Love & Sin escrita por Thais


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

eaaae

Bom capítulo e até lá!



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– Bom, eu não sei o que você acha, mas eu gostaria de abrir o vinho agora – falo.

– É uma boa ideia. Eu não sabia ao certo o que você gostaria, então trouxe uma garrafa de sauvignon blanc e um zinfandel. Você tem preferência entre eles?

– Vou deixar você escolher.

Na cozinha, me apoiei no balcão, cruzando as pernas. Peeta me olhou algumas vezes e pela primeira vez, parecia mais nervoso do que o comum.  

– Aqui está – disse ele, me passando um taça com o vinho – Aliás, eu já deveria ter dito. Você está linda.

– Obrigada – respondo.

– Acho que você vai gostar do vinho. Pelos menos, eu espero.

– Tenho certeza de que vou gostar – digo, alevantando o copo – Vamos brindar Peeta – falo, encostado minha taça na sua.

Peeta olhava pra mim, esforçando-se para não parecer indiscreto. Bom, ele estava tentando totalmente mal.

– Que tal nós irmos lá fora? – pergunto. Peeta caminha a minha frente e se senta em uma das cadeiras – Como vão as crianças?

– Estão bem. Eu os levei para ver um filme.

– Mas o dia estava tão bonito hoje, sei lá, para fazer algo fora.

– Eu sei. Mas com o feriado de segunda, acho que ainda podemos fazer alguma coisa ao ar livre.

– A loja e a clinica vão abrir?

– Vão sim. Eu vou trabalhar também.

– É uma pena. Eu também vou ter que trabalhar, então.

– Talvez eu e as crianças possamos aparecer para te incomodar na clinica.

– Vocês não me incomodam nem um pouco – murmuro – Bom, as crianças não. Mas me lembro de você reclamar da maneira que eu agia com as outras crianças.

– Gente velha só sabe reclamar – retrucou ele.

Rio da sua cara – Quando não estou lá gosto de ficar aqui. É como se eu fosse a única pessoa em um raio de alguns quilômetros.

– Mas você é a única pessoa aqui. Você vive praticamente no meio do mato – ironizou Peeta.

Dou um “leve” tapa em seu ombro – Veja lá como fala. Gosto bastante da minha casa.

– E tem razão. Ela está bem melhor do que antes.

– Ela ainda não está como eu quero, mas estou chegando lá.

Eu poderia estar com meu olhar perdido, mas da mesma maneira, sentia seu olhar sobre mim.

– Você está bem? – perguntou.

– Estava apenas pensando... é bom você estar aqui. Você nem me conhece...

– Acho que a conheço bem o bastante.

– Você acha que me conhece – digo num sussurro – Porém na verdade, não me conhece.

– Que tal eu dizer o que acho que sei sobre você e você me diz se é verdadeiro ou falso? Podemos fazer assim?

Acenei com a cabeça, mordendo os lábios com essa ideia louca. Quando Peeta prosseguiu, sua voz era suave.

– Eu acho que você é charmosa e inteligente. Eu sei que, quando você quer, você sabe se preparar para ficar ainda mais linda do que qualquer pessoa que eu já tenha conhecido. Você é independente, tem um bom senso de humor e demonstra uma paciência incrível para lidar com crianças. Você tem razão quando diz que não conheço detalhes sobre seu passado, mas não imagino que eles sejam importantes. Todo mundo tem um passado, mas ele se limita a ser apenas o passado. Você pode aprender com ele, mas não pode mudá-lo. A pessoa que eu conheço é aquela que eu espero conhecer ainda melhor.

Enquanto ele falava, me permite a abrir um sorriso frágil – Você fala como se tudo você tão simples.

– Pode ser tão simples quanto você quiser que seja.

– E se o passado não for realmente passado? E se ainda estiver acontecendo?

Peeta continuou a me encarar. – Você tem medo de que ele a encontre.

– O que você disse?! – gritei.

– Você ouviu o que eu disse – continuou Peeta. Ele manteve a voz firme e tranquila – Eu imagino que você já foi casada e que seu ex-marido está tentando descobrir onde você está.

Senti meu corpo paralisar e meus olhos se arregalam. Subitamente, senti dificuldade para respirar e dei um pulo, derrubando o resto do meu vinho e indo para longe dele.

– Como você sabe tudo isso sobre mim? Quem te contou? – perguntei, tentando descobri o que estava acontecendo. Peeta não podia saber de tudo aquilo. Não era possível. Eu não havia contando a ninguém.

Com exceção de Glimmer.

– Ninguém me contou nada – garantiu Peeta – Mas sua reação me mostra que estou certo. De qualquer forma, isso não tem importância. Não conheço essa pessoa, Katniss. Se você quiser me contar sobre, estou disposto a te ouvir e te ajudar na maneira que esteja ao meu alcance. Não importa o que aconteça entre nós. Se você quiser inventar um novo passado para você, vá em frente. Darei meu apoio total e confirmarei cada palavra que você disser. Pode confiar em mim.

– Mas... como?

– Relaxe Katniss. Que tal tomarmos mais vinho?

Assenti com a cabeça.

Andei ao parapeito, segurando minha vontade de fazer as malas e fugir daqui o mais rápido que poderia. Só queria saber como Peeta havia conseguido fazer tudo isso. Por que diabos ele?

– Já terminou de pensar dona Katniss?

– No quê?

– Se você vai fugir para algum lugar desconhecido assim que puder?

Virei-me para encará-lo. Ele por acaso é um psicopata?

– Bom, eu estou apenas curioso pra saber, porque estou sentindo fome. Seria uma vergonha você fugir antes do nosso jantar.

– Ainda vamos jantar, não se preocupe – digo, dando a ele uma careta.

– E depois?

– Quero que você me conte como descobriu isso.

– Não foi apenas uma coisa – disse Peeta – A maioria das pessoas não conseguiria juntar as peças.

– Mas você conseguiu – murmuro.

– Não tive como evitar. É automático pra mim.

Pensei em sua resposta e tudo se tornou meio obvio. Maldito seja! – Isso significa que você já sabia disso há algum tempo. O que, pelo menos, desconfiava.

– Sim – admitiu ele.

– E foi por isso que você nunca perguntou sobre meu passado.

– Isso mesmo – completou ele.

– E mesmo assim você queria sair comigo.

A expressão no rosto de Peeta é seria. – Eu quero sair com você desde o dia em que vi pela primeira vez. Simplesmente tive que esperar até que você estivesse pronta... de qualquer maneira Katniss. Você pode confiar em mim, está bem?

Aproximei-me dele e apoiei minha cabeça em seu peito, sentindo a força de seus braços ao redor de meu corpo. – Acho que não tenho outra escolha, não é?


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