Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 12
Perdão, Diversão e Saudades


Notas iniciais do capítulo

Oie desculpem a demora eu estava escrevendo outra fic de Nárnia (Nárnia Um Conto de Terror) Enquanto estava sem ideias para Alice! Custei pra escrever este capítulo por que me deu um branco horrível, eu acabei saindo totalmente da estória! Sabem quando vce não sente os personagens? Então, eles fugiram de mim! Mas espero que tenha ficado bom este caps! Bjus
—OBS: Titulo é péssimo! Falta de criatividade bateu aqui sorry



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Naquele inicio de tarde, Alice tentou ficar sozinha com o rei algumas vezes, mas toda vez era interrompida por algum dos reis, ou pelos criados. Por fim ela decidiu passar o resto do dia ao lado da rainha Lucia assim como de Edmundo e o mais novo amigo Eustáquio por quem ela nutriu uma simpatia imediata pelo seu jeito extrovertido e engraçado. Logo ambos se identificaram pelas histórias e pelo jeito desajeitado de ser. A rainha Suzana assim como o rei Pedro eram os únicos que pareciam querer ficar distantes. Pedro porque parecia maduro demais para fazer parte das brincadeiras dos outros, e Suzana provavelmente por não querer ficar perto de Alice. Mesmo não nutrindo o ódio em si, como Alice pensava, a rainha gentil preferia ser fria quanto à garota, por ser orgulhosa demais para reconhecer que a Alice ali, sequer sabia o mal que tinha lhe causado. No gramado, não muito longe de onde a rainha gentil e o irmão Pedro estavam os três “garotos” se divertiam correndo um atrás do outro como crianças brincando de pega-pega.

- Sinto falta de quando participávamos das mesmas brincadeiras no jardim de nossa casa em Londres! –disse Pedro à irmã.

- Cuidávamos um do outro! –disse com um sorriso singelo. – Era ótimo quando éramos apenas nós quatro. –disse olhando Alice enquanto a mesma corria de um lado para o outro.

- Suzana, não acha que deveria conversar com Caspian, ouvir o que ele tem a dizer? Aslam nos ensinou que o perdão foi feito para aqueles que pedem.

- O que nossa conversa tem a ver com Caspian, Pedro? –disse franzindo a testa.

- Tudo. O que você está sentindo só vai passar quando se der uma chance de perdoá-lo. E perdoar Alice também.

- Não é tão simples... –disse séria.

- Pense Suzana. Nunca deveríamos ter ficado em Nárnia. Você deveria estar na América se formando, e Caspian estaria se casando. As coisas acontecem como tem que acontecer. Talvez esse amor que você acha que ainda sente por ele, só exista por que ainda estamos presos aqui. Certa vez Aslam disse a você que precisaria ser sabia para enxergar além do que os olhos podem ver. Lembra-se disso? –disse abraçando a irmã.

- Eu sei o que sinto Pedro.

- Será?

Suzana se virou e continuou encarando os irmãos, assim como o primo e a própria Alice enquanto eles brincavam. A rainha lembrou-se da pequena Alice, e do carinho que nutria pela mesma. Certa vez, Suzana chegou a mencionar o desejo de ter uma filha tão doce quanto Alice era quando menina. Chegou a questionar a si mesma sobre as palavras de Pedro. Suzana estava tão confusa com seus sentimentos que achava que a única resposta estava em Londres. Ela desejava voltar para casa, o único lugar onde ela acreditava que ainda seria feliz. Talvez seu coração estivesse tão repleto por emoções que ela não conseguia conciliar todas elas, e isso a deixava totalmente perdida dentro de si mesma. Por fim, decidiu consigo que o melhor era permitir que Caspian lhe dissesse tudo que tinha pra dizer. Talvez Pedro estivesse certo, e uma boa conversa poria alguns pingos nos is. Fugi do que ela sentia apenas tornaria tudo mais difícil. Então a rainha gentil decidiu que procuraria o rei a noite para que ambos tivessem uma conversa longa e sincera. Sem brigas, apenas dois adultos dialogando pacificamente sobre seus problemas pessoais.

...

Durante o café da tarde, todos se reuniram a mesa para as refeições. Caspian na cabeceira principal, Pedro na cabeceira seguinte, Lucia ao lado esquerdo de Pedro, Suzana a sua direita, Eustáquio ao lado dela, Edmundo diante de Eustáquio que estava ao lado de Lúcia que estava ao lado de Alice. Lúcia falava sem parar sobre a ótima e animada tarde que passaram, enquanto Eustáquio contribuía com a sua parte da história. Edmundo ria e fazia piadas com o primo, que por volta ou outra ficava sem graça e corava. Alice sorria muito animada e muitas vezes tocava a mão do rei, lhe dizendo como tinha sido empolgante as recreações daquele dia. Caspian sorria, e achava uma graça à animação de todos à mesa. Pedro entrou na conversa contando como eram as suas brincadeiras no jardim da casa do tio, na época que descobriram Nárnia. Alice ficava maravilhada com as palavras dos reis, enquanto ouvia atentamente. Por fim, toda aquela animação acabou por contagiar até mesmo Suzana que ainda bancava a durona permanecendo em silencio apenas sorrindo diante das lembranças de sua velha casa em Londres, e até mesmo em Nárnia. A própria abriu inúmeros sorrisos enquanto falava sobre suas gafes. Tudo parecia em paz àquela mesa, pelo menos superficialmente. Caspian ainda estava chateado por Suzana o estar evitando, assim como se sentia frustrado por não saber mais como agir com Alice. Quanto à própria, ela sentia cada vez mais que queria estar com o rei. Pedro estava ansioso pela resolução do problema que assolava Nárnia há tanto tempo. Edmundo pensava na possibilidade de reassumir seu trono como rei. Quanto a Lúcia, ela apenas estava preocupada com o rumo que a nova guerra tomaria. Estava curiosa em desvendar o mistério ao redor da feiticeira que aprisionara Nárnia no tempo. Eustáquio estava preocupado com a quantidade de comida que tinha ingerido. Não era lá uma grande preocupação, mas... Começava a se sentir um pouco enjoado.

- Pessoal! –disse ele. – Acho que não to passando bem... Devo ter comido um pouco mais do que devia.

- Um pouco? –disse Ed.

- Comeu um boi por uma perna Eustáquio! –sorriu Lucia.

- Depois de toda aquela correria, ele devia estar morrendo de fome! –disse Suzana tocando o ombro do primo.

- Repor as energias com meio bolo de chocolate não foi uma boa ideia! –riu Pedro.

- Ah vocês vão ficar me zoando ou vão me ajudar? –disse o garoto com a mão no estomago.

- Venha, eu sei do que você precisa! –disse Lucia sorrindo e se levantando.

- Eu vou com vocês... –disse Edmundo. – Preciso lavar as mãos, estão meladas! –ao se levantar ele ergueu as mãos e fez cara de nojo botando a língua pra fora.

- Bem eu acho que vou caminhar um pouco para baixar a comida, quer ir comigo Su? –disse Pedro arrastando a cadeira.

- Vou sim, também estou me sentindo meio pesada! –ela disse se levantando e olhando para o rei Caspian.

Quando todos se retiraram, apenas Caspian e Alice permaneceram a mesa. Então ela decidiu tocar novamente a mão do rei, que imediatamente a olhou e sorriu.

- Quer ir a um lugar comigo? –disse ela.

- Claro! –respondeu puxando a mão da garota e beijando-a.

Alice se levantou animada, assim como o rei e segurou a mão dele, quase correndo em direção à porta dos fundos. Caspian riu, e seguiu a garota. Ambos saíram e subiram as escadas que os levaria para os muros do castelo. Quando estavam no topo Alice se virou para o rei sorrindo e com os olhos brilhando e disse:

- Eu vim aqui ontem à noite... Fiquei olhando as estrelas e pensando no meu pai. –disse ela olhando pro céu claro. – Ele ia adorar esse lugar!

- Saiu do seu quarto no meio da noite? –ele sorriu.

- Não consegui dormir! Parece que tenho mil coisas pra fazer e pouco tempo. E enquanto ficava aqui... –disse debruçando os cotovelos na beirada dos muros. – Acabei me sentindo um pouco sozinha. Eu quis...

- O que? –disse se aproximando.

- Eu quis abraçar você. –ela o encarou. – Por que eu me sinto segura quando você está por perto. E eu precisava te dizer isso.

- Obrigado por me dizer... –disse segurando a mão de Alice e afastando ela do muro. – É bom saber que se sente assim comigo. –disse segurando ambas as mãos da garota e olhando-a nos olhos.

- Eu não preciso me lembrar do que aconteceu pra saber o que eu sinto quando estou com você Caspian.

- O que você sente quando tá comigo?

- É como quando você sente saudades de alguém. –ela sorriu um riso triste. – Você quer tocar, abraçar... Dizer alguma coisa, mas não pode. Eu olho pra você e me sinto assim. Como se você estivesse longe de mim. Mas está bem aqui. E eu posso te tocar. –disse ela levando sua mão até o rosto de Caspian. – E eu quero...

- Nem imagina o quanto eu desejo a mesma coisa. –disse segurando a mão dela contra sua face. – Sinto exatamente a mesma coisa. Eu posso te ver, te tocar, mas não é como se você estivesse aqui. Essa distancia estabelecida entre nós dois... É como um abismo pra mim. Eu não posso atravessar Alice. A menos que você deixe...

- Eu sei... Me desculpa! –disse com expressão triste.

Caspian permaneceu sério e em silencio, então puxou a garota para perto do seu peito, e envolveu a nuca dela com uma das mãos abraçando-a e apertando-a contra si. Alice envolveu os braços ao redor do corpo dele e fechou os olhos. Ela se sentiu em casa naquele momento, como se os braços de Caspian fossem o seu lar.


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Notas finais do capítulo

Então, ficou muito ruim???