Never Let Me Go, Peter. escrita por Barbs


Capítulo 3
Peter Parker.


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, então, eu demorei pra postar assim porque estou sem computador. Escrevi esse daqui no notebook do meu namorado e então vou ficar um tempo sem postar, mas sempre que der estarei postando. Espero que gostem. Beijos.



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- Peter Parker?

Ele não disse nada, apenas me fitou. Ele não era bobo, sabia quem eu era e o que queria. Apenas arqueou uma sobrancelha esperando que eu prosseguisse. Dei de ombros depois de dar um breve suspiro. Se ele quisesse escutar e fazer com que todos os seus amigos escutassem também, assim seria.

- Sou...

- Tem muita gente aqui – ele me interrompeu me fazendo ferver de raiva por um instante, mesmo percebendo meus dentes trincados ele prosseguiu – eu sei quem você é, e o que quer comigo. Não estou afim.

- Eu tenho uma ordem, senhor Parker – o fitei irritada – por favor, me siga.

Sequer olhei para trás, segui caminhando em direção á uma mesinha que tinha no jardim da escola. Era uma mesa de concreto, mas em cima tinha mármore escuro de modo que os alunos não se machucassem quando colocassem os braços ali. Pelo menos era o que eu suspeitava. Sentei-me no banco de concreto esperando-o. Lancei um olhar para trás e ele estava vindo em minha direção com seu skate em mãos e a cara fechada. Tirei minha pasta e a deixei aberta em cima da mesa, fazendo com que ele visse que eu possuía todas as informações prováveis e improváveis sobre ele e que, mentir para mim era inútil.

Peter parou ao lado do banco e ficou me fitando, desviei meu olhar para o banco de concreto e então o fitei de modo que ele entendesse meu olhar como se fosse uma ordem. E ele a acatou. Bufou sentando-se no banco de concreto ao meu lado após deixar o skate em cima da mesa de mármore escuro. Olhou para os papéis e então me fitou esperando que começasse com meu discurso que ele já tinha escutado – ou pelo menos lido – algumas vezes.

- Você sabia que, com grande poder vem grande responsabilidade, Parker?

Ele então me fitou. Mantive em silêncio, até que ele resolveu abrir a boca - O que você quer?

- Você sabe quem sou eu – arqueei as sobrancelhas – e você sabe o que quero.

- Não quero entrar para uma organização secreta. Neguei o pedido das três vezes que me mandaram a maldita carta, e eu...

- É por isso que estou aqui, Parker.

- Eu disse não, e digo para você também – ele me fitou nos olhos – NÃO!

Olhei por cima do ombro de Peter e percebi que tinha alguém nos observando, o arbusto se mexeu assim que meu olhar encontrou-se com o de quem estava lá. Não consegui distinguir o rosto. Voltei meu olhar á Peter Parker.

- Olha... Você tem que fazer isso.

- Eu não...

- Não por você, Peter Parker – o interrompi – a cidade precisa de você. A iniciativa Vingadores precisa do seu auxílio, muitas pessoas precisam de você para ser salvas, assim como seu tio precisou naquela noite.

- Meu tio não tem nada a ver com isso.

- Então pare de se martirizar e achar que está sozinho. Porque você não está.

- Sempre fui.

- Sem drama, por favor – revirei os olhos – não sou muito sentimental.

- Nem simpática – ele respondeu de imediato.

- Simpatia não vence uma batalha.

- Nem números.

- O que? – o fitei sem entender.

- Um a mais no grupo dos Vingadores não faz diferença alguma se for apenas um número.

- Você não é apenas um número – o fitei confusa.

Novamente olhei por cima do ombro dele, ele então virou-se para trás quando percebeu que meu olhar mudou rapidamente de direção. Mas parecia que ele não tinha visto nada, então voltou a me fitar confuso.

- Sua namorada está nos observando – falei voltando meu olhar para ele.

- O quê? – ele perguntou lançando um rápido olhar para trás.

- É a segunda vez que vejo um cabelo loiro se movendo atrás do arbusto. Gwen Stacy, não é o nome da loira que você namorou?

- Ela não estaria abaixada atrás do arbusto – ele me fitou.

- Não disse que ela está abaixada.

Ele olhou para trás e apontei com o dedo para o maior arbusto do jardim.

- Ali.

Ele então virou o rosto para me olhar. Como se não se importasse com ele, ou se eles simplesmente não conversassem mais.

- Ela não é minha namorada.

Apenas o fitei, por um instante nossos olhos ficaram fixos um no outro, percebi que seus olhos eram castanhos e que ele tinha algumas – poucas e quase invisíveis – sardas no rosto. Pisquei mudando meu olhar de direção e puxei a ficha que estava embaixo do skate, folheei algumas páginas e então continuei com a tentativa de recrutá-lo. Mas antes que pudesse fazer alguma pergunta, ele me interrompeu.

- Você me elogiou – ele disse com um sorriso no rosto.

- O quê? – o fitei impaciente.

Ele então afinou sua voz como se estivesse me imitando – "Você não é apenas um número". – e então gargalhou.

- Não disse isso – menti. Realmente tinha elogiado-o.

- Infelizmente você fez – ele sorriu vitorioso.

- Você sabia que sua auto estima é desprezível? – cruzei meus braços abaixo dos meus seios o fitando.

- Assim é sua simpatia – ele disse sério.

- Não estamos aqui para falar da minha simpatia, senhor Parker – voltei a fitar a pasta, mas pude escutá-lo dizer:

– Fiz uma promessa.

Levantei meu olhar o fitando, ele parecia machucado. Machucado por dentro.

- Para o pai dela – ele mudou o olhar de direção e ficou fitando o skate jogado em cima da mesa de mármore escuro – prometi que não faria Gwen sofrer com mais uma perda.

- Ela perdeu o pai e você estava lá – disse olhando para a folha – era policial, ele ajudou você e morreu por isso!

- É – ele mantinha o olhar abaixado – pra que te contar, han? Você sabe tudo. Chega a ser rude.

- Não sou simpática – o provoquei.

- Eu sei disso – ele revirou os olhos e então ficou de pé pegando o skate.

- Qual o problema, por que vai embora?

- Porque eu já disse que não quero fazer parte dos Vingadores – ele chegou seu rosto bem próximo ao meu e então me fitou novamente.

Apenas sussurrei o que ele provavelmente não queria escutar – Você só fica furioso por ter feito essa promessa e não conseguir viver sem ela ao seu lado.

Ele então me fitou. Ficou parado com o rosto próximo ao meu. Se fosse um cachorro estaria espumando de tanta raiva. Apenas o encarei, fechei a pasta sem desviar o olhar e então me pus de pê, ele acertou sua posição voltando a ficar com o corpo ereto, ainda sim me fitava.

- Você tem que parar de ser tão egoísta. Pare de se martirizar. Pense nos outros, pense na Gwen, não em quanto você sofre sem ela.

Apenas virei as costas e fui caminhando em direção ao enorme carro preto da S.H.I.E.L.D. não via razão para recrutá-lo, ele apenas soltava teia, não tinha nada de surreal nisso. Certo, obviamente tinha, mas não para mim. Mas não podia dar a minha opinião, tinha que fazer meu trabalho como mandado, tinha que seguir as ordens da S.H.I.E.L.D. para ganhar a confiança deles, tinha que ser a melhor de todos, para depois, derrubá-los de uma vez só.

Sem olhar para trás continuei caminhando, até que senti uma mão no meu ombro. Antes que desse um soco em quem quer que fosse, lembrei do meu disfarce então virei para trás com o punho direito cerrado, dei de cara com um Peter Parker com os olhos apertados, ele então respirou fundo e encheu o peito, a única pergunta que ele fez, era a única que precisava escutar:

- Onde fica a S.H.I.E.L.D.?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Espero que comentem, e continuem acompanhando, desculpem o atraso e beijos. ♥



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