Alice No País De Aslam escrita por Bengie Narnians


Capítulo 11
Memórias da Rainha Gentil (O Amor de Suzana)


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tem dois momentos intensos. E o engraçado é que rola a mesma coisa com nossas duas personagens. Alice e Suzana. Primeiro com Suzana, depois Alice! Espero que gostem, está um pouco apimentadinho a pedidos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/371164/chapter/11


Alice assim como os outros acabaram perdendo a hora do chá, deixando assim que o rei ficasse sozinho a mesa com Suzana e Pedro. O clima de tensão entre a rainha gentil e Caspian continuou durante todo o final da tarde. Pedro apenas podia amenizar as trocas de olhares entre os dois com sua conversa tranquila e imparcial. Ao final de tudo, Pedro se retirou pedindo licença para tomar um banho, mas o que ele realmente queria era que Caspian e Suzana tentassem resolver seus problemas em uma conversa amigável. Suzana por sua vez, levantou-se da mesa e andou rumo à janela do grande cômodo de onde podia ver o campo ao fundo. Mesmo lugar onde ela costumava passar bons momentos ao lado do rei antes de Alice aparecer e segundo ela, roubar o amor e atenção de Caspian para si de uma maneira dissimulada. Suzana fechou seus olhos e respirou fundo sentindo-se desconfortável com tais lembranças. Caspian por sua vez, se levantou de onde estava e andou até a rainha gentil, logo parando as suas costas e dizendo:

– Suzana?

– Eu também vou me recolher Caspian... –ela se virou para sair da sala.

– Espere! –Caspian segurou-a pelos ombros e encarou sua face. – Precisamos conversar... Não pode continuar me tratando desse jeito...

– Estou tratando você, como você merece ser tratado Caspian, agora me deixe... –ela tenta desviar, mas em vão.

– Não pode me odiar tanto assim... Eu sempre fui honesto com você... Até mais honesto do que fui com Alice...

– Você não precisava ser honesto com ela, já que Alice estava ciente do que existia entre nós. Quanto a você, sequer fez um esforço pra resistir a ela...

– Eu sei, eu errei, mas eu me senti perdido... Exatamente como me sinto agora.

– Não vai fazer com que eu sinta pena de você. Se tem uma coisa que você não é, é a vitima dessa história. Talvez eu tenha sido, e até admito que Alice possa ter vindo a ser também, mas você não...

– Eu só esperava que depois de tanto tempo você me perdoasse... E não fosse tão amarga.

– Deixe alguém partir seu coração em pedaços, e fazer com que se sinta um lixo e você vai ver que não é tão fácil quanto parece...

– Acredite quando eu digo que sinto muito... –ele disse com sinceridade em seus olhos.

– Não... E não quero mais fazer parte dessa conversa, agora me deixe em paz... –ela o empurrou e seguiu rumo às escadas.

Suzana voltou para seu quarto, onde trancou a porta e andou até a cama. Respirou fundo, e depois se sentou diante da penteadeira e apanhou uma escova para pentear seus cabelos. Mas ao olhar seu reflexo impecável, tudo que ela conseguiu enxergar foi o rosto de uma mulher amargurada que ainda nutria por certo homem um sentimento forte, difícil de ser apagado, mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de tanta magoa. Suzana largou a escova sobre a penteadeira e fechou os olhos lembrando cenas do passado, guardadas em sua memória. Pensou na noite que se despedia de Caspian do lado de fora daquele quarto diante da porta. Lembrou-se dos olhos dele, lhe pedindo pra ficar e sentiu outra vez a força do desejo que se apossou dela naquela noite, fazendo com que ela se lançasse nos braços do rei e o deixasse entrar naquele cômodo. Caspian segurava firme sua cintura, enquanto eles se beijavam de uma maneira calorosa e audaciosa. A porta se fechou, e ambos andaram até aquela cama, onde Suzana sentiu o corpo de Caspian pesar sobre o dela. Ela afagava os cabelos dele, e conduzia suas mãos sobre a barba do rei que se deleitava em seus lábios carnudos. Os dedos dela percorreram a extensão das costas de Caspian, enquanto ele beijava-lhe o pescoço e seguia rumo aos seus seios fartos e voluptuosos. As amarras de seu vestido foram desfeitas pelos dedos ágeis do rei, e logo ela se viu seminua nos braços dele. Ambos não permaneceram vestidos por muito tempo, e logo se deleitaram um com o prazer do outro. Suzana sentia uma imensa satisfação em tê-lo sobre ela, se movendo magnificamente de modo a lhe dar prazer. Ela gemia o nome dele inúmeras vezes durante aquela aventura sensual. O corpo quente do rei, totalmente desprovido de roupas, suando com a fricção entre suas peles. A excitação que só aumentava a cada toque mais profundo. Todo o prazer, e a luxuria que a rainha gentil sentira naquela data, agora lhe atormentava novamente. Ao relembrar tais sensações, Suzana sentiu algo queimar sob suas saias, e mordeu os lábios desejando ser tocada por ele daquele jeito nem que fosse apenas mais uma vez. Ela sentiu suas roupas intimas ficarem umedecidas e então passou suas mãos pelo próprio pescoço tentando se livrar do calor que seu corpo sentia. Ainda de olhos fechados, ela desceu uma das mãos pelo peito tocando seus seios, depois a barriga e jogou o rosto para trás. Mais uma vez ela mordeu os lábios, e disse baixinho:

– Caspian!

Então quando estava pronta para se tocar, alguém bateu a sua porta tirando-a de seu devaneio excitante. Ela se recompôs, e se olhou no espelho, sentindo-se boba por ficar se imaginando nos braços do rei, então perguntou:

– Quem é?

– Lucia! Já está deitada?

– Não... –ela se ajeitou e deu uns tapinhas no rosto. – Pode entrar.

Lucia girou a maçaneta e entrou ao cômodo. Suzana se apossou da escova e começou a escovar suas madeixas. Ficou séria, e apenas perguntou o que a irmã desejava e aguardou resposta. Ambas conversaram por mais ou menos meia hora, e depois Lucia voltou para o próprio quarto. Suzana tirou suas roupas, e deitou-se na cama colocando o rosto sobre as mãos que se tocavam palma com palma e ficou perdida em seus pensamentos, até dormir.



...


Na manhã seguinte Alice foi a primeira a se levantar. Sentiu-se bem disposta naquela manhã, e quis dar uma volta pelo castelo em busca do que fazer. Ela sentou-se abaixo de uma das maiores arvores do castelo, a mesma onde Caspian costumava sentar-se inúmeras vezes quando desejava ficar sozinho com seus pensamentos. Ela se deitou entre as raízes e ficou olhando para o céu azul, enquanto sorria sem saber por que. Alguma coisa se moveu no topo da arvore chamando sua atenção.

– Ripchip? –ela sorriu e sentou-se.

– Não se incomode majestade! –disse com ar Cortez. – Continue com o que estava fazendo! Apenas ignore minha humilde presença...

– Não o vejo há dias! Por onde andava?

– Por aí, majestade! Um rato também tem seus deveres!

– E posso perguntar o que seriam?

– Nada demais! Apenas treino e observação!

– Sei! –ela sorriu.

– Sente-se bem majestade? Está sorridente!

– Eu não sei! Acordei me sentindo radiante! Tem alguma ideia do que eu poderia fazer para me livrar dessa energia toda?

– Tenho majestade, mas não sei se o rei aprovaria...

– Diga...

– A outra Alice, se me permite... Costumava gostar da minha companhia, e sempre inventávamos uma brincadeira que o rei julgava arriscada demais para vossa senhoria...

– Mais arriscada do que enfrentar uma besta de duas cabeças, e uma rainha má? –ela riu.

– Ora! A senhora se lembrou?

– Aslam me mostrou tudo que eu deveria saber Rip! Estou pronta pra enfrentar qualquer batalha! Bem... –ela disse baixinho. – Talvez! Mas acho que me sairia melhor se alguém me ajudasse! Conhece alguém capaz disso Ripchip?

– Se me permite majestade! Conheço um nobre rato que é um excelente espadachim.

– É mesmo? Seria ótimo se esse nobre rato me desse à honra de suas lições!

– Verdade? –disse não contendo a empolgação.

– Sim! –ela riu.

– Pois bem... –ele se recompôs. – Vai precisar de uma espada. Majestade!

– Darei um jeito... Espere aqui. –ela se levantou e saiu correndo quase tropeçando no próprio vestido, o que causou riso no pequeno rato.

Assim que entrou correndo pelo castelo, acabou atropelando literalmente a rainha Suzana que andava calmamente pelos corredores.

– Sinto muito majestade! –disse Alice sem jeito.

– Parece que não mudou absolutamente nada não é Alice? –disse em um tom superior. – Sempre correndo por aí, feito uma garotinha. Não acha que já está velha demais para se comportar como uma criança?

– A infância nunca morre majestade. –respondeu. – A menos que a matemos dentro de nós. Meu pai sempre dizia isso.

– Não me admira que seja assim...

– Desculpe majestade, mas... Eu preciso perguntar. Por que parece que me odeia tanto?

– Você não se lembra de nada mesmo não é? –Suzana disse andando até Alice e encarando-a de perto. – Não serei eu que contarei a você... Mas pergunte ao Caspian... Tenho certeza que ele contará a você uma historia bem interessante. Agora me dê licença... –Suzana encarou Alice da cabeça aos pés depois passou por ela esbarrando em seu ombro outra vez.

Alice levou a mão ao local, sentindo o impacto do ombro das duas, e franziu a testa. Ficou com aquela frase da rainha na cabeça, mas ignorou por hora. Então continuou correndo pelo corredor, e acabou parando depois de quatro ou cinco passos e pensou que seria melhor andar ao invés de correr. Alice entrou no escritório do rei e pegou uma espada de dentro de um suporte, depois correu até o campo onde Ripchip já a esperava.

– Pronto pra me enfrentar? –disse ela com a lâmina da espada encostada no ombro e voltada com a ponta para cima.

– Prontíssimo, majestade! Mas, resta saber se... A senhora está pronta para o pequeno rato!

– Vamos ver! –ela sorriu confiante e apontou a espada para o pequeno.

– Pois bem! Em guarda! –ele estendeu sua espada na direção dela.

– Acha mesmo que isso vai dar certo? –ela se perguntou por conta da diferença de tamanho entre eles.

– Sou pequeno, mas sou ágil senhora! Não se preocupe com minha segurança! Não deixarei que me acerte!

– Tudo bem! Se está dizendo! Em guarda! –ela sorriu mais uma vez se posicionando.

Ripchip achou melhor ensinar a rainha, como ela deveria se posicionar diante do inimigo, e outros movimentos também. Ambos se divertiram muito naquela manhã. Treinaram até ficar cansados demais para continuar e se jogaram na grama ficando de barriga pra cima e olhando para o céu. Tanto Alice quanto Rip riam e respiravam ofegantes. Enquanto via o azul claro do céu e o formato das nuvens que pareciam formar desenhos lá no alto, Alice sentiu algo se apossar dos seus pensamentos. Então fechou os olhos e se viu sentada sobre o gramado diante de um lago, jogando pedrinhas brancas e vendo-as tocar o fundo da água. Então de repente alguém surgiu atrás de si fazendo sombra contra o sol, e lhe cobriu os olhos com uma das mãos.

– Caspian! –disse ela segurando a mão dele e puxando-a.

– Como sabia que era eu? –disse sorrindo.

– E quem mais seria? –ela sorriu. – Como me achou aqui? Eu não disse a ninguém que estava saindo do palácio.

– Ripchip! –ele riu se sentando ao lado dela.

– Aquele ratinho linguarudo!

– Se importa se eu ficar aqui com você? –ele respirou fundo.

– Não... –ela o olhou meio de lado.

– Queria ficar mais tempo sozinho com você, fora dos muros do palácio! E longe dos outros... –disse tocando os cabelos de Alice e levando-os para trás da orelha dela.

– Passamos a maior parte do tempo juntos! –ela riu olhando pra ele.

– Não tanto quanto eu gostaria... –disse passando seu braço pelas costas dela e apertando a cintura dela contra ele. – Sempre tem muita gente por perto...

– Também gosto de ficar sozinha com você, mas...

Caspian tocou o rosto de Alice com a outra mão fazendo com que ela ficasse em silencio, então eles trocaram olhares e o rei aproximou os lábios dos de Alice beijando-a. Alice fechou os olhos sentindo os lábios dele contra os seus, e tocou o peito do rei, que imediatamente puxou-a pelos ombros fazendo com que ela deitasse-se sobre a grama. Caspian deitou-se ao lado dela e deslizou seus dedos ao longo de sua silhueta, enquanto Alice envolvia um dos braços ao redor do pescoço dele. O rei depositou o peso do seu corpo sobre a loira, enquanto ambos se beijavam apaixonadamente. Alice ergueu um dos joelhos deixando Caspian parcialmente entre as suas pernas, enquanto ele colocava um dos cotovelos na grama a cima da cabeça dela, e beijava seu pescoço. Alice abriu os lábios, inclinando a cabeça para trás, e fechando os olhos devagar enquanto enlaçava os braços nas costas do rei. Caspian afastou o rosto e encarou Alice dizendo:

– Eu te desejo tanto Alice! –dizia em voz sussurrada. – Diga que sente o mesmo...

– Sim! –dizia com voz trêmula sentindo seus joelhos bambos. – Eu também desejo você Caspian... Mas... Eu...

Caspian a calou com outro beijo e acariciou os cabelos dela, enquanto seu corpo se movia sobre o dela causando em Alice uma sensação totalmente nova e maravilhosa. Ele desceu seus dedos ao longo da perna da loira, e deixou-a descoberta, logo firmando seus dedos sobre a coxa de Alice. O rei envolveu a perna da moça ao redor de si, enquanto deslizava sua mão ágil rumo ao quadril de Alice. Ele apertou firmes as ancas da moça, e prensou o quadril dele contra o dela, fazendo com que Alice emitisse um som leve e fino pela garganta.

– Caspian! –ela dizia em voz sussurrada.

– Alice? –uma voz lhe trouxe de volta a realidade.

Quando abriu os olhos, Alice estava deitada no gramado do campo, e Lucia era quem estava diante dela. De pé, com seus cabelos balançando diante da face de Alice, a rainha destemida sorria.

– Vamos Alice acorde! –ela riu. – Está dormindo na grama!

– O que? –ela se levantou ainda sentindo aquela sensação.

– Venha! Você precisa de um banho, seu cabelo está cheio de grama! –Lucia estendeu sua mão ajudando-a a se levantar.

De pé, Alice viu que Ripchip estava sobre os galhos da arvore. Ela apenas desejou que não tivesse emitido nenhum som por causa do seu sonho com Caspian. Conforme dava alguns passos, ela sentiu algo úmido debaixo de suas saias e ficou envergonhada mesmo sem que os outros pudessem ver sua situação intima. Alice desejou não topar com o rei pelos corredores, enquanto entravam no castelo ou não conseguiria esconder seu rosto vermelho. Porém assim que entraram no salão principal, Caspian se aproximou e inevitavelmente Alice olhou direto para o peito do rei que costumava ficar sempre exposto parcialmente já que o mesmo não era muito a favor de botões fechados até o pescoço. Alice sentiu seu rosto corar imediatamente ao lembrar-se do seu devaneio.

– O almoço logo será servido! –disse ele estando sério.

– Alice só precisa se trocar! –respondeu Lucia. – Estava dormindo no gramado! Devia estar exausta depois de toda aquela ação!

– Ah! É eu acabei dormindo, nem vi...

– Tudo bem! Mas... Não demorem! –Caspian estava bem diferente do sonho de Alice.

Ele se afastou e Alice apenas o seguiu com os olhos, enquanto Lucia a carregava para a escada. Elas subiram, e Alice pode tomar um banho, se trocar e depois descer para o almoço. Mais tarde, ela faria um passeio a cavalo com quem estivesse disposto a acompanhá-la. De inicio ela pensou no rei. Queria ficar um pouco com ele, já que não ficavam a sós desde a chegada dos reis antigos.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram??
OBS: CADE MINHAS OUTRAS LEITORAS? u.u chateada que voces esqueceram minha fic, espero que voltem logo
OPS: Não decidi ainda se o sonho da Alice foi só um sonho baseado nos desejos intimos dela, ou se foram lembranças... por enquanto tome isso como um desejo intimo de Alice