Sogno D'amore escrita por Rocker


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Sinto muitíssimo pelo capítulo pequeno, mas como é férias pensei em encurtar os capítulos e diminuir o tempo de espera de vocês! Além disso, já faz mais de uma semana desde o último capítulo e eu simplesmente não tive muitas ideias para esse. Mas tenho uma boa notícia para vocês: próximo capítulo o garoto misterioso ganha nome e rosto!

Vitória, eu desconfio que você vai ADORAR saber sobre ele!



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Capítulo 5

- Olá, senhorita Carter! - exclamou a velhinha e no mesmo instante tentei correr de volta, mas alguma força me puxou de volta e vi a porta batendo atrás de mim.

Virei-me, confusa e surpresa, e a vi sorrindo docemente para mim. Me perguntei o que ela tinha na cabeça, mas nada me vinha a mente. A porta havia simplesmente se fechado sozinha depois que alguma coisa me puxou de volta. Tinha algo muito errado naquilo e eu não sabia o que era. Na verdade, algo me dizia que eu realmente não queria saber. Simplesmente fiquei encarando a velha com a minha melhor cara de toque em mim e morre, mas eu tinha uma séria impressão de que eu estava pagando de idiota.

- Onde está a Dra. Sandy? - perguntei, ouvindo uma pequena nota de nervosismo na minha voz.

A velhinha sorriu para mim. Um sorriso que, convenhamos, foi meio assustador.

- Sou eu, minha querida. - ela disse em uma voz rouca e intimidadora e eu senti que ela estava mentindo. - Sente-se e me diga o que pensa sobre a relação que pensa ter entre o menino moreno do sonho e o colar.

Mas eu não me sentei.

- Co-como sabe? - gaguejei.

- Ora, sua mãe me contou quando me telefonou.

Abri a boca, mas nada havia saído.

- Não me lembro de ter descrito a aparência dele com ninguém. - comentei, segurando instintivamente o colar em meu colar e dando um passo atrás.

Seu sorriso sumiu de repente e uma expressão impaciente surgiu em sua face enrugada. Levantou os braços e algo aconteceu: folhas começaram a voar, ventos fortes me forçavam a me esquivar para o chão e o pandemônio foi criado ali mesmo na sala de consulta. Eu não entendia o que estava acontecendo. Nunca havia presenciado algo tão estranho antes e saber que aquela mulher era a mesma que me dera o cordão me assustava. Acho que me assustava mais do que meus cabelos esvoaçando enquanto as rajadas de vento se tornavam mais fortes. Encarei a mulher, com um olhar implorante, e vi seus olhos se tornando completente negros e assustadores. Tente correr de volta para a porta e girar a maçaneta, mas antes mesmo de chegar a tocá-la, a velhinha se postou à minha frente em uma fração de segundos. Ela estendeu a mão para tentar agarrar a minha, mas eu desviei, afastando-me dela.

- Fique calma, querida, não quero te machucar. - disse ela, com uma voz doce que eu percebi que era meio forçada.

- Não sou eu que estou fazendo um pandemônio dentro dessa sala! - gritei, ainda extremamente assustada.

Vi seus olhos tomarem a cor comum de castanho e ao mesmo tempo a loucura dissipar, deixando apenas folhas caindo lentamente de onde pararam. Fiquei encarando-a, esperando por algo - o meu algo, nessas horas, era uma deixa para eu sair correndo da frente daquela louca. Ela abriu espaço entre eu e a porta, e a abriu.

- Pergunte a ele que ele explicará. - disse simplesmente, e se tornou uma fumaça espessa, sumindo pela porta.

Corri porta afora, pensando no que faria em seguir. Tentei correr atrás da velhinha, mas ela realmente pareceu ter sumido como fumaça.

^-^

Cheguei em casa horas depois ainda um pouco assustada. Também não entendia como consegui chegar ali sem bater com a moto. Foi preciso eu parar em uma praça perto de casa, para poder pensar. Não queria ir para casa de maneira alguma. Minha mãe ia perguntar como foi na psicóloga e por quê eu estava com essa cara de zumbi - por que imagino que meu estado não esteja um dos melhores. E eu responderia o quê? Que na verdade a Dra. Sandy era uma louca que fez um furacão dentro da própria sala? Aí ao invés de procurar um novo psicólogo, eles me internariam de vez o manicômio. E que raios de frase foi aquela que a velha me disse antes de sumir? Perguntar pra ele que ele saberá responder? Perguntar o que para quem? Parecia tudo um pouco fora do normal, não sei. Queria a todo modo pensar que aquilo que ocorrera na psicóloga era nada mais do que fruto da minha invejável imaginação. Ok, depois desse mega susto, estou meio sem criatividade para qualquer piada que seja.

Olhei em volta na sala e percebi que não havia ninguém na sala, mas consegui ver uma sombra no portal da cozinha, indicando que provavelmente meus pais chegaram do trabalho. Não queria nem saber quem estava ali, então fiz a primeira coisa que pensei para poder me safar de explicações e sermões - quaisquer que sejam! Passei correndo em direção às escadas, gritando para quem quer que esteja na cozinha.

- CHEGUEI, TO INDO PRO QUARTO!

Antes mesmo que pudesse me mandar esperar, corri escada acima e me tranquei no quarto. Natalia podia não aparecer, mas meu pai provavelmente sim, então tranquei a porta e analisei meu quarto. Tudo em ordem. Queria poder entrar no computador e conversar com Caroline, Travis e Trevor sobre o que aconteceu, mas eu não estava em condições mentais boas o suficiente para tal. Precisava esquecer isso por um tempo e quem sabe amanhã eu contava tudo. Sabia que eles iriam ficar ao meu lado, afinal, é para isso que existem amigos. E foi isso me fez lembrar que Talinha, mesmo sendo minha irmã e melhor amiga, não acreditara em mim. Então dei-me duas opções: ou aquela velhinha sinistra fez uma cerebral na minha irmã, ou nos meus amigos. O que não duvido nada, mas isso não existe, droga, devia ter outra explicação - uma mais lógica e científica, de preferência - para o que acontecera essa tarde.

Balancei a cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Eu precisava me distrair, senão ia acabar ficando maluca! Trabalhei durante horas na parede onde pintava o mar ao pôr-do-sol. Não estava acabado ainda, mas foi o suficiente para me fazer clarear as ideias. Quando me deitei, porém, ainda estava receosa sobre ter que encarar aqueles olhos do garoto misterioso. Não sei quem ele é, mas talvez hoje eu consiga algumas respostas.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de deixar reviews! Também estarei aberta a sugestões quando o básico estiver explicado no próximo capítulo.