My Dear Nerd escrita por Monaliza


Capítulo 37
Naughty Girl


Notas iniciais do capítulo

OI POVO! VOLTEI! ISSO MESMO. E DESSA VEZ, SEM DEMORAR MAIS DE UM MÊS *todos comemoram* BOM, O CAPÍTULO DE HOJE TÁ CHEIO DE FEELS E APOSTO QUE VOCÊS VÃO ADORAR ~ou odiar, eu não sei~ MAS ENFIM, VAMOS DEIXAR DE ENROLAÇÃO E PARTIR PRA LER õ/

Boa leitura ♥

P.S.: a parte negritada e em itálico é a tradução da música.



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Depois daquela terça-feira abençoada em que a Cindy foi embora, e eu terminei a tarde estudando – lê-se lendo umas páginas do livro – com o Logan, eu fui pra casa em paz. As semanas se passaram e minha rotina era a escola, minha casa, casa do Logan e depois minha casa de novo. Por conta disso, nós ficamos mais próximos e mais íntimos do que nunca. Acho que até mais que eu e o Brian, ou eu e o David, apesar de que quase todo dia eu via essas duas pestes, porque o Brian também morava com o Logan e o David só vivia lá por causa do Brian. Mas não era a mesma coisa, claro. Com o Logan era diferente porque nós dois passávamos o tempo todo grudados. Com essa aproximação, eu pude conhecer mais dele e vice-versa, e agora, mesmo com pouco tempo, eu já o considerava um dos meus melhores amigos, e sei que ele também achava isso de mim.

Graças a Deus hoje já era sexta-feira, e eu me arrumava pra ir para a escola. Assim que fiquei pronta, desci e fui tomar café. Minha mãe não estava mais em casa então deduzi que ela já tinha ido para o trabalho. Comi algumas torradas integrais e tomei um copo de suco de uva. Hoje o Logan iria comigo pra escola, por isso, antes de ir, passei em sua casa para buscá-lo.

– Anda logo Baby Blue! – gritei buzinando.

Baby Blue foi o apelido ridículo e idiota que eu dei ao Logan. Ele não gostou nem um pouco, e é por isso que eu ainda o chamo assim. O porquê de ser Baby Blue? Simples. Pelos olhos azuis e por sua carinha de bebê muito fofa. Eu vivo apertando as bochechas dele e isso o irrita mais que tudo.

– Mellany, quantas vezes eu vou ter que te dizer que esse apelido é muito gay? – ele perguntou entrando no carro.

– Mais de quinhentas. – respondi rindo. – E é por isso que eu te chamo assim.

– Você é implicante, viu? – falou fazendo cara feia.

– Eu sei!

Pus a chave na ignição e dei partida. Quando chegamos à escola, não foi surpresa pra ninguém ver o Logan saindo do meu carro, pois não era a primeira vez. Mas sempre tem aqueles que param o que estão fazendo só pra prestar atenção em nós. Ao meu lado, Logan revirava os olhos.

– Eu já te disse o quanto odeio isso? – ele perguntou com a cara amarrada.

– Muitas vezes, mas você tem que se acostumar! – ri dele.

– Você diz isso porque você gosta.

– Cale a boca e pare de reclamar! – dei-lhe um tapa na cabeça e o puxei até nosso grupinho, antes que ele corresse para a sala, como faz na maioria das vezes.

– Bom dia pessoas! – falei sorrindo e passei o braço pelo pescoço do Logan.

Todos me responderam normalmente, com exceção da Brianna, que desejou um “bom dia” num tom mais do que falso. Minha vontade foi de mandar ela e o “bom dia” dela para o quinto dos infernos. Com certeza, por dentro, ela deve estar me rogando mil e uma pragas e desejando com toda vontade que eu quebre a perna ao andar. Eu só não sei se é coisa da minha cabeça, mas depois que eu e o Logan nos aproximamos, parece até que a implicância da Brianna comigo aumentou. Ela nem se preocupa em disfarçar, e se tenta, está fazendo isso muito errado. Eu sempre achei que a Brianna agia de um jeito estranho em relação a ele, como se ela não gostasse dele mais do que todo mundo. Desde que ele passou a andar comigo, a galera tem o aceitado normalmente, mas o mesmo não pode ser dito dela: sempre está soltando piadinhas inconvenientes e vira e mexe, eu noto os olhares de ódio que ela o lança. Só queria saber o que houve entre os dois – se é que houve alguma coisa mesmo – para que ela implicasse tanto com ele desse jeito. Desde o dia que ela deu aquele banho de refrigerante no Logan eu estou com essa dúvida, e agora que estamos mais íntimos, eu vou tirar essa história a limpo. Ficamos jogando conversa fora até o sinal bater e nós termos que ir para a sala. Como sempre, as aulas pareciam nunca terminar, e eu agradeci aos céus quando fomos liberados para o intervalo. Esperei o povo sair, e assim que a correria acabou, puxei Logan ao meu encontro, e fomos caminhando até o refeitório.

– Anda mais rápido, Baby Blue! – pedi, enfatizando o apelido.

Ele logo fez cara feia.

– Mellany, pare de me chamar assim! É muito ridículo.

– É por isso mesmo que eu ainda chamo! – lhe lancei um sorriso provocativo.

– Ok, ok. Tudo bem que você queira me dar um apelido e implicar comigo. Mas cara, por que Baby Blue? Não faz sentido!

– faz sim! – eu disse como se fosse óbvio. – É só olhar para a cor dos seus olhos e ver sua carinha de bebê. – apertei suas bochechas e ri. – Aliás, você é um bebê Logan!

– Tem certeza? – perguntou estreitando os olhos.

Assenti com um sorriso provocativo tomando conta do meu rosto. Ele devolveu o sorriso, me deixando confusa, até me empurrar até uma parede e me prensar ali. A partir daí ele me deixou ofegante e nervosa, além de surpresa.

– Algum bebê faria isso? – ele sussurrou no meu ouvido, me arrepiando e logo depois, mordeu o lóbulo da minha orelha. – Ou isso? – uma mordida no lábio. – Ou então isso? – ele se direcionou até o meu pescoço, e passou a distribuir a beijos e mordidas por lá.

Suspirei, mesmo contra minha vontade. Aquele desgraçado sabia o que estava fazendo, e sabia também me provocar direitinho. No pescoço não dava pra resistir! Ele estava fazendo jogo baixo, e pelo visto estava adorando saber que estava ganhando. Ele continuou a mordiscar e a me levar a loucura, imaginando as mil coisas que aquele ato poderia desencadear. Até que parou, com certeza achando que já tinha judiado o suficiente de mim.

– Então me diz agora: quem é o bebê que consegue te deixar louca desse jeito? – perguntou com a boca ainda no meu pescoço, fazendo seu hálito quente bater na minha pele exposta e arrancando um suspiro meu.

– Você... Você não presta Logan! – eu o empurrei e ele saiu de perto rindo.

Com certeza da minha cara, mas enfim... Tentei recobrar o pouco de sanidade que ainda me restava e passei por ele, indo em direção ao banheiro feminino. Ele me seguiu.

– Vai demorar? – perguntou quando eu estava entrando.

– Cala a sua boca se não quiser apanhar! – disse brava.

– Eu mexi tanto com você assim? – ele usou um tom zombeteiro e risonho.

– Vá à merda Logan! – exclamei batendo a porta em sua cara, e logo em seguida, pude ouvir sua risada do outro lado.

Me escorei numa das pias que tinha ali, e tentei normalizar minha respiração, que ainda se encontrava irregular. Agora eu vou pensar cinco vezes antes de mexer ou duvidar do orgulho masculino. Eu não sabia que ele iria responder a minha provocação, e ainda mais daquela maneira, me provocando mais ainda e me deixando enlouquecida daquele jeito. Eu não fazia ideia do poder que ele tinha sobre mim, mas, pelo visto, não é pouco.

Abri a torneira e peguei um pouco de água, a fim de jogar um pouco de água no meu rosto e acordar pra vida. Fiz isso e em seguida, encarei meu reflexo no espelho da frente. Qual não foi a minha vontade de trucidar o Logan ao ver a marca roxa e enorme que aquele desalmado deixou no meu pescoço branquinho.

– Logan! – gritei praticamente espumando de raiva, assim que abri a porta e dei de cara com ele. – Olha o que você fez! – apontei para o desastre que se encontrava no meu pescoço. – E agora? O que eu vou dizer ao povo, seu idiota?

– A verdade?!

– Ah claro! Vou sair espalhando pra todo mundo que você me agarrou e me deu um chupão no pescoço!

– Não se esqueça de dizer que você gostou. – ele deu um sorrisinho.

– Seu ridículo! – fui em sua direção na tentativa de dar-lhe uns bons tapas, porém ele segurou meus pulsos fortemente, me impedindo de lhe bater e nos deixando cara a cara.

Eu não queria, mas foi inevitável não me prender naquelas piscinas que ele chama de olhos. De repente seus lábios se tornaram bastante convidativos e quando dei por mim, já estava me aproximando de seu rosto, mesmo sem querer. Eu estava muito a fim de beijá-lo, mas se fizesse isso, só iria servir para inflar ainda mais o ego dele. Por isso, me separei dele o mais rápido que pude.

– Você é um idiota. – foi só o que eu disse, antes de seguir caminho até o refeitório com ele ao meu encalço.

Pus o tanto de cabelo que consegui ao redor e em cima da obra prima que o Logan deixou na minha pele. Estava rezando para que ninguém notasse a enorme mancha, e nem ficasse especulando a nossa demora. Fomos até a fila, eu peguei o de sempre e Logan também, com a diferença de que o prato dele era pura gordura e o meu continha coisas saudáveis. Eu não sei como é que esse garoto ainda não ficou gordo ou diabético. Antes mesmo que pudéssemos nos sentar, Tiffany me bombardeou com perguntas:

– Ei, por que demorou tanto? Onde estava? – me sentei e já estava preparando uma desculpa pra contar, quando ela fez mais uma pergunta. – E o que é isso no meu pescoço?

Gelei. Com certeza eu devo ter feito movimentos bruscos na hora de sentar, e a única coisa que poderia disfarçar aquilo, que era o meu cabelo, deve ter saído do lugar, dando uma ótima visão da marca pele à Tiffany. Não tive tempo de arquitetar nenhuma mentira coerente, e quando vi, já estava falando uma besteira:

– Ah, eu me bati na porta de casa.

Eu não esperava que ela acreditasse. E ela não acreditou mesmo. Assim como as outras pessoas da mesa.

– Isso não estava aí quando você chegou.

– Você que não percebeu! – insisti.

– Não, isso não estava aí! – Brianna se meteu e naquele momento, eu desejei com todas as minhas que um raio caísse na cabeça dela.

– Mas enfim... Onde você estava? – Tiff voltou a perguntar. – Chegamos aqui e você e o Logan não apareciam de jeito... Espera aí. Isso é o que eu tô pensando?

– Com certeza não. – eu neguei rapidamente.

Eu conhecia minha melhor amiga e sabia que ela estava pensando em maldade. E mesmo que ela estivesse certa, eu diria que ela estava errada.

– Foi você, não foi? – ela se dirigiu ao Logan com um sorriso malicioso. – Eu sabia que vocês andavam se pegando! Desde que começaram com essa história de amizade, eu tava sentindo um clima rolar.

– Na verdade, foi só uma vez. E nem teve tanta maldade, se quer saber. – ele acabou abrindo o jogo, e eu o xinguei de mil e uma coisas mentalmente.

– Ah! Então vocês assumem!

– Tá, tá. Foi o Logan que fez isso aqui sim, ok? Mas só foi porque eu estava chamando de bebê e ele queria provar o quanto era homem de verdade. – não havia mais saída, então resolveu contar logo a verdade.

Uma dica: se quiser mentir, nunca envolva o Logan.

– Pelo visto não só provou como também marcou né? Só faltou colocar a assinatura em baixo. – Brian procurando gracinhas. – Esse aí não nega que é meu irmão! – ele fez um high five com o Logan e eu revirei os olhos diante da idiotice que ele disse.

– Cala a boca seu imbecil. – lhe joguei um guardanapo usado e embolado. – Pra mim, seu irmão continua sendo um bebê. – eu sabia que estava brincando com fogo, mas parece que não tomo vergonha na cara.

– Não era isso que você parecia achar enquanto suspirava lá no corredor. – ele retrucou com um sorriso vitorioso nos lábios, enquanto comia sua batata frita.

Revirei os olhos novamente e fiquei calada. Eu não tinha mais argumentos mesmo.

– Mas enfim... – voltei a falar. – O que vocês acham de uma festa?

– Seria ótimo. – Karin opinou.

– Eu também acho. Mas quem daria a festa? – Brad perguntou.

– Poderia ser eu. – falei. – Eu só preciso acertar com a minha mãe.

– E se ela não deixar? Já que você não tem autonomia na própria casa e tem que obedecer à mamãe... – Brianna deixando transparecer o quanto ela vem sendo simpática comigo por esses dias.

Respirei fundo e me segurei pra não levantar do meu lugar e ir encher a cara dela de tapas, como eu venho querendo fazer a muito tempo.

– Se ela não deixar, você dá a festa. Já que está falando tanto de mim, parece que você tem muita autonomia na sua casa e pode fazer o que quiser, sem precisar obedecer a sua mãe. – retruquei ácida.

Eu já estava pelas tampas com a Brianna. Não faço ideia de onde estou tirando tanta paciência e autocontrole pra aguentar essa garota insuportável, que só parece piorar com o pior dos dias. Depois da minha resposta ela ficou quietinha e voltou sua atenção ao seu prato. Sempre notava alguns olhares indecifráveis que ela lançava ao Logan, e esse estava tão entretido com seu hambúrguer que nem parecia perceber. Pra mim estava ficando cada vez mais evidente que algo aconteceu entre os dois, ou ela ficou muito bolada com algo que ele fez. E eu iria acabar com essa dúvida o mais rápido possível.

O intervalo tocou e fomos obrigados a voltar para a sala de aula. Eu queria muito matar os dois últimos horários, mas se eu fizesse isso, eu também iria matar meu posto de capitã da torcida, e eu não quero isso de jeito nenhum. As aulas como sempre passaram se arrastando, e quando o sinal indicando a nossa liberdade, finalmente soou, fui uma das primeiras a sair da sala. Lá fora encontrei o Logan e o levei até sua casa.

– Você vai né? – perguntei enquanto dirigia.

– Pra onde?

– Pra festa oras!

– Você nem sabe se vai dar a festa e já quer que eu confirme presença?

– Não importa! Você vai, não vai?

– Talvez.

– Sem essa de “talvez”. Você vai sim. E se não parecer lá em casa, no horário marcado, junto com o Brian, eu te caço até o inferno e te arrasto pra lá, mesmo contra sua vontade!

– Ok. – ele revirou os olhos, vendo que não tinha opção.

Depois de alguns minutos, nós chegamos a sua casa.

– Tchau Baby B... – parei diante de seu olhar reprovador e também me lembrando do que aconteceu mais cedo por causa de minhas gracinhas. – Certo. Tchau Logan!

– Agora sim! É bom que pare mesmo de me chamar assim, a não ser que ache que aquela prova não foi suficiente. – ele não perdeu a oportunidade de me provocar. – Mas enfim... Tchau!

Assim que vi ele cruzando a porta, arranquei com o carro e fui pra casa. No caminho, já fui bolando algumas desculpas que poderia dar pra convencer minha mãe a me deixar dar a festa, mas assim que cheguei e a peguei descendo as escadas com duas malas na mão, eu deduzi que não seria mais necessário pedir permissão.

– Aonde vai? – perguntei interessada.

Não só porque a saída dela seria muito útil, mas também porque ela era minha mãe e eu precisava saber aonde ela iria.

– Tenho uma conferência na capital.

– Quantos dias? – era comum minha mãe ter que ficar fora por vários dias por causa dessas conferências, por isso nem me preocupei tanto.

– Só devo voltar na segunda ou na terça.

– Ah, ok. – tentei disfarçar minha felicidade ao ouvir sua resposta.

– Vê se não apronta nada, viu mocinha? – ela advertiu.

Mal ela sabia que eu já tinha planos pra essa noite. Ri internamente.

– Claro que não mãe, imagina!

Me despedi com um braço e um “boa viagem” e assim que ela saiu, comemorei dançando pela casa, e em menos de dois minutos, já estava no celular falando com a Tiffany.

– Minha mãe viajou a trabalho e a casa tá liberada!

– Sério? – ela perguntou eufórica.

– Eu não brincaria com isso de jeito nenhum.

– Então daqui a umas horas eu tô aí pra te ajudar na arrumação.

– Vou te esperar cadela! – desliguei sem ouvir sua resposta, mas certamente ela deve ter me chamado de algo mais carinhoso ainda.

Subi e fui tomar um banho. Assim que terminei, desci e fui almoçar, porém, não tinha nada congelado. Fiquei pasma com a coragem da minha mãe de viajar e me deixar sem nada pronto para que eu pudesse me alimentar. Certamente ela não lembrou que eu e a cozinha não somos tão intimas assim, mas tudo bem. Eu já sou bem grandinha e por mais que a preguiça estivesse querendo me dominar, fui fazer meu almoço. Assei algumas postas de salmão que estavam na geladeira e fiz um arroz branco pra acompanhar. Junto, claro, da minha fiel e companheira salada. Meu adorável suco de uva já estava pronto e eu dei graças a Deus por isso. Após comer, tirei um cochilo no sofá e só acordei com a campainha incansavelmente. Com certeza era a Tiffany, por isso nem me apressei em ir abrir a porta.

– Até que enfim, vaca. – ela entrou sem nem pedir licença e já foi se jogando no sofá.

– Olha os modos, viu? Você tá na minha casa e eu te boto pra fora na hora que eu quiser.

– Você não faria isso nem se estivesse usando drogas. – ela desdenhou.

Ela estava certa.

– Mais convencida que você, só você em dobro. – disse, fazendo-a rir.

Após algum tempo que passamos jogando conversa fora, resolvemos por a mão na massa e ir preparar tudo para a festa, afinal, já passavam das duas tarde e quanto mais tempo tivéssemos, melhor. Ajeitamos tudo o que era necessário, como o estoque de bebida, o barman, o DJ... A decoração não era de tanta importância e ficava por conta do próprio ambiente da casa, mas me preocupei em guardar tudo o que tinha de valor dentro de um dos quartos de hóspedes, e claro, trancar a porta.

Depois das seis horas da noite, já estava tudo pronto. O pessoal já estava avisado, e a festa começaria às nove. Como não sou a pessoa mais rápida em relação a se arrumar, subi e fui tomar outro banho, afinal, já estava toda suada e pegajosa. Assim que terminei, corri para escolher uma roupa decente. Vesti-me com um top cropedd preto, junto com uma saia rodada de cintura alta de cor creme. Calcei umas ankle boots pretas de camurça e como acessório, apenas brincos de pérolas e um maxi colar de rosas, que também eram creme. Meu cabelo ficou solto como de costume, porém dessa vez, eu usei a chapinha e ele ficou totalmente liso. Passei uma maquiagem leve no rosto, e muita base por cima da mancha que ainda se encontrava enorme no meu pescoço, a fim de cobri-la, e assim que terminei me olhei no espelho enorme do closet, adorando o resultado. Eu estava muito linda. E isso não se chama egocentrismo, se chama amor próprio ou autoestima elevada, vocês decidem.

Tranquei a porta do quarto e coloquei a chave no bolso frontal do meu top, já que estava sem bolsa. Desci e fui esperar o tempo passar, pra depois receber todo aquele povo.

Perto das nove da noite meu grupinho chegou. Eles sempre vinham antes que todo mundo, já era costume.

– Tá gostosa, hein?! – James como sempre muito cordial.

– Cala a sua boca! – ri.

Estava quase todo mundo ali, só faltavam duas pessoas. Dois irmãos mais exatamente. E quando vi o Brian chegar, sozinho, jurei que as horas de vida do Logan já estavam contadas.

– Cadê o seu irmão? – perguntei entredentes.

– Tá estacionando o carro, fica calma! – ele respondeu rindo.

Respirei fundo, voltando ao meu estado ao meu estado normal, mas quando o Logan cruzou a porta de entrada, perdi a capacidade de raciocinar. Meu coração passou a bater numa velocidade incrível, e a passada de mão no cabelo, de um jeito totalmente sensual – por mais que a intenção dele não fosse essa – foi o bastante pra me fazer suspirar.

Ele estava usando uma camisa de botões branca, com as mangas dobradas até os cotovelos, uma calça jeans preta, e nos pés um tênis azul de cano alto. Seu cabelo arrumado do mesmo jeito de sempre, mas nem por isso deixava de estar perfeito. De uma maneira mais resumida: ele estava totalmente lindo.

– Bem... – ele chegou perto de mim e seu perfume me embriagou. – Achei que não seria legal vir arrastando, então resolvi vir por conta própria. – deu de ombros colocando as mãos no bolso e abrindo um lindo sorriso, que me deixou tonta por uns instantes.

– Você está lindo. – as palavras escaparam da minha boca sem que eu percebesse.

Ele riu.

– Obrigado. Você também está linda!

– Eu sei! – brinquei, o fazendo rir.

Mas a verdade era que eu estava quase flutuando. Finalmente eu consegui o que tanto queria, que era chamar sua atenção e ainda por cima, receber um elogio. Minha noite estava ganha. E depois de soltar fogos de artificio internamente, passei o braço em volta do seu pescoço e o levei até onde o resto da galera estava reunida.

– Qual foi a ameaça? – David perguntou, deixando todos confusos.

– Que ameaça? – perguntei.

– Que você usou pra fazer o Logan vir?

– Muito engraçado. – ri ironicamente. – Não usei ameaça nenhuma.

– Na verdade... – Logan se pronunciou. – Você disse algo mais ou menos assim: “se você não aparecer junto com o Brian na hora marcada, eu te caço até o inferno e te arrasto pra lá”. – ele fez uma voz afetada, numa tentativa falha de imitar a minha.

Revirei os olhos.

– Idiota.

Ficamos ali conversando e quando dei por mim, a casa já estava cheia. Nosso grupo tinha se dispersado, e só restamos eu e o Logan.

– Vamos dançar? – o perguntei, vendo que a pista já estava relativamente animada.

– Eu não sei dançar. – estreitei os olhos em sua direção.

– Essa foi a mentira mais ridícula que eu já ouvi em toda a minha a vida.

– Tá, digamos que eu saiba dançar. Mesmo assim, não quero ir pra pista agora.

– Então vamos beber. – o puxei até o bar improvisado que tinha ali, ignorando seus resmungos.

– Eu não bebo Mellany.

– E eu não estou nem aí. – falei lhe entregando uma dose de vodca, e quando ele iria recusar, eu completei. – E acho bom você beber, se não jogo isso na sua cara.

Ele levantou a mão que estava livre em sinal de rendição e virou o copo de uma vez só. Arqueei as sobrancelhas.

– Pra quem não bebe você foi bem rapidinho.

– Eu não bebo com frequência, só isso.

Tomamos mais algumas doses de outras bebidas que nem nos preocupamos em saber o que era, e eu finalmente consegui o levar até a pista de dança. Por conta da falta de costume em beber, ele já estava um pouco alegrinho. E eu estava adorando isso. Não me sentia nem um pouco culpada em estar o embebedando, e cada vez que algum garçom passava por nós com algo alcóolico na bandeja, eu pegava dois copos. Um pra mim e outro pra ele. Por estar meio alterado, ele nem estava mais se importando com a quantidade de bebida que estava ingerindo, e eu me surpreendi quando ele voltou do bar com uma garrafa de tequila em mãos. Pelo visto, aquele não era mais o Logan de sempre, e sim uma versão melhorada. Enquanto dançávamos, ele virava o liquido de vez, e quando fui reparar direito, a garrafa já estava na metade. A essa altura do campeonato, ele já estava totalmente fora de si. Dava pra perceber pelo fato dele estar dançando comigo como se estivéssemos sozinhos e por conta de sua risada, que podia ser ouvida a cada dez segundos.

Tomei a garrafa de sua mão, e terminei de beber o resto da tequila. Eu não estava totalmente bêbada, mas também não estava no meu estado normal. Por isso, quando começou a tocar Naughty Girl, eu liberei meu espirito de dançarina de boate masculina. Aquela musica simplesmente se encaixava perfeitamente com a situação e coincidia com meus pensamentos naquele momento.

Eu estou me sentindo sexy

Eu quero ouvir você dizer meu nome

Se você pode me alcançar

Você pode sentir meu desejo pegando fogo

Eu dançava pra ele como se houvéssemos apenas nós dois ali. Rebolava indo até o chão e podia notar seu olhar de desejo queimando sobre mim.

Eu estou me sentindo um tipo asqueroso

Eu forço para levar você para casa comigo

No momento em que sinto sua energia

Sua vibração esta apenas pegando o meu comando

Começo a me sentir doida

Eu sinto o medo tomando meu controle

Eu não sei o que tem acontecido comigo

O ritmo tem me feito sentir muito doida, querido

Me aproximei dele e colei nossos corpos. Não me surpreendi quando ele passou suas mãos por minha cintura e começou a se mover no ritmo da música. Ele estava bêbado e eu estava me aproveitando dele. Mas sabe-se lá quando eu vou ter mais uma oportunidade que nem essa. Eu tenho mais é que me aproveitar mesmo. Ninguém mandou ele beber...

Esta noite eu serei sua garota travessa

Estou chamando todas minhas garotas

Nós vamos terminar esta festa

Eu sei que você quer meu corpo

Esta noite eu serei sua garota travessa

Estou chamando todas minhas garotas

Vejo-te me olhando de cima a baixo

E eu vim para agitar

Me virei de costas e passei a rebolar incansavelmente, com ele atrás de mim. Sua respiração ofegante já batia em meu pescoço, e isso só me deixava mais louca ainda. Eu não estava mais me controlando, e parece que ele também não, pois me girou com força e colou ainda mais nossos corpos.

– Eu quero você. Agora. – ele sussurrou em frente a minha boca.

Eu sabia que tudo o que ele estava fazendo era culpa da bebida. Mas quem estava se importando, afinal? O garoto que eu tanto venho desejando e lutando pra ter, está agora em minha frente e dizendo que me quer. Que a minha consciência me desculpe, mas eu vou tirar proveito disso.

– Eu vou ser sua.

O beijei com vontade. Explorava sua boca, e vice versa. Suas mãos começaram a passear pelo meu corpo, e os apertões que ele dava na minha cintura já estavam arrancando gemidos meus. Eu bagunçava seus cabelos e involuntariamente, minhas mãos já estavam desabotoando sua camisa. Eu sabia onde e como aquilo ia terminar, por isso, o puxei escada a cima. Abri a porta do meu quarto com pressa, e com a mesma velocidade, a tranquei novamente. Eu não queria que ninguém atrapalhasse meu tão esperado momento.

O joguei na cama e sentei em cima dele. O volume entre suas pernas já era notável e eu estava visivelmente excitada com tudo aquilo. Terminei de desabotoar sua camisa com rapidez, e a tirei, fazendo o mesmo com o meu top. Voltamos a nos beijar, e num movimento ágil, ele nos trocou de posição, ficando por cima de mim. Minha saia já estava jogada num canto qualquer do quarto, assim como meu sutiã. Direcionei minhas mãos para o cós de sua calça e ele me ajudou na tarefa de tirá-la.

– Você é muito gostosa. – foi só o que eu ouvi, antes dele direcionar sua boca até os meus seios, me levando a loucura.

Sua língua era quente e em resposta aos seus estímulos, eu arranhava suas costas, sem nem me importar com o fato de que poderia machuca-lo e que deixaria marcas.

Ele deixou uma trilha de beijos pela minha barriga, e ficou brincando com o elástico da minha calcinha. Traduzindo: ficou me torturando. Não aguentei e o puxei pra cima, voltando a beijá-lo. Eu estava enlouquecendo totalmente, e depois de partir o beijo, ele passou a trabalhar avidamente no meu pescoço.

Beijava, mordia, sugava cada pedacinho de minha pele rapidamente. Senti que seu ritmo foi diminuindo, mas continuou prazeroso. Até que ele parou. Simplesmente parou. Nesse momento o terror me invadiu. Pensei que era a culpa o invadindo, ou até mesmo o arrependimento. Fiquei estática, sem saber o que fazer.

– Logan? – o chamei, com a voz falha. Engoli em seco. – Logan? – dessa vez foi mais alto, e eu até o chacoalhei pra tentar obter uma resposta.

Qual não foi o tamanho da minha raiva ao constatar que aquele filho da mãe tinha dormido. Isso mesmo. Ele dormiu. Caiu no sono, completamente desacordado. E eu até tentei despertá-lo, mas quem disse que eu consegui?

Com certeza foi o álcool. Ele não é acostumado a beber, e não aguentou muito tempo acordado. Mas eu achei uma sacanagem sem tamanho ele dormir no exato momento das nossas preliminares. Não podia, pelo menos, terminar o trabalho?

Escapei de baixo do seu corpo e voltei a colocar o meu sutiã. Eu iria ter que dormir na vontade e tudo isso era culpa do Logan e sua fraqueza em relação à bebida.

Como eu odeio gostar desse garoto!


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO? QUEREM ME MATAR SIM OU COM CERTEZA? HAHAHA, EU SEI! EU FUI MUITO CRUEL, E MINHA INTENÇÃO ERA EXATAMENTE ESSA :DD Mas enfim, me xinguem nos reviews *-*

~ roupa da Mellanny caso o link não pegue: http://data2.whicdn.com/images/127437708/large.jpg ~

Até o próximo ♥ õ/