Destructive escrita por Dhiene


Capítulo 3
Verdades e Mentiras.


Notas iniciais do capítulo

Hey Babys, então, esse capítulo dois é mais uma segunda parte do anterior, vocês vão poder ver um pouco do reencontro do ponto de vista do Jace e depois volta para o ponto de vista do Luke. Acho que algumas coisas serão melhor explicados. Nos vemos no próximo capítulo. Pretendo postá-lo logo por que estou ansiosa com ele, o próximo capítulo é um capitulo bem fofinho, aguardem. E Boa leitura!



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Por um momento Jace achou que estava em um sonho maluco. Sua sobrinha havia o buscado na sala de armas falando de um garoto que invadiu o instituto. Ele não podia imaginar o que era aquele garoto. E quando ele pegou o punhal de seu pai Stephen de Isabelle as coisas se tornaram ainda mais sem sentido. Aquele punhal tinha desaparecido no mesmo dia que Clary havia morrido. 17 anos atrás. E então sua vida havia acabado ele teve vontade de morrer, mas não fazia diferença mais, não, ele não ia desistir, por que seja lá o que havia depois da vida ele iria reencontrá-la. Mas agora aquele garoto estava ali na sua frente, brincando com as palavras da mesma forma que ele próprio fazia. Mas não era possível. Clary estava morta, ele tinha visto seu corpo, ele tinha estado no seu funeral.

“Onde você conseguiu isso?” Jace exigiu para o garoto. Devia ser alguma brincadeira de mau gosto. Só podia ser uma brincadeira de mal gosto.

“Não interessa onde eu consegui isso. Deus, como vocês são repetitivos. ‘Onde você conseguiu isso? ’ ‘Quem é você? ’ ‘O que faz aqui? ’ só sabem fazer as mesmas perguntas.” O garoto disse. Havia alguma espécie de fúria contida em sua voz.

Jace teve vontade de voar no pescoço do garoto e sacudi-lo até que ele respondesse suas perguntas. Mas não o fez. “Isso estava com Clary!” Jace disse para Isabelle. “Estava com ela!”

“Eu sei Jace, eu também pensei que... Mas não pode ser verdade. Clary está morta.” Isabelle falou tentando manter sua voz o mais calma possível.

O garoto começou a rir, descontroladamente. “Minha mãe não está morta. Bem, pelo menos eu acho que não. Não ainda.” Ele disse sem parar de rir. “Isso foi o que disseram para vocês?” Jace encarou o garoto, o garoto que estava dizendo ser seu filho.

“Onde ela está?” Jace exigiu indo até o garoto e o segurando pela gola da camiseta o levantando da poltrona onde estava sentado. “Onde está Clary?”

“Tire suas mãos sujas de mim agora.” O garoto disse, em voz baixa, duramente. “Você não tem direito nenhum de exigir nada de mim, não sobre minha mãe. Você não tem direito nem de pronunciar o nome dela.” A fúria em sua voz era notável, ele cuspia cada palavra como veneno.

Jace respirou fundo e soltou o garoto. Voltou para o fundo da biblioteca, se apoiando na mesa com os dois braços. Aquilo só podia ser uma espécie de brincadeira perversa. “Você está mentindo.” Ele respirou fundo.

“Que seja. Não preciso que acredite em mim.” O garoto falou.

“Luke, você disse que Clary está viva? E onde ela está?” Isabelle pediu para o menino em tom maternal que ela usava com suas filhas. “Por favor, se é verdade o que diz, diga onde ela está.”

“E essa é a pergunta de um milhão de dólares!” O garoto se levantou e gritou com uma animação forçada. “Eu pensei que vocês poderiam me dizer isso. Que ele poderia me dizer isso.” Ele disse apontando em direção a Jace.

“Está claro que seu pai não sabe.” Isabelle disse, ela acreditava no garoto? Poderia ser verdade? “Por que ele saberia? O que aconteceu?”

“Ela desapareceu. Tem três semanas que ela não dá nenhum sinal.” O garoto respondeu. “E eu tenho motivos o suficiente para acreditar que vocês estão com ela.”

“Como assim?” Dessa vez foi Alec que falou pela primeira vez. “Por que estaríamos com Clary, você fala como se ela estivesse sendo aprisionada por nós.”

“É exatamente isso que eu quero dizer.”

Jace respirou fundo tentando se controlar. “Você quer dizer que ela estava viva esse tempo todo? Que ela teve um filho, um filho meu e nunca deu nenhum sinal, nenhuma palavra sobre isso? Que ela estava se escondendo?” Ele falou, como se para juntar os fatos de uma história maluca. “Você é meu filho? Meu filho e de Clary?”

“Você fala como se isso te chocasse. Bom, deve ser um choque saber que vocês não conseguiram por as mãos nela por tanto tempo, que seus planos foram frustrados.” O lou garoto falou novamente. “Ah, eu não sou seu filho. Eu posso ter seu sangue e Deus sabe o quanto eu repudio essa fato. Mas você não é, e nunca será meu pai.”

As palavras do garoto eram como facas afiadas. A maior parte delas não fazia sentido nenhum. Mas alguma coisa dizia que elas eram verdades. Clary podia realmente estar viva e eles tinham filho. Um filho de 16 anos. “Meu filho.” Ele murmurou para si mesmo.

“PARA! PARA DE ME CHAMAR DESSE JEITO!” Luke gritou.

“Luke...” Isabelle chamou tentando acalmá-lo.

“VOCÊ NÃO É MEU PAI! NÃO DEPOIS DO QUE VOCÊ FEZ! VOCÊ NÃO É NADA!” O garoto gritou novamente. Luke era seu nome, Jace podia imaginar o motivo da escolha do nome. Ele podia ver as semelhanças do garoto com Clary, ele tinha os mesmos olhos verdes dela. Ele sentia seu coração acelerar. Clary estava viva, depois de todo esse tempo ele podia sentir que a esperança estava voltando.  “EU ODEIO TODOS VOCÊS CAÇADORES DE SOMBRAS.”

“Acalme-se Luke. Por favor.” Isabelle pediu novamente. Ela estava tão confusa quanto todos que estavam na biblioteca.

Luke não estava inclinado a se acalmar, mas ele se jogou em uma das cadeiras da biblioteca. “Eu não vou sair daqui até me dizerem onde minha mãe está. Vocês a pegaram.” Ele disse novamente. Jace não sabia o que ele queria dizer com aquilo, ele não podia imaginar o que ele queria dizer com aquilo. Mas ali estava o menino, diante dele, exigindo saber onde estava a mãe, o garoto que sem dúvidas era seu filho.

As palavras de repente sumiram, ele sempre foi bom com as palavras mas agora não havia nada que ele podia dizer. Aquele era seu filho e ele o odiava. Odiava e era claro isso, apesar de não saber o motivo para tal. Era dolorosa aquela sensação. Ele se imaginava pai, claro, antes de Clary... Mas Clary não estava morta e não era nada daquilo que imaginou.

“Nós não sabemos onde sua mãe está.” Isabelle respondeu ao menino. “Nós vamos procurar por ela. Vamos encontrá-la pra você, mas você tem que nos contar o que aconteceu.”

“O que aconteceu quando?” O garoto perguntou ironicamente. “Três semanas atrás quando El desapareceu sem deixar pistas? Dezessete anos atrás quando a Clave invadiu a casa dos meus avós e os mataram, tentaram levar a minha mãe? Quando ele...” O garoto apontou para Jace novamente. “Conspirou com a sua amante para prender minha mãe e usá-la em alguma espécie de plano maligno?”

“O que?” Jace perguntou confuso. “O que você está dizendo?”

“Vai se fazer de idiota agora?” O garoto se dirigiu a Jace. “Não perca seu tempo. Eu sei a verdade, minha mãe sabia e por isso ela fugiu de você.” O garoto se levantou. “Agora se me dão licença, esta sala ta um pouco cheia de mais.” Ele caminhou em direção a porta.

“Você não pode ir.” Isabelle falou.

“Ah, fique tranqüila, eu não pretendo fugir. Não até saber onde minha mãe está.” O garoto falou calmamente. “Vocês precisam conversar, eu acho que sim. Quando tiver uma resposta para dar me chamem de volta. Eu não vou ficar aqui ouvindo ele se fingir de inocente.”

Luke saiu sem esperar por uma resposta deixando a porta se fechar atrás dele. “Ele não pode ir embora.” Jace falou ainda confuso com tudo aquilo.

“Deixe ele ir respirar um pouco. Não deve ser fácil pro garoto, não tanto quanto está sendo fácil para você. Seja lá o que ele ouviu ele pensa que estamos mantendo Clary aqui como prisioneira.” Isabelle falou. “Ele não vai embora, eu tenho certeza que não.”

***

Luke estava realmente farto de ouvir aquela baboseira toda. Aquilo não ia chegar a lugar nenhum e ele precisava encontrar sua mãe o mais rápido possível. Ele saiu da biblioteca, irritado sem saber aonde ir, tudo que ele juntou de informações ele conseguiu montar uma imagem de como era seu pai. Mas não era nada daquilo que ele imaginou. Os poucos minutos que eles estiveram na mesma sala ele pode ver a tristeza em seu olhar. Aquilo o surpreendeu mais do que qualquer outra coisa.

“Luke! Espera!” Alguém chamou atrás dele, era a mulher Caçadora de Sombras, Isabelle. Luke parou por um minuto. “Você disse que estava com fome, deve ter algum lanche na cozinha.”

O garoto deu de ombros, e esperou que Isabelle o alcançasse. “Tanto faz.” Ele falou, mas seguiu-a por entre os corredores até  que eles chegaram no que parecia ser a cozinha do Instituto.

“Deve ter alguns sanduíches por aqui. Eu não sei cozinhar muito bem, então não vou arriscar fazer nada.” Ela disse com um sorriso pegando pães e outras coisas dentro da geladeira. “Geralmente a gente pede comida fora, mas você pode ficar a vontade.”

Luke a encarou por um momento. “Tudo bem, o que você quer saber?” Ele perguntou impaciente.

“Na verdade, eu quero entender o que está acontecendo aqui.” Ela respondeu. “Todos pensavam que Clary estava morta, e isso já tem 17 anos, então você aparece dizendo que é filho dela.”

“Minha mãe não morreu à 17 anos atrás. Eles armaram para ela, e ela teve que fugir.” Ele afirmou. “Eu não sei muito bem o que aconteceu, o pouco que eu sei eu a ouvi falando com Simon, para mim mesmo ela nunca falou nada.”

Luke notou que Isabelle enrijeceu quando ele disse o nome de Simon.  “Simon? Ele estava com vocês esse tempo todo?” ela perguntou.

“Não o tempo todo. Ele nos encontrou quando eu tinha 12. Antes eu não sabia nada sobre Caçadores de Sombras e coisas do tipo. Ele convenceu minha mãe a me contar a verdade.” Luke respondeu. “Mas ela ainda escondia coisas.”

Isabelle respirou fundo. “Tudo bem. O que foi exatamente que você ouviu sobre a fuga da sua mãe?” Ela pediu, tentando soar calma. Luke podia ver que ela estava nervosa.

“Ela falou que fugiu por que estavam querendo usá-la em alguma coisa ruim.” Luke começou. “Eu não sei o que é, mas é algo extremamente ruim, eles precisavam do poder com as runas que ela tem.” Ele respirou fundo.

“Eles quem?”

“A Inquisidora da Clave. Alice, esse o nome que eu ouvi. Minha mãe falou que ouviu ela falando do seu plano para... Ele. Jace.” Ele cuspiu o nome como veneno. “Ela disse que eles estavam juntos.”

“Isso é impossível.” Isabelle afirmou. “Jace nunca trairia Clary.”

“Ela disse que viu. Não vejo motivos para que ela mentisse sobre isso. Ela disse que viu eles juntos.” Luke afirmou novamente. “Minha mãe não mentiria. Não fugiria sem motivos.”

“Ela pode ter se enganado. Se confundido.” Isabelle murmurou. “Eu nunca confiei em Alice da mesma forma que os outros fazem, mas Jace não seria capaz de algo como isso.”

“Quem ela é? Tipo, como ela é?” Jace pediu timidamente. Essa pergunta estava coçando em sua cabeça durante um longo tempo. Quem era a mulher que havia destruído a vida de sua mãe.

“Alice?” Isabelle disse. “Alice Blackthorne era uma amiga da nossa família. Ela perdeu os pais antes de completar 16 anos, era uma excelente Caçadora de Sombras ainda muito jovem. Depois que seus pais se casaram ela se tornou muito próxima deles. Ela foi feita Inquisidora ainda muito jovem, tinha pouco mais de 21 anos quando a Clave a elegeu. De algum modo ela podia conquistar a todos, de forma que ninguém duvidava de sua competência.”

Luke ficou quieto por um momento imaginando aquela mulher, uma mulher ainda sem rosto para ele, mas que ele odiava. “Ela pode estar por trás do desaparecimento da minha mãe.”

“Luke olha.” Isabelle pediu. “Você quer encontrar sua mãe. E a gente pode te ajudar, eu quero te ajudar.” Ela olhava para Luke carinhosamente. “Eu sei que por tudo que você ouviu, você tem motivos o suficiente para não acreditar na gente. Mas eu era amiga de sua mãe. Eu a tinha como amiga e eu a amava. E seja lá o que aconteceu, eu vou investigar e descobrir a verdade.”

“E se essa for à verdade?” Luke perguntou.

“Eu não acredito que essa seja a verdade.” Isabelle respondeu. “Não faz sentido nenhum. Mas você pode contar comigo para ajudar sua mãe.”

“É, você tem razão. Não tenho motivos nenhum para confiar em vocês.” Luke falou. “E eu não confio.”

Isabelle sorriu tortamente. “Você vai descobrir que somos seus amigos Luke, aos poucos você vai descobrir.”

“Você me ajuda a encontrá-la, e não permita que eles a machuquem.” Luke propôs. “Eu vou te dar uma chance de provar que é minha amiga.” Ele disse rebeldemente.

“Temos um acordo então.” A caçadora de sombras declarou.

“Não ainda.” Luke interrompeu. “Eu não quero que ele participe disso. Não enquanto ele pode estar por trás disso tudo.”

“Eu não posso esconder informações de Jace,” Ela disse se desculpando. “Ele é meu irmão.”

“Você está do lado dele?” Luke exigiu perplexo.

“Nós todos estamos do mesmo lado.” Ela respondeu. “Eu prometo que vou fazer de tudo para encontrar sua mãe, prometo cuidar pela segurança dela e descobrir o que está acontecendo. Você vai ter que confiar em mim.”

“Eu não confio.” Luke disse. “Mas não tenho nenhuma outra opção não é verdade?”

Isabelle sorriu. Ela se dirigiu a saída da cozinha. “Eu tenho que resolver algumas coisas. Você pode ficar aqui com a gente enquanto investigamos o sumiço de Clary. Vou preparar um quarto pra você. Você pode ficar a vontade por ai.”

Ela saiu deixando o garoto sozinho na cozinha. Ele preparou um sanduíche para si mesmo e ficou pensando na conversa que tivera com Isabelle. Ele não confiava nela, nem em nenhum outro caçador de sombras, mas ficar aqui no instituto era a melhor forma de descobrir algo sobre sua mãe, do meio deles era muito mais fácil achar as pistas. Se eles estivessem com ela, ele iria descobrir. 


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Notas finais do capítulo

Já sabem né? Comentário, Sempre.



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