My Dear Nerd escrita por Monaliza


Capítulo 29
Cindy


Notas iniciais do capítulo

Oi povo lindo *-* Como cês tão? Eu to ótima porque hoje estou fazendo aniversário :D
Eeeeeeeeeh *confetes caindo do teto* Parabéns pra mim õ/ Completando 13 anos de pura sedução - e de ilusão também u_u

Mas enfim, vou parar de enrolar. Nos vemos nas notas finais e me desculpem por qualquer erro no decorrer do capítulo tá? (:

Boa leitura



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Depois de quase jogar o Logan pela janela do carro e assumir a direção de um vez - foram só umas 12 vezes, nada de mais - consegui chegar em casa sem morrer de tédio.

– Mãe, cheguei! - gritei assim que cheguei em casa.

– Oi filha! - no mesmo instante ela já estava na minha frente praticamente me esmagando com um abraço. - Como passou a noite? E que... - ela parou um segundo pra me analisar. - Que marcas são essas?

Ok, nada de pânico, mas, e agora? Bom, acho que dizer que eu tomei uma queda não vai surtir efeito. Quer dizer, talvez se a queda for do alto da escada, pode até ser que funcione.

Mas antes que eu dissesse qualquer coisa, o ser maldito que estava me acopanhando foi mais rápido do que eu e respondeu por mim:

– Ela brigou com uma garota. - Logan disse na maior cara lavada.

Tá, eu pensei em todas as besteiras possíveis. Desde as mais retardadas até as mais psicóticas. Tudo passou pela minha cabeça. Menos a ideia de que ele poderia contar a verdade.

Sabe, as vezes eu acho que o Logan é um completo doente mental. E que ele é um grande babaca. Ah, qual é? O que custava ele ter ficado de boca calada?

Apenas lhe dirigi um olhar mortal e quando estava formulando uma resposta pra desmentí-lo, minha mãe foi logo me interrompendo.

– Brigou? Com quem? E por quê? - ela me encheu de perguntas.

Apenas revirei os olhos e fiz questão de matar o Logan - no meu pensamento, é claro.

– Ah mãe, você sabe né? - dei um riso nervoso. - Juntou a minha falta de paciência com o fato de eu estar meio alterada por causa do álcool, e a gente acabou discutindo. - dei o meu melhor olhar inocente.

Quem visse diria até que eu sou uma garota super certinha que não faz nada de errado. Coisa que fica totalmente longe da minha realidade.

O fato é, que mentir não é o meu ponto forte. Quer dizer, é sim. Dependendo da situação, lógico. Mas como é da minha mãe que estamos falando, e eu sei que ela adora complicar as coisas, fiquei com receio do meu breve discurso não funcionar.

– Mas por que vocês discutiram? - ela me olhou meio confusa.

Viu só? Ela adora mesmo complicar as coisas. - Ah mãe, é que... Ela... - tentava arranjar tempo pra pensar em uma desculpa pelo menos aceitável. - Ela pisou no meu pé. É, foi isso. - tá, já podem me atirar as pedras.

Eu sei, eu sei. Esse foi o motivo mais fútil que eu arranjei e eu sei disso. Mas é que eu não sou muito boa em agir sob pressão. E vamos combinar que o olhar desconfiado da minha mãe não é a coisa mais relaxante do mundo.

– Só por isso? - ela não tava botando muita fé nas minhas palavras.

E ela realmente tinha razão pra isso.

– Você sabe né mãe? A garota estava errada mas agia como se estivesse certa, e esse tipo de coisa acaba totalmente com a minha paciência. - mais um minuto inventando histórias e eu já começaria a me embolar nas palavras. - Enfim, vamos lá em cima Logan... - lancei-lhe o olhar mais mortal que eu consegui e o puxei escadas acima, deixando minha mãe lá em baixo falando sozinha.

Assim que adentramos o meu quarto - sem maldade, por favor - eu só faltei socar a cara dele.

– Logan, qual é o seu problema hein? Por um acaso você enlouqueceu? - a raiva trasbordava das minhas palavras. - O que custava ficar de boca fechada? Sabe, as vezes eu acho que você é retardado! Minha mãe não precisva saber de nada!

Eu queria muito gritar com ele e espancá-lo. Mas eu não podia. Até porque, minha mãe escutaria tudo lá embaixo e isso não seria nada legal.

– Ah, e o que você ia dizer pra ela? Que foi assaltada? Não, melhor. Que caiu da escada? - ele foi sarcástico.

É claro que era isso que eu ia dizer. E é claro que eu vou negar, pra não ficar parecendo uma idiota na frente dele.

– É claro que não era isso que eu ia dizer. Eu ia falar que... - alguém aí liga pra minha inteligência e manda ela voltar pra casa? - Ah, isso não interessa. O que interessa é que você tinha que ficar caladinho!

– Uma hora ou outra sua mãe ia ficar saben... - seu discurso diplomático - e nossa breve discussão também - foi interrompido pelo bipe do seu próprio celular.

Ele parou de falar e parecia estar lendo algo. Eu não estava interessada em saber o que era, mas depois que aquele sorrisinho sacana brotou em seus lábios, a curiosidade tomou conta de mim. Não que eu fosse uma pessoa super curiosa e estivesse com vontade de arrancar o celular de sua mão. Não, essa ideia nem passou por minha cabeça. Mas é que sua expressão estava tão concentrada e aquele sorrisinho rídiculo ainda estava estampado em sua cara. Por isso, eu estava quase roendo as unhas de tanta curiosidade.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele direcionou seu olhar a mim e ainda com aquele sorriso malicioso no rosto, ele me disse:

– Se arrume logo, quero ir pra casa o quanto antes.

Ignorei totalmente o que ele disse - cometer assassinato ainda é crime né? - e já fui logo perguntando.

– Vem cá, quem te mandou SMS pra você ficar todo felizinho assim, hein? - eu já estava com raiva do Logan, porque não importava o que eu fizesse, ele ainda continuaria com aquele sorriso malicioso e completamente irritante nos lábios.

E não, eu não estava com ciúmes. Eu só estava com vontade de matar a vadia... Quer dizer, com vontade de matar o ser desprovido de caráter que fez o Logan pensar em coisas impuras. E só pra constar, essa mesma pessoa acaba de entrar na minha lista de pessoas que eu devo matar fria e cruelmente.

Falando nisso, acho que vou colocar o Logan nessa lista também.

– O quê? Que SMS? E quem disse que eu tô todo "felizinho"? - ele riu.

– Argh! -vociferei. - Me dá isso aqui! - tomei o celular a força de sua mão.

Logo em seguida fiz a cois mais madura que eu podia ter feito: corri pro banheiro e me tranquei lá.

– Mellany, não seja criança! Me devolva o celular! - ele gritou esmurrando a porta do outro lado.

Como se eu fosse uma criança... Ops, quer dizer, como seu eu fosse uma pessoa obediente e fosse fazer o que ele manda. Além de tudo, eu não ia mesmo fazer o que ele manda, nem se eu fosse obediente, apenas por pura implicância.

– Me obrigue! - gritei do outro lado.

Assim que desbloqueei a tela, a mensagem estava aberta e dizia:

"Primo lindo, já cheguei em sua casa e estou aqui, todinha pra você, apenas te esperando ;) Xx, com amor e desejo, Cindy"

Se eu fosse inocente, eu nem desconfaria daquilo. Mas já que a inocência que Deus me deu se perdeu no meio do meu crescimento, eu tive vários motivos pra desconfiar.

Em primeiro lugar, quem mandou foi uma tal de Cindy. Ou seja, uma garota. Em segundo, ela chamou ele de lindo. Em terceiro, ela disse que estava na casa dele, todinha pra ele - muito abusada esssa garota. E sem falar naquele "Com amor e desejo".

Tá, venhamos e convenhamos que até as pessoas mais puritanas desconfiariam dessa mensagem. E eu, que já não sou nenhuma santa, lendo isso aqui, imaginei muitas outras coisas. Além de tudo, aquele sorrisinho do Logan só faz minha imaginação aflorar.

– O que significa isso, hein Logan? - praticamente esfreguei o celular em seu rosto depois de abrir a porta.

Ele me olhou com a sobrancelha erguida e logo depois disse com a maior cara de pau:

– É só uma mensagem.

– Disso eu sei! Eu quero é saber quem é essa sua priminha oferecida e porque ela está cheia de gracinhas pra cima de você!

– Wow, wow! Calma! - ele levantou as mãos em sinal de rendição. - Olha, a Cindy é só uma prima do interior que veio passar uns dias lá em casa. Nada mais!

– Nada mais? E o que significa essa pouca vergonha explícita nesse SMS? Vai me dizer que essa garota é uma caipira santa que não conhece a cidade grande e que escreveu isso sem malícia nenhuma? - estreitei os olhos de forma acusadora.

– Pra te dizer a verdade, ela conhece super bem a cidade grande. - uma expressão maliciosa tomou conta de seu rosto. - E se eu te dissesse que ela é inocente, eu estaria mentindo descaradamente.

Mas o quê? Aí se eu dou um tiro na testa do Logan eu vou presa por cometer assassinato. Que garoto cínico!

– Seu... Seu... Argh!

Sai de perto dele antes que um crime fosse cometido e voltei pro banheiro, a fim de tomar banho. Percebi que ainda estava com o seu celular em mãos, e admito, vontade de jogar o aparelho na privada não me faltou. Mas como eu não sou tão mal assim, apenas abri a porta, e sem lhe dirigir nenhuma palavra, joguei o telefone contra ele, torcendo pra que atingisse em cheio a sua cara de pau e que fizesse um grande estrago.

Só é uma pena o iPhone não ser um tijolo.

Sério, eu simplesmente fiquei irada com a cara do Logan! Quem ele acha que é? O Rei do Puteiro? Que pode sair por aí ficando e pegando todas?

Tá, ele realmente pode sair por aí ficando e pegando quem ele quiser. Até porque, ele é livre e desempedido. É triste, eu sei. Mas e daí? O fato dele ser livre e desempedido não me livra, nem me desempede de ficar irritada.

Além do mais, eu me esforço pra tirar a Débora do meu caminho, e aí do nada aparece essa priminha rídicula dele? Realmente ela veio do interior.

DO INTERIOR DAS PROFUNDEZAS DO INFERNO!

Praticamente virei peixe de tanto demorar em baixo daquele chuveiro. Estava tentando relaxar e fazer a minha vontade de cortar a cabeça do Logan - todas as duas, por favor - sumir e descer pelo ralo abaixo. E que fique bem claro que eu não estava demorando de propósito só pra fazer o Logan esperar.

Sai enrolada na toalha e fui direto pro closet. Durante esse percurso notei que ele estava sentado na cadeira da minha escrivaninha com o celular na mão, e adivinhem? Com aquela droga de sorriso malicioso que me tira do sério estampado no rosto. Provavelmente trocando mensagens com aquela nojenta.

Demorei de escolher o que ia vestir - não foi de propósito, eu juro. - e quando terminei, ainda fiquei dando um passeio pelo closet.

– Mellany, você só vai pra minha casa, não pra um casamento. Anda logo com isso! - mesmo sem estar lá eu podia saber que ele estava revirando os olhos.

Bufei e saí, pegando a minha bolsa com dinheiro, celular e pegando as chaves do carro.

– Pra quê as chaves? - ele perguntou visivelmente confuso apontando para as chaves do meu carro.

– Não dá pra dirigir sem a chave, seu idiota!

– É o quê?

– Você é surdo ou se faz de burro? Eu acabei de dizer que não dá pra dirigir o carro sem as chaves! - praticamente soletrei a última parte.

– Então você vai dirigir? - ele perguntou. - Você me faz ficar aqui, horas e horas te esperando, e agora me diz que vai dirigindo o seu carro? Você só pode estar brincando.

– Pois é né? A Vida tem dessas coisas! - dei de ombros e um sorriso cínico surgiu em minha face. - Agora vamos logo idiota!

Que foi? Estou irritada com ele e nesse momento, só quero que ele vá para o inferno.

Desci as escadas com o Logan logo atrás de mim e ao chegar na sala, me limitei a gritar um "Vou sair e volto mais tarde" para a minha mãe, que provavelmente estaria na cozinha, ou então no escritório. Não esperei sua resposta e fui direto pra garagem.

(...)

– Primo! - uma voz esganiçada e irritante machucou os meus ouvidos assim que pisamos o pé na parte da frente da casa do Logan.

E quem era a dona dessa voz? Quem disse Cindy acertou. E quem disse a prima piranha do Logan, acertou também.

Ele nem teve tempo de reagir ao seu chamado, porque, em instantes, a garota já estava pulando em seu colo e o abraçando com uma força desnecessária.

– Cindy! Quanto tempo prima! - apenas revirei os olhos e saí dalí, antes que eu vomitasse aquilo que eu nem cheguei a comer.

– Amiga? O que houve? - Tiffany perguntou assim que eu me joguei no sofá com uma cara emburrada.

– Não tenho paciência pra ceninhas nojentas de romantismo, você sabe disso.

– Ah, já sei. Foi a piran... Opa, a Cindy, né? - Tiff fez uma cara de nojo ao pronunciar o nome dela.

Apenas assenti e fechei a cara mais ainda quando o casalzinho de primos adentrou a sala.

– Acredita que ela deu em cima do Brian e do David também? - Tiff perguntou enraivecida.

– Até se você me disser que ela deu em cima do coelhinho da páscoa eu vou acreditar. Sério, a quilômetros de distância dá pra se perceber que ela é uma vadia de marca maior. - revirei os olhos. - Com certeza ela deu pra todos os caras da cidade de onde ela veio. Porque, tipo, se ela não perdoa nem os primos, imagina só os estranhos!

Bastou eu falar isso e minha amiga super controlada só faltou espumar de raiva.

Acontece que o David está incluído na lista dos "estranhos". E por mais que ela não admita, eu sei que a Tiff odeia todas as garotas que chegam perto dele.

– Nós deveríamos comprar uma coleira pra podermos prender essa cadela! - Tiffany praticamente rosnou.

– O melhor seria um aquário. - falei. - Porque aí sim essa piranha ficaria bem quietinha no canto dela!


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Notas finais do capítulo

Oi de novo *-*

Bom, primeiramente eu queria pedir desculpas por demorar um mês pra postar - foi um mês certinho '-' É que minha cidade tá em tempo de festas, aí a casa encheu de gente .-. Sem falar que minha tia tá mudando o plano do telefone, aí eu to sem internet por esse tempo - a situação tá tão crítica que eu to postando pelo tablet e usando o wi-fi do vizinho '-'
Segundamente, eu queria me desculpar pelo capítulo chatinho. É, eu sei que ele tá sem emoção e tals, mas ele é importante para o andamento da história :)
Terceiramente - eu nem sei se essa palavra existe - eu queria reclamar com vocês! Sabe, eu tenho 79 leitores, então porque eu não recebo 79 comentários por capítulo? Por favor fantasmas, apareçam! Eu não mordo tá?! Só se vocês quiserem, hehe xD
Então, eu serei boazinha com vocês, e só postarei o próximo capítulo se eu receber 13 comentários - em homenagem a minha idade õ/

Ah, falando nisso, quem se habilita a me dar uma recomendação de presente? Ninguém? Bom, tudo bem então '-' Mas que fique bem claro que eu seria a escritora mais feliz do mundo se recebesse uma recomendação como presente de aniversário :)

Enfim, era so isso *-* Ate loguinho _o/