Loucuras no Internato escrita por Lelly Everllark


Capítulo 10
Uma ferida do passado.


Notas iniciais do capítulo

Ohayo minna como vão vocês?
Estou aqui mais uma vez com um capitulo novinho para vocês, geralmente não costumo postar dois capitulos por semana mais minha criatividade está a mil, e bem vou aproveitar isso.
Também queria agradecer muuuito a Pandacórnio por fazer meu dia feliz *-------* comentando a fic (a única que faz isso por sinal).
Eu tenho que dizer, que particularmente eu não gostei muito desse capitulo está um pouco chato e meio triste, mais enfim é algo necessário para o desenrolar da fic, mais mesmo assim espero que gostem e onegai comentem.... :D
PS: Esse foi o maior capitulo que eu já fiz para essa fic, então estou tipo, super ultra mega feliz com isso!!
Ok, vou parar de enrrolação. Então vamos logo ao capitulo!!



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– Isso mesmo que vocês ouviram – disse a diretora aparentemente gostando da situação – E é bom não se atrasarem para os testes amanhã, e darem o seu melhor por que quem não conseguir um papel vai passar o ano todo como ajudante no refeitório. Há e não se esqueçam que vocês ainda têm duas semanas de detenção pela frente. Uma, se vocês empenharem para o musical.

– Mais diretora eu e Annie temos as lideres de torcida para nos preocuparmos – tentou Sophi.

– E nós o time de futebol – se pronunciou Nick.

– E eu... – Bê não conseguiu terminar por que foi interrompido pela diretora.

– Não quero saber, já disse o que tinha para dizer, então estão dispensados – nós nos entreolhamos ainda indignados e sem saber o que fazer – Fora! – ela nos expulsou com um grito.

– Um musical? Isso só pode ser brincadeira! – Jason disse enquanto seguíamos para nossas salas, só não tenho certeza se foi pra se mesmo ou pra nós.

– Quem aquela velha louca pensa que é? – Kate perguntou.

– Que ódio! – bufei de raiva, nunca esteve em meus planos participar de um musical.

– Há vamos lá pessoal, talvez não seja tão ruim assim – Sophi tentou nos animar. Aparentemente ela não achou o “castigo” tão ruim assim.

Seguimos para nossas salas ainda reclamando, ninguém exceto Sophi parecia ter gostado da “novidade”. Isso realmente é uma droga!

As aulas acabaram e nós almoçamos juntas – Kate e eu apenas – e seguimos para nosso compromisso diário, que não duraria mais duas semanas e sim uma de acordo com os novos termos da nossa queridíssima diretora.

Entrei na sala de detenção, e atrasada como sempre só para constar.

O que? Eu tive que passar no meu quarto para pegar meu bebê (lê-se livro) afinal de contas quem consegue passar quatro horas em uma sala sem poder fazer nada? Sim a detenção começa as 14:00 e termina as 18:00. Suspirei. É uma maravilha não?

Ta eu sei, tenho que manerar no sarcasmo por que já estou começando a ficar louca.

Estávamos sozinhos na sala, ou não, se contasse com a professora baixinha (mais do que eu o que é novidade) e com expressão irritada sentada na mesa a nossa frente lendo uma revista que não consegui identificar. Ela levantou os olhos e me olhou com uma expressão muito, muito mais irritada do que aparentemente era seu normal.

É estou ferrada.

– Que bom que veio senhorita – disse sorrindo cinicamente – E como aparentemente não tem um relógio e chegou 5 minutos atrasa, ficara mais 10 para aprender a lição.

– Mais eu... – comecei mais não pude terminar.

– 15 min., mais se quiser pode ficar mais e só continuar questionando – suspirei. Abaixei a cabeça e fui procurar um lugar para me sentar, tudo o que eu NÃO precisava era passar meia hora a mais com essa velha rabugenta – Vocês não vieram aqui para se divertir e sim para pensar sobre o que quiseram.

– Achei que fosse para não podermos fazer nada – Kate sussurrou.

– Mais 10 min. para você também senhorita Meson pela gracinha e bem vinda de volta.

Kate deu uma piscadela para a professora que ignorou e voltou a ler a tal revista.

Não preciso nem dizer que detenção é a maior chatice, certo?

Não estávamos nem ao menos nos olhando quem dirá nos falando, Kate e Damon estavam ouvindo musica (escondido obviamente) em seus fones, Jason estava de cabeça baixa o que para a professora era “pensar no que havia feito” e para mim era simplesmente dormir mesmo. Bernardo escrevia alguma coisa em seu caderno, que de tão longe que eu estava dele não podia ver, Sophi também mexia no celular, mandando mensagens, eu acho.

Nick tamborilava os dedos na mesa enquanto mordia freneticamente a tampa da caneta e olhava com tanta intensidade para a porta que por um momento achei que de lá fosse um monstro ou sei lá. Annie por sua vez estava lendo enquanto sorria e se aborrecia sozinha envolta em sua historia.

Suspirei, também queria poder me concentrar no meu livro a ponto de me perder na historia. Mais eu não conseguia, e não sabia por que.

Na verdade sabia sim só não queria admitir para mim mesma.

Mais eu estou sim preocupada com o tal musical sempre odiei coisas desse tipo e tudo piorou na sétima serie. Quando aquilo aconteceu. Me dá raiva só de lembrar.

– Você está pronta Mellyssa? – perguntou Sara minha professora de arte – Afinal a cena com a música da lua é próxima.

– Estou – disse confiante. Havia ensaiado e me preparado muito para isso. Sempre foi meu sonho. Damon, Samy e principalmente mamãe haviam insistido muito para que fizesse os testes para a peça, então eu o fiz arrastando Samy comigo, mais no final das contas conseguimos os papeis. Afinal disse que só tentaria se ela o fizesse comigo.

Nunca gostei de ser o centro das atenções o que tornava meu sonho de participar de uma coisa assim, um show ou uma peça musical praticamente impossível. Afinal nunca tive coragem para tal. Até hoje.

Eu só tenho uma cena em que sou a protagonista, afinal eu sou a lua.

Sim a lua. E mesmo sendo a lua minha personagem e loucamente apaixonada pelo do Lucas, o que na minha humilde opinião é o cumulo da ironia.

Pelo menos não sou uma arvore como a Samy. Sim ela ficou muito indignada quando soube que seria uma arvore mais era isso ou nada então ela aceitou.

Mais enfim, não me importo é a primeira vez que faço algo assim então estou feliz, mesmo que aquela metida da Amanda Lourenço tenha pego o papel principal de princesa. Mais afinal de contas eu, sim euzinha aqui vou cantar para o primeiro e único Lucas Alexander. Tudo bem eu sei que é idiotice minha ter uma quedinha pelo menino mais bonito da escola, mais fazer o que se ele é perfeito? Aquele cabelinho loiro caindo sobre os olhos verdes é simplesmente de mais para min.

Então respirei fundo e entrei no palco ainda receosa e muito, mais muito nervosa mesmo.

Havia um holofote de luz branca sobre mim e outro sobre ele que estava parado ao lado de uma arvore me olhando como nos ensaios. Meu coração disparou como sempre acontecia quando ele me olhava.

– Quem é você? – ele perguntou seguindo o roteiro. Eu nada disse e continuei avançando em sua direção tentando ignorar as muitas pessoas que obviamente estão aqui e os muitos feches de luz sendo disparados de suas respectivas câmeras em nossa direção – Espera, eu conheço você! Mais como? Eu achei que... Não é possível, não pode ser possível!

Ele seguia perfeitamente o roteiro colocando a devida emoção, já que a peça era originalmente sobre um amor proibido entre um jovem e a deusa da lua (que por acaso sou eu), mais não, inventaram de colocar uma suposta princesa para roubar o MEU príncipe. Fiquei um tanto quanto muito chateada, ta eu fiquei furiosa quando descobri que mudaram o roteiro e colocaram a Amanda Lourenço nele. Daí minhas cenas com o Lucas foram reduzidas de seis para três, e em só uma delas eu sou a verdadeira protagonista. Trágico é eu sei.

Mais não vai ser isso que vai estragar o meu momento com ele.

Então a suave e familiar melodia começou a tocar. Estava quase na hora. Eu não podia travar, não agora. Respirei fundo e comecei a cantar, mas minha voz não passava de um sussurro.

As palavras que eu escondo em minha timidez

Os momentos quando,

Nossos olhos se encontraram

As horas em que estou com você

A professora sorriu para min no lugar atrás da cortina onde ela estava e fez sinal para que eu continuasse e também elevasse a voz. E assim o fiz da melhor maneira que consegui e continuei.

Elas não são o bastante, mas

Até que eu veja o

Último trem partir

Eu segurarei

Firmemente a sua mão

Sua bondade sem interesses

Me faz feliz

Eu fui me empolgando com a música e então continuei só que dessa vez com toda minha voz e toda a alegria que estava sentindo naquele momento, olhei para Lucas e ele me olhava com culpa no olhar. Não entendi. Mais não me importava ele era meu, mesmo que por alguns instantes e agora eu iria me aproveitar disso.

Se isto é um conto de fadas

Eu rapidamente vou para o amanhã onde você exista...

Todo o tempo, todo dia, tudo

Embora não se torne palavras

Você é meu lugar especial

Se meu único desejo pudesse virar realidade...

Deus, pare o tempo apenas para nós

Pare o tempo, apenas como

Meu único egoísmo

Mas isso não vai se tornar realidade

Eu quero lhe falar sobre esta impaciência

Existe apenas vinte e quatro horas num dia

E não é o bastante, depois de centenas de horas

Se isto é a única coisa que existe, mais e mais

Eu acharei sua qualidade sem fim

Quando nós iremos nos ver de novo?

Não importa quantas vezes eu tenha dito, continuo pensando nisso

Metade de mim está ansiosa e a outra está esperançosa...

Parei.

Travei.

Estava estática e não sabia o que fazer.

As pessoas da platéia me encaram, umas poucas chocadas e a maioria rindo. Olhei para Lucas a procura de algum apoio, ele apenas me olhou com pena e então ela apareceu. Tinha que ser a Amanda mesmo. Meus olhos ardiam, eu já estava chorando e a gosma que ela havia jogado em mim não ajudava na visão. Mais eu pude ver ela se aproximar dele e lhe dar um beijo na bochecha. Ela sabia que eu gostava dele e talvez até ele mesmo soubesse, mais mesmo assim fizeram isso comigo. Como puderam? E por quê?

– Idiota – ela ainda sorria – Ninguém mandou tentar roubar meu holofote, idiota insignificante, teve o que mereceu.

Eu não conseguia mais ficar ali todos riam e a professora me olhava sem saber o que fazer.

Corri o mais rápido e para o mais longe que consegui.

Quando percebi já estava no corredor das salas, passei a mão no rosto para tirar um pouco do quer que seja que aquela vaca tenha jogado em mim. Não adiantou. Meus olhos ainda estavam embaçados só que dessa vez com lagrimas.

É isso que eu sou não devia nem ter aceitado essa maldita idéia, agora isso aconteceu, eu sou muito burra mesmo.

Entrei na sala de musica, e me sentei no canto bem lá no fundo da sala, abracei os joelhos e chorei. Devo ter ficado uns belos 20 mim. ali chorando mais não me importava e não queria mais saber, só queria sumir dali o mais rápido possível.

– Finalmente achei você – disse uma voz conhecida. Samy. Entrando na sala e indo em minha direção e se ajoelhando ao meu lado. Me abraçou tão forte, que quase quebrou minhas costelas, retribui com todas as forças que ainda tinha, era bom ter ela aqui – Aquilo virou uma confusão quando você saiu, a diretora disse que vai suspender o responsáveis.

– Não me importo – disse com a voz embargada pelo choro – Só quero sumir daqui. Nunca devia ter entrado nisso para inicio de conversa.

– Não é verdade – Samy tentou. Mais isso foi a ultima gota – Você estava ótima, você nasceu para isso, não deixe que aquela vaca estrague seu sonho.

– Ela já estragou – solucei – Nunca mais, nunca mais vou entrar na droga de um palco – prometi. Afinal ela já conseguiu estragar tudo.

Quando voltei à min, na maldita sala de detenção a velha ferida no peito já estava aberta. Suspirei e me amaldiçoei mentalmente por ter me deixado levar por isso. Olhei para baixo querendo me bater, serio! Alem de ter chorado ainda por cima molhei meu livro, limpei o rosto e tentei secar o livro sem muito sucesso.

– Você está bem? – Nick perguntou sentado ao meu lado. Espera ai desde quando ele está aqui?

– Estou – menti. A verdade é que não quero falar sobre isso.

– Não parece – ele disse passando o polegar da mão direita na minha bochecha e limpando uma maldita lagrima. Mais em meio a tudo isso sorri. Isso me fez bem. Ele também sorriu, mais então deve ter se tocado do que estava fazendo e tirou a mão do meu rosto.

– Tudo bem, não é nada importante é só que... – não terminei. O que eu tenho na cabeça? Não faço nem idéia do que ia dizer.

– É só que, o que?

– É só que eu estou com saudade das minhas amigas – inventei. Não que fosse mentira até por que estou sim com saudade da Samy. Ele não insistiu e o agradeci mentalmente por isso, em vez disso ele me olhou e sorriu um sorriso que se me permite dizer é simplesmente lindo, é quase como se ele soubesse que eu estava mentindo mais não disse nada.

Suspirei e olhei em volta para ver se alguém tinha notado meu momento de idiotice plena, mais graças a Deus ninguém mais pareceu perceber nada. Respirei aliviada. Não que eu não confiasse no Nick e neles é só que, bem... Tem certas coisas que às vezes é melhor você não dividir.


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Notas finais do capítulo

E então? Curtiram? Vão comentar sim ou claro? Tá, tá vou parar de paranoia, mais estou esperando ansiosamente a opinião de vocês!! :)
PS: Para quem quiser saber o nome da musica que a Mel cantou, ela se chama Jikan yo Tomare e o encerramento de um anime que amo tipo muito, Itazura na kiss. Sempre amei essa musica e a tradução dela é muito linda *-*
PPS: Ignorem o fato da música ser em japonês Ok?
Então é isso, beijinhos e até o proximo capitulo, ou então até os tão esperados comentários de vocês!! ;)



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