My Fallen Angel - EM REVISÃO escrita por Vick Winchester, Princesa Winchester


Capítulo 2
Capítulo 2- Sword e Cross - REVISADO.


Notas iniciais do capítulo

aii maais um cap da fic :)



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Daniel Grigori

Já haviam se passado uma semana desde o aniversário de Lucinda, agora ela já tinha seus dezessete anos e provavelmente estaria levando uma vida normal ao lado de pessoas normais.

Sem minha interferência em seu destino, talvez ela pudesse ter alguma chance de ser feliz. Mas no fundo eu sabia que sou egoísta o suficiente para jogar tudo para o alto e ir atrás dela para poder sentir novamente aqueles lábios, aquela pele macia e aqueles cabelos negros deslizando pelos meus dedos.

Ah como sinto sua falta, Luce.

—Daniel. – Ariane me chamou urgente interrompendo meus pensamentos.

—Qual é o problema dessa vez?! Cam?! Párias?! – Me levantei da cama dura que eu tinha naquele reformatório.

Ariane tinha um brilho nos olhos, ela sempre ficava assim quando estava apaixonada ou feliz.

—Advinha quem está a caminho da Sword And Cross?! – Ela esfregava animada as palmas das mãos. – Sim meu querido, Lucinda Price acabou de ser anunciada nos corredores daqui. – Cantarolou.

—Ariane, se isso for uma de suas brincadeiras de mal gosto... – Ameacei, mas ou ver seu semblante irredutível, eu comecei a acreditar que ela estaria falando a verdade. – Quem falou isso nos corredores? – Perguntei aflito.

—Daniel, eu não tenho motivos para brincar, eu sei o quão você sente falta dela, na verdade todos nós sentimos, mas ela realmente está voltando, e sobre quem me contou isso, bem, ouvi a Randy comentando com o diretor sobre ela. – Deu de ombros.

—Não acredito que ela voltou, isso é maravilhoso, ela voltou para mim Ari, minha Luce voltou para mim. – Não contive um sorriso, eu estava muito feliz com aquilo.

—Vamos com calma, Daniel. Você mais do que ninguém sabe que Lucinda vai estar correndo um grande perigo aqui, Cam assim que reconhecê-la vai querer tirar vantagem disso, Molly é a mesma coisa, esqueceu o quanto elas se odiavam nas vidas passadas?! Temos que ser cautelosos, não podemos colocar a vida dela em perigo só pelo fato de que você precisa saciar suas vontades. – Ariane me alertou de um jeito duro mas necessário.

—Acho que você tem razão. – Suspirei depois de alguns minutos. – Vai doer tê-la tão perto e não poder fazer nada, mas se isso garantir a segurança dela, me manterei afastado.

Minha amiga me puxou para um abraço e me deixei reconfortar pelo mesmo.

Lucinda Price

Desde aquele dia na festa eu não parava de me culpar pelo o que aconteceu. Eu sabia que ninguém poderia me acusar de tal coisa principalmente pelo fato de que não havia provas o suficiente para me incriminar.

Contudo, o que realmente me levou ao fundo do poço foi os laudos psiquiátricos que meus pais foram “obrigados” a entregar na audiência com os juízes. Eu tinha terrores noturnos em quase todos os dias durante três anos seguidos, muita das vezes eu era tida como paranóica ou coisa do tipo, mas ai eu comecei a tomar os remédios, e aos poucos aquilo foi passando até se tornar sonhos com o anjo de olhos violetas.

Mas a questão não é essa, e sim sobre Trevor, eu poderia dizer que ele era o mais próximo de um amor verdadeiro que eu conhecia e perdê-lo daquela forma tinha me abalado de um jeito que eu não podia explicar.

Malditas sombras.

Neste exato momento eu estava sentada no banco de trás do Mustang clássico do meu pai. Permanecíamos em silêncio desde o segundo que deixamos a casa. Eu tinha certeza que na cabeça deles coisas como “Meu Deus, nossa filha é uma assassina” ou “Aonde foi que erramos?” pairavam em seus pensamentos, e eu me permiti odiá-los por um momento por não acreditarem em mim.

—Acho que chegamos. – Minha mãe falou pela primeira vez.

Arrisquei dar uma olhada para o majestoso edifício vitoriano que estava ao meu lado e suspirei com pesar ao lembrar que passaria longos anos ali por um motivo injusto.

Desci do carro e peguei minhas coisas sem dizer uma mísera palavra.

—Querida. – Meu pai me chamou. – Amamos você independente dos fatos, seja forte.

Sorri fraco e acenei para eles, virei as costas e segui para o meu novo e sinistro lar.

A medida que eu ia entrando no saguão principal eu podia ouvir aos poucos uma voz dura dando certas instruções que eu ainda não sabia quais eram, mas foi somente quando ela ou ele (não me decidi sobre isso ainda) chamou meu nome que eu estremeci na base.

—Onde está a dondoca da Lucinda Price? – Varreu o lugar com olhos duros.

—Estou aqui. – Falei envergonhada.

A atenção pareceu se voltar totalmente para minha pessoa, mas um certo par de olhos esmeraldas me intimidaram mais do que os outros olhares.

—Começou bem, chegou atrasada, Price. – O ser humano não identificado esbravejou.

—Qual é Randy, dê a ela um desconto, a garota é novata, não sabe um terço das regras daqui. – O rapaz dos olhos verdes cruzou os braços revirando os olhos.

—Deixe para abrir a boca quando eu quiser que você abra a boca, Cameron. – A tal da Randy fuzilou o rapaz.

—Ui, não está mais aqui quem falou. – Ele se retraiu com um sorriso sarcástico no rosto.

—Porque não faz uma coisa descente e mostre o lugar a garota? – Randy deu uns tapinhas em suas costas antes de se virar para o corredor e sumir logo em seguida.

Ficamos sozinhos, Cameron e eu, não sabia o que fazer, nunca fui boa em construir laços de amizade.

—Bom...seja bem vinda, Lucinda Price. – Cameron pigarreou e estendeu a mão para me cumprimentar.

—Obrigada...Cameron, certo? – Peguei sua mão e ele assentiu. – Me chame de Luce.

—Bonito apelido, Luce. – Ele refletiu. – Sendo assim me chame de Cam, Cam Briel. – Sorriu e eu retribui.

—Lindo momento Cam, já pode parar de usar sua sensualidade e esses olhos verdes com o intuito de levar a novata para a sua cama. – Uma baixinha petulante interrompeu nosso curto diálogo. – Deixe que eu mostro essa belezinha para ela, pode voltar para sua vida mais ou menos.

—É sério Ariane?! Você é insuportável garota. – Bufou. – Nos vemos mais tarde Luce. – Cam acenou indo embora.

—Olá estranha. – A pequena me olhou animada.

Como podia existir pessoas felizes ali?!

—Olá, estranha feliz. – Sorri amarelo

—Você é a Luce não é?! – Assenti. – Meu nome é Ariane. – Se apresentou.

—Prazer, Ariane. - Eu disse dando meu sorriso mais amigável do universo.

—Bom, já que eu despachei o Cam, acho que sobrou pra mim te mostrar nosso querido lar. – Colocou a mão no queixo.

—Ahn...tudo bem, eu acho. – Ri.

—Okay, vamos lá. – Se ajeitou e apontou para um prédio nos fundos. – Ali é o lugar onde dormimos, você tem o direito de customizar somente as portas viu mocinha. – Depois apontou para o prédio ao lado, uma igreja na verdade. – Ali teremos nossas aulas maravilhosas de educação física e por fim o outro prédio é onde teremos nossas aulas.

—E quanto aquele lugar ali? – Apontei para um conjunto de estátuas enormes.

—Ah, é o cemitério, você pode ir lá quando quiser ter um tempo livre, os mortos são receptivos. – Deu de ombros.

Okay, ela era maluca.

—Estou brincando, ali é onde a maioria das pessoas que ficam em detenção se acomodam. – Me guiou pelo corredor enquanto falava. -Onde é seu quarto?

—Na verdade nem sei - Me encolhi.

—Você é novata mesmo hein, vou te ajudar com isso também. – Ela puxou meu braço e seguimos.

O lugar era um verdadeiro labirinto e desértico também, já estava caminhando por o que...cinco minutos e até agora não vi uma alma viva sequer.

Ariane foi desacelerando os passos e parou em frente a uma porta totalmente preta e pequena.

—Pronto, aqui está seu novo esconderijo. – Abriu a porta.

Aquilo era extremamente minúsculo, acabei deixando escapar uma careta de reprovação pensando que Ariane faria algum comentário sobre aquilo depois mas não o fez pois a mesma estava mexendo nas minhas coisas.

—Opa, acho que estou invadindo demais né?! – Ela se desculpou. – Eu tenho o hábito de fazer isso com as minhas amigas, ah droga, eu nem sei se você quer ser minha amiga. – Ela praguejou.

—Não, tudo bem, você e o Cam, já são meus amigos. - Afirmei sorrindo.

—Hum, Cam?! Diz que você está brincando...não confie tanto nele, querida. – Ariane assumiu um semblante sério.

—Porque não? - Perguntei curiosa.

—Um dia você verá. – Minha nova amiga foi enigmática.

Dei de ombros.

—Bom, acho que meu momento solidariedade termina por aqui, qualquer coisa você pode bater no meu quarto, é o 39, nos vemos logo, Luce. – A baixinha se despediu com um abraço e saiu logo em seguida.

Aproveitando meu momento sozinha, decidi que seria melhor eu organizar minhas coisas ali naquele curto espaço que me foi concedido. Coloquei minhas roupas pretas todas nas gavetas do armário e separei meus materiais para utilizar nas aulas e troquei as roupas de cama.

Terminado esse processo tomei um banho quente a fim de relaxar o corpo, dei uma olhada no relógio e constatei que era tarde o suficiente para deitar e dormir.

E assim eu fiz, coloquei um pijama confortável e me deitei na cama me entregando aos sonhos e para minha surpresa, depois de exata uma semana, os sonhos com o anjo de olhos violetas voltaram a me assolar.

Seria esse um sinal de mais uma desgraça na minha vida?! O que podia acontecer para piorar ainda mais a situação?


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