My Dear Nerd escrita por Monaliza


Capítulo 46
Retornos


Notas iniciais do capítulo

OOI GENTE LINDA DO MEU CORE ♥♥ EU SEI QUE VOCES ESTÃO ME ODIANDO MAS EU NÃO FIZ POR MAL ~eu nunca faço~ A CULPA FOI DO ÚLTIMO BIMESTRE DA ESCOLA E DAS SEMANAS DE SIMULADO E PROVAS, AS QUAIS EU TIVE QUE PERDER MEU TEMPO ESTUDANDO .-. MAS ENFIM ESTOU DE FÉRIAS E PROMETO QUE FINALIZO A FIC AINDA ESSE ANO!!

ENFIM, BOA LEITURA E APROVEITEM ESSE CAPÍTULO AÍ QUE ESTÁ COM ALGUMAS EMOÇÕES BEM LEGAIS *u*

AMO VOCÊS ♥



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Passaram-se quase dois meses depois daquele dia com os pais do Logan na casa dele. Eu diria que o tempo foi uma das coisas mais importantes para amadurecer e fortalecer o nosso relacionamento. Passamos por poucas e boas: nossos pais se conheceram por acaso num jantar que era pra ser apenas meu e dele. Viajamos várias vezes para sua casa de praia e numa dessas, eu conheci parte de sua família. Cuidamos de seus primos pequenos. Chegamos até a nos perder numa excursão da escola, mas no final do dia, conseguimos reencontrar o restante da turma. E sempre juntos.

Por incrível que pareça, as coisas iam de bem a melhor para nós dois. Mesmo sem querer, viramos o casal sensação da escola. Logan, obviamente, odiou esse posto, mas era uma consequência que, de acordo com suas próprias palavras, ele estava disposto a viver por mim. Na verdade, ele já tinha se acostumado com o fato de ter passado de “nerd invisível” para namorado da garota mais popular da escola. Esses títulos foram mais uma coisa que ele me fez esquecer também. Eu ainda era popular, lógico, mas isso não era mais uma prioridade na minha vida. Eu tinha orgulho de dizer que mudamos muito por nós mesmos, mas por vontade própria, claro.

Apesar de ser do conhecimento de todos, nosso namoro não sofreu com energias negativas. Supreendentemente, todos estavam nos apoiando. Todos mesmo. O que me causou estranheza, mas me deixou tranquila ao mesmo tempo. Estava seguindo tudo na maior tranquilidade e pela primeira vez, isso não me assustou. Podia ser falsidade, mas sinceramente, eu não estava me importando.

Era intervalo das aulas da segunda feira. Eu estava com o Logan, a Tiff e o Brian sentados na nossa mesa com o restante do pessoal. Menos o David, esse que “nos cumprimentou” com um aceno de cabeça e passou reto por nossa mesa, indo sentar junto com os outros jogadores que não eram tão próximos a nós.

— Acham que ele ainda volta a falar normalmente comigo? – Brian perguntou a ninguém especifico.

— É tudo o que eu mais quero. E nem diga que eu não sou culpada, porque eu sei que sou. — Tiff se referiu ao Brian.

— Não temos culpa de nos gostar. Não escolhemos sentir isso. Eu sinto saudades pra caramba dele, porque ele era o meu melhor amigo, e eu sei que é difícil pra ele aceitar, mas eu acho que nossa amizade devia ser mais importante que qualquer garota. Eu não me importei quando ele ficou com a Katrina, sendo que eu gostava bastante dela. E ele sabia. Mas eu entendi que não mandamos no nosso coração. Eu esperava que ele entendesse isso também.

Levei um tempo assimilando as informações.

— Espera aí. Vocês dois já gostaram da Katrina? — por essa eu realmente não esperava.

Eu gostava da Katrina. David se interessou nela depois da festa da classificação do nosso time para as semifinais do campeonato. Fui trouxa, me declarei, ela cagou e andou, e na mesma noite, ficou com ele.

— Cara, por que eu nunca soube disso? — Logan perguntou curioso, assim como todos nós.

Eu realmente não sabia e nunca desconfiei sequer desse rolo entre a Katrina e o David. Na verdade, ela sempre foi discreta e nunca descobrimos nenhum dos garotos com o qual ela se envolvia.

— Só ele sabia que eu gostava dela. E só nós três sabíamos que eles ficaram. Eu nunca contei porque me senti um otário e eles nunca contaram porque ela não quis. Disse que gostava de se preservar, de acordo com o que o David me falou.

— Falando e relembrando assim, nem parece que ela foi embora há quatro anos, não é? — ri levemente.

— Pois é. Eu não fazia ideia de que você gostava dela e que ela gostava do David. Ainda bem. — Tiff disse.

— Você sentiria ciúmes dela? — Brian indagou.

— Naquela época sim. Hoje em dia, graças a Deus, não mais. — minha amiga concluiu selando os lábios dele.

— Mas afinal, quem é Katrina? — Brianna sempre se metendo onde não é chamada. Apesar de estar melhor esses dias.

— A garota culpada pela sua entrada no nosso grupo e na torcida. — eu respondi. — Porque você sabe que só entrou porque ela saiu, não é? — me desculpem, mas eu não perdia a oportunidade de colocar ela em seu devido lugar.

— Está querendo dizer que eu não tive habilidade o suficiente pra entrar na torcida?

— Estou querendo dizer que com ela, você não teria chance. Eu reconheço, você tem habilidade. Se não tivesse, nem estaria aqui. Mas a Katrina era mil vezes melhor que você. — conclui com as sobrancelhas erguidas.

Ela apenas devolveu meu olhar e voltou a comer, quieta. Por mais inacreditável que seja ela andava bem comportada durante esses dias. Eu vinha desconfiando há alguns dias, mas ela não deu sinal de que iria aprontar, então relaxei. Apesar de que é sempre bom pegar no pé dela e mostrar quem é que manda.

Terminamos de comer e logo após cinco minutos, o sinal soou, indicando o fim do intervalo. E já estávamos rumando para a sala, se não fosse pela voz da diretora vinda dos altos falantes dos corredores:

“Caros alunos e alunas, peço encarecidamente que se dirijam até o auditório para que eu possa dar um importante comunicado a vocês.”

Não fazíamos ideia do que a diretora queria tratar conosco. Por isso, apreensivos e curiosos, rumamos imediatamente para o auditório. Sentamos nas fileiras de trás e aos poucos o auditório foi preenchido pelo restante dos alunos das outras turmas do ensino médio. A Sra. Whindley estava em pé no centro do palco próxima ao microfone e assim que percebeu que todos os lugares já tinham sido ocupados, aqueceu a voz e começou com seu comunicado:

— Bem, queridos alunos, como vocês sabem, é de costume do nosso colégio, anualmente, participar do Campeonato de Futebol e da Batalha de Animação de Torcida Interescolares que há na nossa cidade. A secretária municipal de Esporte nos comunicou hoje que as eliminatórias de ambos começarão daqui a três semanas. — após ter dito isso, um alvoroço começou, inclusive na parte dos garotos. Eles eram simplesmente loucos por futebol. Eu também não contive os gritos de animação, junto às garotas. — Acalmem-se, por favor. Como eu ia dizendo, as eliminatórias de ambos começarão daqui a três semanas e devido a este importante evento, alguns de vocês terão algumas alterações na carga horária de aulas. Integrantes do time, tanto titulares como reservas, passarão a comparecer na escola à tarde para os treinos. O mesmo vale para as animadoras de torcida: vocês também terão ensaios à tarde. Interessados nos cargos de auxiliares do time e da torcida, já poderão se inscrever hoje, na hora da saída. Os restantes se quiserem comparecer para assistirem aos treinos, também podem. — ela já ia saindo do palco, mas voltou-se novamente para o microfone. — E antes que me esqueça, os treinos e ensaios começam hoje à tarde. Não faltem! Por hoje, estão liberados.

E então ela saiu. Como era de se esperar, o auditório virou uma completa baderna. Gritos e mais gritos, e como era de se esperar, os caras do time já estavam cantando uma frase consagrada do nosso grito de guerra:

— A união é o segredo, a chave do sucesso. Juntos caminhando, chegamos ao progresso!- eles estavam todos eufóricos.

Já estavam todos cercados por garotas os paparicando. O assédio a jogadores fica muito pior em época de campeonato. Nossa equipe também já se encontrava toda junta, e eu e o restante das meninas demos um abraço coletivo e comemoramos a volta dos jogos e da Batalha de Animação de Torcidas. Amávamos animar. E eu amava saber que era uma das maiores responsáveis pelo sucesso de nossa equipe. Fomos campeãs no ano passado.

— Ansiosas para o primeiro ensaio da temporada? — perguntei e todas me responderam com um “SIM!” sincronizado.

Era oficial. O auge da nossa vida escolar estava pra começar.

(...)

— Ansiosa? — Tiffany perguntou assim que eu entrei no carro do Brian.

Eu, ela, o Brian e o Logan estávamos indo para a escola por causa dos treinos. Logan não queria ir, mas eu o obriguei dizendo que ele nunca me viu animando e que como meu namorado, ele precisava fazer isso e me dar apoio moral. Ele aceitou.

— Eu nunca estive tão ansiosa! — agitei as mãos no ar. — É o nosso ultimo ano, então temos que fechar com chave de ouro! A vitória tem que ser nossa! — suspendi a mão direita e fizemos um high-five.

— Eu nunca entendi o porquê de toda essa agitação. – Logan falou, depois de me cumprimentar com um selinho.

— É a melhor época do colegial, sabe? Jogadores, líderes de torcida, baile... É a chance de quem não é nada na escola, se tornar especial e deixar seu legado ou começar a construí-lo. E é o momento de quem já é especial e já tem uma história construída brilhar. Tipo eu, seu irmão e a Tiffany.

— Isso é tão filme americano. — ele riu na minha cara.

— E daí? Eu gosto. — dei de ombros.

Continuamos conversando sobre amenidades durante o caminho. Quando chegamos, em menos de dois minutos e me vi sendo erguida do chão, junto com o Brian. De repente eu já estava sendo jogada pra cima e um coro ora gritando “Viva a capitã”, ora gritando “Viva o capitão”. Foi muito louco. Uma dose de adrenalina e tanta. Tive a sensação de ter percorrido alguns bons metros de mãos em mãos. Quando finalmente tocamos o chão, não faço ideia de onde, mas dois bastões de confetes foram estourados e uma enorme euforia tomou conta de todos que estavam ali. Não me segurei e comecei a pular e gritar junto. Pelo menos eu não precisaria me aquecer quando chegasse ao ginásio.

Quando os portões foram abertos, corremos feitos loucos. A gritaria continuava. Parecíamos um bloco de carnaval, porém muito mais descontrolados. Cheguei ao ginásio junto com as garotas e ao respirar aquele cheiro de madeira recém polida, uma onda de felicidade me invadiu e de repente, me vi fazendo um sequencia de saltos até o meio do salão. Eu estava de volta num dos meus lugares preferidos e voltaria a fazer o que tanto amava. Era indescritível.

Em questão de minutos as arquibancadas que tinham ali já estavam preenchidas e quando eu vi o Logan sentado ali na frente, corri para abraça-lo. Senti que precisava disso.

— Finalmente vou poder ver de perto a minha líder de torcida animando! — ele falou próximo ao meu rosto e sorrindo. Seu sorriso era muito lindo.

— Você vai entender porque eu gosto tanto de fazer isso hoje. — prometi.

Trocamos mais algumas caricias e depois voltei a me reunir com o resto da equipe.

— É o seguinte meninas... — comecei. — A equipe está completa e esse ano não fizemos testes nem uma nova seleção, então todo cuidado é pouco na hora de exercer os movimentos. Não quero que sejamos desfalcadas. E como sabem, esse ano vamos apostar mais nos movimentos aéreos e nas elevações, mas nada de esquecer dos movimentos no solo. Vamos usar bastante a ginastica também, então temos que dobrar os alongamentos. O que acham de musicas eletrônicas na trilha sonora? — perguntei. Eu estive pensando sobre isso enquanto estava em casa. O repertorio das outras equipes é sempre o mesmo, musicas animadas com batidas divertidas e descontraídas. Típicas de animação. Mas são muito repetitivas e ano passado houve até equipes que apresentaram musicas iguais. Eu me mataria se isso acontecesse.

— Eu acho uma ideia perfeita. Já cansei de usar sempre o mesmo tipo de musica. — Karin opinou.

— Eu prefiro as tradicionais. — Brianna sendo do contra. E eu nunca levo em consideração o que ela acha, mas agora somos uma equipe e é preciso ouvir todo mundo. Mesmo que isso signifique levar em conta a opinião da Brianna.

— Votação? — sugeri.

— Por que não fazem uma mixagem? Pode ser de varias musicas. — uma voz estranha soou. Ela vinha de uma garota baixinha, com cabelos castanhos e olhos esverdeados. Carregava a sacola dos pom-poms e outra cheia de garrafinhas de agua. Parecia ser primeiranista e devia ser a nova assistente. Gostei da ideia dela.

— Quem é você, garota? — Brianna perguntou. Senti seu tom desdenhoso e a olhei com tedio. Em outras situações a mandaria calar a boca de uma maneira bem grossa, mas dessa vez apenas a ignorei e tomei a frente:

— É a nova assistente, não é? Eu gostei de sua ideia. Gostei de você, na verdade. — ela sorriu. — O que vocês acham garotas?

A maioria concordou. Então, pela falta da mixagem pronta, decidimos treinar alguns passos com metade de cada musica escolhida. Progredimos bastante para o primeiro ensaio e eu vi que esse ano seria mais fácil do que pensei.

Os ensaios seguiram durante as três semanas, e já estávamos com a coreografia totalmente pronta e minimamente ensaiada. Modéstia à parte, nossas elevações estavam perfeitas e a pirâmide final estava tão boa que me faltam palavras pra descrevê-la. Era a noite das eliminatórias e a equipe já se aquecia no palco principal junto com outras três. Éramos a equipe favorita por termos sidos as campeãs no ultimo ano, mas a Kardest High também era uma forte concorrente, apesar de ter muitos pontos fracos, comparada a nós.

A classificação dos times de futebol foi a tarde, e como já era de se esperar, nossa escola passou em primeiro lugar. Foi uma pena não podermos estar lá para incentivar os nossos garotos por conta da concentração para o evento noturno. Logan foi assistir aos jogos. Obrigado, mas foi. Contou que os caras jogaram muito bem, mas não foram tão bons quanto poderiam, pois a estratégia desse ano era serem subestimados e entrarem com tudo nos jogos decisivos. Achei inteligente da parte deles.

Já fazia cinco minutos que estávamos no vestiário, apenas esperando nossa equipe ser chamada, e assim que ouvimos o nome da nossa escola, uma onda de euforia tomou conta de todas nós.

– É agora! – Tiff gritou enquanto passávamos pelo enorme corredor, indo em direção ao campo principal.

Estávamos passando pelo túnel que ficava ao lado da arquibancada, e assim que cruzei a linha de entrada, pude ouvir um “Boa sorte. Eu te amo!”, apesar dos aplausos e gritos que irromperam toda a atmosfera de silencio e ansiedade que antes tomavam o lugar. Eu sabia que era ele. Não sei como, mas sabia. E então virei meu rosto a tempo de vê-lo fazer um coração e mandar um beijo em minha direção. Não pude segurar o sorriso que tomou o meu rosto e correspondi os gestos. O quão bom era saber que ele estava ali me apoiando, apesar de não gostar muito de tudo isso. Foi uma motivação a mais.

Batalhamos contra três equipes e saímos como a vencedora de todas as disputas. No resultado final, nossa equipe ficou em primeiro lugar e como era de se esperar, a Kardest ficou logo atrás. Esse ano eu vi poucas falhas nas apresentações deles, mas ainda achava que éramos melhores. E pelo visto, o publico e os jurados também.

A comemoração foi na casa de um dos garotos do time com uma típica festa escolar: regada a bebidas e muita musica. Eu forcei o Logan a ir lá comigo, mas por saber que ele não estava com muita vontade de ficar lá, permaneci só o tempo de parabenizar a galera e tomar alguns copos. Saímos praticamente no inicio da festa e fomos para a sua casa. No caminho liguei para a minha mãe, avisando que tínhamos ganhado em primeiro lugar e que não iria dormir em casa, pois iria comemorar com o Logan. Ela me parabenizou e me mandou tomar juízo.

Nossa comemoração foi ficarmos vendo alguns filmes em seu quarto, tomando sorvete. Sem graça aos olhos dos outros, mas foi simplesmente perfeito para nós dois. Era exatamente o que eu queria e estava precisando: ficar perto dele e dividir a minha felicidade. Após trocarmos algumas carícias, o cansaço me venceu e resolvemos dormir. Eu estava feliz, tinha realizado um dos meus principais objetivos e estava ao lado do garoto que eu amava. Eu sinceramente não precisava e nem queria mais nada.

(...)

Faltavam quatro dias para a fase inicial da Batalha de Torcidas. Eu estava muito confiante, mas mesmo assim, pegava pesado nos ensaios, afinal, mesmo no inicio, não deveríamos apresentar nenhuma falha. Confesso que sou muito perfeccionista.

Estava subindo para o topo da pirâmide, quando ouvi a porta do ginásio ser aberta com certa força. Não consegui resistir e acabei olhando na direção de lá. E não acreditei no que vi. Em questão de segundos já podia sentir o chão em meus pés, devido à minha rapidez para descer. Tive que correr em sua direção e tocá-la para ter a certeza de que era real e que ela realmente estava ali. E estava; de verdade. Eu não conseguia acreditar no que os meus olhos estavam vendo. Eu não soube como reagir. E em questão de segundos, uma roda já se formava em torno de nós e todas as garotas também estavam iguais a mim: incrédulas.

Mas era algo realmente surpreendente. Afinal, por que Katrina Adams estava ali?


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Notas finais do capítulo

Oppaa, e aí, o que me dizem? Contem nos reviews *-* desculpem por qualquer erro que houver, dessa vez eu revisei, mas como sou meio lerda, alguma coisa pode ter passado né, kksk

— me sigam no twitter @rhanamanoliza *sim, está certo desse jeito* e adicionem no snap: rhanamonaliza ♥

Até as próximas emoções amores, amo vocês de novo õ/