Love & Sin escrita por Thais


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,

Primeiro: Obrigadão pelos reviews, to suuuper feliz que vocês estejam gostando e acompanhando;
Segundo: Eu vou ir viajar daqui a pouco, ou seja, não sei se vou conseguir passar aqui; Ah, vai demorar? Sim. Ainda não sei quanto tempo, mas vai;
Terceiro: Feliz Natal ( nada atrasado) e feliz ano novo para vocês, os melhores leitores que alguém pode ter!!

Espero bastante *reviews* *opiniões* e *recomendações*

♡ Beijão e até lá! ♡



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LEIAM AS NOTAS INICIAS...

Katniss

Minha tarde com Peeta e as crianças foi mais que perfeita. Há tempos não me senti livre o suficiente para ser quem eu sou como senti hoje. Fomos à roda gigante e nos beijamos, o que foi a coisa mais clichê do universo, porém a mais linda. Comemos porcarias, brincamos e no final do dia estávamos literalmente como mortos vivos.

Às vezes eu sentia como se um olhar estranho estivesse pairando sobre Peeta e a mim, mas ignorei qualquer sensação semelhante.

Eu estava cuidando das crianças enquanto Peeta saíra. Meus olhos estavam pesados e eu acabei dormindo, sendo seguida por um sonho estranho.

No meu sonho, Glimmer e eu estávamos na roda gigante. Glimmer já não tinha mais seu sorriso amigável no rosto, ela parecia procurar por algo ou alguém na multidão abaixo de nós.

Ali, disse Glimmer, apontando. Bem ali. Você está o vendo?

“O que você está fazendo aqui? Onde Kristen está?”

Ela está dormindo. Mas você precisa se lembrar.

Eu olhei, mas havia gente demais. “Onde?” perguntei. “Eu não consigo ver muito bem.”

Ele está aqui. Disse Glimmer.

“Ele quem?”

Você sabe.

No meu sonho, a roda gigante parou subitamente. Ouvi gritos e vários pedidos de socorro. Uma nuvem de fumaça invadiu todo o espaço a minha volta e eu tentava procurar por Glimmer.

Ouvi a voz dela, quase como um sussurro.

Está sentido esse cheiro?

Abri meus olhos e inspirei o ar. A televisão ainda estava ligada e eu havia adormecido no sofá. As memórias do sonho estavam vindo a tona. A sala estava escura demais e com uma nevoa... Fogo! Minha mente gritou.

– Kristen! Alex! – gritei.

Alex e Kristen estavam soluçando, o medo estava estampando em suas caras. Eles tossiam e choravam. Mas estavam vivos. Eu pisquei algumas vezes tentando não desmaiar. As chamas estavam altas demais do outro lado, a fumaça se alastrou por toda a casa. Deixei os dois em um canto onde sabia que eles não se machucariam.

– Eu vou quebrar a janela. Fique ai! – falei. Peguei uma cadeira da cozinha e quebrei a janela. Merda! Eu havia cortado meus dedos.

O chão estava aos um três metros. Não era muito alto, mas era o suficiente para se estabacar. Alex foi à frente e pulou, sendo seguida por Kristen e eu. Ao me jogar, cai no chão ralando meus joelhos e minhas mãos já cortadas.

– Droga – murmurei.

Puxei Kristen e Alex para perto de mim. Eles choravam baixinho. – Está tudo bem – sussurrei – Você estão seguros agora.

Foi somente quando uma sombra surgiu ao meu lado que notei que estava completamente errada.

Era ele, de pé, bem a minha frete, sorrindo de forma animalesca, com uma arma em mãos.

– Onde está ele? – perguntou Marvel. Seu rosto estava sujo de fuligem e sangue. As chamas estavam logo atrás dele o que o deixava de forma assustadora.

– Crianças vão para lá, okay? Para longe, agora! – falei – Oi, Marvel.

– Onde está ele, Katniss? Eu só quero conversar.

– Com uma arma em mãos?

Ao longe vi Peeta chegando e Marvel olhou na mesma direção que eu. As crianças foram ao seu encontro e Peeta entrou no carro, vindo em direção a Marvel. Aproveite sua distração e sai correndo em disparada ao carro.

– Ele veio, Peeta. A gente precisar sair daqui! – gritei, soluçando.

– Vamos pra sua casa. Ele não sabe, não é?

– Não sei.

Partimos rapidamente. Minha roupa estava suja de sangue e cinzas. Minhas mãos e pernas cortadas. Minha aparência não era das melhores, mas eu não ligava para isso agora. Ao chegar a porta estava aberta, eu nunca deixava a porta aperta. Descemos do carro e dei uma olhada ao redor.

Com um pé de cabra e a arma em punho. Marvel se aproximava de Peeta.

– Peeta, não! – gritei e ele se virou, sendo atingindo pelo golpe de Marvel. – Vão para dentro!

Sua arma estava caída no chão. A peguei, apontando para sua cabeça. Marvel estava mancando a minha frente.

– Querida...

– Eu te amava – disse – Eu fiquei com você por que te amava.

Na sua boca escoria sangue e ele estava quase caindo, mas ainda sim me encarando.

– Você sempre me batia. Todas às vezes. Eu era sua e você mesmo assim fazia.

– Eu te amo – balbuciou ele – Eu sempre te amei. Não sei por que você me abandonou.

– Não! Você devia ter me deixado ir! Você não devia ter me seguido até aqui! Você nunca me amou!

Marvel

Me lancei a frente de Katniss, tentando pegar a minha arma de suas mãos. Mas eu já estava sem forças e ela conseguiu manter o punho firme. Tentei batê-la com minha mão, porém ao sentir minha mão cortada em contato com seu braço gritei de dor. Katniss se afastava, mas consegui puxar seus pés e pegar a arma. Agora estávamos de frente a frente.

Ela voltou para cima de mim e tentou agarrar a arma junto a mim, a deixando virada para baixo.

– Eu te amava! – gritou ela, soluçando.

– Então não devia ter me abandonado – e disparei o gatilho. Senti uma dor forte surgir no meu abdômen e meus sentidos indo aos poucos falhar.

Mas, estranhamente, Katniss não caiu, nem mesmo gemeu. Ela estava de pé, me olhando com seus olhos castanhos esverdeados, ferozes e assustados.

Nesse momento, senti algo. Algo que queimava meu abdômen outra vez, fogo. Minha perna direita fraquejou e eu tentei ficar de pé, mas meu corpo não respondia ás minhas intenções. Desabei na varanda, cobrindo a barriga com as mãos.

– Volte para casa comigo – sussurrei – por favor.

O sangue jorrava livremente pelo ferimento, passando por entre meus dedos. Acima de mim, meus olhos não conseguiam focar direito na imagem de Katniss. Ora seu cabelo estava loiro ora castanho. Eu a via na lua de mel, usando biquíni, antes de esquecer seus óculos na praia. E era tão linda que eu não conseguia entender por que ela quis ficar comigo.

“Linda. Ela sempre foi linda”, pensei. Minha respiração ficou arrastada e comecei a sentir frio. Muito frio. Comecei a tremer. Exalei mais uma vez, algo que parece um som que sai de um pneu furado. Meu peito parou de se mover.

Tudo finalmente havia terminado.


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