Never Let Me Go, Peter. escrita por Barbs


Capítulo 18
Epílogo.




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[Maya ponto de vista]

– Está pronto? – perguntei com as sobrancelhas erguidas.

– Mais que tudo, gata – ele disse ficando em posição de Aranha.

– Agora! – gritei correndo em direção á Peter.

O primeiro soco que iria lhe acertar, ele desviou tão rápido que foi difícil acompanhá-lo apenas com o olhar, ele lançou uma bola de teia em cima de mim e desviei na mesma hora jogando meu corpo para trás, dei um salto e alguns centímetros do chão levantei minha perna preparando para lhe dar um chute, e foi mais um golpe meu no qual ele desviou me jogando a bola de teia, chutei-a sem encostar por muito tempo e a teia acertou em cheio no seu peito tampando-o para trás com certa força. Coloquei meus pés no chão alguns milésimos de segundos depois, cruzando os braços e sorrindo vitoriosamente em seguida.

– Cinco meses de namoro, e é assim que me trata? – ele perguntou ficando de pé e arrancando os resquícios de teia de seu tórax.

– Você quem pediu para pegar pesado, querido – gritei um tanto longe.

Estávamos no galpão abandonado. Peter me contou que quando descobriu seus poderes ficou ali treinando, escalando paredes, pulando pelas correntes e foi onde surgiu a ideia das teias e desde aquele dia, sempre que ele tinha algum tempo – o que era bem raro – ele iria ali para treinar e como tinha me prometido que me levaria quando fosse da próxima vez, lá estávamos nós, parecendo mais grandes inimigos do que um casal de namorados, mas na verdade eu estava apenas ajudando-o no treino e ele disse que eu podia pegar pesado sem ter pena alguma.

– Isso é pegar pesado, meu amor? – ele provocou ficando de pé e jogando a teia em minha direção.

Quando percebi já estava sendo puxada e antes que pudesse colocar os pés no chão – pelo menos para uma tentativa frustrada de modo que me soltasse de sua teia – ele me segurou pela cintura. Nossos rostos estavam próximos um do outro e ele sorria olhando para minha boca, a qual estava com um sorriso tão radiante que era mesmo de se olhar, afinal, nunca fui muito de sorrir abertamente.

– Queria eu pegar pesado com você – ele disse apertando meu corpo contra o seu – mas sou o cara bonzinho e jamais te machucaria.

Sorri tirando a máscara de Peter e colocando minhas mãos em seus ombros – Se parar para pensar bem, você certamente pega pesado algumas vezes.

– Eu não... – ele parou quando entendeu o que eu quis dizer, rimos juntos e ele me beijou logo em seguida. Puxou minhas pernas para sua cintura e cruzei minhas pernas antes mesmo que ele pudesse me segurar. Sua mão direita segurava minha coxa esquerda enquanto sua mão esquerda segurava minhas costas de modo que eu não inclinasse meu corpo para trás e nem houvesse a chance de nossos corpos se descolarem. O senti dando alguns passos para trás sem ter a menção de me soltar, sorri em meio ao beijo e não abri os olhos para ver onde ele estava me levando, não fazia diferença.

Antes que pudesse ter noção, o senti me encostar um tanto bruscamente em algo e abri um dos olhos para ver, ele tinha me encostado em meu carro que estava estacionado ali dentro, dei um fraco sorriso entre o beijo e tornei a fechar meus olhos esticando minha mão até a maçaneta do carro, mas não estava alcançando, pude sentir Peter puxar minha mão de volta para sua nuca e ele então abriu a porta do carro quebrando o beijo, lhe fitei um tanto ofegante e com um sorriso no rosto, ele então disse:

– Cuidado com a cabeça.

Abaixei um pouco meu corpo e ri quando fui – literalmente – jogada no banco de trás do meu carro, joguei uma jaqueta de frio para o banco da frente e Peter entrou no banco de trás ficando com seu corpo em cima do meu, porém, sem jogar seu peso em cima de mim, ele puxou a porta com o pé e nós rimos juntos quando ele disse que era bem hábil para fechar porta com os pés, interrompi a risada de Peter puxando seu rosto de modo que nos beijássemos novamente, e ele, é claro, não negou. Pude sentir suas mãos com as luvas subir por minha cintura lentamente – como ele sempre fazia – enquanto eu puxava seu cabelo um tanto para trás fazendo com que ele não conseguisse me beijar e me lançasse seu sorriso malicioso que eu tanto gostava. Suas mãos percorreram minha cintura e rapidamente foram para minhas costas me erguendo um pouco do banco, fechei meus olhos arrepiando por inteira quando ele soltou o fecho do meu sutiã fazendo com que ele ficasse mais largo em meus seios.

Novamente outro beijo fora quebrado e Peter puxava suas luvas rápido e bruscamente jogando-as no banco da frente, pude ver uma parar no volante o que me fez rir brevemente, Peter puxava minha blusa para cima enquanto beijava meu pescoço, eu mantinha meus olhos fechados arrepiando e por mais que o espaço estivesse apertado, sei que daríamos um jeito.

E foi quando eu abri meus olhos e pude enxergar o vidro da porta que Peter havia fechado habilmente com o pé. Dei um grito assustada e Peter tirou os lábios de meu pescoço lançando um olhar sem entender para trás, mas assim que viu quem era a única coisa que fez foi jogar seu corpo por cima do meu, agora totalmente certo de que não, nós não faríamos absolutamente nada no carro.

– Peter... Você está... – o empurrava para cima.

– Foi mal – ele pediu apoiando as mãos no banco do carro.

Fury bateu no vidro onde o enxergávamos – Quero falar com vocês.

– Mas agora? – Peter gritou abaixando minha blusa – não dá pra...

Fury ignorou Peter totalmente saindo andando em direção á outro lugar, para trás do carro. Peter bufou e saiu de cima de mim com muita má vontade e com uma cara de mal humorado que só eu conhecia, mas por dentro eu também estava assim, completamente furiosa com Fury por ter invadido nosso espaço, por ter acabado com nosso momento, por ter nos impedido de fazermos “algo” no carro. Peter saiu do carro e me estendeu a mão logo em seguida, mas neguei abotoando o fecho de meu sutiã e recuperando o sentido normal de minha respiração.

Idiota!

– Olha, Diretor Fury – Peter falava do lado de fora do carro – avise da próxima vez, por favor, envie uma mensagem, dá uma ligada, ou apenas... Sei lá, me avise no facebook é mais agradável – ele falava furioso – tanto para Vossa Senhoria, quanto para o casal aqui – ele apontou para mim e em seguida para si mesmo.

– Certificarei disso na próxima, Parker – Fury disse sério.

– Por favor, Fury – falei saindo do carro.

– Tudo bem, desculpem pela minha... Falta de aviso – ele disse de braços cruzados – temos uma proposta para você, senhorita Mase.

– O que? – perguntei confusa.

– Querida? – Peter me cutucou com o cotovelo.

Olhei para ele e ele estava um pouco corado, nunca havia visto o Peter corado antes, ele mantinha as duas mãos na frente de sua roupa e bem... Exatamente naquele lugar. Ele lançou um olhar para Fury quem olhava na mesma direção que eu, em suas mãos tampando algo que tinha "acordado" alguns minutos atrás. Ele virou de costas para Fury furioso e então sussurrou:

– Cadê a jaqueta?

– O que foi?

– Ah, vai dizer que você não imagina – ele levantou as mãos.

E foi quando vi. Comecei a gargalhar em seguida e ele tornou a colocar as mãos na frente novamente, naquele momento entendi o que ele queria dizer, suas mãos não eram o suficiente para tampar seu... É, isso mesmo. Entrei no carro novamente apoiando as mãos e os joelhos no banco de trás e peguei minha jaqueta que tinha tampado para longe de meu corpo algum tempo antes de Fury nos atrapalhar, entreguei para Peter e ele agradeceu me dando um rápido beijo e virando novamente de frente para Fury.

– Algum problema, Parker?

– Sim – Peter respondeu segurando a jaqueta em frente á suas pernas – se chama Nick Fury.

– Como? – Nick perguntou.

– Nada – interrompi antes que Peter falasse algo a mais – ele só está... Excitado em te ver.

Segurei a gargalhada com o trocadilho que tinha acabado de fazer, Fury se mantinha sério, mas já era de se esperar, olhei para Peter com um sorriso que camuflava minha risada e então percebi que ele também estava sério, que não tinha nada a ver a brincadeira, mas eu tinha achado um ótimo trocadilho.

Tanto faz.

Virei-me para Fury séria novamente e pronta para escutar o que ele tinha á dizer.

– Bem – ele veio andando até nós – senhorita Mase, temos todos que reconhecer que fez um ótimo trabalho nos ajudando com a Corporação a qual pertencia. Naquele dia, você optou pelos seus sentimentos e fez o que era certo. Isso foi exatamente o que importou naquele momento.

Senti a mão de Peter segurar a minha enquanto ele segurava a jaqueta em frente de si com a outra, apenas dei um fraco sorriso.

– Nós da S.H.I.E.L.D. não tivemos oportunidade de agradecer antes, mas nosso muito obrigado, mesmo atrasado, espero que seja válido.

– Com certeza, é – falei sorrindo.

– Ótimo, mas não estou aqui só para agradecê-la – ele colocou os braços para trás – a S.H.I.E.L.D. tem um convite para você.

Não falei nada, mas senti Peter apertar minha mão como se fosse algo positivo.

– Será uma agente da S.H.I.E.L.D., mas ao contrário do que fazia quando era Elizabeth, desta vez você lutará do nosso lado.

– Como os heróis?

– Tecnicamente – ele respondeu á pergunta de Peter – você faria parte de um grupo, de pessoas assim como você: com grandes habilidades em lutas. Assim como Natasha se tornou um membro dos Vingadores, um dia, você poderá se tornar uma.

– Não quero ser uma Vingadora – falei.

Fury e Peter estavam me fitando, e eu sabia que os dois tinham a mesma pergunta na cabeça, resolvi esclarecer:

– Quero dizer... Seria ótimo fazer parte da S.H.I.E.L.D., e mais ainda dos Vingadores para salvar o mundo e tudo mais – falei soltando a mão de Peter enquanto gesticulava – mas entendam, eu acabei com a S.H.I.E.L.D. uma vez, fui destinada á uma missão na Corporação onde cresci e fui treinada, e falhei – suspirei – não sou boa o suficiente – olhei para Peter e em seguida voltei a olhar para Fury – sinto muito.

Pude ver Fury dar um pequeno sorriso, ele se afastou enquanto falava – Entendo, senhorita Mase. Mas não a chamaríamos se não tivéssemos certeza absoluta que a senhorita é boa o suficiente – ele falava enquanto andava na direção oposta e aumentou o tom de voz antes de virar a direita para sair dali – vá á S.H.I.E.L.D. com Parker se mudar de ideia, será bem vinda lá.

Fitei Peter me encostando no carro, ele então me fitou jogando a jaqueta dentro do carro novamente.

– O que há de errado, Maya? – ele perguntou me fitando.

– Não sei, Peter – falei – eu só... Acabei com a S.H.I.E.L.D., por minha causa Ália e muitos outros destruíram a S.H.I.E.L.D. e não sei se ainda existem agentes da Corporação perdidos por ai, treinados para pegar a traidora que acabou com o lugar onde viviam, você realmente acha que eles me atacariam na rua?

– Não sei – Peter respondeu sincero.

Dei um fraco sorriso balançando a cabeça negativamente – Não, eles iriam me atacar na S.H.I.E.L.D. porque eles foram treinados para isso: acabar com a S.H.I.E.L.D. e de quebra, comigo.

– E daí? – ele perguntou segurando meu rosto – você é melhor que todos eles juntos, você já provou isso.

– Não sei, querido – sussurrei – não quero estragar tudo mais uma vez.

– Você não irá – ele disse me fitando nos olhos – e você não estragou tudo da primeira vez, pelo contrário, você salvou todo mundo da S.H.I.E.L.D. avisou Fury que existia uma Corporação, o fez ficar alerta e... – ele sorriu – principalmente, você me salvou. Pare de se culpar, meu amor – ele deu um beijo em minha testa – por favor.

– Irei pensar – falei dando um fraco sorriso.

– Promete?

Balancei a cabeça positivamente – Sim.

Ele sorriu me dando um selinho demorado – Ótimo.

Assim que ele selou seus lábios nos meus senti sua língua pedir passagem, nossas línguas novamente se encontraram e antes que ele pudesse me empurrar para dentro do carro novamente, me virei encostando-o onde eu estava, pude sentir Peter sorrir em meio ao beijo e então o puxei um pouco para o canto pronto para empurrá-lo para dentro do carro, mas, como já era de costume, Peter foi mais rápido, girou nossos corpos me empurrando para dentro do carro logo em seguida e fazendo com que quebrássemos o beijo.

E naquele momento eu não estava pensando em nada além de como ele era perfeito, em todos os sentidos, ele me fazia esquecer qualquer problema ou complicação que surgisse na minha vida, não sabia explicar como e muito menos porquê ele tinha esse poder sobre mim, e antes mesmo que tentasse decidi deixar como estava, não havia porque ter uma explicação, só de saber que ele tinha total controle sobre mim já estava bom. Peter era – e foi desde o princípio – meu ponto fraco e provavelmente sempre seria meu maior e único ponto fraco, porque eu não amo ninguém no mundo como o amo. E sabia que seria daquela maneira para sempre, e me sentia completa ao saber disso, afinal, depois de tantas coisas, tudo o que eu mais queria era viver minha vida, mas não apenas vivê-la e sim vivê-la até o fim dos meus dias ao lado de Peter, meu grande amor. Ele fechou a porta novamente com o pé e ficamos nos fitando por um tempo, e como toda vez em que olhava em seus olhos castanhos, pude ver a minha felicidade.

A felicidade que sempre sonhei estava ali, bem nos olhos de meu grande amor.


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Notas finais do capítulo

E definitivamente acabou ): Sério gente, essa foi uma das minhas fics mais elaboradas, e muito obrigada por todos os comentários, pelos elogios, por tudo mesmo, posso ficar aqui até amanhã agradecendo tudo o que fizeram para não me deixar desistir de escrever a fic! Muito obrigada á vocês que acompanharam a história de Peter e Maya até o fim, sério mesmo, muito obrigada, vocês moram no meu coração!
Fiquem bem, se cuidem, e nunca desistam de seus sonhos!
Beijos ♥



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