Stay Strong escrita por Mandie Cruz


Capítulo 33
Magnolia


Notas iniciais do capítulo

Peço mil perdões pela demora na postagem deste capítulo, como posso dizer, os resultados das provas foram bons, porém eu ganhei um horário de estudos bem rígidos, então as coisas ficaram bem difíceis por aqui. E também apareceu um abscesso na minha orelha, uma semana de noites mau dormidas e muito desconforto pelas manhãs e tardes, em fim fui ao hospital está segunda e o doutor - muito bonito por sinal - drenou. Tive de usar curativos até está manhã.
Deixo-os com este novo capítulo.
Com carinho, Mandy.



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Finalmente desembarquei na estação de trem de Magnolia, ainda sofria os efeitos da longa viajem, o almoço revirava-se no meu estômago e meu rosto havia ganhando uma coloração verde-musgo. Carregava a desmaiada Yume nas costas, jurava ver seu espírito esbranquiçado sair por sua boca. Já Rosette planava acima de nossas cabeças, analisando a cidade.

Cessei meus passos, esperando minhas "companheiras" indesejáveis me alcançarem. Elas obviamente acreditam que eu não as perceberia, contudo nada escapa do meu olfato apurado. O aroma de rosas vermelhas contra o vento num dia chuvosos e metal frio de Katie; o perfume de lírios selvagens misturado com menta de Serena, recordava-me vagamente o de Seraphina; a essência de girassol de Sunny e a fragrância doce-amarga incomum, mas nenhum pouco de Angelice. Eu reconheceria os cheiros delas a quilômetros de distância que nem mesmo uma multidão poderia camuflar.

Rodei nos meus próprios calcanhares e encarei as quatro - contando com a exceed - magas aproximando-se. Elas são uma combinação diferente - para não chamar de esquisita -, uma morena, uma azulada, uma alaranjada e uma prateada. Serena vestia uma regata azul-escuro como o céu noturno abaixo de uma jaqueta branca, um short jeans cinza com pequenos rasgos e calçava um par de coturnos marrons, o cabelo preso em um coque desleixado. Katie usava uma blusa vermelha transparente sobre um top preto, calça de couro apertada nas pernas magricelas e calçava rasteiras, o cabelo castanho desarrumado. Angelice vestia-se como no dia em que nos conhecemos, um longo e grosso vestido preto rendado e luvas de renda, o cabelo domado num rabo de cavalo perfeito. Estranhamente, Sunny fantasiou-se de urso-negro, porém resolvi não comentar.

Cruzei os braços inquisitiva, aguardando alguma explicação da parte delas, afinal por que estavam me seguindo?

– Hiromi pediu para segui-la, alegando que provavelmente você faria besteira. - Serena pronunciou-se. - Estamos preocupadas.

Revirei os olhos dramaticamente, eu não faria besteira - pelo menos é o que espero -, apenas estou numa missão simples, em busca de uma chave muito especial que foi selada em outra dimensão - para conquistar esta chave terei de batalhar contra um monstro ou quem esteja guardando-a -, a qual o portal que leva a está dimensão está escondido nesta cidade. Pensando bem, está missão não tem nada de fácil e é um pouquinho suicida. Mas eu dou conta.

– Eu não preciso de babá. - resmunguei. - Sei cuidar de mim mesma, e tanto a preocupação de vocês quando a de Hiromi é sem fundamentos.

Rosette pousou no chão e tomou sua forma humana, e sem compreender nada mandou-me um olhar duvidoso: Você as convidou? Neguei e retornei a observar as minhas supostas "nakamas".

– Que tal procurarmos um lugar para dormirmos está noite. O que acham? - Angelice perguntou quebrando o curto espaço de tempo que ficamos em silêncio.

Notei que o céu escureceu rapidamente e nesto momento as únicas luzes que iluminavam aquela noite, retirando os poste, eram das estrelas e da lua. A rua possuía uma movimentação leve, quase nula. A maioria dos cidadães deveriam estar aproveitando o conforto dos lares, ou enfiados em algum barzinho ou simplesmente de bobeira. Não havia mudanças drásticas desde minha infame expulsão da Fairy Tail.

Enquanto procurávamos um lugar seguro para passar a noite, evitamos qualquer caminho próximo ao da guilda das fadas. Foi uma longa busca, no entanto, nos deparamos com uma pensão vizinha da floresta. Era uma casinha pequenina de teto baixo, numa placa de madeira estava escrito em um garrancho vermelho e chamativo: Pensão da Senhora Ella, temos vagas. Adentramos na residência, as parede num tom pastel estavam desgastas e necessitavam de uma repintura urgente, o chão coberto por um carpete vinho tinha um cheiro bom. Cheiro de morango. Atrás do balcão de ferro, uma senhora grisalha sorria amigável e reparava nos nossos gestos.

– Me chamo Ella. - a senhora apresentou-se quando estávamos próximas o suficiente. - O que desejam?

– Gostaríamos de quatro quartos, por favor. - eu pedi.

Ella virou de costas e da prateleira embutida na parede pegou quatro chaves antigas e nos entregou, apontando em direção ao corredor. Após o jantar oferecido pela pensão, nos reunimos no meu quarto. Angelice esticou um papiro amarelado no chão, não havia nada escrito nem desenhado nele. Estava completamente em branco.

Arquei a sobrancelha sem entender o sentido deste ato, o que ela pretendia? Pensei que ela soubesse a localização exata das chaves, mas para que servia o papiro. Ela inclinou a cabeça para o lado e alisou o papiro, como aquilo trouxesse lembranças, não sei ao certo.

– Mostre-me Magnolia. - Angelice ordenou.

Linhas finas e escuras fixaram-se no papel, desenhado variáveis ruas, entradas e prédios. Os nomes dos locais piscavam em 3D.

– Empreste-me sua chave negra, por favor. - Angelice pediu.

Eu queria questionar, entretanto, aparentemente ela ajudaria-me a encontrar a localização exata do portal. Mas ela não sabia onde está? Ou será que ela me enganou? Decidi cooperar, não havia mal nisto e se ela tentasse me passar a perna, como posso dizer? Ela acordará careca e sem um dos membros do corpo, ainda não me decidi qual. Entreguei-lhe a chave de Char e orei para que o demônio não percebesse que deixei uma total estranha ter em mãos sua tão preciosa chave.

Segurando o objeto na mão esquerda, balançou-o a centímetros do papiro/mapa de Magnolia e disse: - Eu pesquisei as cidades em que todas as chaves estão, todavia, nunca consegui achar os portais. Quero dizer, nunca busquei a fundo, já que minha ordem era guardar e proteger a chave que você conquistou. - ela deu uma pausa fixando o olhar em mim.

Um ponto do mapa iluminou-se em dourado, acendendo e apagando repetitivamente sinalizando o local do portal e, bem, não fiquei nem um pouco satisfeita em saber que aquela maldita chave está escondida na Fairy Tail. Sério, aquilo só poderia ser sacanagem com a minha pessoa! Merda! Eu fiz de tudo para não me trombar com nenhum mago, especificamente alguns em especial, desta guilda e é exatamente isto que ganho no final.

– É, você vai realmente fazer uma besteira. - Serena suspirou. - E o pior de tudo é que nós vamos ajudá-la.

***

Sentia-me muito nervosa, minhas mãos suavam e o frio na barriga me incomodava. Não havia motivos para isso, repetia internamente. Eu podia e iria fazer isso, e nada poderia me impedir. Estou forte, ninguém poderia me vencer. Então qual é a raiz desta insegurança? Onde está o sentido desse nervosismo? Tudo estava tão bem planejado e está mais do que na hora de encarar eles, não é? Eu tinha de resolver esses problemas, este trauma - que pessoalmente não gosto de admitir - emocional. Superá-lo, pois sou superior.

A distância entre a porta e eu diminuíam a cada passo, meu coração acelerava e eu não consegui acalma-lo. Por que? Mantenha a calma, Lucy. Ergui meu braço e o encostei na porta de madeira, fechei os olhos e com o empurrão mais forte que pude dar naquele momento abri a porta, revelando-me para os membros da Fairy Tail e não final só pude escutar meu nome sendo dito em timbre de total surpresa.


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Notas finais do capítulo

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