Loucuras no Internato escrita por Lelly Everllark


Capítulo 37
Peça Parte 2 – Me concede essa dança?


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, cá estou eu com a segundissima (?) parte da peça e serio, na minha humilde opinião essa foi a melhor (até agora), só tem uma música nesse capítulo e ela é linda ♥
Queria dizer também que o capitulo ficou um pouco (ou muito) grande e que eu não queria que ficasse assim, mas se eu separar muito a peça, ela vai ficar grande de mais, então a tendência é que os capítulos fiquem mesmo um pouco maiores que o normal Ok? Mas é claro que se vocês achem ruim eles muito grandes é só dizer que eu diminuo.
Enfim, espero que gostem do capítulo (por que eu amei *-*) e BOA LEITURA!!



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Sai de trás da cortina e dei uma volta pelo palco bem lentamente e quando a cortina abriu outra vez estava em casa ou quase isso.

— POR QUE DEMOROU TANTO!? POR ACASO ACHA QUE O JANTAR VAI SE FAZER SOZINHO?

— Calma Vera eu só... – comecei, mas não consegui terminar.

— Calma coisa nenhuma eu e suas irmãs vamos receber convidados importantes hoje, então já pra cozinha! – Sophi gritou mais uma vez contendo o riso, ela com certeza está adorando isso, no inicio ela não queria ser a “madrasta má”, mas com o tempo ela começou a gostar do papel, gritando e mandando em todo mundo, pode não ser exatamente legal, mas é no mínimo engraçado.

— Tudo bem – murmurei e fui para a “cozinha” que é nada mais nada mesmo que um balcão com um pano de prato, algumas panelas e uma colher. Comecei a limpar a panela e prestar atenção na Sophi e sua duas monstrinhas.

— Mamãe eu preciso de um vestido novo para o baile, afinal tenho certeza de que o Peter vai me convidar – Lucy se vangloriou, até atuando ela consegue ser irritante.

— Eu também, e quero um sapato pra combinar – a tal Camila amiguinha da Lucy disse com sua voz insuportavelmente irritante.

— Tudo bem minhas princesas vamos às compras amanhã, afinal hoje temos um jantar muito importante – Sophi forçou um sorriso, coitada dela, ter que dizer esse tipo de coisa pra Lucy com certeza é dureza, agora ela ganhou meu respeito de vez.

— E esse jantar sai ou não sai? Já estou ficando com fome – Lucy disse com desdém se virando pra mim – E também os convidados já devem estar chegando e... – Lucy foi interrompida por um som de campainha que soou e Sophi foi abrir a “porta”.

A porta se abriu e lá estavam Nick e um tal de Fred do terceiro ano, mesmo depois da professora coloca-lo de penetra na peça ainda não fomos exatamente apresentados.

— Oi Sr. Luckerman seja bem vindo – Sophi disse ao tal de Fred sorrindo e fazendo sinal para que ele entrasse – Vejo que trouxe seu filho, que é um rapaz muito bonito por sinal – disse apertando a bochecha direita de Nick e se segurando para não rir – Bem estas são minhas filhas Mary e Mara – disse apontando respectivamente para Lucy e sua amiguinha.

— É um prazer conhece-las senhoritas, este é meu filho Peter – Fred disse dando uma cotovelada em Nick para que ele seguisse o roteiro já que por algum motivo (inexplicável, ou não tão inexplicável assim) estávamos nos encarando desde a hora que ela apareceu na “porta”, tudo bem que isso fazia parte do roteiro, mas acho que exageramos um pouco.

— Há, é um prazer – disse Nick piscando algumas vezes e encarando Lucy – Mas já nos conhecemos lá da escola.

— Isso é ótimo – Sophi forçou uma voz animada – Já são quase um casal!

Lucy sorriu e se agarrou ao braço de Nick e isso me deixou muito irritada, já estou quase rasgando o pano de prato de tanto esfrega-lo na panela em minhas mãos. Nick tentou se livrar dos braços da vaca oxigenada, mas não conseguiu então deu um sorriso na minha direção me fazendo corar e desviar o rosto, estou no meio de uma peça e nem assim essas sensações estranhas me deixam em paz. Parabéns Mellysa Carter você realmente está perdida.

— Quem é ela? – Nick perguntou me tirando da minha paranóia interna e ainda olhando na minha direção.

— É minha enteada Cindy, mas não se preocupe, ela não morde – Sophi disse se divertindo ainda mais com tudo isso – Mas agora que tal irmos para a sala de jantar?

— Claro – Fred disse sorrindo e a acompanhando e em alguns segundo todos já estavam sentados à mesa esperando a suposta refeição.

Levei quase cinco minutos para me tocar que essa era minha deixa. Me abaixei e peguei a bandeja que tinha atrás do meu balcão oco, que por sua vez tinha quatro pratos de plástico cheios de confete. Andei em direção a mesa e por algum motivo estou tremendo e tudo que não preciso agora é derrubar a bandeja antes da hora. Respirei fundo e me aproximei da vaca oxigenada mais conhecida como Lucy e coloquei um dos pratos na sua frente e ela me olhou com desdém. Vaca. Fiz menção em ir servir o Nick só que ele se levantou como nos ensaios e esbarrou em mim, daí foi prato pra um lado, confete pra todo quanto é lugar e eu e o Nick pro chão, estávamos exatamente como daquela vez que ele caiu em cima de mim lá no deposito de artes, só que agora todo mundo pode nos ver e isso não é exatamente legal e a respiração quente dele no meu nariz não está ajudando em nada.

— Desculpa, desculpa, desculpa – comecei a dizer bem rápido.

Nick tirou um camarão de plástico sabe se lá da onde e sorriu.

— Você tem camarão no cabelo.

— Ouvi dizer que faz bem – disse sorrindo – Por que a gente só se encontra assim?

— Deve ser o destino e... – Nick não conseguiu terminar por que Lucy o agarrou pelo braço o tirou de cima de mim e começou a gritar.

— O QUE VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO EM SUA MINHOCA CONTORCIDA? OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM O PETER! MAMÃE FAZ ALGUMA COISA!

— Calma meu amor, olhas as rugas de stress – Sophi disse aparentemente divertida – Me desculpa mesmo Sr. Luckerman pelo desastre que é minha enteada. Mas e agora, que tal irmos a um restaurante para terminarmos nossa conversa?

— Tudo bem - Fred disse se levantando – Vamos?

— Claro – Lucy disse e saiu arrastando Nick consigo.

— E quanto a você – Sophi disse com um olhar de madrasta má se virando pra mim – Limpe essa bagunça! Eu vou cuidar do seu castigo mais tarde depois que eu chegar.

Resisti ao impulso de lhe dar uma bela de uma resposta, mas agora eu não tenho fala nenhuma então me limitei a assentir.

— Sim senhora – murmurei e ela saiu.

Me abaixei pra catar os papeizinhos do chão.

— Parabéns Cindy – disse para mim mesma – Começou muito bem o seu “dialogo” com o Peter – fiz aspas no ar me levantando e seguindo lentamente para trás da cortina – Ele deve achar que eu sou louca.

— Tenho certeza disso – Nick disse divertido assim que entrei atrás da cortina.

— Idiota.

— Estressadinha.

— Vamos parar com a troca de gentilezas e nos concentrar na peça, por favor – A Sra. Laurence pediu surgindo literalmente do nada. Nick revirou os olhos e me deu língua e eu cruzei os braços e virei de costas pra ele, é eu sei, super maduro da nossa parte. Mas eu sabia que isso tudo era brincadeira.

As cortinas se fecharam por alguns instantes então Sophi e suas duas monstrinhas voltaram para o palco e Lucy, acredite ou não, não estava pendurada no pescoço do Nick.

As cortinas se abriram outra vez e Sophi gritou.

— CINDY CADE VOCÊ? VEM AQUI AGORA!

— Já vou! – gritei de volta saindo de trás da cortina e indo em direção a elas.

— AGORA!

— Estou aqui.

— O que você acha que estava fazendo no jantar em minhoca contorcida? Eu quase perdi um grande negocio por sua culpa! Devia te mandar pra um colégio interno, já que a herança do seu pai já é minha...

— Isso mamãe! – Lucy disse animada – Faz isso!

— Infelizmente não posso, a mídia não veria isso com bons olhos, tenho que continuar a bancar a “madrasta carinhosa”.

— Duvido que alguém acredite nisso – murmurei.

— O que disse?

— Nada.

— E então mamãe? O que vai ser? Ela não pode ficar impune! – Lucy continuava a colocar lenha na fogueira, ela é uma vaca mesmo.

— Já sei – Sophi disse com um sorriso maldoso, é ela incorporou realmente a personagem. – Você terá que limpar a casa toda, do sótão até o porão, a prataria, as escadas, as janelas, o jardim, enfim tudo! E irá fazer isso amanhã.

— Amanhã!? – perguntei incrédula e ela sorriu.

— Exatamente.

— Mas amanhã é o baile – supliquei.

— É uma pena, mas você não poderá ir.

— Mas...

— Nada de “mas” já decidi, agora vá logo para o seu quarto antes que eu mude de idéia e te mande para um colégio interno!

Voltei pisando duro para trás da cortina e ela se fechou para mudarem o cenário e colocarem o “meu quarto” no placo. Não demorou mais que três minutos e eu passei por uma “porta” e me joguei na cama.

Meu celular tocou e eu o atendi.

— Você vem não é?— Annie perguntou de algum lugar atrás das cortinas, como estamos falando ao celular obviamente não posso ver seu rosto.

— Pra onde às 10h47min da noite?— perguntei.

— Não agora, amanhã, você vem fazer as compras comigo né? Temos que ficar lindas vai que encontramos nossos príncipes encantados amanhã no baile!

— Não vou.

— Como assim não vai!? Como você pode falar isso assim tão naturalmente? Quando você disse que não ia eu achei que estava brincado.

— E estava – suspirei e virei de barriga pra cima na cama encarando as luzes fluorescentes do teto do teatro.

— Então por quê?

— Por que o Peter veio aqui em casa rolou maior confusão e eu como sempre acabei de castigo e...

— Espera ai— Annie disse me interrompendo — Espera, espera por que acho que entendi errado, você disse que o Peter foi na sua casa? Tipo na sua casa!? Ho my God como assim!? Me conta tudo, AGORA!

— Está vendo? Eu te digo que a bruxa keka de farmácia me deixou de castigo e eu não posso ir ao baile e você quer saber da suposta visita do Peter, só você mesmo Luna.

— Mas é serio mesmo que ele foi à sua casa?

— Sim.

— Você o viu?

— Sim.

— Você falou com ele?

— Sim.

— Você gosta dele?

— Si... Hei!

Ela riu do outro lado da “linha”.

— Ah há, eu sabia que gosta dele.

— Não, não gosto e mesmo se gostasse que diferença faz agora? A bruxa keka de farmácia me deixou de castigo e seu eu não deixar a casa brilhando amanhã ela disse que me manda pra um colégio interno!

— Co-Colégio interno?— Annie gaguejou — Ela não pode fazer isso! Pode?

— Infelizmente pode só tenho dezessete anos e ela, eu gostando ou não, é minha “guardiã legal”.

— Nem tão legal, diga-se de passagem, mas então é isso? Você vai desistir assim do seu príncipe?

— Em primeiro lugar, ele não é meu príncipe, e em segundo, o que eu posso fazer agora além arrumar a casa e esperar até o fim do ano pra ir pra onde eu quiser?

— Simples, correr atrás dos seus sonhos.

— E como sabe que meus sonhos estão naquele baile idiota?

— Intuição de melhor amiga.

— Sei...

— É verdade! Mas, agora tenho que desligar, por que vou resolver umas coisinhas aqui.

— Dá até medo quando você fala assim.

— Se preocupa não que eu tenho tudo sob controle— Ela disse e “desligou”.

— Espero que tenha mesmo – sussurrei antes de me virar para o canto e “dormir”.

As cortinas se fecharam e tiraram meu quarto do palco e colocaram a sala da minha casa. Peguei os produtos de limpeza e me ajoelhei no chão e comecei a esfregá-lo com uma escova, as cortinas voltaram a se abrir enquanto Sophi e suas duas monstrinhas vinham na minha direção passando pelo chão que eu supostamente acabei de limpar.

— Ainda está aqui? – Sophi perguntou me olhando de cima.

— Eu acabei de começar e...

— E nada! Eu não estou nem ai para quando você começou ou deixou de começar, só quero que saiba que se está casa não estiver limpa até a meia-noite de hoje, você vai ficar de castigo pelo resto da vida Ok?

— Meia-noite? – perguntei incrédula – Isso é humanamente impossível!

— Não estou nem ai, vou sair com as meninas agora e só vamos voltar pouco antes delas irem para o baile e eu para o meu jantar.

Ela não esperou uma resposta minha apenas saiu desfilando com Lucy e Camila logo atrás dela.

— Ótimo – murmurei comigo mesma – Castigo grátis pelo resto da vida era tudo que eu precisava agora.

A campainha tocou e eu fui até a porta.

— Cindy o que você está fazendo vestida assim? Vamos! Temos que fazer compras! – Annie chegou gritando.

— Luna, qual a parte do se eu não limpar a casa toda a bruxa keka de farmácia vai me trancafiar num colégio interno você não entendeu?

— A parte em que precisamos de vestidos para o baile.

— Luna – choraminguei – Você sabe que eu quero ir, mas não posso então melhor você ir às compras sem mim, não quero atrapalhar seu dia Ok?

— Mas...

— Por favor – eu pedi a empurrando porta a fora e fungando, ou eu finalmente entrei na personagem ou ela entrou em mim.

Respirei fundo e voltei a escovar o chão enquanto as cortinas se fechavam novamente. Me levantei e comecei a passar um pano nas poltronas da sala quando as cortinas voltaram a se abrir e a Lucy e Camila saíram de lá de trás com suas mascaras na mão a da Lucy da cor do vestido dela e a da Camila da cor do vestido dela também, e Ok, eu tenho que admitir elas estão muito bonitas e amei os vestidos, mas modesta parte o meu é mais bonito. E sim, a Sophi ficou irada quando viu nossos figurinos do baile e descobriu que ela não ai participar.

— Vamos logo que vocês não podem se atrasar – Sophi disse tentando fingir um sorriso, a essa altura da peça acho que a chatice da Lucy superou até um futuro com fama e fortuna – E quanto a você – ela se voltou pra mim com o olhar severo, é a Sophi é realmente uma ótima atriz (e que muda de humor muito fácil tenho que dizer) – Meia-noite eu volto e quero ver essa casa brilhando.

Dito isso as três foram para trás da cortina e sumiram aguardando a tão esperada cena do baile.

Continuei a limpar a tal poltrona por mais uns dois minutos até a campainha soar e eu ir até a porta.

— Mais que droga! Uma pessoa não pode nem fazer faxina em paz não?

— Ui nervosinha desculpa incomodar, mas vim te buscar para irmos ao baile.

— Luna quantas vezes tenho que te dizer que não posso ir? – perguntei enquanto Annie invadia a casa no seu lindo vestido de baile.

— E quantas vezes eu tenho que te dizer que não estou nem ai? Agora vamos!

— Ok – suspirei – Mesmo que eu quisesse ir como eu vou ao baile e limpar a casa ao mesmo tempo?

— Se o drama é só esse então está resolvido – ela falou animadíssima apontando para “fora de casa” onde se encontravam Damon e Jason vestindo macacões azuis e com aspiradores de pó na mão, dessa vez eu realmente tive que segurar o riso por que por mais que isso não fosse um papel propriamente dito é muito engraçado. – Esses são uns amigos da minha mãe que trabalham com limpeza, ou seja, eles limpam e nós vamos ao baile.

— Serio mesmo?

— Com certeza! Agora vem – ela disse me arrastando para trás da cortina, só que pouco antes de entrarmos trás dela ela se virou para os meninos – E vocês, comecem logo que só temos até a meia noite!

Então a cortina se fechou e quando abriu de novo estávamos no “meu quarto”.

— Ok Luna – falei – Só estamos esquecendo um detalhe enorme, com que roupa eu vou?

Ela pareceu pensar e depois se ajoelhou ao lado do baú que tem aqui.

— Que tal isso – ela disse gesticulando para o emaranhado de panos dentro do baú.

— O-O Vestido da minha mãe? – perguntei aparentemente em choque, é eu estou ficando boa nisso.

— É!

— Mas...

— Nada de mais, ele é lindo e eu tenho certeza que ela iria adorar isso.

Por algum motivo uma lagrima escorreu sobre a minha bochecha direita.

— Já que é assim – disse limpando a lagrima – Vou terminar a produção com isso – Peguei uma caixinha de jóias e mostrei a ela um colar e um anel prateados com uma pedra cor de rosa em forma de coração no centro de cada um – Também era da minha mãe.

— Perfeita! Você vai ficar perfeita, e pra arrematar tudo eu te trouxe um presente – ela me entregou uma caixinha branca com um laço cor de roda que ela tirou sabe se lá de onde.

Abri a caixa revelando uma tiara prateada que combinava perfeitamente com todo o resto. Será por que né?

— Certo - ela disse – Agora vá se arrumar se não vamos chegar lá na hora de você voltar.

As cortinas voltaram a se fechar e eu fui para o “camarim” me trocar e arrumar meu cabelo e maquiagem coisa que a Sophi fez questão de fazer. Enquanto eu me vestia comecei a ouvir o som da musica e da conversa, é o baile começou.

Todo mundo sem exceção, ta com exceção talvez da Sophi e do Fred que são personagens “ativos”, viraram figurante para o baile, a Kate, o Dilan amigo do Bê, um bando de gente do cenário e iluminação até mesmo o Damon e o Jason que estavam bancando os faxineiros tiveram que entrar nessa.

— Pronta - disse Sophi sorrindo – Agora vai lá e arrasa!

Fiquei de pé e me olhei no espelho, e UAU eu simplesmente amei a minha produção. E o meu vestido e simplesmente lindo.

Voltei para o palco e acortina foi fechada e o som cortado, afinal eu e a Annie ainda não chegamos à festa.

— Tem certeza que essa roupa não está estranha? – perguntei enquanto dávamos à volta no palco.

— Claro que não! E por que estaria afinal de contas?

— Por que o tema é Hollywood e não a Disney.

— Há, deixa de besteira Cindy você está ma-ra-vi-lho-sa Ok?

— Ok – suspirei – Mas espera ai, e as nossas mascaras?

Annie sorriu e alguém atrás da cortina lhe deu duas mascaras tão rápido que eu mal vi a mão do individuo se mexendo.

— Aqui – ela me entregou a minha e colocou a sua. – Agora estamos prontas, vamos?

— Vamos – disse sorrindo e colocando a minha enquanto íamos para o lado direito do palco onde estava à escadaria que eu tenho que descer, que não é lá grande coisa e tenha apenas cinco degraus, mas ok, então a cortina foi reaberta e a música voltou a soar. Annie foi na frente e eu subia a escada com certa dificuldade por causa do vestido, mas quando cheguei no topo, o volume da música diminuiu e um holofote de luz braça foi direcionado a mim quase me cegando, ótimo agora vou ter que descer uma escada de salto alto sem enxergar nada, olha que legal? Afinal isso é tudo que eu preciso.

Suspirei e fiz uma nota mental de manerar no sarcasmo, serio mesmo.

Desci as escadas e quando cheguei ao chão outra vez dei graças a Deus por não ter rolado esses cinco degraus ao invés de descê-los como se deve.

— Uau! – Annie disse me puxando com ela para o meio da festa – Todo mundo parou para te ver entrar.

— Só que não né?

— Claro que sim! – ela disse toda animada – Agora vamos dançar e curtir Ok?

— Ta – murmurei e Annie simplesmente evaporou. Então ele apareceu vestindo um smoking preto com um colete igualmente preto por baixo (eu já disse que acho homens de colete muito sexys? O que totalmente irrelevante agora) e uma máscara adivinha de que cor? É preta também, mas todo esse preto não tirou nenhum pouquinho da beleza ou do brilho dos olhos dele na verdade fez com que ficassem ainda mais azuis.

— Oi – Nick disse sorrindo e fazendo meu coração disparar, é parece que seu efeito sobre mim triplicou depois da sua quase declaração hoje.

— Oi.

— Você fez uma entrada arrasadora agora a pouco sabia?

— Olha, nem percebi – disse sorrindo.

— Mas eu e todo mundo percebeu.

— Não diga – disse divertida.

Ele deu um daqueles sorrisos que só ele consegue e de relance vi Lucy se mordendo de raiva enquanto nos olhava de longe, como essa cena do baile é exclusivamente nossa ela não pode fazer absolutamente nada. Esse pensamento só me fez sorrir mais.

— Verdade – ele disse sorrindo um pouco mais.

— Não sei se acredito.

— Me ofendeu agora. Vai me dizer que não confia em um cara gato de máscara?

Eu ri.

— Há é né? Super normal me desculpe é claro que eu confio. Quer dançar? – perguntei por fim.

Uma música lenta começou a tocar e Nick moveu a cabeça de um lado para o outro.

— É que eu não sei dançar esse tipo de música.

— Há qual é? É claro que sabe, vem! – falei sorrindo e o arrastando pela mão até o centro do palco. Não é por nada não, mas o que o Nick mais fez nessa peça foi ser arrastado pra lá e pra cá, só acho, mas ok né.

Quando paramos no centro do palco todo mundo deu espaço e um holofote de luz branca se acendeu sobre nós.

— Olha, eu realmente não sei dançar isso e... – Nick começou, mas eu pus o dedo indicador sobre seus lábios.

— Apenas se deixe levar – disse sorrindo e arrumando uma coragem que eu tirei nem eu sei de onde, por que eu meio que me esqueci que estou encima de um palco a tipo uma meia hora atrás por que certo loiro de olhos azuis de algum jeito me ajudou.

A melodia da nossa próxima música começou e eu sorri.

(Eu)

Pegue a minha mão,

Respire fundo

Me puxe para perto

E dê um passo

Mantenha seus olhos presos aos meus

E deixe a música te guiar

Eu comecei e Nick pegou a minha mão e nós começamos a girar pelo palco exatamente como dizia a música.

(Nick)

Quero que me prometa

(Eu)

Agora quero que me prometa

Que você nunca vai esquecer

(Nick)

Nós vamos continuar dançando

(Eu)

Para continuar dançando

(Juntos)

Em qualquer lugar que a gente vá depois

(Juntos)

É como ser atingido por um raio

As chances de acharmos

Alguém como você

São uma em um milhão as chances

De nos sentirmos do jeito que sentimos

E cada passo junto

Nós só ficamos melhores

(Eu)

Então, me concede essa dança?

(Nick)

Me concede essa dança?

(Juntos)

Me concede essa dança?

Nick me girou e segurou a minha mão como no início da música sorrindo, e começou a sua parte cantando maravilhosamente bem, mas mesmo ensaiando tanto ainda tenho que me concentrar muito na música para não me perder na imensidão azul dos olhos dele ainda que parcialmente escondidos pela máscara.

(Nick)

Pegue a minha mão, eu te guiarei.

E toda volta será segura comigo

Não tenha medo

Medo de cair

Você sabe que eu pegarei você através de tudo isso

Você não pode nos separar

(Eu)

Mesmo mil milhas não podem nos separar

(Juntos)

Porque meu coração estará em qualquer lugar que você estiver

(Juntos)

É como ser atingido por um raio

As chances de acharmos

Alguém como você

São uma em um milhão

De nos sentirmos do jeito que sentimos

E cada passo junto

Nós só ficamos melhores

(Eu)

Então, me concede essa dança?

(Nick)

Me concede essa dança?

(juntos)

Me concede essa dança?

(Eu)

Nenhuma montanha tão alta

(Juntos)

E os oceanos tão amplos

Porque juntos ou não

A nossa dança não vai parar

(Eu)

Deixe chover, deixe jorrar

(Juntos)

Vale a pena lutar pelo que nós temos

Você sabe que eu acredito

Que fomos feitos um para o outro

(Juntos)

É como ser atingido por um raio

As chances de achamos com alguém como você (como você)

São uma em um milhão

As chances de sentirmos do jeito que sentimos

(Juntos)

E cada passo junto

Nós só ficamos melhores

Então, me concede essa dança?

Me concede essa dança?

Me concede essa dança?

Me concede essa dança?

Terminamos a centímetros um do outro, ofegantes e sorrindo, mas estamos tão perto que está difícil não querer beijá-lo aqui e agora, mas infelizmente ainda não é à hora.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Gostaram?
Comentem por favor, quaro muito saber a opinião de vocês...
Beijocas de cocada e até o próximo capítulo!! :3



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