Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 15
Viagem; - Parte 2 - Inventor de Amores.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu não tenho o que falar sobre o capítulo. Eu não curti muito, mas espero que vocês curtam. Se eu fosse parar pra re-ler eu ia desistir de postar, porque na minha opiniao, ta uma droga! Me xinguem se quiser kkk
Mas comentem!
Ah, a viagem basicamente acaba aqui. O proximo será: Elena + Carol + Pai e Madrasta, e algumas surpresas. Mas também vai ter outros envolvidos. Talvez o Damon hahah.
PS: Quando aparecer o link de musica, CLIQUEM. Pra quem nao gostar da musica, escolha qualquer outra, só pra dar um clima kkkkkkk
enfim..
Obrigada pelos comentarios ♥



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Admito que fiquei incomodado com alguns olhares nada inocentes vindos de outros garotos, alguns da minha turma, outros da dela. Não que eu achasse que tinha algum poder sobre ela. Longe disso. Na verdade eu bem queria ter, mas isso era algo que nem nos meus sonhos eu tinha. Elena que tinha um poder, que não deveria, sobre mim.

Já até imaginei ela me fazendo de escravo sexual... não que isso fosse algo bom, mas também não era lá a pior coisa de todas.

Droga, eu tinha que parar de pensar sobre sexo. E sobre a Encrenca. Talvez devesse parar de pensar só na Elena mesmo. Ou seria mais dificil?

É, eu to fodido.

– Ei, cara, fecha a boca pra baba não cair! - Stefan falou, rindo.

Por instinto eu realmente fechei a boca, e passei a mão nos lábios, com o intuito de secar a baba. Depois o encarei e revirei os olhos.. mas não tinha como eu negar que estava (literalmente) babando nela. E o pior é que tinha muitas outras garotas bonitas e com corpos esculturais por ali.. Só que por alguma razão, eu só tinha olhos pra ela. Isso não estava nem um pouco certo.

A pior parte, foi quando um cara chegou "secando" ela, e ela deu moral pra ele, ainda me lançou um olhar do tipo "ta vendo? eu não preciso de você". Aquilo me enlouqueceu por dentro, me deixou confuso e um tanto irritado. Eu não sabia se ela queria me fazer ciumes, me provocar.. de qualquer maneira, ela tinha conseguido. Eu ia explodir. Me segurei o máximo que pude pra não ir até lá, e segura-la como se fosse minha propriedade. Seria uma cena de ciumes desnecessária, que só ia fazer com que ela sentisse que já tinha ganhado a guerra. Se é que podemos chamar isso de guerra, já que no fundo eu sabia que já tinha perdido.

Um cara passou oferecendo bebidas para os alunos e professores.

– Alguma dessas bebidas tem alcool? - Perguntei.

– Sim, mas você não pode...

Coloquei vinte pratas na bandeija, e ele sorriu, ao mesmo tempo derrotado e feliz. Subornar funcionários de hotel era tão fácil.. As coisas na vida deveriam ser assim também.

Ele indicou com os olhos as bebidas alcoolicas e eu peguei dois copos de uma vez, agradecendo.

– Vai entrar em coma alcoolico desse jeito! - Stefan advertiu.

– Exagerado pra caralho, em?

Dei um gole gigante em um dos copos, que desceu queimando do jeito que eu queria. Se é pra eu enfrentar essa situação, que pelo menos eu esteja feliz, tipo, quase-bêbado. Animado. Sem que as coordenadoras percebam.

Terminei o primeiro copo mais rápido do que deveria, mas a bebida não estava tão forte. Mas, levando em conta que meu estômago tava vazio, só mais o outro copo seria o bastante para fazer com que eu chegasse no ponto que eu queria. No ponto de não querer matar Elena por fazer isso comigo...

Pelo menos era o que eu achava. Não deu certo. Acho que meu organismo já se acostumou com essas bebidas, porque não fez efeito algum. Minha cabeça até rodou um pouco, mas passou rápido demais. Eu não fiquei feliz, muito menos distraído, fiquei de olho na Elena e nos milhares de caras que se aproximavam dela, o tempo todo, e ela não fazia nada para afasta-los. Eu queria ir até lá, mas sabia que ela ia acabar me empurrando, dizendo coisas más e nenhum esforço meu faria sentido algum. No fundo algo me avisava que tudo isso era perda de tempo, mas eu não conseguia me desprender. Era mais forte que eu.

– Cara, não da pra mim. - Falei, me levantando.

Estava sentado na areia, ao lado do Stefan, já que Tyler ainda estava na beira da água esperando a tal sereia. Estávamos esperando o tal Luau.

– Mas nem começou a festa ainda! Isso é pela Elena? - Ele perguntou, e eu olhei pro lado, não querendo responder, mas ele entendeu. - Po, ela ta na dela, se divertindo. Normal isso te perturbar, mas tipo.. não deixa ela ver que tu ta abalado.

– Eu até queria fazer isso, mas eu to abalado, não faz muito sentido eu tentar esconder isso.

Peguei meu chinelo, dei uma ultima olhada pra trás, mas ela nem pareceu notar que eu tinha saído dali. E se notou, que diferença faria? Atrás de mim ela não viria.

Fiquei o resto da noite trancado no quarto de hotel, olhando pro teto com cara de idiota, pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Ignorar ela eu não conseguia, então que porra eu teria que fazer? Há, outra pergunta sem resposta. Eu poderia escrever um livro, com o titulo "Qual a diferença entre se apaixonar e se foder?". Fiquei um pouco tenso ao pensar na palavra "apaixonar", mas eu já tinha passado dessa fase de negação.

–#-

De manhã, o sol entrou pela janela, batendo nos meus olhos e fazendo eles abrirem mais cedo do que deveria. Eu já não tinha passado uma noite muito agradável, e ainda teria que acordar cedo?

Os meus colegas de quarto estavam mortos, desmaiados, porque o sol tava exatamente em cima dos dois, e eles nem se mexiam. Quer dizer, Tyler se mexia o tempo todo, mas ele fazia isso a noite toda. E também falava, roncava, rosnava, gritava... eu já tinha me acostumado. Já Stefan dormia feito uma pedra, o mundo podia acabar agora que ele não acordaria. Seguindo o exemplo deles, coloquei a coberta na cara e tentei dormir novamente.


CAROLINE'S P.O.V.


Eu não conseguia acreditar na figura horrenda que me encarava no espelho. Aquilo era eu mesma? Cara, a umidade é uma vadia sem coração!

Numa viagem à praia, onde eu posso usar biquínis, seduzir meu namorado, fazer charme e ser livre, é bem frustrante ter vontade de ficar trancada no quarto o dia todo só pra se esconder. Eu tava me sentindo um monstro.

– Caroline.. - Elena chamou, e eu abri a porta do banheiro. - Vamo tentar fazer tipo naqueles comerciais de black-power e esconder um pente no seu cabelo? - Zombou, rindo feito uma idiota.

– HAHAHA Realmente muito engraçado Elena! - Falei com ironia, saindo do banheiro e me sentando na cama. - Vou raspar meu cabelo.

– Para de drama Carol, uma hora ele abaixa. E daqui a dois dias a gente vai embora também.. - Bonnie tentou me acalmar.

Mas era difícil ficar calma com o som irritante da risada baixa da Elena. Ela não era nada discreta, e adorava me deixar nervosa. As vezes eu pensava que nós já agíamos como irmãs, daquelas que brigam o tempo todo, mesmo antes de nossos pais se casarem.

– Se ela parar de rir eu fico mais calma. - Joguei uma almofada na cabeça da Elena. - Para de ser insuportável, Lena. - Usei o apelido que ela odiava.

Elena me olhou com a cara brava, mas logo desfez a carranca, voltando com a expressão de deboche que eu já estava quase acostumada.

– Você que devia parar de ser chata! Por incrível que pareça, seu namorado ainda te quer. Aproveita porque ele deve estar muito apaixonado, ou cego. - Falou. - E não me chama de Lena!

– Só se parar com as piadinhas sobre meu cabelo. - Pedi.

– Ok, vassourinha.

Revirei os olhos e ela riu.

No fundo eu sabia que ela tinha razão: Klaus não pareceu se importar com isso, o que só me fazia pensar que ele realmente gostava de mim. Ou era uma pessoa boa demais.

Talvez os dois, eu não sei. Entre nós aconteceu muito rápido.. Num momento eu me sentia meio idiota, por gostar do Tyler e, do nada, ele parou de ter importância na minha vida, quando Klaus apareceu. Mas tinha aquele lado meu que ainda gostava quando Ty tentava se mostrar enciumado. Mas outra parte o odiava por isso. Enquanto eu por inteira, adorava Klaus. Ele era tão empenhado em fazer tudo para me agradar, apesar de eu nem merecer.

A verdade é bonita: eu tenho o melhor namorado do mundo. E o pior cabelo.


ELENA'S P.O.V.


Ontem eu estava feliz por dividir o quarto com as meninas, hoje eu estou nervosa, por causa da Caroline. A umidade estava judiando dela, e acabando com a minha paciência! E apesar da Bonnie parecer calma, eu sabia que no fundo ela estava tão estressada quanto eu.

Sai do quarto, antes que eu resolvesse matar a Loira Azeda. Cara, ela vai ser a pior irmã do mundo.

Andando pelo corredor do hotel, que estava praticamente vazio, só com alguns hóspedes mais velhos, vi Stefan. Numa daquelas raras ocasiões que ele estava longe da namoradinha chata.. Ele e a Polly estragada eram tipo sola de sapato e chiclete. Um grude que nunca solta. Eu tinha decidido que não iria parar pra conversar, mas o cara me viu e abriu um sorriso, meio que me chamando até ele. Nesse caso, eu não seria tão antipática a ponto de passar reto.

– E ai, Leninha. - Ele falou.

Respirei fundo, pra tentar não ficar estressada com o "Leninha".

– E ai, Tefinho. - Sorri satisfeita, ao ver a cara feia dele quando pronunciei o apelido.

– Sabe, Tefinho é nome de cachorro! - Reclamou.

– E Leninha é nome de.. Não sei, comida?!

Ele riu.

– Eu não comeria algo com esse nome. - Falou. - E é meio estranho você falar que seu nome é uma comida. Quer dizer, se fosse assim, você seria uma comida também.

Revirei os olhos. Acho que passar o tempo com Damon e Tyler estava afetando o cérebro dele. Se é que ele tinha um, porque eu estava começando a desconfiar que naquele grupinho, um cachorro seria mais esperto. Sem exagero.

– Não vou nem comentar..

– E você e o Damon? - Ele mudou de assunto, pra um ainda pior.

"Eu e o Damon". A gente não existia. Eu sabia que passava uma boa parte do meu dia pensando nele, um grande tempo perdido. Muitas vezes eu pensava nele sem querer e muitas vezes eu simplesmente queria pensar nele. No fundo, eu estava bastante assustada, com medo de sentir e me foder. Era mais fácil "não sentir" o que eu achava que estava sentindo.. Não, eu não estava sentindo.

– O que é que tem? - Perguntei, tentando parecer indiferente, mas dei uma gaguejada.

– Ele ta bolado contigo!

– Por que?

Começou o drama do cabeçudo.. Papai do céu me ajuda!

– Você realmente não sabe? Pensa Elena.

Eu ia debater, porque eu realmente não sabia.. Que droga de motivo Damon tinha pra ficar com ravinha? Mas Tyler apareceu, enchendo o saco, e sendo, bem, ele mesmo.

– Oi Chuck. Da licencinha.

Chegou, igual um furacão, puxando Stefan pela camisa e falando coisas sem sentidos sobre "sereias, navio, monstro", eu preferi ignorar e focar no meu problema.

Tentei recapitular tudo o que havia acontecido ontem, e não obtive sucesso em achar o motivo. Na verdade, eu não sabia se deveria ficar chateada por ele estar com raiva, com raiva por ele estar com raiva, ou se simplesmente deveria não me importar. Mas por mais que eu tentasse, eu não conseguia deixar pra lá. Isso não deveria estar acontecendo. Pelo menos, não assim tão rápido.

E, meu Deus, o que eu estou pensando? Ele também não gosta de mim, e duvido muito que pense em mim. As vezes eu me esqueço o enorme galinha que Damon Salvatore é. Ele devia estar com o orgulho ferido, e por isso essa raiva toda. Se é que tinha alguma raiva, já que Stefan era beeeem exagerado. Eu não deveria estar tão incomodada com isso, deveria?

Nesse mesmo momento em que eu estava "refletindo", o cabeçudo passou pelo corredor. Ele parecia com pressa, mas assim que me viu, parou. Ele me encarou por um momento, com o olhar vago que eu não entendi bem, depois balançou a cabeça e saiu andando, sem falar nada. Damon ia começar com aquele joguinho de me ignorar de novo? Depois ainda me perguntam o por quê de eu ser tão estressada com ele. Eu odeio essas criancices. Tudo bem, ele tem todo o direito de ficar com raiva, mas só depois de dizer o motivo e me deixar explicar, caso houver explicação.

Rangi os dentes e dei um tapa na parede.. "Deixa de ser idiota, Elena". Estremessi com a dor na mão.

– Uma menina tão bonita, e tão nervosa! - uma voz masculina falou.

Eu estava tão distraída, que nem percebi uma segunda pessoa ali. Não uma "pessoa", era Matt, aquela coisa. Ele era muito bonito, mas o que tinha de bonito tinha de mau caráter. Em geral eu gostava de bad boys, mas bad boys com propósito. Já o cara parecia que curtia ser chato.

– Qual é, não vai nem olhar na minha cara?

– Eu to olhando pra você, só não tava falando nada. - Falei e sorri amarelo.

– Isso tudo é ódio gratuito?

Ele se sentou ao meu lado, sem nem mesmo eu ter falado.

– Não gratuito. E eu não perco meu tempo ignorando qualquer um.. Você é só, insignificante!

Sei que peguei um pouco pesado, mas ele merecia. Não lembrava direito o motivo, mas merecia.

– Vejamos.. - Ele começou. - Você me acha insignificante, mas já estragou meu celular, por causa de uma brincadeira que não te afetava muito. E que o Damon estava envolvido. Por acaso ele fez a sua cabeça contra mim?

– Não. - Respondi rápido. - O que o Damon tem a ver com isso? É só que quando eu não vou com a cara da pessoa, eu não tento conhece-la melhor.

– Eu ainda acho que você não me da uma chance por causa do Damon, e sabe, ele é um idiota. Muito mais que eu!

– Ele é um idiota, você é um idi.. Espera, chance? - O encarei. Do que ele tava falando, pelo amor de Deus!?

– Chance de ser seu amigo. To falando do lado bom, não do ótimo. A não ser que você queira. - Ele deu um sorriso cheio de segundas intenções. Fechei a cara. - Calma, calma. É só brincadeira.

– Uhmm..

Bufei e revirei os olhos. Eu já estava estressada, mais do que o normal, e ele não percebia. Ou fingia não perceber. Ou gostava de ser inconveniente. De qualquer maneira, merecia uns tapas, mas eu me controlei.

– Então, vamos ser amigos?

– Eu não sou uma boa amiga, pode perguntar pra qualquer um ai.

– Então, a gente combina.

Comecei a meditar mentalmente.

– Não.

– Não seja tão dificil..

Eu ia responder "eu sou impossível", mas Damon passou no exato momento em que Matt estava praticamente se jogando em cima de mim. A cara de bravo que ele fez na hora, primeiro me deixou com peso na consciência, mas depois, quando eu lembrei como ele tava sendo infantil, me fez sentir bem. Já que ele achava que podia ficar sem falar comigo, eu tenho todo o direito de irritar ele também.. Não que eu sentisse falta de falar com ele. Quer dizer.. Vocês entenderam!

– Ok, vamos comer alguma coisa. - Falei, um pouco alto demais.

O cabeçudo pareceu ouvir, pois bufou e saiu andando. E eu, ao mesmo tempo que estava feliz, estava triste por estar saindo com o maior bundão do colégio.

Nem tudo são flores...


Klaus P.O.V.


– Caroline, saia desse quarto!

– Você vai querer terminar comigo, eu to horrível. - Choramingou, do outro lado da porta.

Eu revirei os olhos.

– Você não fica horrível de jeito nenhum, e eu vou terminar é se eu não ver a minha namorada. Poxa, eu to carente! - Falei, com a voz pidona.

Fiz uma cara de cachorro pidão também, apesar de saber que ela não conseguiria ver. Era altomático quando eu usava a tal voz, e isso era ridiculo.

– Se você rir, eu vou dar na sua cara. - Alertou.

– Eu não vou rir.

E realmente não iria rir. Ela não estava feia, o cabelo dela estava. Aquele rosto maravilhoso não ficaria feio nem se ela fosse careca. Nem se fosse verde. Caroline era aquele tipo de garota linda, que não tem nenhum motivo pra estar com um cara como eu, enquanto poderia ter a escola toda aos seus pés. Mas era bom ela não saber disso, eu já fico irritado com o Tyler.. Com a escola toda eu teria um infarto com 18 anos.

A porta do quarto foi se abrindo lentamente, até que finalmente Caroline saiu de lá, com um boné na cabeça. Eu ia rir, mas ai lembrei que disse que não riria.

– Por que colocou um boné Caroline? - Perguntei, segurando a risada.

– Você disse que não ia rir!

– Eu não.. - Respirei fundo. - Eu não to rindo.

Na verdade, ela ficou bonita de boné.. Era só que, não tinha necessidade disso tudo.

Depois de meia hora tentando convencer Caroline de que ela estava bonita, de que ela ficaria bonita de qualquer jeito, de que eu não ia terminar com ela e de que eu não ligava se o cabelo dela estava supostamente feio, eu consegui fazer com que ela desse uma volta na praia comigo. Mas não consegui fazer com que ela se livrasse do boné. Ela tinha dito que era uma ideia da Elena, e ainda completou com "Elena disse que isso faz minha testa parecer menor". O pior é que a Caroline ainda cai no papo da desmiolada da Elena. Mas eu preferi não comentar nada.

Estávamos andando pela praia, de mãos dadas, imitando um filme de comédia romântica que a Carol tinha visto. Eu tava achando aquilo engraçado e ao mesmo tempo ridículo. Mas eu curtia passar o tempo com ela.

– Você realmente vai gostar de mim quando eu não for mais jovem e nem bonita? - Ela perguntou, olhando pro chão.

– você não faz ideia do quanto é linda, né?

– Responde! - Pediu.

– Sim, eu vou. Eu acho que vou... Quem sabe do futuro? - Falei, e ela me olhou confusa. - Eu quero dizer, que agora eu penso que gostarei de você de qualquer jeito.

– Eu não mereço alguém como você. - Resmungou. - Você é tão perfeitinho.. Eu não consigo ser uma pessoa tão boa assim.

– Você gostaria de mim se eu estivesse careca, não gostaria? - Perguntei.

Ela fez um "sim" com a cabeça.

– Mas você é tipo um principe. Careca, cabeludo, barbudo, sem barba.. De qualquer jeito você ficaria bonito. E sedutor. - Sorrindo, me deu um selinho.

– Um dia, farei de você minha rainha. Já que todo principe vira rei. - Entrei na brincadeira, dando outro selinho, só que dessa vez mais demorado.

– Isso não é um pedido de casamento, né? - Ela riu, e eu balancei a cabeça negativamente.

– Ainda não!

Nos encaramos por alguns segundos e depois nos beijamos. Um beijo lento e diferente de todos os outros que ela havia me dado. Era como se ela estivesse me agradecendo por gostar dela, sendo que o sortudo da relação era, na verdade, eu.

Agarrei sua cintura, enquanto ela puxava meu cabelo levemente. Fiquei embreagado com o gosto de morango da boca dela, que se misturava com o chiclete de menta que eu mascava. Caroline era muito mais que uma patricinha fútil, e as vezes eu pensava que só eu enxergava isso. Mas ela era muito mais..

Ela era verdadeira, feliz. Ela era tudo o que eu precisava. Havia muito tempo em que eu não me sentia tão feliz e completo. Já tive muitas namoradas, daquelas que qualquer mãe queria como nora, e nenhuma delas me fazia assim tão bem. Eu ficava com elas e ao mesmo tempo queria estar com os meus amigos... Já, enquanto estava com a Caroline, eu não conseguia pensar em mais nada. Eu ficava totalmente entregue.

Uma vozinha na minha cabeça falou em alto e bom tom "Não existirá um futuro em que Klaus conseguirá ficar sem Caroline". Foi aí que eu tive certeza: isso ainda não era amor, mas era muito mais que gostar.


Stefan P.O.V.


Finalmente, depois de vários minutos, consegui escapar do Tyler. Ele estava me irritando profundamente, e agindo feito uma criança que não sabe que magia e contos de fadas não existem. As vezes eu chegava a pensar que ele fazia isso de propósito, só pra testar nossa paciência, mas aí depois eu lembrava que, bem, era o Tyler, ele não tinha a capacidade de fazer um plano. Seu cérebro funcionava como o de uma criança de cinco anos. Talvez menos.

Eu queria achar Rebekah... As coisas não estavam indo muito bem entre a gente. Quando a gente voltou a ficar junto, eu esperei que as coisas voltassem a ser como eram antes, e no começo até era, mas agora é meio estranho. Sabe, parece que você pode concertar algo que você quebra, mas não pode fazer com que fique perfeito. Sempre vai ter uns arranhões, talvez até um buraco ainda aberto. Eu sentia que com a nossa relação também estava sendo assim e eu não podia fazer nada pra melhorar.

– Stefan! - Uma voz de mulher me chamou.

Eu esperava que fosse Rebekah, talvez para pedir desculpas pela nossa ultima briga sem sentido. Mas, para a minha surpresa, era Lexi.

– Eu não sei do Damon. - Falei de uma vez, enquanto me aproximava.

Depois, para não parecer rudi, sorri. Ela devolveu um sorriso desapontado.

– Que pena! - Suspirou. - É tão na cara assim que eu sempre vou querer falar dele?

– Na verdade, é sim. - Respondi, e ela soltou uma risada.

Me sentei na cadeira que tinha em sua frente, na lanchonete na beirada da piscina, área em que estávamos.

– Sabe, você devia superar ele. Eu, como amigo dele, sei que não tem mais chance. - Falei de uma vez.

– Eu não consigo. Sério... Eu não sou essa vadia que pareço, sabe? Só faço isso pra chamar atenção dele. - Ela disse, enquanto sugava o canudinho do seu suco. - Mas nunca funciona.

– Ele meio que ta em outra. - Dei de ombros.

Já era hora dela superar e deixar pra lá. Lexi era completamente apaixonada pelo Damon... Apaixonada não, obcecada, e isso não era nada bom.

– Sei sei.. Elena, né? - Acenti.

Meu celular vibrou no bolso da minha bermuda, com uma mensagem de Rebekah que dizia "Isso mesmo, tenha uma ótima conversa com sua nova amiga e não venha conversar com sua namorada".

Espera.. O que?

Pisquei duas vezes, sem acreditar no que tinha acabado de ler. Ela estava mesmo com ciumes da Lexi?

– O que houve? - Lexi perguntou, me analisando.

– Rebekah sendo infantil porque eu to aqui com você, e não com ela.

Soltei uma risada sem humor. Isso seria o tema da nossa próxima discução sem sentido, que sempre me aborrecia e a fazia chorar.

– Em geral eu gosto de ser a causa das DR's, mas dessa vez não! Você gosta dela né?

– Gosto, bastante.

– Então não vai dar em nada. Até por que não tem motivos. Metade da escola sabe que eu só te procuro pra falar do seu amigo. - Agora ela que soltou uma risada sem graça.

Concordei com a cabeça, não querendo entrar em detalhes sobre os problemas da minha vida amorosa. Eu não curtia me abrir com as pessoas, preferia colocar uma mascara de pessoa feliz e de bem com a vida. Todo mundo tinha problemas, ninguém precisava saber dos meus.

– Rebekah é dificil! - Falei simplesmente.

– Todas são dificeis, e os homems sempre complicam mais!

Eu ri com seu comentario.

Sei que deveria ter ido atrás da minha namorada, mas ao invés disso fiquei ali, sentado e conversando com Lexi. Ao contrario do que parecia, ela era legal e engraçada. Muito diferente da imagem que passava de garotinha futil.


TYLER’S P.O.V.


“Vamos, Sereia, aparece pra mim”. Eu tinha certeza que tinha visto uma sereia, certeza absoluta. Talvez ela tenha se assustado comigo e nunca mais voltasse. Mas poxa, eu tinha até comprado uma alga pra ela prender no cabelo, e uma estrela do mar empalhada. Sereias são sempre bonitas e gostosas, se ela aparecesse de novo, eu não me importaria de ser levado pro fundo do mar.

Stefan e Damon insistiam na ideia de que eu estava ficando louco, que aquilo não existia, que eu era um idiota. Talvez eu fosse mesmo, mas nada me tirava da cabeça que eu realmente tinha visto, e que os dois estavam morrendo de inveja disso. Era bem típico: sempre que acontecia algo emocionante comigo, eles rebaixavam.

Estava sentado na areia, bem perto da água do mar. Por mim eu teria alugado um barquinho pra ir mais pro fundo, mas não tinha dinheiro pra isso.

– Está procurando pela criatura metade mulher e metade sushi?

Olhei pra trás e um velho estranho me observava. Ele tinha aquele estilo de pescador, com barba grande, cabelo despenteado e oleoso, roupas amassadas e fedia a peixe.

– O Senhor também já viu? – Me levantei, para olhar para o velho.

– Sou pescador a anos meu filho. Sou casado com o mar... Já vi coisas que você nem imagina. – Ele falou.

– Jura? Que tipo de coisas? – Fiquei interessado no papo. Isso significava que eu não era louco, que eu realmente tinha visto a criatura mágica.

– Monstros marinhos, sem coração.. – Ele falou, chegando maix perto, enquanto se apoiava numa bengala de madeira. – Hoje estou velho demais para ir até o lugar que essas coisas acontecem, mas quando era mais jovem, vi coisas que até Deus duvida. – O velho olhou pra cima, como se tivesse vendo um filme de sua vida. – Inclusive sereias. Criaturas belas, que encantam a qualquer homem. Despertam desejo e curiosidade, te seduzem, até que depois... Te matam!

– EU VOU MORRER? – Perguntei. Porque seduzido eu estava, mesmo sem nem tê-la visto direito.

– Só se ela te arrastar pro fundo do mar, tem uma grande chance de que morra. Até hoje não conheci ninguém pra me contar que conseguiu escapar. Eu por sorte sou meio surdo, e não escutei o canto mortal da sereia. Mas, se você escutar, acredite: suas horas estão contadas!

Eu tava com medo daquele papo, por um segundo eu até pensei em gritar o nome da minha mãe. Aquele cara tava me assustando. E se eu morresse? Eu não queria morrer, eu queria viver com a sereia, ter filhos sereios, e fazer inveja nos meus amigos. Não queria ser seduzido para depois ser morto.

Pensei em correr, mas o medo as vezes me paraliza.

– Não assuste o menino Jack, ele vai acabar fazendo xixi nas calças.

Uma mulher, também velha, mas com uma cara simpática, apareceu atrás do vovô sinistro, que deu uma risada rouca, seguida de uma tosse seca.

– Ele não está mais na idade de se mijar por conta de uma história. – O vovô zombou.

Na verdade eu tava sim. Tinha dado um pinguinho na cueca, mas por sorte eu consegui segurar antes que caísse o resto.

– Qual é seu nome, meu jovem? – A vovó salvadora perguntou, tentando me acalmar enquanto se aproximava de mim.

– Ty-Tyler.

– E o que esse rabugento estava te falando?

– Ele estava me contando sobre coisas medonhas!

– O muleque que estava procurando por sereias no mar. – O velho riu novamente. – Não tenho culpa se só aparece na minha vida gente maluca.

– Eu não estava procurando, eu estava esperando que ela aparecesse! – Me defendi. Eu não era idiota, pra procurar uma sereia eu teria que ir mais para o fundo. – Eu vi uma outro dia. – Disse.

A vovó me olhou estranho, e depois puxou o vovô sinistro para uma conversa particular pouco atrás de mim. Eu até tentei, mas não consegui ouvir sobre o que estavam discutindo. Mas pude perceber a cara de preocupada dela, e de stress dele.

Pouco tempo depois eles vieram até mim de novo.

– Meu filho, você comeu alguma coisa daquela lanchonete? – Ela perguntou, apontando para uma casinha de comida que tinha na beira da praia.

– Não sei, eu como muitas coisas de muitos lugares. – Falei.

– Force a memória muleque! – O velho me repreendeu.

Fiz o que ele mandou, revendo todos os meus passos desde de ontem, lembrando de tudo o que eu tinha comido. Até que me lembrei que tinha comprado um pequeno pedaço de bolo, que estava muito gostoso, pouco antes de eu ver a minha sereia.

– Lembrei. – falei. – Eu comprei um bolo de limão, misturado com algum outro sabor. Muito gostoso. – Minha boca encheu d’água.

– Vish.. – resmungou. – Ta explicado.

– Não entendi. – Cocei a cabeça.

– Aquele bolo tem um tipo de alucinogenio. Você vê coisas, sente coisas, que se estivesse em seu estado normal, não sentiria!

– O QUE?

– Drogas rapaz, contém drogas! Você é surdo? – Perguntou o velho.

Eu tinha me drogado sem nem saber? Então eu não vi o que achei que vi quando eu vi? Mas e as histórias que ele tinha me contado?

– O senhor deve ser drogadão então, hein? – Me virei pro vovô.

– Eu só queria deixar as coisas mais interessantes com a minha história. Não me culpe por ter acreditado.

Fechei a cara. Meu dia estava ótimo: eu não vi nenhuma sereia, eu estava drogado, e havia sido enganado por um homem que devia ter visto a terra se formar. As coisas só melhoraram quando a velhinha simpática me ofereceu um cachorro quente, como pedido de desculpas pelo vovô sinistro, que era seu marido, ter me assustado. E eu não recuso comida de graça né..


Damon's P.O.V.


Eu tava encarando o teto, de novo, dentro do quarto de hotel. Numa viagem que supostamente era pra ser divertida. Estava quase arrependido por ter pedido pra vir... Se eu estivesse na casa dos meus pais eu estaria fazendo a mesma coisa, mas não ia ter que me deparar com a Elena em todo o canto. Muito menos com o Matt.

Resolvi pegar meu celular pra mandar mensagem pra minha mãe, só pra lembrar que existo, quando vi que tinha uma mensagem nova. Da Elena.

"Criança! :)" Era o que dizia na mensagem. Revirei os olhos e respirei fundo, em seguida respondi "Sou bem eu...".

Afinal, não era eu que tava saindo com um cara que ela não gostava, e nem eu que dei moral pra todo mundo que deu em cima de mim.

Meu celular vibrou novamente.

"Você ta me ignorando, por pura criancice. Devia ser menos idiota.. É por isso que eu acho que, mesmo que nós não tivessemos nada, é melhor pararmos por aqui".

Era isso mesmo? ela tava me dando o fora por sms? Aliás... Ela estava me dando um fora, muito antes de começarmos alguma coisa. E depois ainda dizem que mulher não é complicada! Quem começou isso tudo não fui eu.

Calcei meu sapato o mais rápido que pude, para ir atrás da encrenca. Aquilo não ia ficar assim. Mas me arrependi do mesmo segundo de ter feito isso, ao ver ela sorrindo toda feliz conversando com o Matt. Contei até dez e fui até eles.

– Eu preciso falar com você! - Me virei pra Elena, ignorando a outra pessoa ali.

– Já falei o que tinha que falar!

– Mas eu não.

Matt tossiu, pra mostrar que ainda estava ali, mas eu ignorei.

– Então.. Depois a gente se fala. - Ele falou, quando percebeu que estava sobrando. Depois se levantou e sumiu dali.

– Que droga de mensagem era aquela?

Ela me encarou, em seguida deu um gole no refrigerante que estava em cima da mesa, e fez um olhar inocente.

– Não faço ideia do que ta falando.

– Não se faça de sonsa...

Massageou as temporas, talvez com o intuito de não querer me matar. Depois se levantou, bufou e saiu andando. Fui atrás dela.

– Qual é, Elena! Você termina comigo por sms, e agora fica estressadinha? - Falei, um pouco alto.

Ela parou no meio do caminho, e se virou pra mim.

– Termina? Cara, a gente deu uns beijinhos e você já considera isso como se estivéssemos casados? Me poupe. - Ela praticamente cuspiu as palavras.

– Tudo bem que não tinhamos nada, mas era alguma coisa. Não adianta negar, você sabe que é verdade.

– Não vou negar que eu gosto de te beijar. Eu gosto, e é isso que não pode acontecer. Porque não é o bastante.

– Nada é o bastante pra você. - Falei, enquanto ela desenrugava a testa. - Você é o bastante pra você.

– Não me venha com esse papinho. A gente não da certo, eu só não quero insistir numa coisa sem futuro!

– Podia ter um futuro.. - Falei baixo, mas ela pareceu ouvir.

– O que?

Maroon 5 - Love Somebody

A encarei, e respirei fundo. Tomando um pouco de coragem.. Sabendo que no fundo eu tinha 99% de chance de me ferrar, eu estava com esperanças que o 1% me salvaria, então comecei a falar, jutando todas as forças que eu tinha. As palavras saíram como jatos.

– Somos um par de idiotas, sabia? E você fica falando que não tem futuro! Não tem futuro porque eu somos idiotas, e eu ainda sou pior. Eu não sou bom o bastante pra você, e você sabe disso. Eu sei disso. Logico que você merece uma pessoa melhor que eu, porque apesar de você ter um gênio difícil, todo mundo sabe que é boa demais pra mim. - Falei, enquanto as palavras me torturavam. - Mas você sabe que rola algo a mais do que "só beijos". Os momentos sem fala, o jeito como a minha mão sempre arruma um jeito de pegar a sua.. A gente briga, e se não brigar sente falta. Pelo menos eu sinto.

– O que você tá querendo dizer? - Ela me interrompeu.

– Eu sei do que você gosta, do que não gosta.. Te conheço muito bem, aliás. Eu reparo mais em você do que deveria. - Admiti.

– Ah é? E do que eu gosto?

– De ser a dona da razão, da cor azul, de livros, de observar a paisagem ao seu redor, de rock'n'roll quando está triste, de pop quando ta feliz. - Eu poderia ter feito uma lista.

– E do que eu não gosto? - Ela me lançou um olhar desafiador.

– Basicamente, de mim. Mas ao mesmo tempo gosta.. Mas você odeia ser desafiada, e quer sempre provar que é a melhor em tudo. E.. Ah, essa sua mascara de menina durona não engana ninguém. Ambos sabemos que essa mulher de lata tem um coração.

Podia jurar que vi um meio sorriso se formando em seus lábios.

– E isso significa que...

– Que você é complicada, de um jeito que eu nunca vou concertar e nem quero. Você não é um brinquedo quebrado, você só é.. Bem, você! E isso é o bastante pra mim. - Ela me encarou, fingindo não entender, então eu continuei - Droga, Elena! Significa que eu gosto de você! Que eu gosto de você como um imbecil.

Elena pareceu surpresa, mas eu sabia que ela sabia disso. Ela sabia do que eu sentia, e eu tinha quase certeza de que ela sentia a mesma coisa, mas era orgulhosa demais pra admitir. Eu também era orgulhoso, mas ficava totalmente vulnerável quando se tratava dela.

– Damon eu não...

– Eu sei que você tem medo dessas coisas, de gostar de alguém. Ou quando alguém gosta de você. Da vontade de correr né? – Ela assentiu. – Mas não corre de mim, ainda não, por favor!

Pedi, olhando no fundo dos seus olhos. Eu nunca imaginei que iria conseguir admitir isso tudo. Parecia que tinha tirado o mundo das minhas costas, mas ao mesmo tempo um medo gigante de ter feito a coisa errada inundou minha mente.

– Eu.. Eu preciso ir.

E então ela foi, e me deixou ali, parado, observando ela andar, sem ter coragem o suficiente de ir atrás dela. Tinha dito que a conhecia, mas na verdade ela me deixava muito confuso e me magoava com uma facilidade absurda. Era complicado saber o que ela estava pensando, ou quando ela dizia a verdade, e admito que foi isso que me deixou tão preso com ela. Todo esse mistério, esse gênio difícil.

Mas agora eu estava me sentindo completamente estúpido. Talvez eu devesse ter ficado quieto, e ter deixado isso pra lá. Não devia ter dito nada. Talvez com um tempo as coisas se ajeitassem e se acertassem. Talvez aconteceria o que o destino decidisse. “Droga, Damon, você tinha que abrir essa sua boca”.

Decidi dar uma volta na praia, para relaxar. Eu gostava de sentir o vento fresco de fim da tarde batendo nas minhas bochechas e bagunçando meu cabelo.

Enquanto eu caminhava, lentamente, me torturando mentalmente, Elena me surpreendeu, me gritando e vindo correndo em minha direção. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, pedir desculpas ou.. Sei lá. Ela agarrou meu pescoço e atacou a minha boca, me beijando com uma intensidade que eu nunca havia sentido. No inicio eu fiquei meio confuso, quer dizer, a apenas alguns minutos atrás ela tinha me deixado sozinho, e agora estava me beijando. Mas em pouco tempo cedi, deixando com que nossas línguas se encontrassem, e agarrando ainda mais a sua cintura, fazendo com que nossos corpos ficassem colados. Como se qualquer espaço fosse grande demais.

Ela mordeu meu lábio com força, como se estivesse estressada e feliz ao mesmo tempo. Respondi ao ato mordiscando o canto de sua boca e puxando seu cabelo de leve, enquanto ela arranhava a minha nuca. Parei o beijo com um selinho e a encarei. Ela ainda estava com os olhos fechados, e pelo jeito não iria abri-los.

– O que significa isso? – Perguntei, sorrindo com cuidado.

Significa que, talvez, eu também goste de você.


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Notas finais do capítulo

Recomendem a fic, gente. Tipo, não precisa ser no site, mas para seus amigos, é muito importante pra mim :/ thkx