!!!!!!

Estava me arrumando pra tal festa de ano novo na praia. Não, eu não estava nem um pouco animada. E outra: eu não tinha roupa branca bonita. Virei Beverly Hills de cabeça pra baixo com a Caroline, sem brincadeira, ficamos o dia inteiro atrás de roupa pra passar a virada. Pelo menos achamos dois vestidos bem decotados e perfeitos pra usar na praia.

A festa começaria 19:30 e já eram 19 horas e eu não estava nem perto de ficar pronta.

– ELENA, TA VESTIDA? – Caroline gritou atrás da porta.

– PODE ENTRAR!

Ela entrou e quando me viu sua expressão facial caiu.

– Não acredito que você ainda não se maquiou e nem escolheu sapato.

– E nem fiz nada no cabelo. – completei.

– Nem precisa, a maresia vai estragar tudo de qualquer jeito mesmo. – ela falou. – agora, sente-se aqui, deixa eu dar um jeito no seu rosto.

Caroline me ajudou a fazer a maquiagem, aliás, ajudou não.. Ela fez tudo sozinha. E também me ajudou a escolher o sapato. Eu a ajudei a cortar um pedaço do vestido, que ela estava achando muito longo, sendo que, na verdade, estava era bem curto.

Quando deu 19:40 já estávamos prontas. E chegar atrasado nessas festas era sempre bom, então não me preocupei muito. Mas, ao contrário, os caras estavam eufóricos na sala, gritando de cinco em cinco minutos “ANDEM LOGO”.

Assim que chegamos na sala, a sensação foi a mesma de tomar um tiro, quando eu olhei pro Damon. Ele estava... Bom, é muito errado eu dizer que estou sem palavras? Errado porque ele é meu ex. Mas ele estava simplesmente maravilhoso. Vestia uma bermuda xadrez de vários tons azuis e branco, uma blusa branca de manga até o cotovelo e gola V, que marcava tanto o braço quanto o peito, e seu cabelo estava no bagunçado-arrumado de sempre.

Stefan e Tyler estavam lindos também, e vestidos parecido, mas eu não reparei muito neles. Reparei apenas que o cabelo de Stefan não estava com seu topete abitual e sim meio bagunçado, igual o de Damon. Enfim.. Todos estavam lindos.

– Vocês duas estão uma delicia. – Tyler falou e deu um sorrisinho sacana.

Revirei os olhos mas não pude não rir.

– No geral eu daria um tapa nele, mas dessa vez tenho que concordar. – Stefan falou e Damon fez um sinal de positivo com a mão e com a cabeça.

– Vocês tão bonitinhos também. – falei.

– Bonitinhos?

– Da pro gasto. – Carol disse.

– Então, vamos?

E fomos. Todos no carro de Stefan. A melhor parte foi que Damon ficou no banco de trás de um lado da porta, e eu do outro, assim eu podia organizar melhor meus pensamentos.

O local da praia que estava a festa já estava com bastante gente, muita comida e som ao vivo. Uma mulher que estava tocando, muito bonita aliás. O olhar dos três não saía dela, porque será!? Não que eu tenha ficado incomodada com isso.

– Caroline.. – fui pra perto dela, na tentativa de ignorar os olhares de Damon para a cantora fuleragem. – o Klaus vem?

– Não sei, não quero saber também. – respondeu, balançando os ombros.

– Eu sei que no fundinho você quer.

– Não.

Ah, mas ela queria. Se teve um relacionamento que teve um fim mais mal resolvido que todos os meus juntos, esse relacionamento foi o de Klaus e Caroline, e olha que eu já tive muitos relacionamentos que terminaram em merda. Principalmente o ultimo, que o cara me trocou por uma outra mulher só pelo fato dela aceitar dividir maconha com ele.

– Dança comigo. – Tyler puxou Caroline pelo braço, e de novo, me veio um refluxo ao ver ela sorrindo pra ele.

MAS SERÁ POSSÍVEL?

Procurei Stefan, mas quando o vi, ele estava no celular, bem pertinho do mar. Pela sua expressão facial ele devia estar falando com alguma namorada!? Talvez a Lexi... Preferi não atrapalha-lo e segui para a mesa onde tinha alguns petiscos.

– Olá. – um cara moreno, de cabelo baixinho, olhos verdes e barba bem feita surgiu do meu lado.

– Oi. – respondi simplesmente.

Ele era bem bonito, e o sorriso era super branco. Eu pensei em recusar, mas a embalagem era boa demais pra jogar fora.

– Posso saber seu nome? - o sorriso total white ainda estava alí.

Me distraí um pouco admirando seus dentes certinhos, mas logo voltei ao normal.

– Elena, e o seu é...

– Clark.

– Muito prazer, Clark.

– O prazer é todo meu. – e então ele beijou a minha mão, fazendo com que minha bochecha queimasse. – Quer dançar um pouco? – acenti.

Ele me puxou pela mão, e dançamos uma musica bem animada juntos. Ele era bom dançarino, seus movimentos eram perfeitos e a areia não atrapalhava isso... Oh Deus. Bonito, olhos verdes, barba, e ainda dança bem? O universo realmente está me testando.

– Você está solteira? – ele perguntou ao pé do ouvido, e isso teria me deixado bastante arrepiada, se eu não tivesse achado que a pergunta saiu rapida demais.

Quer dizer, não somos mais dois adolescentes pra se pegar em festa e depois ir embora.

– Digamos que sim. – respondi, com cuidado.

– Interessante.. – cerrei os olhos, em resposta ao tom de voz dele.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele avançou pra cima de mim, tentando me beijar. Mas, a mesma força que sua mão fazia em volta da minha cintura, as minhas mãos faziam contra seu peito, o empurrando pra longe.

– Qual é, não se faça de dificil. – ele insistiu.

– Eu não sou dificil, eu sou impossível. – continuei empurrando, mas o desgraçado era forte. – Me... Solta. – virei o rosto quando ele tentou me beijar de novo.

– Tá precisando de ajuda? – uma voz conhecida soou atrás da gente. Era Damon.

– Não irmão, deixa que a gente ta só se resolvendo. – Clark respondeu. – Não é princesa?

– Não.

– Solta ela, irmão. – ênfase no “irmão.”

– Damon, me ajuda. – pedi, e ele puxou o Clark, fazendo com que ele me soltasse, e depois o empurrou.

– Qual é, cara, vai me atrapalhar por que? O que ele é seu, princesa? – ele se virou pra mim.

– Ele é meu amigo. – respondi.

– Somos mais que amigos, se é que você me entende. E se não quiser perder os dentes, sai daqui.

Lancei um olhar tipo “O QUE?” pro Damon, e ele sussurrou um “entra na onda.”

– Você me disse que estava solteira.

– É que eu e Damon estamos meio brigados, e eu estava com raiva.

– Sim, mas ela continua não estando solteira de verdade, e você, por favor, some da minha frente. – Damon franziu o cenho e fechou o punho.

Clark fez sinal de rendição e saiu andando.

– Obrigada.

– Não foi nada, eu vi que o cara tava te perturbando e resolvi ajudar.

– Achei que estava muito ocupado com a cantora alí para reparar em algo. – EU REALMENTE FALEI ISSO EM VOZ ALTA?

Sim, eu falei, porque Damon soltou uma risada.

– Não, nada a ver. Mas, de qualquer maneira, é melhor a gente ficar perto, porque a festa é pequena e o cara não vai desistir fácil. – respondeu. – Bom, eu não desistiria.

Droga, eu espero não ter ruborizado muito.

Faltava uma hora e meia para 00:00h, e nesse tempo eu fiquei conversando com Damon. Conversamos sobre tudo: passado (não o nosso passado), presente, futuro. Ele havia conseguido um emprego legal como fotógrafo e editor de uma importante revista, e começaria a trabalhar na próxima semana, caso decidissem continuar aqui. Mas, claro, não tinha cortado os contratos como modelo e já tinha três desfiles marcados para o final do mês de Janeiro. “Sendo ou não um trabalho superficial, é o meu ganha pão, e um pão bem grande” palavras dele.

Eu havia me esquecido do quanto ele era engraçado e, apesar de as vezes ainda ser meio infantil (eu me enganei quanto a ele estar super amadurecido), ele ainda era fofo. Mas, conversar com ele foi fácil e as borboletas no estômago não estavam tão fortes. Talvez, com o tempo, nós seremos bons amigos.

“Aham, quem você quer enganar?” minha vozinha interior gritava. “Cala a boca”.

– Pessoal, vamos começar a contagem regressiva para o ANO NOVO! – um cara de peso médio falou, em cima do palco.

– Nossa, mas já? – perguntei, e Damon arqueou a sobrancelha, dando de ombros.

– Vamos lá... PREPAREM OS FOGOS. – o cara gritou pro pessoal que estava mais longe e que, provavelmente, soltariam os fogos de artifício.

E então todos começaram:

–10

Damon se virou pra mim e começou a contar junto.

– 9

Caroline, Tyler e Stefan se jutaram a nós.

– 8... 7... 6... 5... 4...

Caroline abraçou Tyler e Stefan, e eu e Damon ficamos apenas nos encarando.

– 3... 2... 1... FELIZ ANO NOVO!!!

Os fogos explodiram, fazendo o céu ficar colorido e lindo, enquanto todo mundo gritava e comemorava.

– Feliz an... – e então, Damon me beijou.

(continua...)


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Vocês querem Klaroline, forwood ou querem que eu coloque o nome de uma de vocês como par do Tyler?
ME DEEM OPINIÕES!