Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 13
When're you gonna give it up?


Notas iniciais do capítulo

Não sei se ficou bom, mas eu espero que gostem e tal. Eu vou compensar no próximo cap. Prometo!
PS: Gente, eu gostaria que vocês lessem as notas finais do capitulo ♥



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– ELENA, ME TIRA DAQUI. - Gritei, e ouvi risadinhas do outro lado da porta.

– SÓ DEPOIS QUE VOCÊ RETIRAR TUDO O QUE FALOU!

– Eu retiro se você me tirar daqui!

– Não. Eu não confio em você.. É bem capaz de eu te soltar, e você me agarrar e me levar pro chuveiro, abusar de mim, sei lá.

Revirei os olhos. O que ela achava que eu era? Algum tipo de viciado em sexo pervertido que abusa de meninas indefesas? Se bem que, se tratando de Elena Gilbert, de indefesa ela não tem nada. É até bem perigosa. Já imaginei ela mil vezes no lugar da Angelina Jolie em filmes de ação, com roupa colada e um decote bem "generoso". Mas isso não me classifica como pervertido. Muito menos viciado em sexo. Na verdade, eu estava com medo era de ficar viciado nela.

– Deixa de ser criança. - Pedi. - Se você não me soltar eu vou arrombar a porta, e vai ser pior pra você! - Ameacei.

– Você sabe que eu não tenho nem um pouco de medo de você, né?

– TA LEGAL, VOCÊ PEDIU!

Me afastei um pouco, até onde o espaço dali permitia, pra poder pegar algum impulso. Preparei o ombro que iria bater na porta, enrigecendo-o. Corri em direção da porta, pronto para derruba-la, mas a filha da puta da Elena abriu a porta antes, fazendo com que eu caísse no chão, quase batendo de cara com uma parede alí perto. Elena começou a rir desesperadamente, e eu, estava pronto para matar a desgraçada.

– Você pediu.. Pra eu abrir.. E eu.. Abri. - Falou entre as risadas. - Só não esperava que - deu outra pausa para os risos. - fosse acabar de maneira tão trágica.

– Eu te odeio. - Falei, me levantando. Ela fechou a cara, e me bateu.

– VOCÊ AINDA NÃO RETIROU O QUE DISSE.

– Eu não vou retirar, porque é verdade. Você é louca por mim, morre de ciumes, e não consegue esconder o fato de que adora me beijar. Eu faço caridade. - Falei, provocando.

Era uma brincadeira, mas ela ficou tão estressada com isso, que a brincadeira ficou muito mais interessante.

– Eu te odeio, e eu nunca mais vou te beijar. - Respondeu, bufando.

– Posso ver a mentira nos seus olhos.

Ainda queria conseguir me lembrar quando nós saímos da fase de "ciumes e beijos" pra isso de praticamente socos mentais. Não que eu esteja reclamando.. Quer dizer. Elena é bem insuportável, e é meio doentio que eu goste exatamente disso nela? Que tipo de masoquista eu sou? Eu sorri com a ideia. Eu sempre sorria quando eu pensava em um suposto "nós".

– Tira o sorriso estúpido da cara, eu odeio quando você faz isso!

– É que.. Já percebeu que, não importa o assunto, a gente sempre discute e você sempre se torna violenta, e no final a gente acaba fazendo as pazes. Do jeito bom, não do ótimo ainda. - Percebi que ela tentou esconder o sorriso. - O jeito ótimo ainda vai acontecer, pode sorrir agora.

– O culpado da gente sempre brigar é você! - Me acusou.

Coloquei a mão no peito, fingindo que estava ofendido.

– Eu sou uma ótima pessoa.

– Não.

– Você tem ciumes de mim, então eu sou bom. - Falei, sorrindo torto.

– E-eu não tenho ciumes de você.

– E por que não deixou as meninas virem comigo?

– Pena.. Delas, é claro. Você não é uma boa companhia.

– Então vai embora! - Falei.

Uma coisa era certa, no meio dessa história toda: seja lá o que vá acontecer entre a gente, vai ser muito dificil fazer Elena admitir que sente alguma coisa por mim. O que estava bem "na cara" nessa altura do campeonato.

– Tchau.

Ela saiu, mesmo. Eu até queria chama-la de volta, mas pra todos os efeitos eu tava ofendido. Vou ignorar Elena Gilbert até o dia que ELA vir atrás de mim. "Por favor papai do céu, faz esse dia chegar". Ela é orgulhosa, mas nem tanto. Uma hora ela vem, porque apesar de eu ser o erro da vida dela, como ela diz, é a vontade de errar que te persegue pro resto da vida. Sou experiente nisso mais do que gostaria de ser.



(dois dias depois)

ELENA'S P.O.V.

– ELENA, ACORDA! A gente tem prova hoje, droga. - Bonnie começou a me sacudir na cama.

Eu sabia que a gente tinha prova, eu tava dormindo porque não queria fazer. Abri um olho, só pra tentar mostrar pelo olhar que eu não tava afim de levantar. Não deu muito certo.

– Anda, se você não for você leva ferro e vai ficar na escola nas férias.

– Dane-se. - Respondi

– ANDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA - Agora foi a vez da loira azeda começar a berrar feito uma vaca.

– EU ODEIO VOCÊS! - Levantei da cama e me arrastei pro banheiro, com a maior má vontade do mundo.

Eu tentei enrolar lá, pra nos atrasarmos, mas elas ficaram apressando e enchendo o saco. Não tinha estudado pra prova, eu ia levar ferro de qualquer jeito.. Será que ninguém podia entender isso?


Depois do café estávamos indo em direção a sala de aula, e Damon estava passando. Ele olhou na minha cara, e não falou nem um "oi". Se ele tava querendo me provocar, me deixar com raiva.. Ele não ia conseguir. Eu sei brincar desse joguinho. Muito bem até. Mas sem querer deixei escapar um suspiro de raiva.

– Vocês brigaram? - A observadora, Bonnie, falou.

– Quando que eles não brigam? - Caroline completou.

Dei de ombros e não respondi. Não gostava de tocar no assunto sobre eu e Damon, porque isso sempre levava a uma discussão. Bonnie já tinha brigado comigo até não aguentar mais, por eu ter ficado com ele depois que ele ficou com Lexi. Ela vive falando que ele é galinha, encrenca, e que eu não deveria dar atenção. Caroline só repetia "Ele é gostoso, vai fundo." E Rebekah ficava com a sua frequente cara de bunda.

– É sobre o que a prova mesmo? - Perguntei, bocejando.

– Nossa Elena... É sobre magnetismo, a de fisica, e a de geografia é sobre Velha e Nova Ordem.

– Vou me fudi. - Falei, com um sorriso amarelo.

Eu não sabia nada, absolutamente nada sobre isso. Sobre nenhuma das matérias... Meu futuro vai ser catar lixo na rua feito Tyler. Fiz uma careta ao imaginar a cena: nós dois pobres vivendo num barracão. Ou eu posso ser revendedora de alguma coisa, cantora, atriz. Afinal, meu carisma é indiscutível.

– Vocês tem aquela caneta clarinha que não aparece direito na pele? - Perguntei, inocente.

– Pra que? - perguntaram juntas.

– Tem ou não? - Pedi, impaciente.

– Acabou a tinta. - Caroline falou.

– Droga. - Parei um pouco pra pensar no que ia fazer. - Ja volto.

Parei na sala de aula e dei a volta até o banheiro. Tirei meu celular de lá e tirei fotos da apostila, das questões e das anotações. Do caderno da Bonnie, eu não tinha anotações e não confiava na "loirisse" da Caroline.

Voltei pra sala o mais rapido que pude e me sentei no final da cadeira, coloquei o celular no meio das pernas, com meu casaco tampando. Agora era rezar pra não ser pega, porque nota baixa eu não ia tirar. Bonnie e Carol me olharam lá da frente, e eu dei um sorrisinho malicioso pras duas, que me fuzilaram com os olhos.

O povo daquela escola era extremamente insuportável: regras, temos que respeitar regras, uniforme certinho, nada de colar, respeitar professor. Mas na hora de pular um pro dormitório do outro, ninguém lembrava das regras né. Pervertidos.


DUAS HORAS MAIS TARDE...

– To ferrada.. Vou ficar de castigo pro resto da minha vida. - Bonnie falou, com voz de choro.

– Eu não quero nem pegar essa prova! - A loira azeda reclamou. - Como você foi, Elena?

Dei um sorriso. Eu tinha ido muito bem, nem precisei de olhar o celular o tempo todo. Lógico, uma vez ou outra foi necessário..

– Eu achei muito fácil. - Falei com deboche. - Ta vendo né? Isso é castigo, por terem me acordado.

O sub-diretor, quero dizer, o Professor Alaric, entrou na sala, já pedindo para que a gente se sentasse, porque ele tinha algo muito importante pra dizer. Sabe, é por isso que aluno nenhum curte professor, por mais bonito que eles sejam. Eles não deixam a gente nem respirar direito.

– Bom, classe, eu tenho uma boa noticia pra vocês. Duas na verdade.

Os idiotas da minha sala começaram a bater palminhas e a gritar, e eu fiquei olhando pra frente com a minha cara de todo dia. Que era/é linda, todo mundo sabe.

– A primeira noticia, é que o nosso recesso é semana que vem. - Ele falou, deixando todo mundo mais animado, e depois continuou. - A outra boa noticia, é que conseguimos uma viagem para o Caribe, por 4 dias.

AGORA ATÉ EU FIQUEI ANIMADA. Caroline parecia que ia morrer a qualquer momento, esse era o sonho da vida dela. Bonnie então, nem se fala..

Eu tava vibrando, era a minha desculpa perfeita pra, pelo menos, não ter que passar uma parte das férias com meu pai e a vadia lá. Eu tava planejando passar mal, morrer, fugir, sei lá... Mas isso era muito melhor! É O CARIBE!! Mas, eu ainda teria que pedir permissão.. Droga.

– Vocês vão né? - Bonnie perguntou.

– Elena, pelo amor de Deus, vamo ligar pra mame e pro pape.. Digo, seu pape, HOJE!

– SIM, EU MATO ELE SE ELE NÃO DEIXAR! Ou me mato. - Falei. - Preciso dessa viagem!

– Bom, agora vamos voltar pra aula.. - O profe Gato cortou o clima de geral, de novo. Professores não tem sentimentos!?


Depois de cinquenta minutos torturantes de aula de historia, e mais cinquenta minutos piores ainda de aula de matematica. Por acaso eu já mencionei o quanto eu odeio escola?

Eu, Bonnie, Caroline e Rebekah estávamos andando em direção ao pátio superior, pra sentar, conversar e descançar. Na verdade, Rebekah tava indo pra encontrar "por acaso" com Stefan no caminho. Sério, eles eram o casal mais chato do mundo.

– E ai, garotas! - A margarida, digo, Stefan apareceu. - Vocês vão na tal viagem?

– Se meu pai não quiser que eu cometa suicídio, sim! - Falei, quase empolgada.

– Quanto drama.. - Bonnie me repreendeu. - Com certeza nós vamos, você e os garotos vão?

– Damon disse que vai, já que ele não precisa de pedir permissão pros pais dele. Tyler ta tentando convencer a mãe dele que ele foi um bom garoto.

Não aguentei e soltei uma risadinha. Bom garoto... Quantos anos ele tinha?

– Olha quem fala né, Elena? - Caroline começou. - A menina que jogou as roupas da minha mãe na privada, que não fala com o pai faz dias, vai pedir pra ir numa viagem pro Caribe. Que a sorte esteva contigo, irmã!

Meu sorriso sumiu magicamente do meu rosto, e eu estava prestes a voar no pescoço da Loira Azeda, mas me controlei.

– Oi meu amor. - Klaus foi quem chegou dessa vez, abraçando Caroline por trás.

Os dois trocaram um LOOOOOOOONGO beijo, que me deu vontade de vomitar. Mas ao mesmo tempo eles eram fofos. Estranhamente fofos. Klaus era uma delicia humana, e Caroline era um saco! Os opostos se atraem, de alguma forma, é o que dizem.

– Todos na viagem em!? - Ele falou.

– Mamãe deixou? - Rebekah perguntou e Klaus balançou a cabeça positivamente.

A resposta dele foram alguns gritinhos saídos da boca de Rebekah e um beijão que ela deu no namorado. Depois desses beijos seguidos, eu reprimi o máximo a minha vontade do Damon. Da boca dele. Reprimi até os meus pensamentos: eu não deveria pensar nele. Ele era um atraso na minha vida. Um lindo, gostoso, mas péssimo atraso!

– Gente, eu acho que vou indo.. - Klaus falou. - Por que o Tyler ta chegando, e..

– Não, pode ficar aí, eu só tenho uma coisinha pra falar. - O idiotão chegou, interrompendo Klaus. - Carol, meu amor, só vim te devolver sua calcinha. - Ele deu um sorriso diabólico.

– O QUE?????

– Fudeu. - Falei baixinho.

– CAROLINE, O QUE É ISSO?

– Uns pedaços de pano, meu filho. Tu é cego? - Tyler debochou.

– Amor, eu não sei o que significa isso, acredita em mim!

– Assim você magoa meus sentimentos. - SERÁ QUE ALGUÉM PODE CALAR A BOCA DO TYLER?

– EU VOU TE MATAR! - Klaus avançou nele, mas Stefan segurou.

– Eu posso interromper? - Falei, fazendo a atenção voltar pra mim. - O Tyler roubou essas coisas da Caroline com a minha permissão, por causa de uma parada ai. E Carol, antes de me matar por causa disso, lembre-se que eu que te salvei. - Sorri amarelo.

– AHAM, EU VOU LEMBRAR DISSO QUANDO EU ARRANCAR SEUS CABELOS.

Ela parecia um demonio com os olhos arregalados e uma cara "feroz".

– Carol, é só uma calcinha e um sutiã.. Para com isso! - Ela continuou vindo na minha direção. Fiz a primeira coisa que passou na minha cabeça: dei um tapão na cara dela. - RECOMPONHA-SE MULHER! Uma briga e byebye Caribe!

– Vadia! - Ela falou, massageando o rosto.

– Stefan, vamos tirar o Tyler daqui, e Klaus, fica com a sua namorada. Bonnie e Elena, arrumem o que fazer! - Rebekah deu as órdens.

Todos obedecemos, até porque Caroline ia explodir, e eu não queria ser morta na hora. Além do mais, eu precisava falar com meu pai sobre a viagem. Tava com mil e uma chantagens na cabeça pra poder usar. A unica parte ruim, foi Bonnie falando o quanto eu tinha sido infantil por todo o caminho até o dormitorio. Sério, as vezes eu queria que todas as pessoas viessem com um controle de mudo, e que todos os controles estivessem a minha disposição. Mas para a minha tristeza, nem sempre conseguimos o que queremos.

Quando finalmente a matraca calou a boca e foi tomar banho, peguei meu celular pra ligar pro meu pai. Fazia tempo que não falava com ele, e a cada "pi" da ligação se completando eu ficava mais nervosa.

– Alô. - Ele finalmente atendeu. - Decidiu ligar pra saber se estou vivo?

– Oi papai, ta vivo? - Perguntei e me arrependi da brincadeira. Se eu realmente queria convencê-lo a me deixar ir na viagem, eu teria que me comportar. - Desculpa, brincadeira infeliz. Como está? - Tentei reparar o erro.

– Ta tudo bem, e aí na escola? - Ele perguntou, e graças a Deus, não reclamou.

– Tudo pés... Tudo normal. Mas John, digo, pai, eu queria conversar com você sobre as férias.

– Elena, nem tente me convencer, você vai viajar com a gente e com a Caroline! - Me repreendeu.

– Não quero pedir pra não ir.. Quero pedir pra ir uns dias mais tarde!

– E posso saber por quê?

– Vai ter uma viagem pro Caribe, pai, antes que diga não, pense: se eu for na viagem eu vou ficar feliz. Se eu ficar feliz, tem menos chances de eu ser uma chata na viagem. E a Caroline também quer ir. Por favor, é muito importante, eu quero muito ir! - Falei rapido, sem enrolar.

– Eu não sei se é uma boa ideia...

– POR FAVOOOOOOOOOOR! Eu juro que me comporto. - Prometi, cruzando os dedos.

– Não prometa o que não pode cumprir. - Revirei os olhos.

– Eu tento me comportar.. Qualé pai, a viagem é curta, e de lá eu e Carol pegamos o avião direto pra.. Sei lá aonde vocês estiverem!

– Vou conversar com Jenna. Se ela deixar a Caroline ir, você vai. Ok?

– Ta bom. - Isso era um sinal positivo, eu acho.

– Tenho que desligar agora filha, te amo.

– Também te amo.

Desliguei o telefone e rapidamente mandei uma mensagem para Caroline "Eu sei que quer me matar, mas eu to arrependida. Agora liga pra sua mãe e convence ela a te deixar ir na viagem. Se você for, eu vou. E sério, vê se não fica brava comigo mais! ♥"

Ignorei a minha consciência dizendo o quanto eu era falsa, e me obriguei a ficar feliz e a ter pensamentos positivos. Até fechei a janela pra não ver o tempo nublado e ficar desanimada.


CAROLINE'S P.O.V.

Depois de uma breve e péssima discução, eu e Klaus ja tinhamos feito as pases. Eu fiquei muito nervosa no começo, por ter passado pela cabeça dele que eu tinha dormido com Tyler, mas depois entendi que se fosse ao contrario eu também pensaria. E, agora eu to pensando direito, como eu fui gostar do Tyler? Óbvio, se não for contar com a aparencia..

– Carol.. - Meu namorado interrompeu meus pensamentos. - A gente ta um pouco atrasado, o jogo vai começar em poucos minutos.

Droga! O jogo!

Pela primeira vez eu ia ficar no topo da pirâmide das lideres de torcida, e eu estava atrasada. Parabens Caroline, agora sim a treinadora vai gostar de você!

Agarrei a mão de Klaus e nós dois disparamos para o campo, e claro, todos estavam estressados com a minha demora, e com a dele também, já que ele era reserva no futebol, e por algum motivo Elijah e Matt não iam jogar. Que merda esses dois fizeram?

– Clarisse. - Chamei a minha parceira de pirâmide, enquanto mudava a roupa. - O que houve com Elijah e Matt?

– Parece que eles colocaram cola no capacete do Damon e do Tyler, e a câmera de segurança filmou tudo!

– Por que eles não foram expulsos da escola ainda? - Perguntei.

Eles sempre estavam metidos em alguma merda, e a diretora sempre perdoava, impressionante!

– Porque são de familias ricas. - Ela falou, revirando os olhos. - Mas eles foram proibidos de ir na viagem.

A VIAGEM... Eu esqueci de falar com minha mãe. Elena ia me matar se soubesse que eu ainda não tinha resolvido isso. Na verdade, eu que queria mata-la a algum tempo atrás, mas meu coração é bom demais. Resolvi esperar até o fim do jogo, e depois ligar. Não ia ser lá uma missão impossível convencer minha mãe.

O jogo até que foi bom e pela primeira vez sem brigas no campo, devido a ausência da dupla dinâmica eu acho. Mas Tyler tinha colocado o capacete errado, e provavelmente teria sérios problemas depois do jogo.

Ficou 25x19 pro nosso time, e eu fiquei impressionada com Klaus jogando. Ele não era o melhor, já que esse titulo era do Damon, mas ele era ótimo. Rápido e focado. A minha torcida foi toda pra ele, já a de Lexi foi toda pro Damon. Essa garota era louca por ele, e é exatamente essa a grande razão pra Elena não ir com a cara dela.


DAMON'S P.O.V.

– Calma cara, calma. Ninguém vai precisar cortar seu pescoço. - Tentei acalmar Tyler no vestiário, enquanto ele tentava tirar o estúpido capacete da cabeça dele.

No geral eu até acharia engraçado isso tudo, mas hoje não, porque poderia ser eu no lugar dele.

– TIRA TIRA TIRA. - O idiota ficava gritando como se fosse ajudar alguma coisa. - DROGA! Eu vou matar o Matthew e o namoradinho dele. Porra, se tiverem que amputar meu pescoço eu vou ficar PUTO!

– Eu vou tentar ignorar o que você acabou de falar. - Stefan falou, enquanto tentava inutilmente puxar o capacete da cabeça dele.

– Gente, eu tive uma ideia. - Falei. - Tyler vai ficar pendurado de cabeça pra baixo no muro atrás da quadra, e a gente joga coca-cola no capacete. Se coca-cola faz tirar cola da mão, vai tirar da cabeça dele.

– A ideia é meio idiota, mas acho que daria certo.

Stefan se achava O Inteligente, mas na maioria das vezes ele era só.. Um de nós.

– Cara, isso vai arder meu olho.

– Ôh mula, é só fechar o olho. Mas nada de abrir a boca, porque se você beber, não vai adiantar nada. - Alertei o jumento, que tava com as veias do pescoço pulsando de raiva.

Stefan foi comprar a Coca-Cola, e eu fui com Tyler até o muro e o ajudei a subir. Ele tinha facilidade com essas coisas, apesar de ficar falando que "o peso do capacete" ia atrapalhar. Em metade das conversas com ele, o ideal era fingir de surdo pra não morrer de raiva.

– Gente, ta aqui a coca. Comprei uma maior, porque nunca se sabe né!

– Beleza, Tyler, FECHA OS OLHOS! - Pedi, com carinho. (não)

Ele fez um sinal de que estava pronto com as mãos, e então eu joguei um pouco de coca dentro do capacete. Esperamos uns segundos e depois tentamos puxar, mas nada aconteceu. Então depois de jogar mais umas dez vezes o refrigerante lá dentro, finalmente conseguimos tirar o capacete. Tyler tava todo vermelho e com a cara toda nojenta. Suor misturado com refrigerante.

– Manos, meu rosto ta uma delicia. - O idiota falou, enquanto tentava sair do muro, mas caiu ao invés de sair com dignidade.

– Na verdade, ta bem nojento. - Stefan falou rindo.

– Realmente, tu precisa de um banho! - reforcei.

– Calem a boca! Já to indo me limpar, mamães.

Tyler pegou o capacete do chão, e jogou ele longe, gritando "CAPACETE ENDEMONIADO" e depois foi pro banheiro tomar banho. Mas assim que ele se virou, nós percebemos que ele estava com um buraco sem cabelo no meio da cabeça e começamos a rir. Se fossemos bons amigos nós até avisaríamos, mas como nós eramos amigos moderados, deixamos para que ele descobrisse quando fosse passar shampoo.


Mais tarde estava dando uma corrida pela escola, pra poder esfriar a cabeça. Depois que meu corpo estivesse quente eu daria um pulo na piscina do meu "lugar secreto". A ultima vez que estive lá foi com Elena, e.. Por que eu tava lembrando dela mesmo? Isso era bem chatinho. Eu lembrava dela o tempo todo. De hora em hora, quando não era de segundo a segundo. E não importa o quanto eu tente reprimir isso, sempre tem algo que me lembra ela. Acho que esse é o carma que eu vou carregar pelo resto da minha vida escolar. Ou da minha vida mesmo.

Pensando no demonio... A Encrenca tava andando em direção a lanchonete, acompanhada de Bonnie e Jeremy. Minha vontade era de parar e puxar algum assunto, mas eu lembrei que iria ignorá-la, a não ser que ela viesse falar comigo, então passei reto, fingindo que não tinha visto ninguém. Em poucos minutos eu já estava na área da piscina. Só espero que essa minha corrida não seja levada como desespero por ninguém!

Tirei a camisa e o tênis, e sem pensar duas vezes, pulei na piscina e me deixei afundar até que minha bunda tocasse o chão. Debaixo d'água os meus problemas meio que sumiam e, por sempre fazer isso, meu fôlego era bom. Eu poderia ficar ali por cinco minutos sem nem sentir falta do oxigênio. Só levantava porque não conseguia ficar com o olho fechado, e com ele aberto a água fazia arder.Alí debaixo eu pude ver um borrão fora da piscina. Uma pessoa. Rapidamente tomei impulso e cheguei a superficie, me deparando com Elena.

– O que quer? - Perguntei, enquanto passava a mão no cabelo pra tirar ele da cara.

– Que porra de joguinho é esse? "Vou ignorar Elena até ela ficar estressada?" - Perguntou, fazendo uma imitação horrível da minha voz

– Primeiro: eu não falo assim. Segundo: não sei do que você ta falando. - Fiz cara de inocente e ela bufou.

– Deixa de ser criança.

– Eu sou o criança? Isso vindo da boca da pessoa que não aceita não ser o centro das atenções, é até engraçado.

– Cala a boca.

Apertei os olhos e balancei a cabeça, reprovado-a. Ela se sentou no chão, bem longe da borda da piscina.

– Ta vendo quem é a criança?

– To olhando pra ela! - Ela falou, dando um sorriso forçado.

Mostrei o dedo do meio e ela fez a mesma coisa.

– Você vai na viagem? - Mudei de assunto. - Por que se você for, eu já sei que vou ter que levar tampões de ouvido e uma repelente anti-você!

– Vou, então prepara a capa e o repelente. - Ela disse sem humor. - Estúpido.

– Chata.

– Imbecil.

– Gorda!

– Retira o que disse.. AGORA!!

– G-O-R-D-A. - Soletrei, e ela ficou vermelha de raiva.

– CABEÇUDO INSUPORTÁVEL.

– Uhhh, toquei no ponto fraco! - Zombei e ela me fuzilou com o olhar.

– Já vi que é impossível tentar ser sua amiga..

– Nossa, e você tenta isso muito né?

– De vez em quando.

A resposta certa seria nunca. Não teve uma vez que nós conversamos, que a conversa não terminou em briga. E na maioria das vezes a culpa é dela que, ou não leva nada na brincadeira, ou fala merda demais. Claro que eu também tinha culpa, mas cara... Ninguém supera essa garota.

– Eu não sou tão chato assim, igual tu fala, sabia? - Sai da piscina, sentando na borda de frente pra ela.

– É um pouco pior do que o que eu penso. - Elena falou, e se levantou, andando em direção a saída.

– Ei, - Chamei, e ela se virou pra mim. - Eu disse que não tem como sermos amigos, mas e MAIS que amigos?– Falei, sorrindo.

Ela sorriu de volta, mas saiu dali sem me dar uma resposta.


"Você deixou a sua marca, me puxando para trás. Então me acorrente de novo, eu estou afundado.. Muito de você nunca é o bastante" - [essa musica é Holy do All Time Low, se quiserem saber]


(continua...)


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Notas finais do capítulo

Então.. O proximo capitulo vai demorar um pouquinho pra sair, porque eu pretendo deixá-lo grande, e ele vai ser todo sobre a viagem e tal. Vão acontecer muitas coisas nessa viagem. Principalmente com Damon e com Elena, e eu acho que vocês vão gostar!

quem quiser falar comigo: https://twitter.com/forsmold3r
Não tinha passado meu twitter antes por vergonha de a historia ser ruim e descobrirem que eu que escrevi kkkkkkk mas confesso que já fiz umas propagandas da fic lá! Mas já que vocês vivem dizendo que gostam, eu resolvi tomar coragem.
Enfim, quem me seguir, avisa que eu sigo de volta!