My Dear Nerd escrita por Monaliza


Capítulo 24
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Amores, como vocês estão? :D Chateados comigo né? É, mais tem motivos. Eu sei que demorei - e muito - pra postar e tals, mas é que juntou a minha falta de criatividade, com a minha falta de tempo, mais os meus compromissos, e a semana de provas que começou tem poucos dias... Então, não foi de propósito tá? ♥
Enfim, hoje tem P.O.V do Logan, e eu espero que gostem de saber o que se passa na cabeça do nerd mais lindo do mundo *-*
Bom, sem mais enrolação. Aí está o capítulo :3
Boa leitura *-*



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– Droga! Onde estão os meus sapatos?

Mellany, a pessoa mais organizada do mundo – ironia – agora está tendo que passar pelo dilema dos sapatos perdidos.

Já revirei o closet inteiro tentando achar meu lindos sapatinhos da Saint Laurent, mas não obtive resultado.

Quando estava prestes a desistir, me deparei com uma sacola fechada e esquecida no canto de uma das prateleiras.

Mas é claro! Sou uma pessoa tão disposta que nem os sapatos novos eu tirei da caixa...

Peguei-os e os coloquei junto do vestido. Corri pro banheiro e tomei banho o mais rápido possível. Assim que terminei, me vesti e penteei os cabelos. Peguei a bolsa e o celular, e desci as pressas, dando de cara com a Tiffany sentada no meu sofá.

Mas o que ela está fazendo aqui a essa hora?

– Sua vaca, o combinado não era você chegar às nove? – perguntei.

– Sabe, é que já são nove e vinte. – ela respondeu.

Olhei o relógio e pude conferir que estava realmente atrasada. Sabe, nunca fui uma pessoa muito pontual.

– Ah, foi mal pelo atraso- me desculpei. – É que eu não conseguir achar meu sapatos em lugar nenhum!

– Nossa, que grande motivo! – ela ironizou. – por favor, né Mellany? Você tem mais de 200 pares de sapato. Custava usar outro?

– Acontece que eu queria usar esse! – justifiquei.

– Acontece que eu queria uma Ferrari, mas tenho que me contentar com o meu Mercedes. – ela zombou.

Como se o Mercedes não fosse um carro bom...

– Enquanto você fala mal do seu Mercedes, eu to aqui lhe pedindo carona porque o meu Porsche tá na oficina. – falei.

A vida é mesmo injusta.

– O que houve com o seu carro? – ela perguntou.

– Nada. Mas minha mãe insiste em fazer revisão todo mês, daí ela pegou meu carro hoje, em plena sexta-feira, pra levar na oficina. Vê se pode? – revirei os olhos.

Por melhor que fosse a intenção da minha mãe, me deixar sem carro na sexta-feira não foi legal. Ela sempre faz isso. E na maioria das vezes, não me avisa.

– Mas é pra isso que você tem essa amiga perfeita. – ela apontou pra si mesma. – Pra te salvar! Sabe, eu deixo a mulher maravilha no chinelo. – ela se gabou.

Convencida? Não, imagina. Só o ego dela que é inflado demais.

– Com que você aprendeu a ser convencida desse jeito hein? – perguntei.

– Com quem deve ter sido né? – ela perguntou sarcástica, olhando diretamente pra mim.

– Espera um pouco. O que você tá querendo insinuar? – perguntei me fingindo de desconfiada.

Eu sei bem que a indireta foi pra mim e tals, mas perguntar não tira pedaço. Sem falar que eu amo irritá-la!

– Eu não to querendo insinuar nada! – ela se defendeu. – Você que distorceu o que eu disse.

– Sei, sei... – e assim encerrei o assunto.

Avisei a minha mãe que já estávamos de saída e logo após, saímos. Tiffany – a louca – dirigiu com se estivesse num filme de Velozes e Furiosos. Perdi as contas de quantos sinais vermelhos ela ultrapassou. Ainda ligou o rádio numa altura absurda e ficou cantando – mal e alto também – It's My Party.

– Nossa, se sem beber já está assim, imagina quando chegar na festa. – comentei.

– This is Friday amiga! – ela gritou. – A gente tem que se divertir! – falou como se fosse óbvio.

Apenas balancei a cabeça negativamente e ri. Definitivamente, Tiffany tem algum tipo de doença mental.

– Você é doida! – foi só o que eu disse.

Minutos depois, chegamos a festa. Descemos do carro e – como sempre – atraímos todos os olhares.

– Liga não, vida de famoso é assim mesmo! – nem tive tempo de raciocinar sobre o que a Tiffany disse, até porque, ela mesmo saiu me puxando.

Assim que entramos, deu pra ver a multidão que estava ali dentro, dançando ao som de Feel So Close. E com minha amiga meio – meio não, completamente – doida, não foi diferente. Bastou ela ouvir a música pra começar a dançar também.

– Tiffany, você bebeu? – perguntei.

– Ainda não. – ela fez questão de frisar o “ainda”.

Antes que eu perguntasse mais qualquer coisa, ela sumiu do meu campo de vista.

Eu já falei aqui que ela é doida?

Nem procurei muito por ela. Quer dizer, nem foi preciso. Afinal, logo depois ela apareceu do meu lado com uma garrafa de vodka pela metade.

– Agora sim eu bebi! – ela disse e deu uma risada histérica.

Em seguida, deu um gole enorme na garrafa e me ofereceu.

– Não, valeu. Vou deixar pra beber mais tarde! – neguei. – E você não acha que está exagerando não Tiff? – perguntei.

– Eu? Exagerando? – ela riu. - Eu só to começando!

– Já vi que hoje vai ter! – comentei rindo também.

Tiffany sempre fica muito alterada quando bebe. Parece que a loucura dela triplica.

– Olha ali, Brian e David! Vamo pra lá! – eu nem pude responder e ela já foi me puxando.

Chegamos lá e os dois estavam rindo feito hienas.

Quando eu digo que só ando com doentes mentais ninguém acredita em mim...

– Qual é a piada? – Tiff perguntou chamando a atenção deles.

Quando pararam de ri pra nos encarar, Brian foi o primeiro a se pronunciar:

– Caramba, como vocês estão gostosas! – ela falou mordendo os lábios. – Inclusive você Tiffany. – ele deu um sorriso malicioso. – Dá uma voltinha... – ele pediu.

– Cala a boca Brian! – David lhe deu um tapa. – lembra que aqui é todo mundo amigo. – ele fez questão de frisar o “amigo”.

– Você é o que menos pode falar isso. – Brian deixou o David confuso. – Eu sei bem que você e a Tiffany já andaram se pegando. – ele concluiu e o David ficou roxo de vergonha.

– Nossa, eu e o David já ficamos? – Tiffany se fez de desentendida. – Deve ter sido tão ruim que eu nem me lembro...

Vai começar a sessão de provocações.

– É, mas eu lembro bem de você dizendo que meu beijo era ótimo. – David respondeu bravo.

– Então eu devia estar bem bêbada pra falar um absurdo desses. – ela revidou.

Minha única reação foi rir. Rir até a me cansar.

É, pelo visto essa festa promete.

P.O.V Logan

“Biip, biip, biiip”.

Esse era o som irritante que o meu celular estava fazendo.

É, parece que não foi mesmo uma boa ideia colocar o sinal sonoro das mensagens tão alto.

Passei a mão pela cama e encontrei o iPhone jogado em um canto. Peguei e quando o liguei, quase fiquei cego.

Preciso me lembrar de diminuir o brilho da tela. Pelo bem dos meus olhos...

Quando voltei a enxergar normalmente, percebi que eram 02:35 da madrugada.

Eu só espero que o infeliz que esteja me fazendo acordar, tenha um bom – bom não, um ótimo – motivo pra estar me enviando essa mensagem.

Mal desbloqueei o celular e já pude ver estampado na tela o nome “Brian”. Mas é claro... Qual é o outro irmão lesado que eu tenho além dele? Exatamente. Nenhum!

Eu até me preocuparia com ele, mas depois de ler a bendita mensagem, minha única vontade foi de estrangulá-lo até a morte.

“Davhgdmedeimjuxousoowrzinnhonkwafescoutavemymfmebusqfhcar”

Era isso que estava escrito.

Agora vê se eu não tenho razão pra querer acabar com ele? Com certeza esse peste deve estar bêbado e deve ter enviado essa mensagem sem perceber. Ou não.

Por um milagre, depois de ter me esforçado muito, consegui decifrar a mensagem subliminar.

Davhgidgrwmevscdeimjuxouosoowrzinnhonkwnawerfescoutahagvemymfmedsgbusqfhcar” (David me deixou sozinho na festa. Vem me buscar).

E o “por favor”? Fica aonde?

Mas só podia ser... Sempre que acontece alguma coisa com o Brian, sempre acaba sobrando pra mim.

Irônico não? O irmão mais novo cuidando do irmão mais velho. Deveria ser ao contrário, né? Mas é melhor assim. Porque desnaturado do jeito que o Brian é, com ele cuidando de mim, eu corro mais perigo do que sem ser cuidado por ninguém.

Bom, mas como eu sou uma pessoa muito prestativa e gosto muito do meu irmão, resolvi ir buscá-lo. – mentira, eu só vou porque de uma maneira ou outra, ele vai me incomodar, seja mandando mais mensagens ou ligando pra mim.

Suspirei pesadamente e levantei. Me vesti, peguei as chaves do carro e desci rapidamente. Fui até a garagem e rumei até a casa da Karin.

Sério, só o Brian pra me fazer acordar de madrugada e ainda sair. A sorte dele é que eu fiquei sabendo da festa, se não, apodreceria lá.

Mal cheguei, e a música alta já podia ser ouvida. Eu só não entendo como os vizinhos conseguem dormir com esse barulho infernal. Estacionei e entrei.

E me arrependi. Porque a aglomeração de gente era tanta, que quase não dava pra respirar direito. Engraçado. Uma casa tão grande, se torna tão pequena quando se enche de gente.

Procurei o meu irmão querido – ironia nível master – pelos 7 cantos da casa e nem sinal dele. Quando estava prestes a desistir, senti meu celular apitar novamente. Peguei e vi que era outra mensagem do Brian.

“nãhubo precibsisa mahsdgis vir voaesu dormfir na casfba da Penvbny

Nossa, pelo menos dessa vez ele conseguiu apertar a barra de espaço! E por causa desse milagre, eu consegui ler a mensagem sem muito esforço:

hubo precibsisa mahsdgis vir voaesu dormfir na casfba da Penvbny (Não precisa mais vir. Vou dormir na casa da Penny.)

Se eu fiquei irritado? Muito.

Se eu quero matar o Brian? Lógico.

Se eu sei quem é Penny? Não.

Só espero que seja um travesti psicopata e que mate o Brian. Porque pra o bem dele é melhor que ele morra. Se não, de manhã, quem vai acabar com a vida dele sou eu.

Depois de ter sido feito de idiota por um cara mais idiota ainda, que estava bêbado, só pra constar, resolvi ir embora. Antes que arrumasse outra encrenca por aqui.

Me dirigi até a saída, mais fui interrompido por uma pessoa que esbarrou em mim. Era uma garota. E eu até discutiria com ela, se não fosse pelo fato de estar sem paciência e pelo fato dela estar chorando.

– Ei, tá tudo bem com você? – perguntei.

Sem respostas.

– O que aconteceu? Fala pra mim... – insisti.

Certo. Se eu realmente tivesse consciência eu deixaria a garota aqui e iria pra casa – tentar – voltar a dormir. Mas não. Eu estou aqui feito um retardado, tentando ajudar.

É, com certeza eu vou arrumar algum problema, mas tanto faz...

Fiz as mesmas perguntas mais uma vez, e novamente, ela continuou sem reagir.

Bom, alguém aqui tem que fazer alguma coisa né?

Levantei seu rosto com cuidado, mas só faltei cair pra trás quando vi quem era ela.

E não. Não era a Angelina Jolie, nem a Britney Spears, e muito menos a Megan Fox.

Era simplesmente a última pessoa que eu poderia imaginar encontrar naquele momento, e naquele estado.

– Mellany?

É, já vi que a madrugada vai ser longa. Muito longa...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado - eu acho que não ficou muito bom, mas é isso aí '-'
Deixem suas opiniões nos reviews e me façam felizes ♥
Até logo :*