Stay Strong escrita por Mandie Cruz


Capítulo 35
Dia Um, Prova Um


Notas iniciais do capítulo

Não, não digam que demorei, pois eu sei muito bem disso.
Para vocês saberem, eu escrevi e apaguei esse capítulo mais de dez vezes.
Então finalmente consegui algo que passasse no meu conceito de "Tá bom, da pra postar".
Pedindo desculpas pela demora excessiva, deixo-os com esse mais novo capítulo.



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Três meses passaram-se desde meu infeliz encontro com a Fairy Tail e minha pequena aposta com os Dragon Slayers da mesma. Uma parte de mim sente-se mau por apostar em algo tão delicado quando seus dragões supostamente desaparecidos, obviamente essa mesma parte só se sente mau por causa de Wendy e Gajeel – mesmo esse sendo um grosso brutamontes, porém, ao contrário dos outros ele nunca foi contra mim – deixando de lado qualquer sentimentalismo direcionado ao Dragneel. Contudo, eu não posso voltar atrás e permaneceria seguindo o plano, não importa o que aconteça.

Nesse período antes dos Grandes Jogos fui capaz de recolher todas as chaves brancas e negras. Admito não ter sido uma tarefa fácil, com aqueles enormes mostrengo feios de doer até a alma, no entanto, eu recebi a ajuda de Serena, Katie e Angelice, claro que Yume e Rosette nos acompanharam – quando minhas meninas não me acompanham? Na minha opinião eu precisava do auxílio delas, porém, dentro de mim alguma coisa dizia o contrário e me ordena agradecer. Eu sempre sufocava esse vozinha. A vozinha do meu eu fraco que não se permiti calar, que não me faz esquecer meu passado. Lilian diz que essa voz é boa, por que ela jamais me deixará esquecer que sou humana e que tenho sentimentos. Eu já não concordo muito com ela, a meu ver essa voz só me trará problemas.

As relíquias eu conquistei sozinha. Ninguém além de Rosette e Yume sabiam o motivo de eu escapar no meio da noite em certas cidades. Infelizmente, mesmo eu obtendo todas as relíquias, eu continuava sem saber como utilizá-las e por causa estou começando a cogitar dos famosos poderes especias dessas armas. Será que as lendas eram verdadeiras? Se fossem, então o problema da questão seria eu, entretanto, eu jamais adotaria essa opção, pois seria concordar que falhei na minha missão.

Prosseguindo, faz algumas semanas Hiromi decidiu a formação do time que representaria a guilda. Claramente, as escolhidas foram Angelice, Katie, Serena, Yume e eu. Rosette fora escolhida como nosso apoio. Se alguma de nós não pudesse competir, ela estaria a disposição. Nesse dia houve uma enorme comemoração e todas já estavam certas da vitória. Bem, comigo no time nós venceríamos. Também não permitiria a derrota, porque eu não perderia a aposta com Natsu. Seria uma afronta ao meu orgulho. Meu orgulho grande e extravagante.

Os Grandes Jogos se iniciava nesse momento e eu apenas aguardava a anunciação da Sacred Phoenix. O nervosismo abatia-me naquele instante, intenso que me fazia sentir tonta. A gritaria da plateia me atordoava. Eu escutava claramente as outras guildas adentrando na arena. E o ar travava-se no meu pulmão. A maioria havia ocupado as mesmas classificações do último Jogos, até mesmo a Fairy Tail, as únicas mudanças ocorreram no primeiro e segundo lugar. Alguém – nós – havia destronado a Sabertooth.

As mãos de Yume e Serena encostaram-se na minha e notei que elas suavam, assim como eu. Percebi que Angelice e Katie também uniram as mãos e estavam me encarando como se perguntassem mentalmente se estava tudo bem participar dessa competição. Eu realmente não sabia se era a coisa certa a se fazer, muito menos se Lilian e os dragões aprovariam essa decisão. E isso me assustava, pois uma sensação interna semelhante aquela vozinha me avisava que se entrasse na arena algo grandioso aconteceria. Talvez fosse apenas impressão minha. Ou talvez fosse meus instintos de dragão tentando me alertar para a loucura que eu cometeria. Ou fosse o resultado do meu nervosismo de aparecer para todo continente de Fiori por causa dos Jogos. Prefiro acreditar na terceira alternativa.

– Ficará tudo bem. – disse. Não para convencer minhas companheiras de time, aquilo era voltado mais para mim do que para elas. No entanto, maneando a cabeça elas afirmaram e olharam para frente, esperando sermos chamadas pelo apresentador.

Fechei os olhos, precisa me acalmar e me concentrar, esvaziar minha mente e não me descontrolar. Lembrei-me das minhas meditações forçadas pela manhã. O segredo para controlar perfeitamente meus poderes dá-se ao foco. Eu precisava de foco, concentrar-me em apenas uma coisa e me desligar de tudo que fosse uma distração. Respirei fundo inalando a maior quantidade de oxigênio possível e depois deixei escapar um suspiro longo.

Finalmente, o primeiro lugar foi anunciado e o nome Sacred Phoenix ecoou com potência pelo apresentador. Ele dava ênfase de nós sermos uma guilda feminista formada pela ex-modelo Hiromi. Dei-me conta que teríamos de entrar, eu teria de encarar os outros participantes e receber os olhos incisivos dos desconfiados e dos membros da minha antiga e odiosa guilda.

Apertei as mãos das minhas companheiras e repensei Ficará tudo bem, nossos pés moveram-se quase que por vontade própria para frente e nossas posturas foram altivas. Não ficaríamos para baixo, não demostraríamos nosso nervosismo e medo. O sol alcançou nossos rostos e quentura confortante dele deixou-me tranquilha, recordava-me do território de Seraphina. As melhores férias da minha vida e minhas inúmeras vontades de afogar certa dragonesa cinzenta estavam localizadas naquele território maravilhoso.

– Esperem um momento! – o apresentador – a qual não me lembro o nome e nem quero lembrar – exaltou-se. Sinceramente, mesmo que eu fosse um pouco egocêntrica, não queria que as atenções recaiam sobre mim. Por favor, não seja sobre mim! Por favor! – Aquela competidora loira da Sacred Phoenix é parecidíssima com a falecida Lucy Heartfilia.

O.k., não gostei quando ele usou “falecida” na sua frase. Ele poderia conjugar o verbo no passado, eu não me importo, mas me chamar de falecida… Isso é outra história! E o pior a plateia entro em alvoroço! Esse apresentador maldito!

– CALEM-SE! – na aguentei mais e berrei com toda a força que meus pulmões suportavam. Respirei profundamente. Minhas companheiras de time fitaram-me como se eu fosse uma louca. Bem, como elas se sentiriam se um qualquer as chamasse de falecida? No meu caso, eu estou com um pouquinho – isso quer dizer muita – de raiva. Eu não estou morta! Cacete! – Não sejam idiotas! Primeiramente eu não sou parecidíssima com Lucy Heartfilia, EU SOU ELA! Segundo, EU NÃO ESTOU MORTA!

Todos ficaram em silêncio, acho que eles aguardavam outro surto dessa maluca aqui. Ou talvez estavam tentando processar as informações novas. Sabe, algumas pessoas são muito lerdas comparadas as outras. Tipo, eu conheço alguns dragões e até mesmo Dragon Slayer. Após a digestão das informações, que eu passei com tanta gentileza – só que não –, todos. Quando digo todos, são todos mesmo entraram em alvoroço. De novo.

Escutar tantas vozes, em um timbre tão alto fizeram-me tampar as orelhas no mesmo instante. Não suportavam sons altos, mas ao contrário do Cobra, eu não ficava vulnerável por causa disso. Eu treinei para suportar tais coisas. Contudo, mesmo assim, não é algo agradável, sendo muitíssimo irritante. Agora, eu entendo por que todos no mundo dos dragões pediam-me para não exageram no meu tom de voz.

Então veio a conclusão de apresentador maldito, e sua voz soou como se tivesse se recuperado da maior surpresa da sua vida:

– Pelas informações que eu recebi do registro da Sacred Phoenix, está competidora é realmente, Lucy Heartfilia. Bem, ninguém esperava vê-la novamente desde os acontecimentos de quatro anos atrás. Seja bem-vida, Lucy-san!

Minha expressão ficou emburrada. Eu não necessitava de suas boas vindas, principalmente da pessoa que me deu como morta – ele disse falecida, mas é tudo a mesma coisa – a minutos atrás. Virei meu rosto para esquerda e não me surpreendi de encontrar as faces da Saber. Reconheci rapidamente, os dragões gêmeos, Sting e Rogue. Rufus e Orga também. O quinto membro eu sinceramente esperava ser ou Yukino ou Minerva, infelizmente, o que vi foi uma garotinha baixinha de cabelo azul-claro, que dava a impressão de serem brancos como a neve. Ela vestia-se como se sentisse frio, um longo vestido azul-royal, com detalhes brancos na gola, nas mangas e na barra da saia. Calçava um par de botas de inverno pretas e no cabelo uma boina de crochê preta com uma flor branca. Se essa menina está no time da Saber, quer dizer que ela é forte e seria um desafio divertido. Escutei Yume rosnar ao meu lado, isso significava que ela queria lutar contra essa garota.

Sorri cinicamente, fingindo um doce sorriso e cumprimentei-os:

– É um prazer revê-los.

Mas antes que eles tivesse a oportunidade de responder-me, voltei-me para Serena e puxei assunto com ela. Porém, ao mesmo tempo, observei as outras guildas, os dois times da Fairy Tail, os exagerados da Blue Pegasus, as sereias Mermaid Heel, a Lamia Scale com Jura e Lyon, e os perdedores – na minha opinião eles ficaram em último – Quatro Cerberus com aquela frasezinha Wild Four!

Então, a mascote, sabe aquele com cabeça de abóbora, Matto pronunciou-se, falando sobre a primeira prova do dia:

– A primeira prova se consistirá em uma queimada – kabo!

– Queimada? Será possível que eles não tinham nenhuma ideia melhor – kabo. – Katie sussurrou imitando Matto e arrancando algumas risadas de nós.

– Brincadeiras a parte, Katie você sabe que o Matto é o rei, né? – perguntei-lhe arqueando a sobrancelha.

Ela, assim como o meu grupo pareceram se aproximarem mais de mim e com os rosto inundados de estranheza e gritaram:

– O QUE?

– FIQUEM QUIETAS!

Ficamos mudas e percebemos que todos nos encaravam – quero dizer todos já nos encaravam antes, por minha causa, mas agora nos encaravam como se fossemos loucas, o que de certo modo não está errado. Sim nós somos um bocadinho malucas. E Matto continuou a explicar a prova:

– Cada representante de seus respectivos times deveram se posicionar atrás da linha vermelha. – Matto falou indicando a linha no centro da arena. Como não notei isso? – Ao contrário da queimada normal, os participantes quando forem atingidos não sairão de campo, mas também não poderão atacar, apenas desviar. Não será permitido a utilização de escudos ou proteções feitos de magia. Enfim, decidam-se entre si quem representará o time.

Suspirei e então perguntei:

– Quem vai?

– Eu poderia ir-kabo! – Katie falou.

– Pare de imitar o Matto! – Serena a repreendeu.

– Não consigo-kabo! E divertido-kabo! – Katie rebateu.

Bufei.

– Eu vou. – Angelice candidatou-se.

A fitamos com interesse, ela não costuma se candidatar a nada.

– O foco dessa prova é a velocidade para se desviar e boa mira. Duas coisas que sou realmente boa. – Angelice explicou acrescentando. – Se a Saber escolher Rufus teremos grandes problemas, e como a maioria das pessoas desconhecem minhas habilidades como Angel Slayer, posso chutar que nem mesmo o “Sr. Memorizador” tenha conhecimento dela. Então será uma vantagem. Também tentarei tirar Rufus da prova o mais rápido possível.

Pensei. Ela está certa ao analisar desse modo e mesmo minha magia sendo diferente dos Dragon Slayer comuns eu não desejo demostrá-la no momento, na realidade só revelarei esse segredinho em combate. Um combate com certo Dragneel de cabelos rosados e um tanto imbecil. Balancei a cabeça em concordância e decretei:

– Sim, você tem toda a liberdade de participar dessa prova.

Como se ela precisasse da minha permissão. Ela participaria dessa prova com ou sem minha permissão.

~~~***~~~~

Narrado por Autora.

Todos os competidores estão em suas posições, no lado esquerda estão Rufus da Sabertooth, Angelice da Sacred Phoenix, Juvia da Fairy Tail time B. Enquanto do lado direito estão Natsu da Fairy Tail time A, Eve da Blue Pegasus, Millianna da Mermaid Heel, Chelia da Lamia Scale, Rocker da Quatro Cerberus. Evidentemente, nenhum deles formavam uma equipe e estavam prontos para se atacarem quando for preciso.

– Só por que a prova se chama queimada, não quer dizer que esteja relacionada ao fogo. Imbecil. – Lucy balançou a cabeça amargamente. – Bem, acho que isso é vantagem para nós! – deu de ombros.

– Com quem ela está falando? – sussurravam Serena e Katie uma para a outra.

Na arena, todos já se atacavam e desviavam. Angelice como disse a seu time era rápida o bastante para se desviar e rápida o bastante para atacar. A maioria de seus ataques eram voltados para Rufus, porém, ela não ignorava os outros participantes, tendo acertado Rocker três vezes, Eve duas vezes e Millianna apenas uma vez. Mas ela não estava na frente, sendo ultrapassada por Rufus.

– Vai lá! Você consegue! Vai Angelice! – as magas da Sacred Phoenix gritavam em torcida por sua represente.

Angelice sorriu. Não perderia. Não deixaria aquele loiro mascarado vencê-la tão facilmente. Uma bola de fogo vinha em sua direção e quando estava prestes a ser atingida saltou. Ela tinha um plano. Um plano que acabaria com tudo aquilo, no entanto, ela precisava alcançar uma altura ideal. Usando sua magia, criou asas brancas semelhantes à de um anjo nas suas costas e voou.

– ASAS BRILHANTES DO ANJO DE LUZ!

Duas rajadas de luz cairão sobre a arena e a poeira levantou. E por vários minutos, que pareceram horas, ninguém pode ver nada além de Angelice.

– O que aconteceu na arena? Não consegui ver nada? – Chapati Lola, o apresentador gritou no microfone.

Angelice sorriu. Claramente ela tinha acertado todos.

– Inacreditável! – Chapati exclamou. – E a vencedora da prova de hoje, Angelice pela Sacred Phoenix!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Yes or No? E o final ficou muito puxado?



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