Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 16
A Espada Perdida de Alice Kinsley


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo quentinho pra vcs, este esta cheio de ação, eu fiz o que pude! O inicio do capitulo esta meio chato, porque comecei a escrever meio desanimada mas me animei mais pro final! Espero que gostem! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371164/chapter/16

Na manhã que se fez, Alice despertou bem disposta e animada, crente de que logo encontraria a espada perdida da qual Aslam havia falado, e que em breve poderia por fim a maldição que dominava Nárnia, assim também devolvendo a esperança aos Pevensie de regressarem ao seu verdadeiro lar. Enquanto terminava de se vestir diante do espelho, a loira observiu o rei Caspian X se aproximando pelas suas costas com um olhar enigmático, e tocou seus ombros olhando-a através do reflexo. Ele aproximou os lábios e depositou um beijo casto sobre os cabelos da loira que sorriu imediatamente tocando uma das mãos do rei, depois se virando para ele.

– Está preocupado? –ela disse.

– Você não está? –respondeu com outra pergunta.

– Um pouco ansiosa na verdade...

– Quando encontrarmos a espada será uma questão de tempo para que a feiticeira ordene um ataque.

– Eu sei... –disse baixando o rosto. – Isso é assustador, mas... –ela voltou a olhar o rosto do rei. – É pra isso que estou aqui não é?

– Eu lutarei ao seu lado até o fim Alice...

– Sei disso Caspian! –ela sorriu levando sua mão até o rosto do rei.

Ele fechou os olhos e os abriu em seguida sentindo o toque gentil da moça, sobre sua pele. Caspian segurou firme a mão de Alice e depositou um beijo sobre a palma.

– Vamos descer e encontrar os outros. –disse Alice.

Caspian apenas confirmou com um aceno de cabeça, e então assim ambos fizeram. Desceram as escadas e logo encontraram os demais reis já despertos. Todos fizeram seu desjejum a mesa longa, enquanto discutiam sobre os próximos passos a serem dados.

– Eu não irei com vocês em busca da espada perdida de Alice. –disse Edmundo.

– Por que não Edmundo? –perguntou Lucia.

– Devo procurar Aslam e pedir que ele me nomeie novamente como rei. É assim que devo chegar ao campo de batalha... Como um rei...

– Isso é maravilhoso Edmundo. –se manifestou Caspian com um sorriso amigo.

– Certo... –aceitou Lucia.

– Caspian eu sugiro que levemos conosco alguns de nossos soldados. Nunca se sabe o que encontrar em uma missão de desbravamento. –se manifestou Pedro.

– Concordo. Assim o faremos... –disse o rei X.

– Estaremos preparados também para proteger Alice... –disse Susana. – É provável que não seja tão fácil encontrarmos a espada quanto parece.

– Vamos nos dividir em grupos grandes e formar um escudo ao redor do território. –disse Caspian. – Alice eu estaremos no centro procurando a espada.

– Nós ficaremos por perto. –concluiu Lucia.

– Certo!

Quando acabaram seu desjejum, os reis se prepararam para seguir em sua missão de resgate a espada perdida de Alice Kinsley. Saíram do castelo montados em seus cavalos, e foram seguidos para fora dos limites seguros do mesmo, sendo seguidos por um exercito de soldados, formado por mais ou menos oitenta homens. O numero de homens não era desnecessário levando em consideração que a feiticeira já deveria estar se preparando para impedir que Alice encontrasse o que procurava. Os soldados que formavam o restante do exercito narniano permaneceram no castelo, assim como Eustaquio que deveriam ficar apostos para o caso de receberem o chamado do rei. Até onde sabiam a feiticeira poderia atacar assim que Alice colocasse as mãos na espada. Todos deveriam estar preparados para a batalha que viria com força e sem aviso prévio.


...


Todos adentravam pela floresta proibida tomando todo cuidado, e com muita cautela enquanto empunhavam suas armas, prontos para algum ataque surpresa que provavelmente viria iminente. Os soldados assim como fora ordem do rei Caspian, se separaram pelas redondezas da floresta fria e escura, pela falta do sol que não invadia os galhos altos e fechados. Sua missão era evitar ataques surpresas contra os reis que seguiam pelo centro da floresta seguindo Alice e Caspian. Susana empunhava seu arco e flechas enquanto mantinha a total concentração ao seu redor. Pedro empunhava sua espada com firmeza enquanto seus olhos azuis ficavam em alerta. Lucia também segurava uma espada de menor tamanho, mas de força esplêndida, assim como seu habitual elixir de cura há tempos não usado. Tudo estava silencioso, e quieto demais. Mas isso não durou muito tempo, como já esperavam logo foram surpreendidos por um aviso que soou do outro lado da floresta. Uma corneta com som agudo e estridente deu o alerta de que os soldados estavam sofrendo um ataque. Pedro e Susana se prepararam e o rei magnífico avisou:

– Caspian, leve Alice... Encontrem a espada. Susana e eu ficaremos aqui e guardaremos o caminho... Lucia vá com eles... –disse se virando para a irmã mais nova.

– Certo... –concordou ela.

Caspian e Alice correram mata adentro enquanto Susana e Pedro ficavam para trás assegurando a segurança de ambos. Lucia foi logo atrás, também guardando o caminho bravamente. Enquanto corriam por meio das arvores, e enfrentavam os galhos que lhes tocavam as faces, Caspian perguntou ofegante pela corrida ao cortar os galhos para facilitar a passagem:

– Tem certeza que o caminho é este Alice?

– Continue andando Caspian... Eu sei que era este o lugar. –respondeu logo atrás do rei.

Caspian concordou e continuou a cortar os galhos, então alguns minutos passados, já em uma relva aberta, eles fizeram uma parada, e buscaram ar para respirar.

– Caspian... –disse Alice olhando ao redor. – Cadê a Lucia?

– O que? –ele voltou os olhos na direção de onde vieram. – Lucia? –ele gritou.

– Lucia? –Alice ajudou.

– Droga... –resmungou o rei. – Fique aqui Alice. –disse passando por ela.

Ele avançou alguns passos e então decidiu voltar e entregar uma adaga em mãos da rainha.

– Fique com isso... Eu não irei muito longe.

– Está bem, tome cuidado.

Caspian dá meia volta e avança rumo às árvores emaranhadas novamente. Alice ficou sozinha, com os seus olhos e ouvidos atentos ao redor. Nada alem de árvores altas e assustadoras. Então não muito longe dali ela viu algo diferente, um pequeno ponto brilhante entre os galhos que lhe chamou a atenção. Alice deu alguns passos rumo às árvores, afastando os galhos secos, e espinhosos, e então se emaranhou entre eles logo os atravessando e chegando do outro lado. Havia uma montanha de pedras muito alta, e no topo ela pode ver o cabo de uma espada cravada na mesma. Com um sorriso de satisfação ela olhou para trás, e decidiu não avisar o rei, apenas andou em direção as pedras e então subiu-as devagar para não cair até chegar ao topo. Lá em cima ela fitou a espada que começou a brilhar com mais força, e luminosidade. Então a loira guardou a adaga do rei, entre a cintura e se preparou para arrancar a espada cravada na pedra. Ao tocar o cabo da mesma, Alice sentiu algo a dominando por completo, como se uma força maior se apoderasse de si, e a envolvesse por inteira. Kinsley não excitou um só segundo sequer e puxou a espada arrancando-a da pedra onde até então se encontrava firme como uma rocha. Alice ergueu a lamina da espada para o alto de sua cabeça, enquanto a mesma brilhava com ainda mais força e clarão. A loira baixou a espada na altura de sua cintura enquanto observava o brilho incomum maravilhada.

– Achei você! –ela disse sorrindo.

– Alice? –ela ouviu a voz do rei por entre as arvores.

– Alice? –disse Lucia.

– Aqui! –ela respondeu descendo das pedras.

Assim que tocou a grama úmida da floresta com os pés, Alice avistou o rei Caspian e a rainha Lucia atravessando os galhos por onde ela ultrapassou.

– Ali... –Caspian se calou assim que viu a rainha empunhando a espada magnífica.

– Você encontrou! –disse Lucia que chegou logo depois.

– Sim! –ela sorria satisfeita. – A arma que derrotará a feiticeira, e chave para seu retorno pra casa Lucia! –Alice não se incluía nessa frase, pois não queria pensar que em breve ela também deveria regressar ao seu mundo.

– Precisamos mostrar aos outros. –dizia Lucia animada.

– Eles devem estar precisando de nossa ajuda. –se manifestou Caspian com um tom melancólico.

– Vamos... –disse Alice sem notar e logo o tomando pela mão e todos os três invadiram a mata novamente rumo a ajudar Pedro, e Susana.

Quando se aproximaram dos irmãos, havia um grupo pequeno de homens cobertos dos pés a cabeça, com roupas pretas que lhe encobriam também as faces, impedindo contato visual. Era impossível algum ser humano enxergar através daquela escuridão de panos, o que levou os reis a constatar que não deviam ser homens comuns, mas sim seres criados pela feiticeira para lutar em suas batalhas. Susana lançava suas flechas contra os alvos em movimento enquanto Pedro duelava frente a frente contra dois ou três daqueles soldados furiosos. Caspian se uniu aos reis ficando ao lado de Pedro e combatendo com sua espada os homens que atacavam o rei magnífico. Lucia agiu também, acertando um dos combatentes que atravessara seu caminho, com intuito de atacar a rainha Alice. Lucia pensou em proteger a loira, então conduziu a mesma para perto de um barranco montanhoso, fazendo com que Alice ficasse ali. A rainha destemida mostrou porque recebeu tal titulo se unindo aos irmãos e ao rei Caspian na batalha, logo atacando um ou dois soldados da feiticeira. Não demorou muito até que eles estivessem no chão, então os reis correram floresta adentro mais uma vez, mas com a intenção de chegar aos soldados que naquele momento ainda combatiam o restante dos soldados da feiticeira negra. Iniciou-se assim uma nova batalha, na qual Pedro tomou a dianteira, e foi logo seguido pela irmã mais velha.

– Precisamos tirar Alice daqui. –disse Lucia aos berros. – Eles vieram atrás dela Caspian.

Ele não teve tempo de responder, pois logo dois soldados da feiticeira saltaram de sobre as enormes arvores caindo diante dos três, e tentando atacá-lo. Caspian defendeu as rainhas usando sua espada, e combatendo os mesmos ferozmente. Lucia foi surpreendida por mais dois que caíram também do topo das altas e imensas árvores, logo lhe empurrando o peito e deixando-a no chão.

– Lucia... –gritou Alice.

A rainha tentou se levantar, mas foi atacada por um dos soldados que apenas parou de tentar ferir a mesma quando fora atingido por uma flecha lançada por Susana. Alice correu para ajudar a destemida a se levantar, mas foi barrada por outro soldado, que lhe segurou pelos ombros e a empurrou contra o tronco de uma arvore fazendo com que ela batesse forte com as costas e soltasse sua espada.

– ALICE? –gritou Caspian redobrando seus esforços para se livrar de seus inimigos.

O soldado então avançou na direção da espada de Alice Kinsley, mas a mesma se recompôs e se levantou rapidamente, logo correndo em direção ao inimigo que naquele momento dobrava os joelhos para apanhar a arma caída sobre a grama. Alice o viu erguer o rosto, e então sem pensar colocou toda sua força na perna e chutou o individuo bem na face fazendo com que o mesmo caísse para trás com as costas na grama. Assim ela se abaixou e pegou sua espada, que pareceu ainda mais leve em sua mão, e então vendo a cena ao redor de si, na qual todos lutavam bravamente para protegê-la, Alice Kinsley foi tomada de coragem e também de raiva e logo avançou na direção da rainha Lucia deitada no chão, estendeu a mão para que a mesma se levantasse e então ao constatar que a destemida estava segura e não muito ferida, Alice se apressou a se unir na batalha. Caspian estava rodeado por solados que o atingiam nos braços e pernas, e mal pode ver quando Alice se aproximou rapidamente e saltou sobre um deles que estava prestes a lhe golpear no peito com uma corrente com ferros pontiagudos nas pontas. A loira empurrou o corpo do soldado inimigo com o peso do seu próprio logo o vendo cair sobre um segundo solado. A loira despencou no chão junto com os dois, mas logo girou seu corpo sobre a grama e segurou a espada levantando-se após por os joelhos na terra.

Caspian teve um minuto e pode ver sua rainha até então, frágil e indefesa agindo como uma perfeita guerreira mesmo sem experiência no campo de batalha. O minuto acabou e um dos soldados que lhe combatia, lhe acertou o rosto com força fazendo com que o rei caísse sentado no chão. Susana acertou uma de suas flechas no inimigo que tentara agarrar o rei Pedro pelo pescoço usando uma corrente pesada, e não pode agir além, pois foi imediatamente foi atacada pelas costas por um soldado inimigo que se lançou sobre ela, após dispensar de uma arvore. Lucia correu em direção a irmã para ajudar enquanto Alice fitava o rei Caspian caído no chão, tentando se proteger como podia. Diante dela os dois soldados agora de pé, se preparavam para atacá-la. Foi então que Felipe atravessou entre eles galopando rapidamente e assustando os soldados. Do outro lado ouviu-se a voz de Edmundo, que trazia consigo mais um pequeno batalhão de soldados narnianos. Edmundo ordenou o ataque contra os inimigos de Nárnia, enquanto Alice Kinsley saltou sobre o lombo de Felipe, e galopou rumo ao rei Caspian. Ao se aproximar Felipe ergueu as patas dianteiras acertando as costas dos inimigos, enquanto Alice erguia a lamina de sua espada ao alto, e abaixava a mesma em seguida transpassando a face do soldado que ousara lhe atacar. Quando o homem caiu em terra, Kinsley voltou os olhos para o rei, que tentou se recompor e ficou de pé, com certa dificuldade. A loira segurou firmes as rédeas de Felipe logo guardando sua espada na cintura e disse em tom autoritário:

– Suba Caspian...

O rei estava com os lábios entre abertos, tentando respirar com dificuldade, enquanto cobria a lateral do abdômen gravemente ferido. Então olhou ao redor vendo que a situação começava a ficar sob controle, graças à ajuda repentina do rei Edmundo, e então fez o que sua rainha pediu. Usou suas forças para montar Felipe, e ficou atrás de Alice, que logo induziu o cavalo a correr para fora do campo de batalha. Felipe levou o rei e a rainha para junto de Edmundo, que se dirigiu a eles, enquanto os soldados ajudavam Pedro, Lucia e Susana:

– Estão bem? –disse ele em tom firme.

– Caspian está ferido. –respondeu Alice vendo as mãos do rei cheias de sangue agarradas em sua cintura.

– Está sangrando muito... –disse Edmundo vendo que o rei praticamente se debruçava sobre as costas de Alice sujando o vestido dela com seu sangue.

– Precisamos tirar ele daqui... Agora. –dizia ela desesperada ao ver todo aquele sangue que ela não sabia de onde vinha.

– Aguente firme Caspian... Vamos tirar você daqui. –afirmou Ed.

O rei justo fez sinal para que alguns soldados fizessem a guarda para o rei e para a rainha Alice.

– Pode levá-lo para o castelo? –disse Edmundo.

– Farei isso. –respondeu firme.

– Os soldados vão escolta-los de volta. Estarão seguros, eu cuido do resto agora.

Nas costas de Alice o rei gemia de dor, e revirava os olhos sentindo que perdia muito sangue.

– Você vai ficar bem Caspian... –disse Alice. – Continue se segurando firme em mim está bem?

Ele não teve forças nem para responder, o ar estava rarefeito em seus pulmões. Mas ele ainda conseguia se firmar contra o corpo pequeno da rainha Alice, que imediatamente induziu Felipe a dar meia volta e correr ao mais rápido que pudesse para fora da floresta proibida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai gente! Que aperto no coração judia assim do meu rei Caspianzito 3 Não briguem muito comigo por isso tá bom?? bjus