Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 8
Suzana, a rainha Gentil


Notas iniciais do capítulo

Olá! Esse capitulo não ficou exatamente como eu queria, mas ta ai... Espero que gostem! O clima tenso entre Caspian e Suzana, logo depois do jantar em que Alice fora devidamente apresentada a Lucia e Pedro! Aproveitem, espero que curtam! bjus



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Alice se vestiu com o vestido azul, escolhido pelo rei Caspian e ajeitou seus cabelos prendendo-os com duas tranças pequenas nas laterais da cabeça, e um coque único no centro para ficar melhor apresentável diante dos Pevensie. A loira desceu as escadas e logo encontrou o rei se dirigindo para a sala de jantar onde o rei Pedro, e a rainha Lucia já os aguardavam. Caspian tomou a mão de Alice e envolveu-a ao redor do seu braço como um perfeito cavalheiro e a conduziu rumo à sala. Assim que entraram, Pedro e Lucia assim com Edmundo que também estava presente, e sentado à mesa apenas esperando os anfitriões, voltaram seus olhares para o casal que passava pela porta. Alice sorria de uma maneira gentil e delicada. Parecia feliz, enquanto olhava a todos. Pedro assim como Edmundo se levantou imediatamente de seu lugar, e esperou o rei se aproximar trazendo a sua rainha.



– Pedro, Lucia! –disse Caspian sorrindo. – Quero que conheçam Alice... –dessa vez ele a apresentou de acordo como ela preferia ser chamada, sem o titulo de rainha. – A verdadeira Alice... –ele disse olhando-a.

– É um prazer conhecê-la finalmente Alice! –disse Pedro estendo sua mão.

– Como vai majestade? –disse Alice sorridente.

– Muito bem! Um pouco cansado, mas... Bem! –Alice ficou encantada com a educação, e simpatia do rei de cabelos loiros e olhos azuis.

– Eu sou Lucia! –disse a moça quase ruiva de pele clara.

– A destemida eu imagino! –continuou Alice ao se aproximar.

– É como dizem! –Lucia abriu um belo sorrido amigável.

– Como vai? –Alice apertou a mão da rainha.

– Melhor agora que finalmente conheci a verdadeira Alice!

– Já me conhece! –se manifestou Edmundo erguendo a mão.

Alice voltou seus olhos para ele e sorriu achando graça da cara de bobo que o amigo fez. Depois Caspian tomou Alice pela mão, e conduziu-a até a cadeira ao lado da cabeceira da mesa, onde ela ficaria entre ele, e Edmundo. No decorrer do jantar, Alice pode satisfazer as curiosidades dos Pevensie sobre seu regresso a Nárnia, e sobre um pouco de sua vida em Londres, que costumava ser o lar dos irmãos.

– Então de fato nossas épocas são diferentes! –resumiu Pedro bebendo uma taça de vinho.

– Sim, porque somos de um tempo à frente do seu pelo que parece Alice! –continuou Lucia.

– Verdade, eu nunca parei para pensar nisso. –disse Edmundo.

– Bem, eu venho da Londres Vitoriana. Onde as moças ainda são obrigadas a vestir meias, desconfortáveis que cobrem até os joelhos! –Alice riu de seu comentário lembrando que se dissesse isso a mesa em casa, seria repreendida pela mãe.

– Bom! –riu Lucia. – Na nossa época também usamos meias, mas podemos vestir roupas mais curtas, que não cobrem as canelas!

– Deve ser maravilhoso! –sorriu Alice. – E imagino que sejam roupas mais leves também!

– E são!

– Algumas, leves até demais... –comentou Edmundo se lembrando das garotas da sua escola.

– As moças de nosso tempo usam saias, e blusas! Que são peças separadas uma da outra... –seguiu Lucia tornando o assunto quase desinteressante para os homens da mesa. – Parecem vestidos, mas separados!

– E como é no tempo de vocês? –Alice estava curiosa.

– Normal! –respondeu Edmundo erguendo os ombros.

– E o que seria normal pra você Ed? –riu Pedro. – Pode ser diferente para Alice!

– Só quero dizer que não tem nada demais... –ele retrucou. – É chato...

– Não sente falta de casa Ed? –perguntou Lucia.

– Sinto... Gostava de Londres, mas não podem negar que não tinha nada empolgante em no nosso tempo... Nossas maiores aventuras foram vividas em Nárnia!

– Isso é verdade! –disse Pedro com um brilho nos olhos relembrando as maiores aventuras que viveu ao lado dos irmãos.

– Nossa Londres é muito bonita! Gostaria que pudesse ver... –continuou a destemida. – Você e Caspian! –ela voltou os olhares para o rei que estava apenas ouvindo a conversa.

– Eu não creio que me adaptaria! –ele riu.

– Besteira! –riu Lucia. – Dois meses e você se sentiria em casa! Até posso imaginá-lo um pouco perdido entre as ruas, com toda aquela movimentação! –ela riu realmente imaginando a cara do rei vendo os carros velozes das ruas Londrinas.

– Acho que ele teria um ataque do coração! –riu Edmundo.

– Obrigado Edmundo! –o rei não se conteve e riu, mesmo não entendo bem a piada.

– Sinto falta daquela bagunça... –concluiu Pedro sorrindo e fazendo todos pensarem em casa.

Os irmãos se entre olharam, e se sentiram um pouco melancólicos com as lembranças de casa. Dos amigos, da família. Depois eles seguiram com o jantar, que correu no mesmo clima agradável até o final. Mais a frente, depois de toda a conversa e de Alice ter esclarecido algumas coisas que foram passadas a ela por Aslam, todos se recolheram aos seus quartos para uma noite tranquila de sono. Caspian acompanhou Alice até o quarto dela, e diante da porta ele segurou suas mãos e sorriu olhando seus olhos, enquanto dizia:

– Gostou do jantar?

– Muito! –ela sorriu. – Os Pevensie são adoráveis! Principalmente Lucia!

– Ela também gostou muito de você!

– Ela foi muito simpática! Todos foram na verdade...

– Creio que todos ficaram com a mesma impressão sobre você. O que não poderia ser diferente!

– Uma pena que Suzana não pode estar conosco...

– Quem sabe numa próxima oportunidade... –disse ficando um pouco desconfortável.

– Espero que sim... Afinal, precisamos dela.

– Bom, já está tarde! Eu vou deixá-la dormir!

– Boa noite Caspian! –ela sorriu fitando-o nos olhos.

– Boa noite Alice! –ele piscou ambos os cílios e se aproximou depositando um beijo sobre a testa da loira.

Foi um beijo mais demorado, e Caspian fechou os olhos ao sentir a pele dela em seus lábios. Ele segurou a lateral do rosto dela com uma das mãos enquanto a outra segurava a mão de Alice. Ela por sua vez sentiu-se aquecer pela proximidade com o rei. Cada minuto que passava perto de Caspian preenchia aos poucos aquele vazio que Alice sentia quando havia recém chegado a Nárnia. Ela só não sabia bem por que...


...



No dia seguinte, Alice foi ver os cavalos e encontrou Edmundo escovando o pelo de Felipe. Ela se aproximou sorridente cumprimentou o cavalo:


– Como vai Felipe?

– Em paz majestade! –ele respondeu.

– Se incomoda se eu fizer um pouco disso Edmundo? –ela se aproximou mais.

– Não sei se Caspian ia gostar de vê-la fazendo meu trabalho Alice! –ele riu.

– E por que não? –ela sorriu e tomou a escova das mãos de Ed. – A outra Alice era comportada demais para alguma aventura?

– Sempre teve seus momentos na verdade! –Edmundo se afastou e tocou o focinho do cavalo. – Caspian teve muito trabalho com você!

– Ah é? –ela riu enquanto acariciava Felipe com a escova.

– Já fugiu inúmeras vezes da segurança do castelo para se aventurar sozinha pela floresta. Quase deixando Caspian de cabelos brancos! –ele seguiu sorrindo. – Você é uma das poucas pessoas que conseguiu tirar Caspian do sério sem muito esforço!

– Ele deve ser muito protetor...

– Principalmente quando se trata de você...

Lucia surgiu entre a conversa para dar um aviso aos dois. Alice foi que a viu se aproximar, então sorriu de imediato enquanto a rainha destemida dava seu recado:

– Alice, Ed! Venham rápido... Suzana está no castelo!

– Suzana? –questionou Edmundo surpreso.

– Sim, está na sala do trono com Caspian...

– E Pedro?

– Ele saiu para um passeio a cavalo logo cedo. Vamos logo... –ela fez sinal com a mão.

Alice ficou tão ansiosa para conhecer a rainha gentil, que acabou passando por cima do balde de água que Edmundo usava para lavar o pelo do cavalo Felipe, e o derrubou sobre seu vestido. Edmundo se virou e ajudou Alice a se equilibrar antes que ela caísse. Lucia sorriu, e Alice disse meio sem jeito.

– Desculpa! –ela riu. –Às vezes parece que tenho ganchos nos pés...

– Sem problemas... –ele riu.

– Parece muito com nosso primo Eustáquio... –continuou Lucia.

– Por falar em Eustáquio, ele veio com Suzana? –perguntou Ed.

– Sim, está ajudando com a bagagem...


...


Na sala do trono um clima um pouco tenso pairava entre Caspian e a rainha gentil. Suzana olhava tudo ao redor, procurando mudanças no castelo, enquanto Caspian a seguia com os olhos, esperando que ela dissesse alguma coisa. Caspian decidiu tomar a palavra, vendo que ela não estava muito disposta a abrir um diálogo. Perguntou sobre a viagem, sobre como a rainha estava, e se ela se sentia bem em estar de volta ao castelo. Suzana resumiu-se a apenas responder as perguntas de Caspian com um ar distante. Que se manteve pelo menos até Caspian falar sobre seu passado.

– Eu agradeço por ter vindo... –disse ele. –Eu tentei manter contato. Enviei-lhe tantas mensagens, mas você nunca retornou nenhuma delas...

– Não estou aqui por você Caspian... Vim pelos meus irmãos. –disse sendo fria.

– Suzana eu nunca tive a oportunidade de lhe dizer o quanto sentia...

– Na verdade você teve muitas oportunidades de dizer muitas coisas Caspian... Mas não o fez.

– Ainda não me perdoou?

– E poderia? –ela andou até estar diante do rei. – Devo lembrar você das promessas que você não cumpriu, das juras de amor eterno e de todas as outras mentiras das quais deixei que você me convencesse?

– Não era mentira Suzana, eu amava você...

– Tanto que na primeira oportunidade que teve, tomou outra como sua rainha... –disse apertando os olhos. – Logo você, que dizia que eu era única, e que nenhuma outra se comparava a mim. E o pior é que eu acreditei em você... –ela desvia do rei.

– Aconteceu Suzana... –ela se virou seguindo-a. – Além do mais eu era praticamente um garoto, eu mesmo acreditava naquelas coisas... Por que eu amava você... Também foi difícil pra mim, eu nunca quis que partisse...

– Ah não? –ela se virou bruscamente. – E o que esperava Caspian? Que eu ficasse aqui esperando você se decidir com qual das duas você se casaria? Não mesmo... Eu facilitei as coisas pra você e sua Alice...

– Eu estava apaixonado... E divido pelos meus sentimentos. Mas eu amava ambas. Só não sabia qual eu amava mais.

– No fundo, você não amava nenhuma de nós Caspian... –disse em tom baixo, mas vociferando. – Só adorava aquela situação confortável. Duas moças apaixonadas por voce, e você tendo o poder de decidir qual das duas chutaria primeiro...

– Está sendo amarga... –disse em tom sério. – Não sabe como me senti quando foi embora...

– Se tivesse sentido alguma coisa, teria desistido desse casamento ridículo e ido atrás de mim... –ela voltou a parar diante de Caspian.

– Foi você quem desistiu do meu amor.

– Eu não desisti do seu amor, eu apenas cansei de esperar que você se decidisse... E também nunca fui tão passiva quanto a sua atual rainha, a ponto de aguentar a sua indecisão. Ficou com o que merecia ter Caspian... Alice é exatamente o tipo de mulher que você desejava. Uma tola, romântica e iludida, que acredita em tudo que voce diz, sem contestar.

– É o que realmente pensa de mim? Que eu sou um egoísta e sínico?

– Não, você é sensível ao que lhe diz respeito... –Suzana disse mantendo o rosto próximo ao rosto do rei. – Quando os seus sentimentos estão em jogo, aí você se importa.

Edmundo adentrou a sala do trono vendo a cena. Suzana diante de Caspian, encarando-o profundamente com expressão zangada enquanto o rei, parado diante dela, fitava-lhe a face, com expressão séria. Ed pigarreou antes que Alice entrasse na sala, e fez com que Suzana se afastasse do rei. Imediatamente Lucia e Alice entraram a sala, e a rainha destemida foi ao encontro da irmã mais velha dando-lhe um abraço.

– Que bom que mudou de ideia Susan! –disse ela.

– Onde está Pedro? –perguntou a gentil com tom zangado.

– Está dando uma volta pela floresta, logo estará de volta. –respondeu Edmundo.

Suzana encarou Alice que esperava imóvel diante da porta observando a rainha tão bonita de olhos azuis, com seus cabelos escuros cacheados como os seus. Ela se afastou de Lucia e andou até Alice, parando diante dela e olhando-a dos pés a cabeça com ar de poucos amigos.

– Então você é mesmo a verdadeira Alice?

– Acho que sim... –respondeu em tom leve e tímido.

– Você não sabe? –disse Suzana erguendo uma das sobrancelhas.

– Alice não se lembra de muita coisa... –respondeu Caspian.

– Aslam me disse o que eu deveria fazer, por isso pedi que fossem chamados... –disse Alice.

– Ela nem sabe quem é... –Suzana se virou com u sorriso irônico no rosto. – Como poderá nos ajudar?

– Tenho certeza que Aslam nos dirá como Susana... –disse Edmundo. – Só precisamos esperar...

– Ele disse que voltaríamos a nos ver... –seguiu Alice.

– E ele disse quando? –Suzana lhe encarou com o mesmo ar frio.

– Não.

– Ótimo! –Suzana sorriu sem alegria. – Então vamos esperar que ele apareça... –Suzana encarou Alice novamente e então passou por ela dizendo. – Foi bom vê-la de novo Alice... Eu vou procurar por Pedro. –avisou os outros depois se retirou.

Edmundo e Caspian se entre olharam, enquanto Lucia olhava Alice, que estava com uma expressão confusa, sem entender por que Suzana teria tratado-a daquela maneira tão rude. Era a primeira pessoa que a tratava mal desde que chegara a Nárnia. Todos até então tinham sido tão corteses com Alice, que agora ela estranhava o tratamento da rainha gentil, e não entendeu a razão por ela receber tal titulo, sendo que não parecia nada gentil.


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Notas finais do capítulo

E então? o que acharam? Ficou bom?
Notem que Suzana e ALice sao bem diferentes, e essas diferenças entre elas mudarão muita coisa na fic. Enquanto Alice e mesmo em parte como Suzana descreveu, ingenua, romantica e iludida, Suzana ja e mais dura, centrada, e sabe bem o que diz, e sente. Essa diferença entre elas vai deixar as coisas mais quentes na fic! Notaram o Caspian quando se viu diante da antiga paixão? o que acharam disso? Será que ele pode vr a ter uma recaida? comentem!!! bjus



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