Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 7
O Rei Magnifico, e a Rainha Destemida


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho ne? sorry! mas ta ai masi um cap! espero que gostem!



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Dois dias passados e Caspian assim recebeu os dois reis, Pedro o magnífico, e Lucia a destemida. Na sala do trono, o rei recebeu os dois irmãos, recém-chegados de suas viagens cansativas, que vinham acompanhados pelo irmão Edmundo, ex-rei justo.

– Pedro! –disse Caspian se levantando do trono e andando rumo ao amigo.

– Como vai Caspian? –disse Pedro em tom mais sério.

– Melhor agora com a presença de vocês dois! –ele desviou o olhar para Lucia.

– Olá Caspian! –ela sorriu e se aproximou logo lhe dando um abraço.

– E Suzana? –disse Caspian não recebendo resposta, apenas um olhar de Pedro.

– Ela não veio conosco. –disse Lucia.

– Imaginei que ela não viria. –constatou.

– Dê tempo a ela. Dependendo do tamanho do problema, ela decida aparecer. –continuou Pedro.

– O que exatamente nos trouxe aqui Caspian? –perguntou Lucia.

– Aslam... –respondeu.

– Você o viu?

– Não. Mas minha esposa sim...

– A rainha Alice? –disse Pedro. – Mas por que Aslam apareceria pra ela depois de tanto tempo?

– Por que esta é a verdadeira Alice. –respondeu Edmundo se aproximando. – Ela finalmente voltou a Nárnia.

– Fala da menina? –disse Lucia que já não era mais uma garotinha.

– Ela não é mais uma menina... –concluiu olhando para Caspian. – E ela sequer se lembra de ter estado aqui durante esses anos...

– Então Aslam estava certo. –disse Pedro.

– Eu sempre soube... –sorriu Lucia. – Aslam não mentiria sobre a profecia de Alice!

– É o que parece. –admitiu Caspian um pouco desanimado.

– E onde ela está? –Lucia ficou animada com a ideia de conhecer a real Alice. – Gostaria de vê-la...

– Vamos nos reunir no jantar. Agora imagino que queiram descansar da longa viagem... –respondeu Caspian.

– Está certo! –disse Pedro. – Realmente preciso repousar. Já não me sinto mais tão disposto como antes. Parece que meu corpo não atende mais as minhas vontades como deveria.

– Talvez seja culpa do tempo. –disse Ed.

– Mas tenho certeza que Alice vai nos ajudar! –continuou Lucia cheia de esperança.

– Certo. –Caspian estava um pouco abatido. – Agora, por favor... Edmundo vai acompanhá-los aos quartos... Já está tudo preparado para que se instalem.

– Obrigado Caspian. –disse Pedro.

– Nos vemos no jantar! –Lucia andou até o rei e beijou seu rosto.

Edmundo seguiu com os irmãos, deixando o rei sozinho, e como ele estava se sentindo... Solitário. Mas ele não ficou assim por muito tempo. Logo Alice adentrou a sala e Caspian ergueu seu rosto na direção dela.

– Pensei que estivesse com alguém... –disse ela.

– Os irmãos Pevensie chegaram...

– E onde eles foram? –ela olhou para os lados. – Gostaria de conhecê-los.

– No jantar... Eles precisavam descansar... –disse Caspian passando por Alice mantendo o olhar distante.

– Você está bem? –ela sentiu a tristeza nos olhos e no tom dele.

– Sim! –ele forçou um sorriso, mas Alice sabia que ele estava daquele jeito com ela há dois dias. – Tudo bem!

– Caspian eu... –ela se aproximou. – Queria conversar sobre tudo isso...

– Tudo bem Alice... –ele segurou as mãos dela. – Eu estou bem!

– Mesmo? Caspian eu não quero que se afaste de mim... –disse olhando-o com doçura. – Eu sei que logo irei embora, mas... Não quero que continue me evitando.

– Não estou evitando você! –ele sorriu bem próximo a ela. – Por que acha isso?

– Parece... Está distante.

– Se eu me aproximo demais você me pede pra afastar, se me afasto, diz que me deseja por perto! –ele deu um sorriso fraco. – Está me deixando confuso, rainha!

– Desculpe! –ela baixou o rosto. – Não é minha intenção confundi-lo...

– Alice! –disse erguendo o rosto dela. – Gosto de estar com você... Ver seus olhos, e seu rosto, deixa meu coração aquecido. Mas não quero que se sinta pressionada a lembrar de nada. Eu prometo que ficarei bem!

– Tudo bem! –disse um pouco triste.

– Vamos! –ele segurou uma de suas mãos e se virou. – Precisa escolher algo pra vestir no jantar! Imagino que vai querer impressionar os Pevensie! –ele sorriu.

– Está certo! –ela sorriu e o seguiu segurando firme sua mão.

Caspian passou seu braço ao redor das costas de Alice e conduziu-a rumo às escadas. Já no quarto real, o rei ajudou Alice a escolher um vestido que ele sabia que ela gostava. Claro que Alice adorou o vestido de cor azul céu, com fitas amarradas a cintura. Ela não experimentou nenhum dos vestidos, pois Caspian permaneceu no quarto, deitado sobre a cama, apenas a observando e opinando. Mas ela colocou cada vestido anterior em frente ao seu corpo e sorria como uma menina mostrando ao rei como eles deveriam ficar. Caspian sorria vendo os sorrisos espontâneos no rosto da sua adorada Alice. Por aqueles instantes o rei esqueceu que logo estaria sem ela.

– Gosto mesmo desse vestido? –disse ela com o vestido azul diante de si.

– É o seu preferido! –disse ele. – Na verdade! –ele se levantou e andou até ela. – Você adora azul! –disse tocando os ombros de Alice e virando-a para o espelho.

Caspian ficou nas costas de Alice, enquanto tocava os ombros dela e observava seus olhos brilhantes pelo reflexo do espelho. Alice viu os olhos escuros do rei e notou alegria neles. Ficou feliz por isso, e então viu seu reflexo. Viu os dois refletidos ali, e depois notou que Caspian olhava seu pescoço e tocava seus cabelos. Ela fechou os olhos sentindo o toque do rei, e gostou disso. Gostou de sentir os dedos dele tocando superficialmente a base de sua nuca, e se arrepiou. Ainda com os olhos fechados, ela teve uma espécie de relance rápido. Algo que ela não se lembrava de ter feito desde que chegou ali.

Alice cavalgava em um cavalo branco, enquanto seus cabelos balançavam ao vento. Havia alguém com ela, e ele sorria também com seus cabelos escuros balançando. Ambos pareciam apostar uma corrida, entre as arvores. De repente a visão de Alice mudou, e ela corria segurando seu vestido azul, e olhava para trás. Caspian corria atrás dela, e logo acabou lhe alcançando. Ele segurou-a pela cintura, e logo lhe encostou contra uma das arvores. Ambos sorriam, cansados pela corrida, mas sentindo-se radiantes. O sorriso do rei estava ainda mais bonito e vivo diante do sol do dia. Alice sorria como ele, e tocava seu rosto. Então Alice viu os lábios do rei se moverem, mas não ouviu as palavras, apenas as leu nos lábios dele, e eles diziam: “eu amo você”. Então ela tocou a boca dele, e respondeu: “eu amo você”...

Alice abriu os olhos notando que Caspian não estava mais atrás dela. Mas sim na janela do quarto. Ela se virou e o observou, vendo que ele estava com o olhar distante. Bem diferente do que ela tinha acabado de ver em sua visão. Alice ficou confusa com aquilo, mas a sensação que se fazia presente dentro dela era viva e parecia preencher certo espaço vazio. Aquela era uma lembrança, e ela sabia disso. Mas não queria falar sobre aquilo com Caspian e acabar lhe dando esperanças, pois ela ainda tinha muitas duvidas que precisavam ser esclarecidas. Mas ela acreditou que Caspian estava certo.

– Eu vou me vestir! –disse ela fazendo Caspian encará-la.

– Está certo! –ele riu. – Vou deixá-la se trocar! –deu alguns passos até ela e tocou seu rosto.

Caspian acabou não resistindo e depositou um beijo casto na testa de Alice, depois sorriu outra vez e se retirou do quarto. Naquele momento Alice fechou os olhos e encostou o vestido em seu peito, apertando-o entre os dedos. Secretamente ela desejou que ele tivesse desviado o beijo para seus lábios. Mas ficou feliz por ele não ter feito.


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