Stay Strong escrita por Mandie Cruz


Capítulo 24
Território de Seraphina, Final


Notas iniciais do capítulo

Nem vou me desculpar pela demora por que vocês caros leitores devem estar de saco cheio de minhas desculpas esfarrapadas, então vamos ao que importa!
Um novíssimo capítulo acabou de sair e espero que os agradem.
Com carinho e medo de fazer a prova de física amanhã, Mandy!
PS: Eu pretendia postar um novo capítulo ainda esse mês, porém meu aniversário está chegando e isso se torna impossível, então se não for pedir demais caros leitores, poderiam esperar até mês que vem



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Narrado pela autora.

– Este cheiro está me incomodando. – comentou Lilian calmamente enquanto fitava o seu estrelado naquela noite de luau. O cabelo cor lilas estava preso em uma traça de lado e a franja encobria seu rosto.

– Digo o mesmo. – concordou Acnologia tocando os lábios na garrafa de vidro deixando o líquido atravessar queimando a garganta. – Mas você acha que “eles” estão tentando invadir o território? Pois se estão tentando, estão fazendo isso no momento errado, há muitos dragões reunidos no local e com certeza perderiam se tentassem.

Lilian deu de ombros e farejou o ar um pouco mais conferindo apenas por segurança se não havia nenhum penetra indesejável na comemoração. O resultado foi um “não”, porém algo dentro de si gritava contrariado o olfato apurado da dragonesa. Inquieta cruzou as pernas sentada no banco de madeira e virou-se para Acnologia.

– Me de um gole, preciso de algo para atordoar meus sentidos. – ordenou com superioridade. Acnologia arqueou a sobrancelha, cruzou os braços acima do peito e fez uma expressão debochada sorrindo de canto.

– Então vossa majestade deseja beber whisky, que interessante, pena que está garrafa é apenas minha. – dita a frase ele virou a garrafa engolindo em uma única vez o líquido. Terminando teve de soltar aquele som de “Ah” – Como estava boa.

Sacana. – pensou Lilian marchando em direção a uma barraquinha de bebidas alcoólicas e sentando-se a frente do balcão logo sendo atendida pelo bar man encantador. Ele perguntou o que a rainha deseja beber.

– Apenas me de o que você tiver de mais forte.

O bar man confirmou e começou a preparar a “bebida mais forte que tinha”, Lilian ainda sentia o cheiro desagradável penetrar suas narinas e ativar seus instintos mais primitivos de fêmea dominante que detesta invasores que pretendem conquistar seu reino. Ah, isso seria inaceitável! O bar man entregou-lhe uma taça com líquido azul-claro, Lilian antes de beber cheiro o fluido e constatou que seria segura. No primeiro gole sentiu o doce invadir sua boca, fazendo-a se deliciar mais um pouco com o gosto antes de deixá-lo descer gelado pela garganta, por final lambeu os lábios em aprovação. Sim, aquilo que era uma bebida e tanto. Não demorou muito tempo terminou a primeira taça e logo pediu outra que foram seguidas por mais cinco.

A dragonesa podia constatar que seus sentidos aos poucos eram atordoados pelo álcool presente na bebida viciante de gosto adocicado. Entretanto o cheiro desagradável ainda pairava pela praia atiçando seus instintos. Lilian fitou o céu novamente, mas desta vez viu uma sombra escondendo-se entre as nuvens cinzentas, ela por sua fez apertou os olhos concentrado-se em vigiar a criatura que planava no ar. Bela hora para beber, pensou forçando a vista e desistindo quando não foi capaz de continuar. Teria de apelar.

– Acnologia! – gritou. Sabia que o dragão a escutaria de qualquer forma e foi assim que aconteceu, em poucos segundos Acnologia já estava ao seu lado a observando sem entender o porquê do escândalo. Quando o próprio perguntaria o que deu na dragonesa Lilian apontou para o céu. – Veja que merda é aquilo!

O dragão não queria obedecer por ser muito orgulhoso, porém também havia reparado na presença voadora acima de suas cabeças. Ele se concentrou e pode ver a criatura, um dragão gigante cor vermelho sangue com manchas pretas nas asas, cauda e cabeça. A palavra “maldição” piscou na sua mente igual a um farol. Segurando o braço de Lilian dirigiu-se na direção em que o dragão voava.

– §§§§ –

Sentada em um a pedra, Lucy via a queima de fogos sozinha, por opção própria. A multidão reunida no local deu-lhe claustrofobia e não aguentou ficar muito tempo junto aos dragões na forma humana, decidindo afastar-se. A água gelada do mar batia de leve em seus pés e molhavam a barra do vestido branco longo que Yuki havia escolhido.

Suspirando a loura levantou-se e caminhou pela areia, deixando sobre a mesma pegadas sem rumo. Talvez a estranha claustrofobia não tivesse motivo concreto, pensou colocando uma mexa dourada atrás da orelha, o cabelo estava solto e balança no ritmo do vento da noite. Talvez fosse apenas um simples nervosismo, porém algo dentro de si borbulhava como um refrigerante agitado avisando, de forma esquisita, que aconteceria alguma coisa. Sua garganta queimou e levou a mão para a pele que a cobria

Quando a maga daria mais um passo, uma pressão a fez cair de joelhos e os ferimentos já cicatrizados da batalha no território de Ace abriram-se despejando o sangue escarlate na areia branca. Desgraça, Lucy pensou imóvel sentindo o vento mais violento naquele local da praia lembrando-se do ataque de Acnologia na ilha Tenrou determinou que aquilo só poderia ser causado por um dragão. Virando-se contra o vento avistou um grande e assustador dragão vermelho com machas pretas. Engolindo em seco, Lucy, em uma tentativa falha tentou levantar-se, no entanto neste movimento foi contra ao chão pela força gravitacional imposta sobre seu corpo.

– Fraca. – Lucy não sabia a quem pertencia a voz, mas teve a sensação que fora o dragão avermelhado. – Realmente, não é algo para se preocupar, afinal é apenas mais um ser humano qualquer. – essa voz se infiltrava nos pensamentos de Lucy igual a um veneno infiltrava a corrente sanguínea e isso a tirava dos nervos. Queria ergue-se e gritar para a criatura que ela era algo para se preocupar e que não era apenas mais um ser humano qualquer. Queria disser que ela era diferente, que não era fraca.

– C..Cala boca. – pronunciou Lucy lentamente e virando o rosto machucado na direção do dragão olhando-o friamente. – Você não tem direito algum de me menosprezar. – a palavras saíram afiadas como navalhas. Lutando em oposição a força gravitacional e ficando de joelhos. Respirou fundo puxando o ar necessário. – Afinal quem é você para dizer isso? Você nem me conhece, não sabe nada de mim, então cala boca antes de falar de mim, seu dragão ridículo!

Mesmo que não se arrependa das palavras ditas, Lucy, no estado que está, certamente não deveria ter aberto a boca e insultado o dragão, pois o mesmo abriu a boca e puxou energia pronto para rugir e matar de vez a loira. Lucy fechou os olhos, esperando ser atingida e rezou mentalmente por um milagre.

Um. Dois. Três. Haviam se passado três minutos e nada, nenhuma explosão, nenhum corpo pegando fogo e tornando-se cinzas. Absolutamente nada havia acontecido. A maga reabriu os olhos verificando o próprio corpo e para o seu bem, ele estava completamente intacto. Suspirou aliviadanenhuma parte de seu corpo havia sido destruída.

– Lilian sua mira está péssima! – moveu o corpo para trás e viu Acnologia de braços cruzados debochando de Lilian, que estava parada com o braço esticado e a mão aberta fitando seriamente seu alvo.

– Fica quieto. – ordenou Lilian revirando os olhos e franzindo a testa. – Porque desta vez não errarei. – um sorriso brincou nos lábios da dragonesa enquanto mirava em seu alvo.

Mas que sorte, vossas majestades já estão presentes. – sibilou o dragão passando a língua entre os dentes de modo psicopata. Os olhos amarelados se acenderam perigosamente.

Acnologia aproximou-se de Lucy que permanecia de joelhos, segurando-a pelo braço arrastou para trás dele e de Lilian que matinha a posição. A maga não sabia o que fazer, seus músculos do nada ficaram rígidos e doloridos a impossibilitando de se movimentar. Entretanto mantéu a postura. Queria saber quem era aquele dragão e do por que estava lhe atacando, qual era o motivo de tudo e como ninguém além de Lilian e Acnologia perceberam a presença da enorme criatura alada.

– Quem é ele? – por fim a maga pergunto sem retirar os olhos do dragão avermelhado agressivo.

– Um descendente do Caos. As manchas pretas significam que se deixou consumir pelas trevas. – explicou Acnologia em um rosnado.

Ouvir a palavra “Caos” a fez lembrar das histórias contadas por Sívia e escritas em livros. O desespero em cada palavra ainda repercutiam em sua mente, atormentando-a. Lilian abaixou o braço e fechou as mãos retraindo os músculos da própria e em menos de segundos, o lugar da “humana” tinha sido substituindo por uma fera cor lilás que levantava voo ficando na altura do dragão avermelhado.

Isso não vai prestar – foi o pensamento de Lucy no instante que a batalha se iniciou de forma agressiva e mortal. Os ataques feitos eram patas poderosas com garras que atravessavam as escamas fortificadas dos dragões. A cada investida que Lilian recebia Acnologia afastava Lucy do local da batalha. Um nó formou-se na garganta de Lucy com a possibilidade de Lilian ser derrotada. O que aconteceria com o reino se isso viesse acontecer? Os dragões do Caos finalmente cumpririam seu objetivo? A maga balançou a cabeça negando essa hipótese. Ela tinha certeza que tanto Acnologia e Lilian quando os outros dragões não desistiriam tão cedo.

Lucy percebeu que Lilian e o dragão avermelhado se afastaram um do outro e abriram a boca. Estavam prestes a usar o rugido. Acnologia prevendo os acontecimentos jogou-se por cima da maga celestial e protegeu-a do ato futuro. Então os dragões rugiram, o rugido do dragão avermelhado nem de logo se comparava com o da rainha, que demostrava com simples rugido seu poder certamente descomunal. E por fim a vitória se sobressaiu no lado de Lilian.

Quando Acnologia se levantou percebeu que boa parte do local tinha sido destruído e uma gota escorreu, Ela precisava exagerar pensou balançando a cabeça. Lucy abriu os olhos e avistou a destruição e no meio de tudo lá estava Lilian em pé na forma humana, as roupas um pouco rasgadas e expressão seria diferente das usadas por ela normalmente. Verdadeiramente, os dragões tem um poder destrutivo, disso a maga tinha certeza, mas Lilian extrapolou esse conceito.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que isso os façam deixar comentários.